sábado, dezembro 31, 2005

Taras e manias - partes 2, 3 e 4

2. Tenho a mania de dormir com muitas almofadas.
Neste momento são cinco - duas com fronhas e três que estão habitualmente em cima da minha cama. Gosto de as empilhar enquanto estou a ler e depois inclino-as para dormir. Gosto de estar rodeada de almofadas e sentir a cabeceira da cama cheia.

3. Esquila
Sou eu. Principalmente nesta altura do ano, em que abundam os frutos secos. Como muitos ao longo do dia, como entrada, sobremesa e acompanhamento ou em substituição do prato principal. Isso reflecte-se no meu peso e possivelmente também no colestrol. Eu justifico com todas aquelas informações: as nozes têm magnésio e fazem bem ao cérebro, as amêndoas também, as passas sabem bem, os figos servem para fazer "sandes de figo e amêndoa/noz", e eu não como carne e por isso posso abusar nestas coisas. Um verdadeiro escândalo calórico, tendo em conta que a dose diária recomendada é de duas nozes... eu vou mais pelas duas dezenas, num dia bom.

4. Carne
Não como. Desde os 14 anos. Primeiro por romantismo adolescente e solidariedade com os animaizinhos e os maus-tratos que sofrem e agora porque me desabituei e não me imagino a voltar a trincar um bife.

JH.

As fotos de Londres-Manchester

Em Portobello Road, a livraria do filme Notting Hill. É fantástica, muito acolhedora, e dá vontade de comprar muitos livros e guias de viagem!















O estádio do Chelsea, onde o sr Mourinho faz o seu special work.















O Eduardo fazia anos, as coroas vêm dos crackers festivos. Oh Tiago, essa dieta? :o)


Na London Eye com o grande Ben ao fundo.

On our way to Manchester, nos comboios da Virgin


Em Manchester com o Nuno, a comer umas deliciosas mini-panquecas com topping de chocolate, por ocasião de uma feira alemã.


O estádio dos Red Devils onde o nosso puto Ronaldo faz o seu show de bola.


Oh pra mim dentro do estádio. À direita está o túnel por onde os jogadores saíam (agora saem por outro devidamente protegido contra arremessos de fãs) e eu estou onde ficam o treinador e os suplentes da casa. (No Real Madrid os bancos eram bem mais confortáveis!)

É aqui que o sr Queiroz se senta e prepara para o jogo! (Nessa altura as fotografias não estão penduradas)

Um pequeno-almoço à inglesa, com o bacon, salsicha, ovos mexidos, baked beans, tostas e sumo de laranja. É fácil perceber qual o meu prato :P

E pronto, vamos para casa!

sexta-feira, dezembro 30, 2005

2005 - O ano das viagens

Chegámos ao fim de mais um ano das nossas vidas. Estamos na altura de lembrar os acontecimentos do ano, os desastres, records, mortes, casamentos, inaugurações...
2005 foi o ano em que fiz 25 anos e o ano em que mais viajei e mais países visitei.
Comecei o ano no Brasil em Ipanema com o fogo de artifício e em pleno Verão quente. Passeei no norte do país, no centro e no sul: Porto, Coimbra, Pombal, Guimarães, Lindoso, Viana do Castelo, Alentejos, Algarve. Fui a Amesterdão e Haia (Holanda), Açores duas vezes, Londres duas vezes (Inglaterra), Madrid (Espanha), Viena (Áustria), Rep. Checa e Rep. Eslovaca, Hungria, Croácia, Eslovénia. Acho que não me falta nenhum! Muitas viagens de avião, alguns quilómetros de carro, muitas contas com câmbios, ímans e postais para as minhas colecções, fazer mala arrumada, desfazer mala em excesso, tendas, bungalows, hotéis, chão e sofás. Adoro viajar e esse desejo vai continuar a ficar reservado para uma das passas da meia-noite.
Fui ao Super bock Super Rock ver os Oasis, consegui ver os U2, vi os Coldplay (todos pela 2a vez). Não consegui ver os MTV MA.
O Pedro e a Isabel casaram-se, o 1o do meu grupo de amigos a dar o passo seguinte. E quem dá um, pode dar logo outro ;o)
Nasceu o meu primo Tiago, filho do primo Luís e da Anabela.
Fiz as duas mini-maratonas das pontes (25 de Abril e Vasco da Gama).
Deixei que me furassem as orelhas e rendi-me ao mundo dos brincos. A adicionar aos colares, fios, anéis, pulseiras, relógios; isto de ser feminina tem muitos gastos!
Voltou a moda romântica dos anos 20, 50, 70, tudo misturado, com pérolas, pregadeiras, sapatos redondos...
Vimos o último filme da saga da Guerra das Estrelas (até ver), saiu mais um Harry Potter.
O Brad Pitt separou-se da Jennifer e juntou-se à Jolie.
Houve muitos furacões, tufões e tempestades.
O Santana chegou ao poder mas conseguiram provar que não era a pessoa indicada para o cargo. Também se sabe que o Bush podia passar mais tempo no seu rancho e deixar a presidência para outros mas ainda não conseguiram tirá-lo de lá.
Ano após ano o país arde e continua a arder as suas poucas áreas verdes. Fogo posto pois concerteza, interesses de madeiras, aviões, bombeiros, terrenos, sempre o dinheiro.
Generalizou-se o Sudoku.
E muitos outros acontecimentos.

Desejo um bom ano de 2006 a todos, com pé direito e muita sorte!

Jokas

JM

Taras e manias

A revista Sábado tem uma rubrica sobre "Os meus medos" - alguém conhecido descreve os seus 10 medos. A GR tem, na última página, uma outra rubrica, daquelas com frases feitas e que (outra vez) alguém conhecido completa, género "já não há pachora para... ou temo bem que...". Todos os Verões (Verões?!) os jornais trazem dezenas de questionários de Proust (falta de cultura minha - não sei porque é que se designam assim...).
Bem, o blog das Joanas (futuras camaradas?!) não é a Sábado, nem a GR, e faltam muitos meses para o próximo Verão, mas eu vou inaugurar esta rubrica, que intitulei como "Taras & Manias". Inclui os medos e as esquisitices. E suspeito que vai estar em permanente actualização...

1. Tenho medo de andar de elevador.
É uma coisa indescritível. Aproximo-me de um elevador e o coração começa a querer saltar-me do peito, a respiração torna-se ofegante... um filme deplorável. O trauma aumenta na proporção das ocasiões em que me obrigam a entrar num, como nas visitas oficiais e toda a comitiva se enfia num elevador mínimo e eu tenho de ir também...
Este meu medo já me causou algumas situações realmente embaraçosas, como uma vez durante uma visita do Carmona Rodrigues ao estádio do Sporting. O presidente já estava lá em cima, no 7º piso, e apontaram-me o elevador... eu olhei imediatamente para as escadas, mas disseram-me que não podia utilizá-las porque a porta estava fechada... então, para me tranquilizar, chamaram um segurança, dois metros de altura por dois de largura, para subir no elevador comigo. Como se ficar lá dentro presa com aquela bestonga me ajudasse, mas pronto...
De outra vez foi um almoço no Sheraton. "É no restaurante no topo do hotel". Aqui tive vergonha de perguntar onde eram as escadas. E mais uma vez o elevador... 25 pisos de nervos, angústia e tremeliques, que continuaram muito depois de lá ter chegado acima.
Este meu pânico faz-me estacionar sempre no mesmo sítio nas Amoreiras, ao pé das escadas rolantes, e já me fez sair de um ginásio, o do estádio do Benfica, porque a única forma de acesso a partir do parque de estacionamento era... claro, um elevador.
Este meu pânico tem duas excepções: o elevador velho e barulhento da Lusa e os elevadores transparentes do Corte Inglés e do Almada Fórum. Penso que se ficar lá presa as pessoas vêem-me e por isso não há problema...

(próximos temas: aviões, almofadas, carne e roupa interior - só pra não me esquecer!)

JH.

Está marcado!

Os dias 13 de cada mês são dedicados aos jantares a la "Sexo e a Cidade".
O Monte Velho é presença obrigatória. Aceita-se Muralhas, se o prato o exigir...
E não são permitidas recusas, a não ser com razões justificadíssimas e apresentadas em papel azul de 25 linhas com assinaturas reconhecidas no notário.

Adorei a ideia!

JH.

Receita para uma noite feliz

Três grandes amigas, um jantar exótico e uma garrafa de Monte Velho. Muitas gargalhadas, confissões impróprias e alguma conversa séria... E nada mais é preciso para passar uma boa noite.

JH.

ps - melhora depressa...

segunda-feira, dezembro 26, 2005

E por falar no Natal...

O Pai Natal trouxe-me um brinquedo: um mp3!
Como está velhinho e os duendes gostam mais de pregar partidas do que de ajudar, o Pai Natal enganou-se no modelo e ofereceu-me um leitor sem rádio.
Sem problemas: peguei no meu trenó (puxado por oito renas, como manda a lei) , fui à Lapónia e pedi o "papel" (mas qual papel?! o papel...) para trocar o modelito. E fiquei sentada no carro, mesmo depois de ter pago a saída do parque de estacionamento da Lapónia, a experimentar o meu brinquedo novo. O Natal faz destas coisas: desperta a excitação da criança que temos dentro de nós.
E juro que este ano foi o próprio Pai Natal que passou lá por casa.
Eu e o Tommy ouvimo-lo a sair...

JH.

Um dos filmes da minha vida

É o "Cinema Paraíso", de Giuseppe Tornatore (1989).
Foi o presente da Dois para a noite de Natal.

JH.

domingo, dezembro 25, 2005

Feliz Natal!

Hoje é Natal. Boas festas!

Ontem foi dia da reunião da família cá em casa, muito bacalhau, couves, overdose de doces. Desta vez não se partiu nenhum copo, apesar de 2 ou 3 ameaças.
Hoje fui almoçar a casa da mana que se tem revelado muito prendada tanto nas prendas (tricotou-me um cachecol!) como nos embrulhos personalizados e na decoração da casa e da mesa de Natal, um orgulho! Visita a mais família, sempre a aumentar e mais overdose de doces.

Tenho visto alguma TV enquanto se tiram os pratos e talheres de festa e se lavam os copos e travessas de cerimónia. Mas que raio... Sou eu que não vejo tv ou é um exagero de anúncios horrorosos de chamadas e músicas de telemóveis? PeidoNatal? Está tudo doido? De 3 em 3 anúncios vem um para ligar para o 3993 ou 4567 e pedir a música da shakira ou as imagens da madonna ou porcaria que o valha. E depois repete a um ritmo enjoativo! Não há censura de anúncios péssimos?
Eu adorava ver aquele programa de publicidade que dava no canal 2 a horas tardias, o 1000 imagens. Era delirante ver os anúncios premiados, a imaginação faz maravilhas. E ainda hei-de conseguir assistir a uma noitada de publicidade que há 1x por ano em Lisboa. Sempre gostei de publicidade, da boa, de a fazer, das ideias fantásticas e por vezes tão óbvias mas que ninguém lhas pega, tão simples e eficazes, dos slogans e imagens que ficam. Adoramos recordar as músicas do "um corneto pra ti, um corneto pra mim, olá, olá, e a vida sorri!" e há anos que a menina dos chocolates já não vai com o pai natal e o palhaço ao circo...

E é bom saber que amanhã a empresa deu folga. Mas apesar de ter tido uma semana de férias... já está no fim e... quero mais! Preciso de tempo para arrumar o quarto e pintar e ler e estudar francês e visitar mais amigos.
Ainda fui comprar o jornal a pedido do meu pai. Fez-me pena as pessoas que estavam a trabalhar em cafés, papelarias, restarantes, tipografias, hospitais, polícia, portagens, rádios, tvs... Mas há pessoas que não celebram o Natal e outras que lhe dão um significado próprio.
Esta semana espera-se que passe a "correr", com aquele sentimento de 'já falta pouco para o fim', e vem um Ano Novo fresquinho e virgem de acontecimentos, à espera que façamos dele o que melhor conseguirmos. No fundo são uns dias iguais a outros com chuva e frio, porque também há quem se oriente por outros calendários. Mas eu gosto de ter a etapa do fim e do início, para ter metas e objectivos a cumprir.
Continuação de boas festas!
JM

ps: se alguém ler isto hoje, obrigada. ainda me surpreendo por termos leitores.
mas sejam breves, vão ter com a famelga & "spend some quality time with them"!
ps2: solly, mas eu penso mais em inglês do que em tuga e às vezes não me lembro da palavra em tuga. e às vezes parece que fica 'melhor' em inglês. porque no fundo, a nossa língua é muito mais rica e por isso difícil de escrever. por isso os nossos cantores escrevem e cantam em inglês.
ps3: eu sei que tenho a mania dos ps. e de escrever (com parênteses na frases). e das reticências...

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Back 2 reality

Opá... já voltei. É tão bom estar de férias, num sítio giro e com boa companhia...
Na 4f tivémos um pequeno-almoço à inglesa e fomos passear por Manchester em visitas culturais de fotografia, arte, escultura, pintura, etc. Voltámos para Londres ao fim do dia e ainda fomos ao café tuga perto do Tiago ver o resto do jogo do benfica (a pedido de Pedro, claro). Parecia mesmo como fomos retratados no filme Love Actually com a Lúcia Moniz, a café dos tugas emigrantes, de bigode e com interjeições típicas... Foi engraçado.
Na 5f ainda fomos à maluka para a Oxford Street e um bocadinho do Soho. Chegámos ao aeroporto em cima do fecho do check-in, ao contrário do Nuno que perdeu o avião horas mais tarde e vai passar o Natal em Manchester por só ter voo dia 25...
As fotos... estão na máquina do Pedro que já está na Madeira para passar o Natal. Mas prometo mostrar!
E pronto, felizmente ainda estou de férias mas é sempre mais giro estar fora de casa.
JM

terça-feira, dezembro 20, 2005

"Madchester"

Ontem de manhã fomos à London eye ver a cidade com o 3o dia consecutivo de céu azul. Depois andámos pelos parques, com os esquilos a passear, os cisnes da rainha e os patinhos e passarinhos corajosos nos lagos que devem estar gelados.
Viémos para Manchester, aka Madchester tal é o ambiente vivido diariamente pelos estudantes que ocupam a cidade e bebem até mais não desde que saem das aulas. Viémos visitar o Nuno Fernandes, nosso ex-colega da empresa que largou tudo e veio tirar o curso de culinária, chef, hotelaria, por aí. No seu 2º ano de curso vai fazer estágio para... NY. Talvez seja a oportunidade de finalmente conhecer a big apple no modelo "posso dormir no teu chão?"...

Hoje fomos fazer a tour do Old Trafford, Manchester United, muito giro. Só tinha visto o estádio Barnabéu, Real Madrid e até gosto do modelo. Não sou fanática de futebol mas acho piada ver o modo como lidam com os fãs, acessibilidades, prémios, merchandising...
Depois os malukos foram conhecer um mega shopping que põe o Colombo a um canto. Eu sou forreta e só compro quando acho que tenho um bom 'deal', mas neste momento estou preocupada porque acho que não tenho espaço suficiente para levar as coisas...

JM

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Bem-vindo!


Chama-se Afonso e nasceu hoje às 19:55, com 48 cm e 2,670 kg, na Cruz Vermelha, em Lisboa.
Aqui, tinha 20 minutos.


JH

domingo, dezembro 18, 2005

Shopping

Isto de passar os dias a trabalhar sempre sentada é uma chatice. Depois nas férias andamos quilómetros e ao fim do dia parecemos uns velhos, ai ai dói-me as pernas e os pés...
Fomos a Camdem ver a feira de mil variedades culturais e onde se encontram pessoas e coisas estranhas à venda. Tem a parte dos punks e góticos, muitos outros estranhos, artesanatos com muita imaginação, etc. Passámos Covent Garden e corremos a Regent e Oxford Street, nas compras de Natal. É fácil gastar dinheiro quando se vêm muitas coisas diferentes e giras. A maioria das coisas tem um preço pouco acessível mas também há saldos e promoções. O simples facto de haver muita variedade e muita oferta ajuda na escolha. Em Portugal há menos lojas por onde escolher, quase todos nos vestimos nas mesmas lojas.
Frio, muito frio, cachecol, luvas e chapéu são imprescindíveis.

Porque não temos os passeios rebaixados como aqui? Facilita a vida de todos aqueles com fraca mobilidade. É frequente vermos pessoas em cadeiras de roda a circular sozinhas e independentes. Também ajuda os idosos e crianças pequenas. E até se deve gastar menos pedra! Mas os nossos passeios têm calçada bonita, enquanto aqui são cinzentos de alcatrão.
Ter carro é um luxo, apesar de ser muito regular ver limousines nas ruas. Por ser caro ter e manter carro, por serem muitas pessoas em pouco espaço e por não haver muitas garagens nem parques, todos andam de transportes. E não é muito melhor? São frequentes e eficazes, a rede cobre a cidade toda e a poluição não se sente no centro da cidade.

E os maravilhosos Starbucks... Ainda demora muito a chegar a PT? Aquele chocolate quente a que podemos adicionar a gosto baunilha e canela e chocolate e ... Mas pronto, o expresso custa 2 euros...

JM

Os jantares de Natal acabam sempre nestas desgraças


:)

sábado, dezembro 17, 2005

My dear London

Quem me conhece bem sabe a panca que tenho pelos ingleses, Londres, música, hábitos, civilização... Não tanto pela comida e pelo tempo mas cada vez que cá venho está sempre bom tempo. Hoje sol e céu limpo. O facto de o ocaso se dar pelas 16h e de gelarmos a cara e as mãos é só um pormenor. Parece-me sempre tudo organizadinho, não há atropelos no metro, sabemos onde saímos e por que lado da escada circulamos. Orientamo-nos bem, convivemos com a vasta amostra de nacionalidades. A cidade é gigante e por mais que andemos e nos cansemos ainda só vimos uma pequena parte.
Desta vez consegui dar com a livraria do filme Notting Hill que é espectacular e fica-se logo com a vontade de comprar quilos de livros viajantes. Depois fomos ao estádio do Chelsea a pedido de alguns fãs de souvenirs futebolísticas.
O Harrods, sempre muito caro, estava a abarrotar e o Pedro comentou que os vips não deviam andar por ali por entre a multidão. Havia Rolls Royce à porta e eu vi uma senhora de óculos escuros e chapéu à laia de disfarce na zona dos livros. Na rua também ando de chapéu porque está mesmo muito frio mas dentro das lojas... Era de facto a Naomi Campbel. Ena ena vi um VIP!
A casinha do Tiago é uma maravilha, quentinha com um sofá hiper confortável.
enquanto não conseguir vir trabalhar para cá vou continuar a pedir hospitalidade ao amigo de 20 anos. Obrigada Tiago!
JM

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Alguém viu?

De há uns dias para cá, a TSF desapareceu do rádio do meu sapinho. Eu rodo o botão para trás e para a frente e... nada! Não há nada no 89.5. Mataram-na?
JH

Ler

Adoro ler, adoro livros, não resisto às feiras do livro e compro-os mesmo sabendo que não os vou poder ler brevemente. A pilha de livros não lidos raramente decresce e continuo a comprar e a gostar de os receber.
Adquiri um hábito há uns anos de marcar a data do fim da leitura, para mais tarde recordar. Às vezes isso ajuda a saber que já li um livro, quando são aqueles pequenos de contos ou que não me marcaram muito a ponto de me esquecer que o tinha lido. Também é giro para saber que o acabei de ler a horas tardias ou em locais diversos como o comboio, a cama, em férias no estrangeiro!
Não é uma actividade muito social mas dá muito gozo seguir a história do personagem, da narrativa quenos embrulha, do herói que se safa, aprender como se fazem outras coisas, como se viveu noutros tempos...
Por causa do Destak e do Metro tenho lido menos nos transportes. Os jornais são gratuitos e informam minimamente dos acontecimentos do mundo. Não prescindo dessa fonte porque a trabalhar nos meus horários não me deixa muito tempo para ver tv nem ouvir rádio. E gosto de estar informada. E de fazer as diferenças, o sudoku e as palavras cruzadas quando estou à espera do comboio.
E quando se acaba um livro (foi o caso de ontem, "Sul" em versão ilustrada) gozo de um pequeno período de luto, de respeito pelo fim de uma leitura e aguardo o início de outra. Depois vem a dúvida. Qual vou escolher agora? Alterno entre livros em português e em inglês, de narrativa completa e de contos. Os contos são mais fáceis de ler quando não se tem tempo e são mais leves de transportar. Mas por isso não prendem a atenção e não imploram por saber como se desenrola o capítulo seguinte. Ando para ler um dos Harry Potter há muito, mas o livro é tão grande que pensar em levá-lo comigo todos os dias... E depois das novidades como Harry Potters e Códigos Da Vinci e &, há os autores preferidos, os temas e os clássicos. A lista é infindável.
Mas já está decidido, quando me reformar vou passar os dias a ler. E a escrever se me der para isso.
JM

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Em contagem decrescente

Se tudo correr bem, o Afonso, mano do Tomás, nasce dentro de uma semana.
Quem manda agora são os médicos: nada de esperar pelas contracções, pela altura certa. Nos dias de hoje, a médica abre a agenda e pergunta à grávida: segunda-feira às 19h, está bom para si? Olhe por acaso não, doutora, é que ainda tenho uns embrulhos de Natal para fazer. Pode ser no dia seguinte, às 12h? É que assim aproveitava a hora de almoço do meu marido...
Enfim...
Uma das coisas de que eu tenho mais curiosidade é a reacção do Tommy ao mano. Por agora tudo bem, fala do Afonso, mostra com orgulho o quarto do mano, as roupas do mano, a caderinha do mano... Vamos lá ver se a excitação continua depois. Eu acredito que sim. O miúdo tem bom feitio.
A propósito disso, lembrei-me de como eu reagi quando o meu irmão nasceu, tinha eu cinco anos e tal. Bem, na verdade, não tive qualquer reacção negativa ao nascimento do João Pedro. O pior foi a gravidez da minha mãe.
A coisa começou logo a descambar quando, por causa das consultas frequentes no médico, me deixavam a secar no externato, O Balão. Lembro-me perfeitamente de algumas vezes ser noite e eu continuar lá sozinha, à espera que alguém se lembrasse de mim. Não foram assim tantas vezes, mas eu não gostava daquilo, pronto.
O dramalhão começou quando a notícia se confirmou. Estávamos em casa da minha avó, bateram à porta e fomos todos abrir. Recordo-me nitidamente de a minha mãe se ter inclinado sobre mim e dizer "Tenho uma semente na barriga!". Todos celebraram a notícia, todos ficaram muito felizes, menos eu! Só eu fiquei aterrada, pés colados ao chão. Na minha cabeça surgiu logo a imagem de uma planta a crescer na barriga da minha mãe, e que iria aumentar tanto até acabar por trespassar a barriga, matando a minha mãe, claro. Todos a bater palmas, aos abraços e beijinhos e só eu ali, especada, a questionar-me como era possível estar tudo tão contente perante a morte iminente da minha mãe. Claro que não fiz perguntas sobre o assunto. Tinha medo que ficassem tristes.
Os meses foram passando e eu a olhar de soslaio para a barriga, a crescer, e a ver quando é que os ramos e as folhas iam começar a furar a barriga.
Bem, o crianço lá nasceu e eu fui visitá-lo a Benfica, à Cruz Vermelha, onde todos nascemos, tal como o Tommy e agora o Afonso. O meu pai levou-me ao berçário e, apontando para um dos berços, disse: "Aquele bebé chama-se João Pedro Cardoso da Silva Casqueiro Haderer". Eu devo ter achado o nome demasiado longo e perdi-me a meio, porque não percebi na altura que aquele era o nome completo do meu irmão. Imagino o espanto do meu pai quando eu respondi. "Ah, e aquele?", a apontar para outro berço. "Oh
Joana, este é que é o teu irmão". E desta vez eu olhei, olhei mesmo para aquela coisinha engelhada e exclamei: "parece um macaquinho!".
Não me lembro de muito mais dos primeiros meses do meu irmão, à excepção de umas partidas que eu lhe preguei.
JH

Merchandising Natalício

Ontem cumpri a etapa obrigatória de correr o Fórum Almada e os seus vizinhos (agora temos um Leroy Merlin, uma Decathlon, uma Norauto e uma Kiabi!) para fazer compras de Natal, com a mana e a mãe. Em tempo de jogo benfiquista não há muito movimento!
Porque raio não existe papel de embrulho normal no Jumbo? Ou com Mickeys ou brilhantes. Não vou embrulhar chocolates para dar a pessoas amigas em Mickeys, e o papel brilhante é um atrofio e não justifica o preço. A Papelaria Fernandes salva a situação. Depois seguiu-se a tarefa morosa, levei mais de hora e meia, a embrulhar as várias caixas de chocolates e vinhos e outras prendas por enquanto ainda surpresa.
Acho piada ao merchandising natalício. Quando apareceram os gorros de Natal era uma loucura e agora, como já não é novidade, é vê-los com as tranças, barbas, luzes piscantes, com lantejoulas, brilhantes, neve... os pais natais "escaladores" nas varandas, as luzes nas árvores, as coroas nas portas, os pais natais em pessoa na rua, aquelas milhares de coisinhas e enfeites que há nas lojas e servem só para decorar. Todos os anos é igual mas todos os anos há coisas novas que apetece comprar e oferecer.
Estou quase a ir visitar o Tiago a Londres! Depois mostro as fotos das decorações nas ruas e lojas, Harrods e Hamleys.

Ps: Que irritação o tempo seco que faz os cabelos em pé e agarrados à cabeça. Odeio os choques com a porta do carro cada vez que saio e estou sempre a tê-los! E com algumas pessoas também. Electricidade estática pois então!

JM

domingo, dezembro 11, 2005

Em repeat mode

Hold Still

In this little town
Cars they don't slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts

I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straigt
I wanna make it right
But girl you're so far away

Oh, hold still for a moment and I'll find you
I'm so close, I'm a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
Oh, just hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

(Our hearts will beat as one, David Fonseca)

JH

Alcançar-te

Há anos que é assim. Estico a mão para te alcançar, mas tu estás sempre um passo mais à frente. E eu tento, eu juro que me esforço para chegar a ti, mas tu acabas sempre por me escapar. Embrulhas-te no teu casaco azul escuro de flanela e abanas a cabeça. Olho para ti. Engraçado, o teu cabelo ficou quase todo grisalho no último ano. São os problemas, dizes. Bem sei. Mas fica-te bem. Agora já não estás tão parecido com aquele jornalista da TVI, o Henrique Garcia. Sempre vos achei parecidos, mas ele não deve ter tantos problemas na vida.
"Anda, eu ajudo-te a procurar uma casa". Não quero que voltes àquela vida antiga, não quero que te sintas preso no teu dia-a-dia, gostava tanto que tivesses um espaço só teu, onde te encontrasses, um sítio onde te pudéssemos visitar. Porque nunca tiveste uma casa tua. Era sempre a casa dela, e esse era um território proibido para nós, cheio de terríveis dragões e caldeirões fumegantes. E nunca nos deste a palavra secreta para lá entrarmos.
Não queria que estivesses sozinho, nunca quis esta vida para nós.
"Queres passar o Natal connosco?". Não sei, logo se vê, respondes, na tua maneira de dizer não. Eu sei que não vens.

JH

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Pontos de vista (título da JH)

Admito que ainda estou a gozar de "um estado de graça" devido às minhas "férias" da semana passada: feriado+6f+sábado+domingo. Estava mesmo a precisar de descansar e, apesar de terem passado mesmo a correr e de não ter feito metade do que queria, sinto que ganhei alguma coisa.
Ganhei paciência para aturar as nhanhas do trabalho, filtro para os ouvidos para as barbaridades que se ouvem e nos afectam, saco para encher (do brasileiro "não enche o saco!").
Então quando assim é conseguimos ver o lado positivo da coisa.Costumo dar sempre o exemplo que o meu pai dava quando era pequena. Sempre adorei sapatos e sempre tive problemas com eles. Usei botas ortopédicas durante anos. Quando finalmente as larguei, o meu pé cresceu tanto que nunca pude ir a uma sapataria normal e comprar um normal par de sapatos. Porque nunca têm o meu número! Enfim, trauma de vida. A história era eu querer uns certos ténis (All Star, Redley, etc) porque os anteriores estavam com a ponta furada ou porque sim (na altura era a fase das marcas!) a resposta do meu pai era matadora: ao menos tens pés para os calçar, se não os tivesses não estarias a lamentar falta de ténis. Era qualquer coisa assim.
E respondi à Joana que ela nem gostava de andar de avião, o jackpot do euro milhões só traz problemas de dinheiro e falsas amizades, o mês de férias só tem piada se o pudermos gozar com quem gostamos e se tivermos dinheiro para nos divertirmos, o ramo de flores gigante provoca-lhe asma e quando murcharem fazem uma imagem triste, a boa notícia... constava que o benfica já estava a perder. Porque ela é do Sporting, mas entretanto acho que já empataram.
A ideia é tentar ver o outro lado das coisas, o sorridente em que nem tudo é mau, amanhã é feriado e depois a 6f passa rápido e vem o fds!
E depois quase é natal!
Se fosse a semana passada já eu me enterrava com ela por solidariedade. Os amigos servem para estas coisas, levantar o moral é uma delas!
Porque no fundo, pode ser tudo um ponto de vista...
JM

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Como se costuma dizer

Devemos ter cuidado com aquilo que pedimos, porque os nossos desejos podem concretizar-se.
Hoje pedi uma boa notícia.
E tive. Só ainda não consigo avaliá-la.
O meu primo Bruno vai ser pai.
Ainda não sei os pormenores, porque ele só vem da Alemanha no domingo, mas um filho é uma boa notícia. Mesmo que venham aí complicações - a mãe é alemã!...
Custa a acreditar... O meu priminho mais novo, o doido varrido, o rapaz-elástico, porque sempre deu quedas absurdas, porque quando uma bola caía numa varanda num prédio, era o Bruno que ia lá buscar, porque temos os dentes dele marcados numa mesinha de café, porque enfiou com o meu irmão por um vidro adentro... Mas também um miúdo lindo (de morrer!), um jogador de futebol como o pai, um apaixonado pelas bolachinhas de atum da minha mãe (tia, não fizeste para a ceia de Natal?), que quando liga da Alemanha diz sempre ter saudades nossas e da nossa comida...
Por isso, Bruninho, parabéns!
E que venha aí mais um primo...

JH.

Hoje

Preciso de uma viagem de avião para qualquer lado, do jackpot do euromilhões, de um mês obrigatório de férias, de um ramo de flores estupidamente grande, de uma boa notícia. Disto é que não.

JH

segunda-feira, dezembro 05, 2005

The end


Aproveitei umas folgas para ver a 6ª série d' O Sexo e a Cidade, que a Clô me emprestou (obrigada!). Ri às gargalhadas, chorei também, e em muitas alturas pensei "mas é isto mesmo que eu estou a sentir/viver"...
Ficou, acima de tudo, uma sensação de enorme nostalgia... De que as Fantásticas Quatro não me poderão trazer mais surpresas. Resta-me rever estes episódios, é claro, e tenho a certeza de que irei rir e chorar como se fosse a primeira vez...





"Não te preocupes, miúda. Ele vai voltar. He always does..."

JH

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Parabéns a mim!

Gosto de fazer anos, gosto de receber telefonemas e sms das pessoas que se lembram de mim hoje. Fico triste pelos que se esquecem mas também já me aconteceu.
Um quarto de século! Por outro lado... já só faltam 5 para os 30 :P
JM

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Um dia em casa

Ah como é bom estar em casa, dormir sem horas, preguiçar de pijama e fazer várias das tarefas sempre pendentes.
Finalmente tirei os cachecóis e as camisolas de inverno do armário e arrumei as saias e tops de verão que já não aquecem muito nesta altura.

Montei a árvore de Natal e decorei a casa.
Antigamente o meu pai ia todos os anos aos bombeiros comprar uma árvore e o carro ficava cheio de palhinhas de pinheiro. Se a poda for bem feita até é bom para as árvores. Mas cada vez há menos árvores com a porcaria dos incêndios ano após ano. Há uns anos comprámos uma artificial e passamos a ter o chão cheio de pintas douradas que vão caindo.
O povo tem memória curta, por isso esquece as mentiras e promessas incumpridas dos políticos. As pessoas tendem as esquecer a importância das relações familiares e os pretextos comerciais servem para relembrar as mentes esquecidas. Por isso há os feriados como o dia da mãe, do pai, da criança, da mulher, das variadas doenças (hoje a SIDA)...
Para mim o Natal é uma festa de família com o motivo ideal para reunir e rever as pessoas. Brincamos sempre na despedida com um "até ao próximo Natal!", mas a verdade é que muitas vezes só os vemos mesmo no ano seguinte. Perde-se o hábito de visitar as pessoas, primos, tios, avós...
O consumismo encarrega-se do factor 'presentes' mas porque não dar uma alegria a alguém? Não necessariamente encher as crianças de brinquedos que partem e esquecem rapidamente. Mas gosto de oferecer prendas e de as receber. É bom!

E agora, vou comer castanhas!
Ah como é bom estar em casa!
JM
I waited all day.
you waited all day..
but you left before sunset..
and I just wanted to tell you
the moment was beautiful.
Just wanted to dance to bad music
drive bad cars..
watch bad TV..
should have stayed for the sunset...
if not for me.

JH.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Jornalistas e política

"O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, é membro da comissão de apoio à candidatura do secretário-geral do PCP à Presidência da República. Alfredo Maia, enquanto cidadão, tem o direito de apoiar quem lhe der na gana. Mas como presidente do SJ deveria ser discreto (...) A classe rosnou; Maia justificou-se com o voto a seu favor de uma assembleia geral do SJ, na qual participaram quatro gatos pingados; e arrepiou caminho. Outros presidentes do SJ - como Diana Andringa - fizeram o mesmo. A culpa é dos jornalistas que os elegem".
in Grande Reportagem

Concordo: nenhum jornalista deveria apoiar publicamente um partido. Como pessoas, todos temos as nossas simpatias partidárias, mas enquanto jornalistas não deveríamos expressá-lo. Faz-me confusão ver jornalistas com cartão de militante, que tratam por tu todos os responsáveis dos partidos.
E sei que isso não significa que não sejam bons profissionais, isentos, e tal, mas acho que há questões em que os jornalistas se devem resguardar.

Discordo: a decisão de Alfredo Maia só vincula a ele e não representa a classe, mas não deixa de ser lamentável que a uma assembleia geral só vão 4 pessoas. Se lá estivessem mais naquela noite, talvez fosse o Alfredo Maia, ex-presidente do SJ, a apoiar o Jerónimo.
JH.

Coldplay & "Hairy Potta"

Trabalhar tem sempre a vantagem de receber o ordenado e de o podermos gastar onde nos der mais prazer. Eu gosto particularmente de ter acesso à cultura. Posso ser forreta em relação à comida, não passo fome mas raramente escolho os pratos mais caros e frequentemente prefiro o prato mini para não enfardar em demasia. Mas o cinema, atendendo ao meu gosto medricas que recusa filmes de terror e thrillers, não falha. Teatro, livros e concertos já vão mais moderados mas consumo com alguma frequência. 4f fui ao concerto esgotado dos Coldplay. Desde que começaram que gostei da sonoridade, ou não fossem eles ingleses e ainda por cima londrinos. O jogo de luzes, a entoação das músicas em coro +- afinado, o público que entra rapidamente nos 'oeee oeeee oeee ouoo, oeeeee, ouoo' e as palmas ritmadas fazem a festa. O Yellow com bolas gigantes a cair do tecto com papelinhos dourados lá dentro, faziam um efeito espectacular. Gastei a memória de 512M da máquina do Pedro a gravar e fotografar para mais tarde recordar. Só foi chato ter um gajo grande com uma cabeça grande à minha frente... 5f fui ver o Harry Potter na sua 4a saga em Hogwarts. Desde pequena que gosto de contos de fadas, são giros, fazem-nos sonhar que podemos encontrar uma fada amiga, pequenina, como se fosse anjo da guarda. Mas já não simpatizo nada com os senhores dos anéis, já tem fantasia e bonecada a mais. O enredo é de louvar, com as novas linguagens e mil personagens diferentes, mas não gosto. E então é giro ver o Harry a voar na vassoura. O meu sonho impossível era poder voar sempre que quisesse. Voava e via o mundo de cima, voava e conhecia novos locais, novas pessoas e ia ter com os meus amigos muito mais rápido. Era tão bom... Quando sonho que voo, acordo sempre bem disposta!O 2o sonho impossível era poder tornar-me invisível de vez em quando. E o Harry pode, com o seu manto de invisibilidade. Houve um comentário no filme giro de lembrar. Já o sabemos mas por vezes teimamos em esquecer. Algo como "Os problemas devem ser resolvidos pelo caminho certo, e não pelo caminho mais fácil." Simples e eficaz!

Ps: este post devia ter sido colocado 4f, depois 5f e só hoje consegui porque as ligações não estavam boas. Raio dos informáticos de rede! :P
JM

domingo, novembro 27, 2005

Vá-se lá perceber porquê...

Desde o início de Novembro voltei a ser sócia do Holmes Place, desta vez no estádio de Alvalade, que só abriu a 10 de Outubro. Até agora estou a conseguir ir quase todos os dias e acho que esta é uma forma muito útil de ocupar as minhas manhãs livres.
Estreei-me na Hidroginástica, onde sou sempre a mais nova no meio dos velhinhos.
Voltei também entretanto às aulas: Body Pump e Combat, porque ainda não tive coragem de me enfiar numa aula de RPM - tenho a noção de que ainda não estou fisicamente preparada para estar 50 minutos a pedalar furiosamente em cima de uma bicicleta, à luz de strobes de discoteca...
É muito giro ver as aulas de fora: um bando de yuppies a suar os almocinhos de negócios por todos os poros, as miúdas giras que vão lá mostrar o equipamento todo (sim, porque cada modalidade tem uma linha de vestuário própria) e os "groupies", que fazem sempre as aulas todas, que cantam as músicas bem alto, que começam as faixas antes da música e que no final vão jantar fora com o prof. E depois há os gritinhos - UÁ! - que vão marcando determinados exercícios e as coreografias ao som da música (N.A.: a descrição encaixa em todas as modalidades!) ... Lindo!
Enfim, um bando de alucinados que prá ali anda e em que eu me incluo... Gosto daquele ambiente, de ser tudo tão clean, de ir à piscina e ficar de língua de fora depois de fazer 3 voltas, de começar as aulas de pump às 7:20 e ver o dia nascer, de ir pró jaccuzzi enorme aos domingos quando não está lá mais ninguém, de ter tudo à mão. E a comida do "Go Natural", a seguir...
Faz-me bem, saio sempre bem-disposta e atrasada para entrar na Lusa. Vou pelo caminho a pôr os anéis, o fio, os brincos, os relógios, a pôr rimel e risco por baixo dos olhos, para depois chegar à redacção completamente afogueada e a precisar de um banho novo...
Vá-se lá perceber porque é que gostamos de pagar para sofrer, para ter dores no corpo no dia seguinte (hoje é um desses...), porque é que eu salto da cama às vezes às 06h, muito pouco tempo depois de me ter deitado...
JH.

Pior que...

trabalhar a um domingo é estar no local de trabalho e não ter nada pra fazer...
JH

quinta-feira, novembro 24, 2005

Sobre a Igreja e este Papa que nos calhou...

Esta ideia do Papa de proibir o sacerdócio a homossexuais é inqualificável, não tem pés nem cabeça.
Não é suposto que um padre sinta desejo sexual por ninguém, seja mulher ou homem. O padre faz o voto do celibato, ponto final. Essa questão nem se coloca, senhores.
Como se os candidatos aos seminários preenchessem um formulário: "Gosta de: opção a) mulheres; opção b), crianças; opção c) homens". Sim, porque podemos ter padres pedófilos, paneleiros é que não!!
Ainda melhor é a hipocrisia de manter os padres homossexuais que já foram ordenados. "Exclui-los seria desumano", afirmou ontem um responsável do seminário da Luz. É desumano expulsar os que já lá estão, mas vedar a entrada aos jovens que um dia sentiram qualquer coisa por um amigo já se justifica, claro.
A cereja no topo do bolo foi mesmo a justificação apresentada por este mesmo responsável, que dizia que "há muitas mulheres na Igreja e os homossexuais" - que a Igreja considera doentes - "tratam-nas mal". Aliás, as estatísticas da APAV estão aí para prová-lo: mais de 90 por cento das vítimas são maltratadas pelos seus amigos gays, que as espancam quando vão com elas às compras na Zara. Por favor...
Depois ouvem o que querem e o que não querem das associações de direitos dos homossexuais. Metem-se a jeito...

JH.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Mais uma pérola do "Sexo e a Cidade"

- "Olhas tanto para trás que devias ter um retrovisor das relações!"
- "As relações podem parecer mais próximas do que estão na realidade!"

Miranda e Samantha para Carrie, em mais um episódio que faz as minhas noites de domingo felizes.
JH

segunda-feira, novembro 21, 2005

Há dias assim

Depois dos trabalhos forçados de sexta-feira à noite e de sábado, e de uma ameaça de processo a balançar sobre a minha cabeça o domingo inteiro, acordei mesmo de mau humor, a antecipar a discussão que sabia que ia ter por causa das minhas notícias. Mas, espanto dos espantos, recebi a meio da tarde um telefonema a felicitar-me pelo meu trabalho. O quê?! As pessoas são muito complicadas. Vá-se lá perceber...
Hoje quando saía de casa a minha irmã avisou-me para ter cuidado com a estrada. Eu sei, respondi, há imensos lençóis de água. Eu lembrei-me, eu juro que sim, e meti a quarta quando entrei na curva do Eixo Norte-Sul ao pé do Aqueduto das Águas Livres, mas não consegui agarrar o carro. Vi tudo a andar devagar. O separador, em vez de estar do meu lado direito, ficou à minha frente, e senti o carro a dar lentamente uma volta de 180º graus até ficar virado de frente para os carros que vinham no sentido contrário. Não me magoei, não bati em ninguém e não acertei em nada. Incrível (Eu sei porquê, mana! Obrigada!). O único dano foi a dor de cabeça que me saltou na altura e que ainda sinto.
Mas estou bem, porque o dia correu melhor do que eu estava à espera.
No harm done, não perdi nenhuma vida, só baixei um bocadinho a barra da vitalidade. E amanhã continuo a jogar...
JH.

Ei-la

Ei-la para quem ainda não viu como está. Ela pisca, ela brilha, ela acende várias iluminações alusivas ao natal, ela fascina crianças e adultos.
Dra Mafalda, quantas fotos já tens da árvore? :o)
JM

domingo, novembro 20, 2005

Lisboa Natalícia

Depois de um dia de me?!a (neste blog não se dizem asneiras!), sábado a trabalhar até às 21h, decidi que queria espairecer e passear.
A vontade foi maior do que o frio, a chuva e o imenso vento que se fazia sentir. Pedi ao Pedro para ir comigo ver a árvore de Natal inaugurada pouco antes. Senti-me turista.
Desde pequena que ia à baixa com a minha mãe e sempre gostei daquela parte da cidade. Temos um bocado a mania de olhar em frente ou para o chão e escapam-nos as vistas de cima, dos edifícios que são bonitos. Se estivéssemos no estrangeiro acharíamos a cidade linda, mas como estamos habituados desde pequenos, não damos o valor suficiente à nossa capital.
Comecei por ver as iluminações do Chiado, desci à Augusta, muito movimentada por sinal, e no momento de ver a árvore senti-me uma criança. Ao atravessar o arco, via-se muita gente a olhar para cima, mas só se vê a dita mesmo quando lá chegamos e a sua imponência alegra-nos e enche-nos de espírito natalício. Também ajudou ter músicas tradicionais de natal a tocar.
A caminho do Rossio o Pedro assobiava a música que tinhamos acabado de ouvir. Tirei fotos e admirei também o elevador de Santa Justa a lembrar a torre Eiffel da cidade das luzes.
Adorei o passeio e fiquei bem disposta!
JM

sábado, novembro 19, 2005

Sophia de Mello Breyner Andersen

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.


A TAP homenageou Sophia de Meloo Breyer Andersen baptizando um avião com o nome da poetisa. Na cerimónia, o filho, Miguel Sousa Tavares, considerou que aquela era uma forma bonita de homenagear a mãe que, tal como ele, sempre teve medo de andar de avião, mas tem fascínio pelos pássaros de ferro.
Que giro, pensei. Também eu não gosto de andar de avião, incomoda-me ir ali e por isso a minha altura favorita das viagens é a aterragem, aquele momento em que o trem toca no chão. Uma mania completamente incoerente, já que as descolagens e aterragens são os momentos mais perigosos, lembra-me a minha irmã. Sim, miss HiFly, eu sei, mas os medos desafiam todas as leis da probabilidade e da razão.
E no entanto, sou fascinada por aviões e adoro vê-los a sobrevoar Lisboa, quando se preparam para aterrar. "Olha, vai tão baixinho, quase que tocava naquele prédio", digo, e oiço sempre o Hugo a ripostar: "Claro que não, ele passou muito longe".
Há dias fui entrevistar uma especialista do LNEC, ali na Avenida do Brasil, que tem um escritório com uma janela enorme virada para as traseiras, como um camarote especial sobre o movimento do aeroporto. Eu nunca poderia trabalhar ali, porque passaria o tempo de cabeça apoiada na mão, a sonhar com os aviões. Literalmente a vê-los passar.
Por isso, senhor primeiro-ministro, peço-lhe que não me leve o aeroporto embora. Como é que eu sonho depois?
JH.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Pequenos prazeres

Hoje fui uma revolucionária.
Saí de uma reunião às 20h15 e não voltei ao trabalho!
Apanhei o autocarro da Costa das 20h30 e o da Trafaria das 21h, um verdadeiro record!
Ah que belo prazer chegar a casa e ver um bocadinho do telejornal. Um avião que aterrou bem sem trem de aterragem, um mega acidente na A1 com 80 carros (mas está tudo louco?, não sabem conduzir com distância de segurança, sempre que chove ou há nevoeiro tem de ser isto??), ...
Descobrem-se novos prazeres como arrumar um bocadinho o quarto e poder entrar sem me assustar com a tamanha confusão. Pôr a mesa e acompanhar à confecção do jantar. Poder sugerir assarmos castanhas para comer depois do jantar!
Antigamente não eram prazeres, eram tarefas a que me tentava escapar. Com o desenrolar da vida de trabalho, dá-se importância a estas pequenas coisas do dia-a-dia que me fazem sentir em casa.
A escola era vista como a nossa segunda casa. Na faculdade costumavamos brincar porque era a 1a casa, por lá passarmos tanto tempo. E agora... é bom estar em casa!
JM

Por falar em top 5...

Sempre gostei da ideia dos tops. Havia um filme, o Alta Fidelidade, com o John Cusack, em que ele apresentava os tops 5 de tudo: os cinco piores "breakups", e as cinco melhores músicas para quase todas as situações da vida.
Com o risco de deixar muita banda sonora de fora, este é o meu top 5 de músicas (versão integral, revista e justificada):

1 - Sexual Healing, na versão do Ben Harper - porque me faz dançar e dá-me vontade de cantar aos berros, dentro do carro

2 - Ten, dos Pearl Jam - porque é a banda sonora da minha adolescência e do meu primeiro desgosto de amor

3 - não sei o nome, mas eu chamo-lhe a música do violino, dos REM - "I count your eyelashes secretely..." - porque me faz lembrar tempos mais felizes

4 - A Case of You, Diana Krall - porque gosto de ouvi-la deitada na cama, às escuras, só a voz dela a encher o meu quarto

5 - The Blower's Daughter, do Damien Rice - porque é a música do "closer", um filme que adorei e que me fez chorar o tempo todo, e é a que eu gostava de ouvir no meu casamento.
JH.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Deve ser a isto que chamam...

Um dia de cão!!!

A sério, este dia vai entrar directamente para o top 5 dos meus piores dias .

Comecei por acordar às 06:15 da manhã - deitei-me depois das 02h - com os toques repetidos do telemóvel/despertador do meu irmão, que tinha posto aquilo em repeat, em vez de o desligar de uma vez! Depois de os ouvir a andar pela casa até perto das 07h, adormeci. O meu irmão ligou-me às 9:20 pra me falar de um teste que lhe correu mal. Hum... ainda demasiado cedo pra me levantar. Virei-me para o outro lado. O despertador tocou. Desliguei. Acordei quase às 11:00.
Ok, desta vez é que é. Depois de preparar tudo para ir para o ginásio, o pequeno-almoço tomado e o quarto mais ou menos arrumado, tudo em slow-motion, recebo um telefonema da Câmara.
"Joana, tenho aqui uma notícia, mas era importante que desses isto já".
Certo. O ginásio fica para amanhã. Ligo o computador, escrevo a notícia, e eu o meu garganta funda pede-me pra aguentar o texto. Merda! Está bem, respondo.
Mais uns quantos telefonemas e eu decido engolir uma sandes e uma peça de fruta e mandar a notícia da Lusa. Não, espera, manda já. Está bem, outra vez. Pouso tudo, volto a ligar o pc, acrescento umas coisas e mando a famigerada. Mais 3 telefonemas. Não escrevas assessor, escreve fonte! Não dá, a minha editora já mandou a peça. Esta gente faz-me velha.
Quero sair de casa, mas não encontro a chave do carro. Boa, Joana, desta vez é que a perdeste. Procuro, vou à rua, vejo perto do carro, subo os 17 degraus e volto ao meu quarto. Lembro-me do casaco que usei ontem, vou directa ao bolso e encontro.
Vou pra Lusa, páro para pôr gasolina na via rápida e acelero a fundo. Vou chegar uma hora atrasada!
Chego quando estão a dar as notícias das 15h. Peço pra me abrirem a cancela do parque "Editores only". Vá lá, ponho no 10, a Filipa está de folga.
Saio do carro, tranco a porta à mão e quando vou para abrir a porta do lado do pendura para tirar a mala, o casaco, o pc... vejo a chave do carro, pendurada na ignição, trancada dentro da cafeteira verde! Arrrggghhh! Tenho meia hora para ir para um serviço e tenho apenas os óculos de sol na mão.
Faço uma série de telefonemas e consigo combinar que o Hugo vá a minha casa buscar a chave suplente. Agradeço mentalmente ao meu tio Rui, que faz hoje anos, e que me martelou a cabeça para fazer uma cópia da chave do carro.
Vou para o serviço, uma visita da ordem dos engenheiros ao túnel do marquês. Entra-não-entra, tem ou não autorização... andamos naquilo meia hora até se perceber que "jornalista não entra". Ok, não quero saber. Estou com as minhas botas pretas novas, aquilo está cheio de lama e pó lá dentro e ainda faz mais frio que na rua. O resultado é uma espera de 3 horas à porta do estaleiro, com uma camisola de algodão no corpinho. Dois colegas emprestaram-me cachecóis, mas a coisa não melhorou muito. Juro que gelei até aos ossos!
Regresso à Lusa às 19:20, levanto a chave suplentem, resgato tudo do interior do sapinho, escrevo 2 notícias, faço um telefonema e vou-me embora às 20:30, antes da minha hora de saída.
Faço o caminho de regresso a pensar num jantar quentinho, que me aqueça por dentro e por fora. Estaciono o carro e tranco as portas com a chave.
A mã diz que me faz umas batatas fritas e eu amaldiçoo a proibição de comer ovos estrelados. Decidimos fazer uma pizza e, quando abro o frigorífico, descubro que não há queijo. A mercearia já está fechada.
Janto uma sopa e queijo-fresco, ataco o gelado de nozes de macadâmia que está há décadas no congelador porque a minha força de vontade tem sido mais forte. Mas hoje não.
Hoje tive um dia de cão.
JH.

Uma tertúlia à antiga

Na terça-feira à noite fui a uma tertúlia de jornalistas organizada pela Casa da Imprensa n' A Brasileira, a propósito do centenário das duas instituições. O tema era as tertúlias de antigamente, o hábito que os jornalistas de diferentes redacções tinham de se encontrar depois da hora do fecho e partilhar uma conversa com artistas, fadistas, actores, músicos.
Hoje isso já não acontece e, ao longo da noite, os "mais velhos" e os "mais novos" discutiram o jornalismo de hoje, a nova realidade das redacções, o mercado, as novas tecnologias, blogs vs tertúlias, etc...
Mas o que eu mais gostei daquela noite foi ter estado perto de grandes figuras como o Baptista Bastos, o Mário Zambujal, o Adelino Gomes...
Quando tinha 14 ou 15 anos, li alguns livros do Mário Zambujal. A Crónica dos Bons Malandros, duas ou três vezes, Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê... E aquela figura era tão distante... De certa forma ainda é, porque não consigo vê-los como "camaradas" - a única forma de tratamento possível no jornalismo, porque se chamamos a outro "colega", ouvimos logo um sénior: "colegas são as putas!"
Noutro dia comentava com um amigo que ainda hoje me sinto corar quando digo a alguém que sou jornalista. Quando me perguntam a profissão, a resposta sai-me sempre baixinho, entredentes, meio enrolada. E fico dois ou três segundos à espera da reacção da outra pessoa... Levanta a cabeça, olha para mim novamente, franze o sobrolho, à procura da jornalista atrás deste ar de miúda.
Há dias disseram-me: "Mas ainda tens cara de estudante".
JH.

segunda-feira, novembro 14, 2005

É que hoje fiz um amigo

e coisa mais preciosa no mundo não há!

Não foi hoje, foi há uns dois meses, mas todos os dias ele encarrega-se de me lembrar disso. E eu gosto.
JH.

O frio é psicológico?

Hoje está frio, abaixo de 10ºC eu digo que está frio.
Quem nunca ouviu dizer que o frio é psicológico? Não sei de onde vem essa ideia. Acho que às vezes é e noutras não é.
É: Num dia em que estão 20ºC veste-se o quê? Se estivermos em Dezembro, continuamos com as camisolas grossas e casacos e somos capazes de dizer que não está muito frio. Se estivermos em Julho, continuamos com uma tshirt ou um top e somos capazes de dizer que não está muito calor.
Não é: Quando de manhã estava ameno e de noite saímos do trabalho está um vento cortante e não temos roupa suficiente e começamos a tiritar. Aí estamos com frio e a frase não nos vai aquecer a alma...
E depois temos aquelas pessoas mais idosas que seja inverno ou verão vestem camisola com casaco de malha, invariavelmente preto, e andam de um lado para o outro nos transportes públicos. Será porque não têm calor ou frio? Perdemos essa sensibilidade daqui a uns anos? :oS
JM

domingo, novembro 13, 2005

When truth spreads, AIDS won´t


A cada 15 segundos, uma pessoa entre dos 15 e os 24 anos é infectada com VIH/SIDA. 50 por cento das novas infecções ocorrem dentro desta faixa etária e a maioria não sabe que transporta esta doença.
A Aldo, uma marca de sapatos, lançou uma campanha para apoiar a YouthAIDS. Com a compra de um fio com duas chapas, de inspiração militar, estamos a ajudar a educar e a proteger um jovem contra a doença durante seis meses. Custa 5 euros. Eu já comprei o meu. E tu?
JH.

Voodoo Girl





Her skin is white cloth,
and she´s all sewn apart
and she has many colored pins
sticking out of her heart.

She has a beautiful set
of hypno-disk eyes,
the ones that she uses
to hypnotize guys.

She has many different zombies
who are deeplly in her trance.
She even has a zombie
who was originally from France.

But she knows she has a curse on her,
a curse she cannot win.
For if someone gets
too close to her,

the pins stick farther in.

(The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories, Tim Burton)
JH

sexta-feira, novembro 11, 2005

Azul, essa cor difícil

Desde o 12º ano que convivo maioritariamente com rapazes. Era a turma de Física com poucas raparigas, depois o curso de 5 anos em que nas aulas muitas vezes era a única rapariga, finalmente o mundo do trabalho em que o panorama se manteve e sou a única rapariga do projecto. Trabalhar no mundo dos homens é saudável, dizem que elas são umas intriguistas e criam mau ambiente. Mas há anos que aturo o futebol todas as 2as feiras, quando não é todos os dias com as taças e os campeonatos europeus, e as piadas porcas e os comentários às meninas e... há respeito mas sinto falta das conversas femininas!
A minha cor preferida é o azul e nas roupas é uma cor estranha de se arranjar. Consegue-se arranjar calças, camisas e tops. Mas se há coisa rara de encontrar é saias, sapatos, malas e cintos. Mas porquê? Que raio de nicho de mercado é esse que ninguém explora? Tenho sempre de usar com coisas castanhas ou cremes. Azul escuro com preto fica feio! Será que as tintas azuis são mais caras?
No outro dia tinha desabafado sobre esta grande questão com a minha amiga Diana e não é que ela concordou em pleno? É um mal comum das lojas! Meninas, revoltem-se contra o sistema! Bora fazer uma manif!
:P
Hei-de continuar a minha demanda...
JM

quinta-feira, novembro 10, 2005

E se o casual friday fosse todos os dias?

Assumindo definitivamente as futilidades - sim, porque isto é um blog de duas miúdas.
Eu tenho imensa sorte quanto à roupa no trabalho. Aliás, não só posso vestir-me como quiser como não tenho de esconder que tenho 3 tatuagens - duas nas costas e uma na perna direita - que, de vez em quando, no Verão, dão um ar da sua graça.
Os meus chefes não me dizem nada, os directores até se riem. A miúda é assim, maluca, e ninguém se importa. Acho que o limite é a decência e o bom-gosto. Coisas que às vezes não abundam naquela redacção, mas enfim.
Sou incapaz de me imaginar a ter de usar tailleur, tudo cinzento e boring. Às vezes vou às compras com a Rita, que tem de vestir-se assim, e mostro-lhe um casaco. Giro, fashion e formal. Ela responde: "Não é um blazer". Eu insisto: "Ó Rita, mas é tão giro. Dá pra usar com calças e com saia, fica bem com uma camisa branca." Sem efeito. Na empresa dela só de fato.
Gosto de me poder ser descontraída, de jeans todos os dias, de calças com bolsos de lado, de tops de costas à mostra, do meu anel prateado no dedo do pé e de chocar a minha directora com as minhas unhas cor-de-rosa pink!
JH.

Roupas e outros devaneios

Engraçado, nunca tínhamos tido essa conversa de 'gaja' mas a minha casa tem duas prioridades: uma mega armário desses e uma mega janela a atravessar a sala toda (de preferência com uma vista bonita ou pelo menos solarenga).
Em vez do banco até gostava de ter um cabide em forma de manequim daqueles de pano, sem cabeça, para ver como ficam as combinações. Aqueles normais às vezes metem medo e quando estão no meio das lojas costumo confundir com pessoas :P
Preciso de espaço para pendurar as camisas que enfiadas às 3 de uma vez num cabide ficam todas tortas. Os casacos compridos não ficam esticados porque em baixo estão as camisolas empilhadas numa torre que faz homenagem à de Pisa. E depois tira-se uma do meio e fica tudo desarrumado...
Ainda não tive tempo de fazer a tarefa demorada de mudar a roupa de verão para a de inverno. Normalmente atraso sempre e na altura já faz frio como agora, e penso: "Ena, camisolas quentinhas!" e "Como raio ando eu no verão só com um top fininho e não tenho frio?". Depois quando faz um calor imenso é o pensamento contrário "Xi, como é que sou capaz de enfiar camisolas tão grossas, com camisa e casaco e cachecol e...".
Ter de andar vestida de acordo com o fato é uma seca, é cinzento e desmotivador. Se me apetecer não posso enfiar umas calças de ganga confortáveis e uns ténis que não magoam os pés. Há certas cores que não são aconselháveis e andar com a camisa para dentro irrita-me solenemente. E queria usar brincos estranhos e pulseiras ruidosas e montes de fios e colares sobrepostos. Simplesmente queria poder escolher e dar uso à minha inspiração matinal! Mesmo assim às vezes fujo ao sistema, é a minha manifestação de desagrado pela imposição. Tantas coisas giras nas montras e nas prateleiras das lojas e até no meu armário. Ficam todas à espera do fim de semana para sair e respirar vida saudável.
Abaixo o dress code!
JM

quarta-feira, novembro 09, 2005

Walk-in closet... ou o sonho americano

Gosto do conceito do walk-in closet, uma divisão inteira só para a roupa. Um espaço inteirinho só para mim, com um banco no meio para eu me sentar a escolher a roupa que quero usar. Fútil q.b., mas às vezes também apetece ser assim. As camisolas e t-shirts nas prateleiras, as camisas, calças, saias e casacos nos cabides, os sapatos todos à vista, as malas penduradas e os acessórios em caixinhas. Tudo separado consoante as estações do ano.
Associo muito esta ideia aos americanos, às casas das "celebrities" que são mostradas naquele programa da MTV, o "Cribs", ou à Oprah Winfrey, que oferece visitas ao seu walk-in closet.
A minha mãe conta que quando eu andava na segunda classe (ou, como se diz agora, o segundo ano do ensino básico) escrevi uma composição sobre um baú de brinquedos que tinha na varanda, em que dizia que gostava de poder enfiar-me lá dentro, ser do tamanho de uma das minhas bonecas e conviver com as Barbies e os Barriguitas. É uma ideia um bocadinho à Alice no País das Maravilhas...
Verdade verdadinha é que se eu continuar a acumular tudo e mais alguma coisa, como faço habitualmente, qualquer dia preciso mesmo de um walk-in closet para mim, porque actualmente a minha roupa já ocupa dois armários e duas cómodas. E, já agora, o closet podia vir integrado numa villa italiana, com piscina e à beira do Mediterrâneo... É pedir muito?!
JH.

terça-feira, novembro 08, 2005

Para mim, o Natal é...

Para mim, o Natal significa duas coisas: a difícil ginástica de juntar o máximo de membros da família - tarefa complicada depois do divórcio dos meus pais (apesar da noite da véspera de Natal ser, sempre, com a minha mãe), e dos dois divórcios do meu tio, que deixa os meus quatro primos separados ao meio... Isso além daquela história do politicamente correcto, que mete a minha tia a jantar connosco um ano e no seguinte com os pais do marido, e que vai acontecer também com a minha irmã. Enfim, todos os anos o sorteio é diferente, mas o resultado é o mesmo: estamos juntos, o máximo possível, e isso é bom.
A outra coisa é o ritual de fazer filhós - das redondas e das estendidas - com a minha avó. Todos os anos, a minha avó faz a massa e depois eu e a Milu passamos a tarde a esticar e a cortar a massa, enquanto a Maria Alice frita as tirinhas que lhe vamos passando. Depois eu passo tudo por açúcar e canela e vou comendo uma ou outra, bem quentes, e chego invariavelmente sem fome à ceia de Natal. Passamos a tarde nisto, começamos sempre demasiado tarde e acabamos as filhós quando a minha mãe já está quase a servir o bacalhau. Rimo-nos com as formas que as filhós redondas ganham dentro da fritadeira - olha, parece um pintainho. olha o biquinho, os olhinhos, diz sempre a Maria Alice - e encolhemos os ombros quando ela avisa que "este ano, a massa não ficou boa", ou quando ela garante: "para o ano são vocês sozinhas, que eu já não aguento isto". Mas todos os anos ela está lá e eu não quero pensar em fazer filhós sem a minha avó.
Este ano não sei mesmo como vai ser. Se Deus quiser, nessa altura já a Milu terá tido o meu primo, o "chefinho", o nome que o Tomás deu ao irmão que vem aí. Temos de angariar mais uma trabalhadora, ou então, fico só eu e a avó.
Gosto de juntar esta família meio desconjuntada que é a minha, com tantas histórias infelizes, mas mesmo assim com capacidade para sorrir, às vezes.
Nunca tivemos o hábito de ir à Missa do Galo, talvez porque quase sempre houve crianças pequenas, que não aguentavam até à meia-noite. Só conseguimos fazer isso há dois ou três anos. Fomos todos à Trafaria, e lembro-me de estar muito frio, e de os primos mais velhos tentarem disfarçar o riso quando o Bruno se atrapalhou no Pai-Nosso.
Por isso, cada vez me entristece mais esta loucura das compras, os shoppings cheios o dia todo, a azáfama, o apelo ao consumismo. Isso está tudo tão longe do que o Natal devia ser...
Por isso, primeiro por falta de dinheiro, mas depois porque gosto do princípio, tenho tentado fazer os presentes, imprimir algo pessoal naquilo que ofereço às pessoas. No ano passado, comprámos frascos de vidro grandes e molduras no ikea, que decorámos com fotos tiradas por nós. Os frascos foram enchidos de "pupias", uns bolinhos tradicionais da minha família, segundo receita da minha bisavó, a avó Júlia, que nos seus últimos tempos tinha por hábito mudar as divisões da casa, empurrando os móveis com o rabo. Eu e a minha avó fizemos centenas de "pupias", depois eu atei umas receitas aos frascos e decorei-os com ráfia. Acho que ficou giro e que as pessoas gostaram da ideia. E eu gostei de ter dedicado tanto tempo àquilo.
Assim o Natal fez mais sentido.
JH.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Já cheira a Natal

As iluminações de Natal já estão montadas há algum tempo e se formos a um centro comercial, essas mecas do consumismo, já todos têm umas alusões à época que se avizinha. Já se tropeça nas pessoas cheias de sacos de compras, que estão já decorados com vermelhos e prateados. Seria inteligente começar a fazer as compras de Natal antecipadamente. Nas vésperas parecemos umas baratas tontas à procura do presente ideal e a desesperar nas filas para pagar. Porque os embrulhos podemos fazê-los em casa nesse ritual giro de depois nos esquecermos de colocar etiqueta com o nome e nos baralharmos. Só faltam as ideias e já agora o orçamento disponível.
A acompanhar as castanhas quentinhas também se pode comer o bolo rei cheio de frutas e com o suspense de cada fatia trazer o brinde.
O frio começou a sentir-se e a chuva tem dado lugar ao sol. Gosto destes dias, frios mas com sol. A luz parece diferente e mais bonita. Há quem diga que Lisboa é a cidade que tem a melhor luz da europa, que se reconhece nos anúncios e filmes quando se vê no estrangeiro.
Sei que se for para fora vou ter saudades dessa luz a que estou habituada. Faz parte!
JM

sábado, novembro 05, 2005

Trabalhar ao sábado

Na minha vida de trabalhadora com horas a mais todos os dias, também se incluem sábados, às vezes domingos, feriados e noitadas. Não tem muita piada porque o fim-de-semana a que estamos habituados encurta-se, não convém deitar tarde na véspera e atrapalha os cinemas, jantares e copos típicos do fds.
Pelo lado bom da coisa, há menos trânsito e gente na rua, mas também menos oferta para almoçar e lanchar, e as máquinas de comida já só têm chocolates e pacotes de batatas fritas.
Se pensarmos que os 5 + 2 dias da semana não têm de ter a distribuição habitual, lembramo-nos que há sempre pessoas a trabalhar nesses períodos menos apetecíveis.
Os centros comerciais têm sempre as lojas, restauração e hipermercados abertos. Já cheguei a ir ao Jumbo às 11 e tal da noite e a entrar na Zara às 23h55. Nessa altura a senhora devia estar a odiar-me e a desejar que não a incomodasse. Mas normalmente eles trabalham em part-time e já não faz confusão os horários fora do "normal".
Nos feriados (Natal, ano novo, etc) há sempre médicos nos hospitais, técnicos de piquete, seguranças nos bancos, jornalistas na tv, locutores nas rádios, maitres nos hotéis... Os padeiros, pescadores e "homens do lixo" (qual o nome da profissão deles?) trabalham sempre de noite e os distribuidores de jornais e revistas andam pelo país madrugada fora.
As previsões do futuro, com o aumento de população e das necessidades inerentes, apontam para as lojas abertas 24/24. O que implicaria pessoas a trabalhar nos escritórios às 3 da manhã e compras de supermercado às 5.
A evolução ou simplesmente o mudar dos hábitos vai-se construindo a cada dia.
E vou voltar ao trabalho.
JM

sexta-feira, novembro 04, 2005

Back in business

E pronto... Estou de volta de umas mini-férias (por que é que as férias sabem sempre pouco?!)... Deu pra descansar e, acima de tudo, foi muito bom voltar a Santiago. Feels so right...
As férias serviram também pra eu descobrir o su doku. Tenho a mania de resisitir a este tipo de modas... embirro com aquelas coisas que aparecem e que de repente toda a gente "adora". Chama-se mau feitio.
Mas decidi ver como é que aquilo funciona e... gostei! Aquela coisa é viciante.
Quanto aos EMAs: também fiquei intrigada com a falta de bilhetes. Se eles tinham 7.000 convidados e 3.000 com bilhetes, dava 10.000 pessoas, muito menos do que o que o Pavilhão Atlântico leva... mesmo com um grande palco e tudo, dava pra mais umas 5 ou 6.000 mil pessoas! Mas foi bonita a festa, pá!
Também gostava de ter ido, mas não seria capaz de ficar nas filas à espera de comprar bilhetes... Isso é outra coisa q me lixa: ainda me lembro de conseguir comprar bilhetes para um concerto em condições de gente. Agora é uma loucura pra tudo: gente q dorme às portas das bilheteiras, filas intermináveis... Que seca!
JH.

MTV MA 05

Ontem foi a entrega de prémios da música europeia da MTV.
Um espectáculo que eu gostava de ter assistido e não consegui. Mesmo tendo a minha mãe passado mais de 4h de pé na fila para a venda de um número irrisório de bilhetes. E vem-se a saber, porque se viu na TV e ouvi de pessoas que lá estiveram, havia muitos lugares vazios! Mas porquê? Já nos U2 foi a mesma coisa. Medidas de segurança para não lotar o espaço? Estupidez dos patrocinadores? Ou ideias pouco certas das pessoas que tinham bilhete e não querendo ir os punham à venda por preços proibitivos?
Esta máfia de venda dos bilhetes irrita-me. Eu fui aos U2 assim, paguei 100eur por um bilhete de 81eur. Arranjava para ontem a 125eur quando o preço normal seriam 50eur. Pior, andam a vender bilhetes para os Coldplay a mais de 100eur quando o meu custou 27,5eur. Mafiosos!Porque será que gostamos tanto de certas músicas, grupos, cantores? O meu pai criticava porque as músicas eram feias, muito ruído, vestimentas pouco adequadas, vozes desafinadas... Alguns grupos são estranhos e o meu gosto também não dá para tudo, mas faz parte do espectáculo.
Na apresentação do nosso único prémio, achei que a nossa oferta está ao nível das europeias e que merecíamos mais atenção do público, tanto português como estrangeiro!
PS: E porque raio o Luís Figo e o Nuno Gomes falam tão mal inglês? Eram duas frases simples!JM

quarta-feira, novembro 02, 2005

Gravador de Pensamentos

Era tão bom que houvesse um gravador de pensamentos para registar o que me passa pela cabeça quando estou na cama a pensar no dia que passou e no dia seguinte. As coisas que me esqueci de fazer, de dizer, os mails que quero enviar, o cd que tenho de levar, os posts que vou fazer no blog... Por vezes começam a ser tantos os itens a lembrar que me levanto e escrevo numa lista.
Eu faço listas para tudo, compras, afazeres do dia, reminders, despesas...
Na altura dos exames e testes dava jeito ter o gravador porque me ia lembrando das fórmulas que tinha decorado, dos nomes científicos e números estranhos necessários. O que nos faziam decorar e que hoje em dia não tem utilidade aparente!
Esse "estrago" neuronal será bem visto como um investimento, para exercitar o modo de pensar, raciocinar, associar ideias, mnemónicas...
Hoje em dia o pessoal queima as pestanas com o sudoku. E sobre esse tema é muito engraçado perceber mais uma vez como somos todos diferentes uns dos outros. E nem por isso melhores ou piores, simplesmente diferentes. Cada um tem a sua técnica de preencher os números, e normalmente essas tácticas diferem e muito. O que interessa é chegarmos ao mesmo fim, por caminhos mais ou menos sinuosos! :o)
JM

domingo, outubro 30, 2005

Está decidido: vamos voltar a Santiago.

Mudou a hora.

Gosto quando atrasamos os relógios. Aquela sensação de pôr o relógio a andar pra trás durante a noite, e ficarmos a saber que temos mais uma hora pra estar no quentinho... Hum, tão bom!
Agora, há uma coisa que me faz uma confusão danada. O Hugo tem um vídeo que tem sempre uma hora a mais que a real, e apesar das muitas tentatativas, é impossível pôr a hora certa. O pior é que, quando muda a hora, duas vezes por ano, o cabrão adivinha e também muda. Mas muda mal. Desta vez avançou uma hora em vez de atrasar, por isso agora mostra duas horas a mais.
Olha, acabei de reparar que o meu pc também mudou a hora sozinho! Outro!
Algum génio me explica quem é que os avisa?!
JH.

sábado, outubro 29, 2005

We're so over we need a new word for over.

É uma frase que a Carrie diz ao Mr. Big na sala de espera do hospital onde está a Natacha, depois de se ter magoado numa queda nas escadas. Natacha volta mais cedo das férias na praia e encontra a Carrie em sua casa, que tinha voltado para o Mr. Big, apesar de namorar com o Aidan. Carrie desce as escadas do prédio do Big a correr, e a Natacha persegue-a, mas cai e magoa-se na boca. Carrie não consegue virar as costas e leva-a ao hospital.
E ali, na sala de espera, acaba tudo com o Mr. Big.
Mesmo depois de estar tudo terminado, Carrie conta a verdade ao Aidan, que se vai embora. E é um dos mais tristes momentos do "Sexo e a Cidade", durante a cerimónia de casamento da Charlotte. Para mim, que defendo sempre o Aidan. So loveable... Tenho uma tendência para as histórias trágicas e partilho a dor dos doentes de amor.
Mas esta frase é uma ideia que sempre me fez pensar. A ideia de que já não há mais nada a dizer um ao outro. Em que já se está para além das palavras, dos sentimentos, dos gestos. Mas a pergunta é: como é que se chegou aqui?
JH.

Bom dia!

Bom dia!
É sábado, está frio, mas eu não me importo, porque estou de férias!
O terramoto já acabou, mas na sexta-feira ainda fez estragos na minha vida.
Fui à posse - sim, Bil, eu não escrevo tomada de posse, já sei que é redundante - do Carmona. CAOS!
Centenas de pessoas - estavas lá, Mafalda?! não te consegui ver no meio daquela confusão - a multiplicarem-se em cumprimentos. Mas quem é aquela gente toda?
Instalei-me no gabinete do assessor da cml e escrevi de lá 3 notícias. uff... Saí com muito pouca paciência para rever os textos do terramoto com a devida atenção. Desculpa, Pi!
Agora é altura de parar, respirar fundo e aproveitar o descanso. Mas não desapareço durante muito tempo...
JH.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Filme "Les Poupées Russes"

Sou muito a favor de ir ao cinema, para descontrair, aprender e surpreender os nossos pensamentos. Também recomendo algumas das centenas séries de TV, que a FNAC (essa grande loja) tem à disposição.
O filme desta semana foi "As bonecas russas". À primeira leitura, o título é bastante enganador, não inspira muita confiança. Se pensarmos nas matrioscas, aquelas bonecas russas (pois então) que estão umas dentro das outras e que estamos sempre na expectativa de saber quando é a última, a mais pequenina. Se disser que é a continuação de "A Residência Espanhola" então acho que já ganho mais adeptos.
Para quem queria ter a experiência de erasmus é a escolha certa para ficar com inveja e rir com as aventuras e desgraças dos outros. Talvez se adeque à nossa situação actual ou à futura a curto prazo. A vida muda, acontecem muitas coisas, alegrias e tristezas, dúvidas e incertezas. Mas os amigos ficam!
As críticas dos críticos são sempre díspares, raramente chegam a um consenso. Talvez se explique pelo dizer "Gostos não se discutem!" e "Se todos gostássemos do mesmo, coitado do amarelo", ??? porquê o amarelo?
Recomendo!
JM

Eu, ME, Je, Wo

Olá! Achei que devia apresentar-me perante a nossa potencial audiência.
Tenho 24 anos, sempre vivi nessa bela terra (hoje cidade) Costa da Caparica. Sim, fica na Margem Sul, esse lugar que os lisboetas acham tão distante mas demoram o mesmo tempo que eu a chegar ao trabalho... Um lugar muito mais calmo, com muito menos poluição do ar e sonora, com o belo do mar a 5mins de casa e os passarinhos em vez dos apitos dos carros.
Sou mistura de tuga com chinoca, toda a vida me chamaram "chinesa" e sempre odiei esse comentário dito com alguma diferença. Como se eu fosse mesmo amarela, falasse de certeza chinês, comesse comida chinesa todos os dias em casa e sempre com pauzinhos, como se soubesse todas as artes marciais e conhecesse toda a China... De facto, em quase todas as refeições caseiras aparece o arroz, mas também há a soupa de legumes que de chinês não tem nada. E a mania de dizer"arigato" e outras coisas nipónicas quando o japonês nada tem a ver com o chinês?
Estudei na Anselmo como a Joana, mas já nos conhecíamos antes da C+S da Costa da Caparica, que hoje se chamaqualquer coisa como EB 2 3 da Costa da Caparica. Estreámos a escola que já fez 10 anos. Essa passagem pelos teens, a dúvidas existenciais, os amores iniciados...
Licenciei-me no curso de Engenharia Informática e de Computadores tirado com muito sofrimento no Instituto Superior Técnico. Orgulho-me de ter feito o curso em 5 anos num tema que não é de certeza a minha preferência. Odeio programar!
Adoro viajar. E se não fiz erasmus para não perder um ano, agora estou a fazer os possíveis para ir lá para fora uns tempos. Trabalhar, estudar, viver... é um sonho que quero realizar!
Isto não é o da Joana! É o das Joanas!
JM

quinta-feira, outubro 27, 2005

R.I.P.

Vais acabar em Dezembro, diz o Público de hoje. Não se pode dizer que seja uma notícia totalmente inesperada. Há muito que assistíamos às crónicas desta morte anunciada. Desde logo quando emagreceste e começaste a aparecer todas as semanas em nossas casas. E ainda por cima não tínhamos de pagar nada por ti, porque vinhas, coitadinha, agarrada a dois jornais de referência ao sábado, que eu, aliás, comecei a comprar só para te ter. Ainda por cima não tínhamos de pagar nada por ti. E isso, nesta sociedade consumista, é o mesmo que não dar valor às coisas.
O Expresso é bom, custa três euros. A Grande Reportagem sai com o DN e o JN.
Apesar de não seres mais a mesma Grande Reportagem que eu comprei anos a fio.
Lembrei-me agora do Pedro Loureiro, o fotógrafo que embelezava as tuas páginas e que eu conheci no Creoula. O que será feito dele, quando tu não fores mais que uma recordação? E do Joel Neto, o fã do Sporting que detestava o Peseiro, e que eu conheci uma vez na Assembleia da República, quando ele preparava uma peça sobre aquela gente...
Foi por tua causa que eu comecei a admirar o Miguel Sousa Tavares e, depois, o Francisco José Viegas. Um já descobri, falta-me o outro...
Alguns artigos pioraram quando passaste a semanal, a Cidália compensou um bocadinho. Mas eu tinha uma relação afectiva contigo e por isso não te quis abandonar, como muitos fizeram, quando mudaste. E agora mataram-te. E eu estou triste, pronto.
A outra má notícia que o Público hoje traz - além de que não posso comer ovos estrelados nem mexidos, maionese caseira, mousse ou salame por causa da gripe das aves - é que o DNA pode ser reformulado, extinto ou ficar como está. Isto dito assim não é nada, porque na prática todos os cenários são possíveis, mas uma coisa é certa. Andam a pensar em mexer nele. E isso não é bom.
JH.

O Dia do Terramoto

E o Terramoto entrou na minha vida... assim, com letra maiúscula e tudo. É oficial...
Desde a semana passada que só penso no terramoto por causa de quatro peças que têm de estar prontas amanhã à tarde. E eu ainda ando nas entrevistas...
Os efeitos da catástrofe estenderam-se ao meu quarto, que parece a Baixa depois dos sismos, do tsunami e dos incêndios. O que vale é que sábado isto acaba tudo e depois só tenho de esperar 50 anos para voltar a escrever tudo de novo na altura dos 300 anos após o Terramoto.
JH.

quarta-feira, outubro 26, 2005

O mundo Blog

Porque gostamos de escrever!

Anselmo, meu Amor

Os profs da Anselmo pediram-me (através da minha mãe... ) que escrevesse um pequeno texto sobre mim e a minha relação com a escola, para editar no jornal deles. Até me esqueci da tarefa durante alguns dias, mas anteontem lembrei-me de repente que tinha de escrevê-lo e, mesmo em cima da mesa de jantar, na cozinha, arredei os pratos ainda com restos de comida e escrevi isto, assim, tudo de enfiada. Efeitos retardados do SPM, diria eu. E aqui vai:

Da “Anselmo”, escola onde fiz o secundário entre 1995 e 1998, recordo principalmente o orgulho que sentia de aqui estudar. Era frequente perguntarem-me se estudava na “Anselmo”, como se nós, os alunos, tivéssemos uma marca invisível que nos identificava.
Acreditava na altura, e ainda acredito, que me faziam esta pergunta só para confirmar, porque a “marca” estava evidente na minha formação… e não por me acharem uma betinha!
Da “Anselmo”, recordo a simpática psicóloga, a doutora Julieta, que ainda no 9º ano, me ajudou a escolher a área que eu iria seguir. Grande aptidão para Matemática e para Humanidades, revelaram os testes psicotécnicos. E eu preferi a segunda hipótese, porque sempre me imaginei em “Letras”, apesar de hesitar na escolha da profissão: advogada, psicóloga ou jornalista?
Recordo também as minhas incursões na associação de estudantes, dos meus colegas e amigos, que às vezes encontro nesta fase de “adultos”. Uns são advogados, outros enveredaram pela psicologia ou pela assistência social. Há dias encontrei o João, que acompanhava como estagiário do Correio da Manhã uma visita do Santana Lopes…
Lembro-me da minha querida professora Helena Cruz, que me avivou o gosto pela História. Da bem-disposta professora Isabel Amaro, que entrava na sala a exigir que abríssemos as janelas todas, e que me contagiou com a paixão pelo Português. Das amáveis professoras de Alemão, Inês Pereira e Gracinda Dias, a quem eu pedia que me ensinassem a pronunciar este meu apelido germânico que ainda hoje me dá tanto trabalho a soletrar. Das afáveis professoras de Geografia, do professor Fontes Rosa, a disciplina de que eu menos gostava, apesar de não dispensar as minhas aulas de aeróbica no ginásio. Do professor substituto de Métodos Quantitativos, cujo nome esqueci, que repetia à exaustão “desmistifiquem isto”. E do recentemente desaparecido professor de Inglês, José Luís Gageiro, com o seu humor e sarcasmo tipicamente “british”, que me desafiava constantemente a superar os meus próprios limites e a quem devo o hábito de distinguir as matérias por cores, o que transformava as folhas dos meus cadernos em arco-íris.
Lembro-me também das funcionárias, em especial da Paula da reprografia, que tirava centenas de fotocópias das enciclopédias da biblioteca quando eu metia na cabeça que havia de fazer um trabalho de história que mais parecia uma tese de mestrado.
Oito anos após ter saído da “Anselmo”, é com alegria que aqui regresso por vezes, quando um professor me convida para falar da minha (ainda pouca) experiência no jornalismo, e aproveito para cumprimentar algumas das pessoas que me ajudaram a ser quem sou hoje.

Ó pra nós

Bom dia! Já temos foto!
:)
JH.

terça-feira, outubro 25, 2005

O meu primeiro post

As mãos transpiram de ansiedade. A respiração torna-se mais ofegante. Os dedos hesitam sobre as teclas do laptop que a empresa lhe ofereceu. E se eu não conseguir? E se não tiver ideias? E se não tiver mesmo nada de jeito para escrever?
Então isto vai ser assim: eu e a Joana vamos escrever aqui, como ela prometeu, "tudo o que nos vier à cabeça". Mas mesmo tudo... Até já.
JH.