terça-feira, maio 30, 2006

VIPs

Numa cidade tão cosmopolita, era frequente ver limousines e carros com vidros fumados. Na TV vi que o George Clooney que estava em NY mas não tive a sorte de o ver na rua… Acho eu, porque até me posso ter cruzado com ele numa limousine, ou com a Madonna…
Os VIPs são pessoas normais, mas por serem ou ficarem conhecidas tornam-se pessoas normais mas de referência. Eu também gosto de ler coisas sobre eles, gosto do par Jolie&Pitt, e a criança deles deve ser muito bonita, a avaliar pelos genes que vai herdar… gosto de actores e músicos. É giro vê-los, “olha tá ali o Granger” que foi ao mesmo cinema que nós no Domingo.
Conheço algumas pessoas que aparecem em revistas e já presenciei cenas de fãs que são estranhas, incomodativas. Ao princípio parece engraçado, mas quando uma pessoa não está para aí virada ou os fãs não têm a sensibilidade suficiente de respeitar a pessoa e o seu espaço, torna-se chato.
Mas “estrelas” internacionais ainda tem uma “excitação” maior. Uma coisa é ver as nossas bandas e músicos em concertos. Actores já é mais difícil mas…
Estávamos no MOMA e o Pedro diz “olha quem está ali de chapéu”. Era o Colin Farrel! Acompanhado com uma menina, acho eu desconhecida, ambos de chapéu, e depois aos beijos num banco. Num museu, estar de chapéu de coco chama a atenção… mas pronto, é apreciador de arte, só lhe fica bem ao temperamento algo conflituoso.
Na loja de brinquedos FAO Schwartz estava o Ron, do Harry Potter. Perfeitamente cenourinha, cara de adolescente, com o pai, a ver uns bonecos. Até apetecia ir falar com ele, do género, “olá, gostamos de te ver nos filmes, fazes um bom trabalho”, todos nós apreciamos elogios de apoio. Mas bolas, não nos conseguimos lembrar no nome verdadeiro dele. Do Harry e da Hermione ainda sabia-se mas o Rupert Grint… O Pedro até queria tirar uma foto com ele, mas era chato. “Olá Ron”, coitado, não se chama Ron.
Imaginar o príncipe William na rua a sair à noite, a Gwyneth a passear os filhotes, a Mischa às compras… nem podem fazer vida normal sem óculos escuros e chapéus. Se não os têm é porque são feios ou desleixados sem maquilhagem ou com cara normal de quem saiu da cama. Se os têm é porque dão nas vistas.
Fazem parte da sociedade, diferenciam-se. E nós gostamos.

JM

segunda-feira, maio 29, 2006

Sobre a praia na Costa, no fim-de-semana

I got bugs
I got bugs in my room
Bugs in my bed
Bugs in my ears
Their eggs in my head
Bugs in my pockets
Bugs in my shoes
Bugs in the way,
I feel about you
Bugs on my window
Trying to get in
They don't go nowhere
Waiting, waiting...
Bugs on my ceiling
Crowded the floor
Standing, sitting, kneeling...
A few block the door
And now the question's:
Do I kill them?
Become their friend?
Do I eat them?
Raw or well done?
Do I trick them?
I don't think they're that dumb
Do I join them?
Looks like that's the one
I got bugs on my skin
Tickle my nausea
I let it happen again
They're always takin' over
I see they surround me, I see...
See them deciding my fate
Oh, that which was once...
was once up to me...
Now it's too late
I got bugs in my room...
one on one
That's when I had a chance
I'll just stop now
I'll become naked
And with them...
I'll become one

("Bugs", Vitalogy, Pearl Jam)

PS - ó bichinhos, vão-se lá embora, que a malta quer ir prá praia ouvir os Poff Poff ao pôr-do-sol e curtir os anos da Loira!!

JH

sexta-feira, maio 26, 2006

Mescla de culturas

No último dia fomos para o Harlem, à aventura, para assistir a uma missa com Gospel. Nenhum de nós é particularmente crente, mas fazem-se tours turísticas para ver as cantorias e é algo realmente diferente. Já fui a missas cá em Portugal, e a JH foi recentemente a uma e disse que os cânticos eram projectados na parede para serem seguidos, muito à frente!
Lá fomos a uma avenida e escolhemos uma igreja que tinha alguns turistas à porta, mas sem ser um autocarro inteiro deles. Era digno de filme, ou como nos filmes. As pessoas todas vestidas com roupa de domingo, vestidos e fatos completos, os miúdos direitinhos, elas com vestidinhos e eles com fatos de tamanho grande a parecer que eram dos pais ou manos mais velhos, senhoras de chapéus e grandes unhas, todos aperaltados como já é raro ver. As senhoras que cantavam e a senhora do piano tinham uma batina cor lilaz. Enquanto cantavam, andavam compassada e lentamente, acompanhando o ritmo com palmas.
Deram-nos um plano da missa, com os números dos capítulos e parágrafos a ler e cantar, as partes constituintes do período religioso. Era engraçado mas foram duas horas compridas e estranhas.
O padre estava muito entusiasmado, gritava e ecoava os ámen e aleluia assim repetidos, tipo “ámen-amen-amen” e “aleluia-aleluia!”, e saltava por detrás do seu “posto” (confesso que o meu vocabulário para este tema não é muito rico).
Por várias vezes solicitaram a contribuição, ora com os miúdos e senhoras que vinham com os cestos, ora por as pessoas se levantarem e depositarem as ofertas num recipiente maior. Suponho que seriam para várias causas, mas nós só contribuímos uma vez.
Houve a parte em que todos os visitantes se apresentaram, brasileira, espanhol, franceses, italianos, suecos e portugueses, claro. Engraçado o encontro de culturas, mas éramos todos turistas, nem todos entraram no início e muitos saíram antes do fim.
No tal plano havia indicação para rezar pelos doentes, e tinha o nome das pessoas que estavam doentes nessa semana. Depois para rezar pela igreja todos os dias às 18h. E como a igreja fazia anos na semana seguinte, pediam a contribuição de todos com cento e tal dólares (já não me lembro do número exacto), mas se pudessem para dar o dobro, e tinha escrito os duzentos e tal que faziam o dobro. Pois…
Levanta, senta, levanta, senta, lê, levanta, discursa, senta, sermão (súbito sono partilhado por todos), levanta, cumprimenta, senta, levanta…

Depois da missa fomos comer. O Harlem era inquietante, e a oferta de locais de comida era estranha. À aventura, entrámos num de comida senegalesa, acho que era isso, tipo afro-american. Tudo era muito picante, estranho, falavam francês com pronúncia africana, não quisemos questionar o aspecto da cozinha nem a descodificação de todos os ingredientes. Mais uma experiência!

JM

quinta-feira, maio 25, 2006

Compras

Um íman aqui, um postal ali, uma tshirt pa mim, outra pa amiga, um museu, um livro… e de repente já se foram os dólares todos, que raio, não comprei nada de especial!
Já há muitos anos que tenho o hábito de apontar as despesas, precisamente para perceber onde foi gasta a moeda estrangeira, que flui rapidamente.
Ainda não encontrei outro país ou cidade com tantos centros comerciais como em Lisboa/Portugal. Nos países nórdicos, nem auto-estradas nem centros comerciais. De resto, o comércio é quase sempre praticado em lojas de rua, mercados e afins. Como a Baixa ou Guerra Junqueiro mas sempre em grandes escalas.
Em Londres existe a enorme Oxford Street. Em NY existem várias avenidas gigantes, sempre em escala maior. A 5ª avenida, a Madison, a Park, a Lexington, a 42ª, a 8ª, a Broadway…
Lojas e lojas, algumas marcas conhecidas, como a Gap ou a Timberland, são bastante mais baratas. E há muitas outras diferentes, alternativas, grandes, cheias de coisas giras onde qualquer um se perde. Sempre mais oferta do que as lojas do costume que encontramos cá.
E os horários de abertura são alargados, domingo de tarde está tudo aberto, o supermercado local fecha muito tarde, MacDonalds abertos 24h…
Pela Diana sabe-se que gozam menos férias. Sabe-nos bem os 22 ou 25 dias por ano, temos sol, gostamos de praia. Mas também se sabe que os níveis de produtividade tuga ficam aquém das expectativas ou níveis desejados…

Quando se está no estrangeiro, a passear durante todo o dia, há sempre o dilema de onde satisfazer as necessidades básicas, o xixi. É sempre chato ter WCs públicos mal-cheirosos, sujos ou a pagar. Um aspecto curioso em NY é existirem WCs nas lojas. Elucidada pela Diana, estava numa Barnes & Noble (milhares de livros para comprar!) e vai de perguntar se tinha Toilets. Pois claro que sim. Weird, mas muito funcional!
E costumam ter o aviso escrito de que os empregados devem lavar as mãos “after use”. Pois claro que sim, mas fica a lembrança! Viva a higiene!
Entrámos na Tiffanys só para ver. E havia pessoas “finas” em fila de espera para o elevador. Ficámos com a sensação de que existiriam outros andares destinados a pessoas mais selectas e endinheiradas…
Fomos à FAO Schwartz. A mega loja de brinquedos que tem o piano no chão, tocável com os pés, com luzes a acender. Quem viu o filme “Big” com o Tom Hanks, sabe qual é. Havia uma fila de miúdos descalços para brincar no piano. Também queria!...
Relojoarias é coisa que não se vê, como aqui temos às dezenas nos centros comerciais, por isso não percebi onde eles compram os relógios. Havia zonas só de joalharias, cheias de rabis, onde existiam relógios mas dos categoria jóia, como Rolex’s e afins.
Poupa-se no alojamento (Obrigada Diana e João!) e gasta-se nas lojas, em comida, transportes, diversão e afins.

O tal edifício de golf, cheio de varandas abertas para mandar umas bolas com vista para o rio...


JM

quarta-feira, maio 24, 2006

Americanices (parte 2)

Apesar de por vezes parecerem um bocadinho “básicos” ou “duh”, os americanos são simpáticos. E claro, muito nacionalistas, bandeira, God Bless América, etc.
Uma vez estávamos no meio da rua a olhar um mapa e uma rapariga perguntou se estávamos perdidos e se queríamos ajuda. Já eu tive vontade de fazer isso mas…
Aconteceu-nos mais que uma vez sentarmo-nos no metro ou bancos públicos sem ser ao lado um do outro, porque não havia lugar vago, e as pessoas, ao perceberem que estávamos juntos, perguntam se querem trocar, levantam-se e cedem o lugar. Parece-me uma atitude muito simpática. E já tinha acontecido à minha mana quando ela lá foi em Outubro do ano passado (as fotos com data são dela).
Aqui, nos transportes, já vi pessoas a fingir que não vêem quando uma grávida procura lugar sentado.
“Não se deve generalizar”, foi a resposta da Odete Santos ao RAP (Ricardo Araújo Pereira, um gato fedorento), no programa Dança Comigo este Domingo, foi o máximo!
Mas pelos exemplos que temos, a amostra serve de opinião. Os “estadounidenses” são “sympas”.
Mas também são esquisitos. Via-se com cada um e uma, vestidos de maneira muito estranha, com aspecto descontraído diferente. Nos bairros de cada “nação” proliferam chinocas e italianos. Depois temos os “finos” Soho, Greenwich Village e o temível Harlem. Apesar de não ter visto nada de mau, estava receosa. E não nos aventurámos no Bronx. Chega a visão exposta pelos filmes!

Bandeiras em todo o lado, claro. Enjoo. A nossa só se vê mais por ocasião de europeus e mundiais de futebol. Temos pouco a cultura do nosso país e bandeira.

É absolutamente obrigatório reciclar. Os sacos do lixo dos prédios são revistos (bela profissão!) e se não for feita reciclagem, multa com eles! Apoiadíssimo! E por isso viam-se sacos do lixo transparentes (menos mau para o desgraçado da tarefa de ver o lixo dos outros).
É absolutamente obrigatório apanhar os dejectos caninos, os sinais da rua advertem para a situação e têm um “It’s the law!” em letras bem visíveis. CC, multas pesadas. Apoiadíssimo! Vivam as ruas livres de porcaria!

E o papel higiénico é mais largo. Pelo menos o da casa da Diana era. E porque não? Tem mais superfície para limpar e pronto. E as sanitas têm aquela forma que implica ter muita água (e tudo o resto que venha) visível num nível mais “próximo”.

Diferente não é necessariamente bom, nem mau. É diferente e a alternativa é sempre bem-vinda. Resistência à mudança? Existe sempre.
Eu até comprava o papel higiénico mais largo, mas o de cor preto da Renova de facto faz-me confusão. Mas é um best-seller em países ricos para hotéis de luxo!



A bolsa. A bandeira não engana!
















JM
ALWAYS ON MY MIND

Maybe I didn't love you quite as good as I should have,
Maybe I didn't hold you quite as often as I could have,
Little things I should have said and done,
I just never took the time.
You were always on my mind,
You were always on my mind.
Maybe I didn't hold you all those lonely, lonely times,
And I guess I never told you,
I'm so happy that you're mine,
If I made you feel second best,
I'm sorry, I was blind.
You were always on my mind,
You were always on my mind,
Tell me, tell me that your sweet love hasn't died,
Give me, give me one more chance to keep you satisfied,
If I made you feel second best,
I'm sorry, I was blind.
You were always on my mind,
You were always on my mind.

Ontem à noite, no Casino Lisboa, no espectáculo Wild Women Blues - Linda Hopkins, Maxine Weldon e Mortonette Jenkins, num tributo a Ray Charles. LINDO!

JH

terça-feira, maio 23, 2006

Mais americanices (parte 1)

Eles têm notas de 1 usd, as “singles”. E nós também devíamos ter! De 1 e 2 euros, que valem mais que 1 e 2 usd, porque em moedas desvalorizamos e achamos que é pouco dinheiro. Mas nos restantes países da moeda única, 1 e 2 euros para eles é de facto pouco dinheiro. Os arrumadores coitadinhos em vez de 100paus, recebem 1 eur que é o dobro!
E depois em certos sítios anunciam que não são obrigados a aceitar notas superiores a 20usd. Ok. Mas os turistas vão sempre prevenidos com notas de 100usd e isso pode ser um problema para as usar/trocar. Convém escolher certas lojas e usar com compras de montantes superiores a 20usd, mas mesmo assim eles olham desconfiados para a nota, passam a caneta ou testam na luz roxa.
É raro ter notas de 50eur na carteira, para não mencionar o olhar curioso quando se vislumbra uma nota de 100 ou 200eur. De 500eur nunca vi! Quem manda ter dinheiro alto em país de pouco capital?

A TV da casa da Diana & João era uma confusão. Requeria mais de 1min de instruções para perceber como se mudava de canal e aumentava o som. Centenas de canais, alguns nossos conhecidos, outros que não lembram ao diabo. Mas o pormenor de ter as séries de tv disponíveis para ver quando se quer é muito fixe. O episódio novo da série dá hoje, passado um tempo, no máximo no dia seguinte, está na lista e é só escolher para ver. Bem como os anteriores da mesma série, se os quisermos rever. Assim podemos ver quando tivermos disponibilidade em vez de ir a correr para casa porque está quase a começar ou nos esquecermos. Aqui já vai havendo qualquer coisa digital mas…

Um T1 em Manhattan é coisa para custar 1 milhão de dólares. Barato, portanto.
O hotel do Home Alone, onde o miúdo ficou e usou bem o serviço de quartos, vai ser transformado em apartamentos. Que também devem ser baratos pois claro, em frente ao Central Park…

De facto vê-se fumo a sair do chão, das tampas e grelhas de esgoto, respiradouros, tubos. É vapor, mas é estranho.
JM

segunda-feira, maio 22, 2006

Taxes & Tips

Os EUA estão divididos em estados, e infelizmente nem eles próprios os sabem com as respectivas capitais. Comprovei isso porque vi uns ímans (a minha colecção sempre em expansão e em exposição permanente no frigorífico) dos estados americanos. E até era giro levar ímans dos estados em que passei, mas a senhora quase nem me sabia responder em que estado é que estávamos, numa bomba de gasolina no meio de uma auto-estrada.
Os estados têm impostos diferentes, uns mais altos e outros mais baixos, uns de estado, outro de council e outro do costume.
A título de exemplo, em NY pagámos 1usd por um donut, que em Philadelphia custou 0,75usd. Mas como estavam em promoção, comprámos 3 por 2usd. Donut addicted!
Irrita nunca saber o preço final da compra, seja um café, uma t-shirt ou um postal.
A teoria defensora da coisa é que assim sabemos quanto o estado ganha com o produto, é o valor do tax. Aqui também sabemos porque vem na factura, embora ninguém as peça e pouca gente deve olhar para o valor do IVA, que nos come 21%.
Vemos os preços em usd, convertemos para eur e depois +- tax. Porque ainda por cima em algumas lojas pagava-se e noutras não, sem perceber porquê.
Há semanas e dias em que a roupa não tem tax, tipo saldos, é fixe! E na maioria das lojas de roupa só se pagavam tax para valores acima dos 120usd.

Depois há as gorjetas. Nos sítios, como os restaurantes, em que não tem tax, é “costume” deixar tip do valor dobro do tax. Isto se tivermos gostado do serviço, claro. Funciona, mas era muito frequente (para não dizer que era sempre) estar a contar as moedas para pagar o postal e depois era mais X, com um valor de tax de +-8,25%. É impossível uma pessoa estar sempre de máquina em punho a contar os tostões ao produto, para não falar em fazer as contas de cabeça!
Portanto os americanos devem estar habituados e não lhes deve fazer confusão nunca saber o preço certo das compras. Portanto não deve haver o caso do miúdo que encontra 10 cêntimos e vai comprar uma pastilha, porque os preços raramente são certos e nem ele vai saber o preço da pastilha.
Para umas coisas simplificam tudo, para outras…
LA COGIDA Y LA MUERTE

A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde .
Una puerta de cal ya prevenida
Lo demás era muerte y solo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡ Y el toro solo corazón arriba !
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde.
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde.
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama.
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde.
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde .
¡ Ay, qué terribles cinco de la tarde !
¡ Eran las cinco en todos los relojes!
¡ Eran las cinco en sombra de la tarde !

Frederico Garcia Lorca

sexta-feira, maio 19, 2006

Comida (americana) (segundo prato)

Os bagels são pãezinhos doces tipo pão de leite ou pão de deus sem a parte do côco. Deve ser o equivalente dos croissants franceses.
As bolachas com pepitas de chocolate ocupam várias prateleiras no supermercado, são boas, embora moles, mas com o dobro do tamanho das “normais”, tipo bolacha gigante.
Batatas fritas azuis e roxas. É verdade, eu pensava que a única cor de comida que não havia era azul (em bebida temos o blue curaçao) mas afinal existe! Faz confusão mas sabe a batata normal, e são colhidas na América do Sul e são mesmo assim. Se pensarmos um bocadinho, existem pimentos e maçãs em cor verde, vermelho e amarelo. Cenouras em cor-de-laranja e amarelas. E pronto, há batatas amarelas e azuis/arroxeadas.
É difícil encontrar comida saudável como sopas, iogurtes, normais, naturais!
As embalagens de leite são como em Londres, em gallons é certo, mas em garrafão com +- 3L. É prático.
A manteiga… não sei se comi manteiga nas torradas, aliás a própria embalagem dizia qualquer coisa como “tastes like butter” (Diana confirma no frigorífico o que diz, sff!).
Mas com o mix alargado de culturas, há restaurantes autênticos de chineses, japoneses, italianos, turcos, africanos, portugueses, franceses, espanhóis, etc etc.
É claro que o japonês é barato, ou pelo menos muito mais acessível e variado. Uma maravilha! E sempre era peixe, sem ser frito.
O raio do Starbucks nunca mais chega cá, com a sua oferta never ending de cafés e acrescentos finais de baunilha e canela e cacau e… mas já agora, tragam os donuts também!

JM

quinta-feira, maio 18, 2006

Olé!

Ninguém acredita: "Tu? Tu gostas de touradas?".
Aparentemente, não comer carne implica não gostar de touradas.
Para mim, gostar de touradas e ser semi-vegetariana é como dizer que não se consegue ver os touros a sofrer, mas depois regalar-se com um bifalhão com batatas fritas.
Incongruente? Sim.
Mas eu sei que não como os bifes e que, pelo menos, os animais que se destinam às touradas, têm uma vida muito mais saudável que as vaquinhas que fazem as delícias de muita gente quando estão no meio de um pãozinho com sementes ou têm um ovo a cavalo (obrigada, Luís! ;)).
Gosto de touradas, sim. Lembro-me de em miúda ter ido assistir em setúbel à alternativa do filho de um amigo do meu pai e de o rapaz ter levado umas cornadas e ter passado o resto do dia mal disposto e a vomitar... ehehehe!
Essa foi a última vez que fui a uma tourada e, sinceramente, questionava o meu "estômago" para assistir a uma agora, já adulta e com 11 anos sem comer carne.
Terça-feira à noite estive no espectáculo de abertura do Campo Pequeno, assisti à magnífica lide do Pedrito de Portugal e confirmei que o meu entusiasmo se manteve.
Logo à noite vou assistir a uma tourada "a sério", na primeira corrida depois da reabertura da praça. Promete...

JH

Comida (americana) (primeiro prato)

O meu primo diz que os melhores restaurantes estão em NY, mas que também são pouco acessíveis monetariamente. A esses eu fico só com o conhecimento e experiência de terceiros.
O que se vê e se é praticamente obrigado a comer é a inevitável fast food. Ao fim de 2 dias já dizia que estava enjoada de comida de plástico e que queria comer saudável. Mas depois aperta a fome, a carteira tem de ser controlada e a oferta leva ao inevitável, pronto venha lá a fatia de pizza. Pelo menos, sendo a oferta alargada, havia muito por onde escolher, variedades de pizza menos habituais e apetitosas tanto para os olhos como para o paladar.
Praticamente tudo é em quantidades gigantes. As pessoas passeiam-se na rua com copázios de soda, refrigerantes, colas, cafés, aos litros. Sugeri ao Pedro pedir um café pequeno em vez do expresso (que é caro como o raio) e veio um copo de quase meio litro de café. E era o tamanho “pequeno”.
Não percebi a tara dos pretzels, a forma típica deve ter um significado que desconheço, mas impera em todo o lado. Eles comem só com mostarda por cima, nos carrinhos de hot dog nas ruas. Aquilo será bom? Não me apeteceu experimentar. E o Pedro também não quis o cachorrinho porque sem batata palha não tinha piada. Já a mana Sara tinha ficado desiludida com o dito, preterimos a experiência.
Tivesse eu Dunkin Donuts em cada esquina e tinha mais 10 quilos. Aquela oferta desmesurada de donuts de todas as cores e sabores dava comigo em doida. Gosto dos bolitos, fofinhos e cheios de cremes, recheios, pepitas… ainda provámos uns quantos, porque escolher só um era difícil. Macã, côco, limão, chocolate, creme de ovos, creme de Boston, recheio X, Y, Z com W, xpto com abcd…

JM

quarta-feira, maio 17, 2006

Circular na cidade (parte 2)

Por toda a cidade ouvem-se sirenes, polícias ou bombeiros. E eles passam a toda a hora, cheios de pressa e vêem-se um pouco por toda a cidade. Por isso senti-me segura, apesar de estar sempre rodeada de pessoas estranhas, era frequente ver polícias. E os senhores da autoridade têm um ar respeitável, firmes e seguros de si, apetrechados. E quando há uma “ocorrência”, fazem questão de aparecer vários carros, para fazer mais efeito.

Os táxis amarelos são aos milhares. Assim que chegámos queríamos apanhar um. E pensava eu que era fácil, com tanta oferta e sendo nós indubitavelmente turistas, com as malas do avião. Mas não. Estava a chover e um frio de 7graus, malas pesadas e meio desorientados por ruas desconhecidas. Braço estendido, a vê-los passar. Poucos paravam e recusavam quando sabiam para onde íamos! Mas que raio!... se é longe não é bom para ganhar mais? Depois percebemos, um passou 2ª vez e disse que nos levava. Havendo táxis 24h, pelas 18h era troca de turno e também muito trânsito. Por isso ir para os arredores e apanhar o trânsito para sair e entrar em Manhattan não lhes apetecia. Ah… tá bem.
Mas os táxis são todos regulados, não há cá trafulhice. Estão todos identificados, e uma vez entrados, não podem recusar a volta. Por isso alguns perguntavam antes de entrarmos. E depois sai a factura electrónica automaticamente, com as milhas percorridas e o preço a pagar. Certinho direitinho. A gorjeta depende da nossa satisfação pelo serviço. Apanhámos alguns muito mal dispostos, “ai os arredores é longe”, “o trânsito”. E são quase todos indianos ou paquistaneses, o melting pot portanto.

Os school buses também são amarelos e típicos, o flash deu um efeito estranho!

JM

terça-feira, maio 16, 2006

Circular na cidade (parte 1)


Estacionar em NY é difícil, são poucos os lugares visíveis, não é o sistema do parquímetro largamente espalhado como aqui. Existem parques mas são estranhos. É o género entrega-se a chave e eles estacionam o carro. Que pode ser num edifício cheio de andares ou num espaço exíguo onde se estacionam todos encaixados, de maneira a que para um sair, têm de se tirar os outros todos da frente. Confiar a chave e o carro a estranhos, faz-me pensar que eles dão voltas com o carro, do género se for um ferrari ou um modelo novo. Além disso são muito caros! Nos poucos lugares pela cidade, vêem-se espaços, mas com a particularidade de terem uma bomba de água no passeio, aqueles marcos pequenos para os bombeiros ligarem em caso de incêndio. Aqui também há mas ninguém nunca ia deixar de estacionar no espaço pela hipótese de bloquear o acesso aos amigos voluntários. Os americanos cumprem.

Quando cai o amarelo nos semáforos, eles param. Aqui…acelera-se! E nas passadeiras, quando está verde para eles mas também para nós, quando os carros mudam de direcção por exemplo, eles esperam, sem fuçanhar as pessoas como aqui acontece. Eu chamo-lhe civismo!

O nosso metro é dos melhores, limpinho e eficiente, pouco complicado, bem indicado.
O de Londres é gigante mas sempre me orientei bem, com os nomes e linhas, sentidos e paragens seguintes.
Em NY… é sujo, feio, complicado, mal indicado e talvez pouco eficiente. A frequência não é má mas esperamos sair numa estação e o raio do metro não pára. É tipo expresso, mas não se percebe nem indicam, pára em algumas estações. Aconteceu-nos isso e voltar para trás quando ainda não era a última estação.
Eles têm os maquinistas a falar. Americano = inglês, filmes, séries e tal. Mas não se percebe bem o que os gajos dizem, falam depressa e engolem o fim da frase. Não sei quê “closing doors”. Tudo bem, mas não era mais fácil ter uma gravação simpática com uma voz calma e esclarecedora? Próxima estação X, não pára em Y, cuidado que a porta vai fechar.
E também têm um gajo que põe com a cabeça de fora para ver se abre ou fecha as portas. Automatização, século XXI, que tal?

JM

segunda-feira, maio 15, 2006

Aventuras ao volante (parte 2)

Conduzir é sempre uma aventura. Em Portugal estamos sujeitos à condução de péssima qualidade da maioria dos condutores, ou não fôssemos recordistas em acidentes e mortos na estrada.

Nos States… a não termos mapa e às indicações de estradas serem mazinhas acrescenta-se os condutores americanos. Os piscas também devem ser poupados, por isso é raro vê-los. Os riscos contínuos ou hiper-proibidos não têm grande importância e passa-se por cima sem problema. Ultrapassar pela direita também é uma hipótese já que as auto-estradas têm tipo 5 faixas para cada lado e a malta baralha-se.
As distâncias estão em milhas e o velocímetro também se expressa em milhas. A gasosa é em gallons e é assim… metade do preço!
1 gallon = 3,785412 litro; o carro levou 9,103G =~34,4586L; pagámos 28,21USD =~23,51EUR, ou seja, cada litro de gasosa (não era gasóleo) custou 0,68eur! E cá andamos a pagar quase 1,5eur! “#$&%/*?!*$#%

Muitos carros têm uns laços atrás, em autocolante, assim do tamanho de uma mão aberta, grande, e com várias cores. As mensagens dizem “support our troops”, com fundo amarelo, rosa ou inevitável “bandeira americana” e assim… que bonito o amor à pátria. Só que nem sabem por onde andam as tropas, ou pelo menos não conseguem identificar num mapa mundo onde raio é o Iraque! Ou a maioria dos países da Europa.


JM

sexta-feira, maio 12, 2006

Aventuras ao volante (parte 1)

Alugámos um carro pela net e fomos até ao aeroporto de La Guardia buscá-lo na Avis. Ah que maravilha ver os aviões a passar por cima de mim!

A senhora achou estranho a validade da carta de condução do Pedro, porque pelos vistos os americanos têm de a revalidar a cada 5 ou 8 anos. Talvez não seja mau visto, deveria haver muito chumbo por estas bandas! Adquirem-se maus hábitos e esquecem-se as regras básicas… Para o caso de perdermos o carro, a matrícula é esta!


Ah pois, o carro tem mudanças automáticas. Enquanto o Pedro conseguia pôr a marcha-atrás e sair do parque sem bater, eu liguei ao André a perguntar os segredos das mudanças automáticas, o P e o R e… tínhamos de perceber as estradas a tomar para o nosso destino.

As sinalizações deles também não são grande coisa. Deram-nos um papelinho com direcções mas a ajuda não era imediata. Também havia o pormenor de não termos mapa do percurso todo, mas o tuga safa-se sempre! É claro que nos enganámos e fomos parar a Manhattan, fomos por uma ponte e voltamos por outra, felizmente das que não se pagava portagem. Na próxima vez que passarem na 25 de Abril e lamentarem o preço da portagem… em NY é muito pior! Há muitas portagens nas estradas, seguidas e caras!
Demorámos 2h a sair da zona de NY até à estrada pretendida em direcção a Washington. Porque apesar de quase toda a gente andar de transportes, um exemplo a seguir, o trânsito é infernal. Muitos táxis, limousines, carros daqueles grandes (quais smarts ou outros pequenos), com traseiras compridas, como aliás se vê nos filmes. Eu acho que os nossos carros são mais variados.
Quando estávamos a aterrar, uma americana fez o comentário “Look, normal cars” para as amigas. Não percebi o que têm os nossos de “anormal”!

JM

quinta-feira, maio 11, 2006

Outras atracções (não museus) - parte 2




O museu do Intrepid, que participou na 2ª guerra mundial, com aviões lá dentro, mísseis, história, submarino e o meu querido Concorde. Um dos meus sonhos era andar de Concorde, mas depois do acidente, deixou de ser realizável. Consegui pelo menos vê-lo de perto, visitar por dentro e tirar fotos!
A Time Square é aquele local luminoso e cheio de gente 24/7, onde caem os papelinhos na passagem do ano e estão os musicais a ver (desta vez escapou).
O Rockefeller sem árvore de natal e pista de gelo, é um local que passa despercebido…
O Ground Zero é estranho, olhamos para o céu e pensamos, vem aí outro avião? Mas já não há torres para cair. Passaram quase 5 anos (passa rápido!) e está basicamente tudo na mesma há muito tempo, buraco, tractores, obras sem grande obra à vista. Tinham uns placards com o dia em momentos “perda de contacto com avião X”, “evacuação da White House”… mas eu achava que ia encontrar fotos ou flores ou mais memoriais. Mas de facto… passados quase 5 anos já era martírio para os familiares. E acho que ainda há detritos por explorar num depósito num aeroporto de NY. Que lentos! Não me sentia confortável naquele espaço, havia pessoal com mau aspecto a vender fotos ou livros de pouca confiança, e um gajo com péssimo aspecto a contar histórias com um garrafão a servir de depósito de gorjetas. Muito feio.
Mas o passeio à volta na beira do rio é muito fixe, assim tipo docas ou expo mas muito melhor, tratado, agradável, seguro, com mais pessoas a correr, patins, cães, crianças, calmaria, bem-estar!
JM

Outras atracções (não museus) - parte 1


Depois das torres caírem, o velhinho Empire State Building voltou a ser o edifício mais alto e de referência que se vê a partir de quase toda a cidade e arredores (assim a lembrar a torre Eiffel em Paris). As torres eram mais altas, e deviam sobressair muito mais. O tal City Pass incluía a subida ao Empire, com várias filas daquelas aos ziguezagues, labirínticas, mesmo depois de chegar ao 80º andar (no elevador sentia-se a pressão nos ouvidos). Quando chegámos lá acima já era de noite, mas tínhamos também incluído o guia com auscultadores que se revelou muito útil. Porque é giro ver os prédios, mas de noite, pareciam todos iguais e sem conhecer não abonava muito. O tal guia explicava as zonas, edifícios e tinha histórias giras. Num dos dias seguintes, lemos no jornal Metro (lá há muitos jornais gratuitos, nós já temos 2) que um senhor de idade entrou na wc e saiu vestido com um fato de milhares de USD, uma máscara com câmara e preparava-se para dar um saltinho… a polícia deteve-o mas a foto mostrava o senhor já do lado de fora, e as grades são muitas!
O passeio de barco foi uma surpresa agradável e dava para descansar enquanto o comandante ia explicando o que víamos, pelo rio Hudson e mar, as pontes, a estátua da liberdade, os edifícios que ruíram no 11 de Setembro, o prédio aberto onde o pessoal bate umas bolas de golfe em frente ao rio e que vão parar às redes, o prédio onde a Nicole Kidman tinha um apartamento e o Robert de Niro tem um restaurante, o heliporto dos VIPS, etc. A estátua da liberdade é verde por acção do sal marinho no material bronze que a constitui. As pontes são fáceis de decorar, BMW = Brooklin, Manhattan e Williamsborough (acho que é assim que se escreve!).
JM

quarta-feira, maio 10, 2006

terça-feira, maio 09, 2006

Parques e ruas

central park cinzento com um prédio conhecido onde os vizinhos recusaram a Madonna como hóspede


um dos muitos esquilos brincalhões


memorial do John Lennon na parte do park que ele gostava mais, Strawberry Fields


finda o verde e começam os arranha céus


Nos 2 primeiros dias esteve mau tempo, com frio de 7 graus, chuva chata e até trovoada um bocadinho.
A primeira imagem do central park foi gravada com tons cinzentos mas percebia-se que um espaço verde daquele tamanho era uma área espectacular. A reservoir Jackeline Kennedy é gigante e muito calmante. Há vários espaços diferentes, com rochas, patos, peixes, muitos esquilos, passarinhos, árvores, plantas, flores, espaço para correr, passear, brincar com os miúdos e jogos de grupo.
Têm sorte porque é quase tudo plano e em todo o lado se vêem pessoas a correr, com o seu inseparável ipod, claro. Não percebi porque se viam tão poucas motas ou bicicletas, dada a facilidade de circular pelos caminhos, mas andar a pé é uma opção apetecível e muito saudável!

Em Lisboa… o parque Eduardo 7º é íngreme e não muito aconselhado, o do Campo Grande é altamente desaconselhado, um jardim em cada bairro segundo o Santana é mentira, Monsanto é longe e também não me parece muito seguro, safa-se a Gulbenkian cuja origem não é lusa. Enfim, para quê uma árvore se um parquímetro rende muito mais? Qual oxigénio, qual descanso. Os miúdos hoje em dia já nem saem à rua para brincar, educam-se nos PCs e a ver TV. Enfim.

As ruas são praticamente uma esquadria perfeita, todas numeradas e assim fáceis de identificar. À primeira vista é impessoal, revela falta de imaginação ou de justificação para atribuir um nome de uma pessoa/local/data a uma rua ou avenida. Mas facilita muito a orientação da cidade, sabemos se estamos a ir para Sul se os números das ruas horizontais estiverem a descer, e para Oeste se os mesmos aumentarem. Onde fica o museu X, loja Y, monumento Z? Fica na 57 com a 3ª, na 34 com a 7ª… Algumas têm nome, como a Madison, a Park, a Lexington, a Broadway, mas são poucas.
E são compriiiiiidas, andamos e vamos e é difícil conseguir fazer uma avenida vertical inteira. Na horizontal dá, a 42ª é gira de se fazer, começa no pontão dos passeios de barco e acaba perto da ONU, há um autocarro que percorre a rua (o 42, pois claro) e é chato para caramba porque pára em cada quarteirão, mais os sinais luminosos e o trânsito…
Em Lisboa… aconselho o maps.google.com!

JM

segunda-feira, maio 08, 2006

Museus


Comprámos o city pass que nos permitia visitar uma série de museus e atracções por um preço bem mais convidativo do que se fosse em separado. Vimos quadros dos pintores famosos (Picasso, Van Gogh, Monet, Manet, Dali, Munch, Kandinski, Pollock, Klimt, Cézanne, Mondriann…), esculturas (Rodin – o pensador!…), muita arte. Há sempre uma emoção de ver um quadro famoso, de olhar o pormenor, a técnica, de pensar “aquele quadro também eu pinto”.



Começámos com o Guggenheim, inconfundível pela sua arquitectura estrutural. O Museu de História Natural Americano, que era gigante, com o mega esqueleto de dinossauro na entrada. O MOMA, arte moderna, arte questionável, interactivo, giro e o Metropolitan que também nunca mais acabava.





Galerias intermináveis por zonas, povos, culturas, continentes… o hipopótamo azul, dedais para os dedos dos pés em ouro para colocar nas múmias (os egípcios eram estranhos), e outras coisas fascinantes ou estranhas. Era impossível ver tudo ao pormenor porque começa a “enjoar”.
A mim dava-me vontade de pintar!

Com alguma vergonha confesso que nunca fui (que me lembre) ao museu mais visitado em Portugal, o dos coches. Quando vamos para fora podemos ver museus, estamos de férias. Aqui… os horários são incompatíveis com o do trabalho. O CCB não costuma escapar quando tem o WPP, ou a Gulbenkian de vez em quando.
Estou para ir ao aqueduto das águas livres há anos!

JM

"De madrugada, antes de dar de comer ao gato, apertou o peito com as mãos para não morrer, e tomou a resolução de esquecer María."

"Só vim fazer um telefonema", Doze Contos Peregrinos, Gabriel García Márquez

JH

sábado, maio 06, 2006

"Percebo a dor de uma separação quando pensamos que vamos ter de aprender um dia de novo essa linguagem que é estranha aos de fora".

A Cidália, ou a Carrie portuguesa, certa como sempre, no NS.

JH

sexta-feira, maio 05, 2006

Dim Sum



No domingo fomos a chinatown para um brunch (um mix entre breakfast & lunch) de dim sum. A Mafalda gostou muito desta modalidade quando foi à China e cá em Portugal acho que não se encontra, pelo menos na forma habitual.
Uma sala com muitas mesas, chegamos e somos sentados, podendo isso acontecer numa mesa com pessoas que não conhecemos. Depois as senhoras passam com carrinhos cheios de taças com comida cozinhada a vapor, ou fritos, cozidos, assados. Escolhemos o que queremos e vão carimbando o nosso cartãozinho com as coisas. O normal será beber chá e comer com pauzinhos.
No oriente não há muito o hábito da sobremesa ou doces, mas tínhamos uma espécie de pastel de nata, quentes com amendoim e sésamo, feijão encarnado doce, e são coisas boas!
No fim ficámos satisfeitos e saiu barato!

JM

quinta-feira, maio 04, 2006

Saida à noite em NY

Fomos sair a uma discoteca muito gira, diferente, chamada Salon ou Saloon. A música era batida mas ao vivo com uns senhores com uns tambores que davam um ritmo muito fixe. Tinham 3 dançarinas que iam mudando, com umas roupas (ou falta delas) estranhas qb mas que também ajudavam a criar o ambiente diferente. As bebidas eram servidas em copos baixos e com palhinhas pequenas muito fininhas. E porque não?
Ninguém chateava para entrar e estava cheio. As pessoas eram variadas, da nossa idade, mais novos e mais velhos, com roupas normais ou produzidas. Sem código de vestir aborrecido e obrigatório, estava-se à vontade e era divertido.
Outro pormenor muito fixe era a ausência de tabaco. Só vi umas 2 ou 3 pessoas a fumar. É fantástico, sem fumo, não cansa tanto, não arde os olhos, respira-se melhor, nota-se mesmo a diferença! E já não temos medo de nos queimarem a roupa ou as mãos quando vão a passar de cigarro em punho que nem uma arma de fogo.

E por NY era raro ver fumadores. Eram mais as pessoas com IPOD, para não dizer que todos tinham um, desde novos a velhos, esfarrapados ou executivos. Para quando o respeito pelo não fumador?

JM


Nos primeiros dias chovia e estava frio, mas isso não impedia os nova-iorquinos de passear e estar nos parques, com os miúdos, de bicicleta, a conversar, a ler…

quarta-feira, maio 03, 2006

Impressões norte-americanas

Finalmente tive férias este ano e conheci NYC. Ontem regressei ao trabalho com a rabujice e vontade do costume, a querer mais uns dias de férias!
Porque as férias foram culturais, com muita passeata cansativa a pé e stress de visitar uma cidade muito grande, hiper-meltingPot, com vários museus para ver, sítios para vislumbrar, transportes a orientar, jardins para respirar, compras a aliciar…
E depois como o jet-leg é pior no regresso (viagem de Oeste para Este), bem queria mais um tempinho para descansar, pôr o sono em dia, de papo para o ar, ter tempo de arrumar as coisas, gozar o nosso sol, escrever crónicas para o blog e tratar das fotografias.
Fui com o Pedro visitar a Diana e o João, que moram em Queens, no lado direito de Manhattan, acima de Brooklin.
Aproveitámos para alugar um carro e aventurámo-nos pelas ruas, estradas e auto-estradas com condutores americanos, sem mapa, até Washington e Philadelphia. Para uma próxima vez ficará a visita a Boston e às Cataratas do Niagara.
Em vez do diário de viagem habitual, escrevi pontos de interesse, curiosos e críticos para ver como exemplo ou simplesmente perceber que se pode viver de modos diferentes. Com algumas fotos a ilustrar, para breve.
JM

segunda-feira, maio 01, 2006

"No good deed goes unpunished"

Uma frase engraçada num filme com piada que teve como principal resultado o casal romântico Sienna Miller & Jude Law e toda a sua novela mexicana traição-vingança-escândalo-separação-reconciliação.

É também uma boa forma de começar uma semana que antecipo como longa, demasiadamente longa, com um fim-de-semana pelo meio a trabalhar, ou 14 horas (7+7) a resmungar "mas-o-que-é-que-eu-estou-aqui-a-fazer-quando-os-meus-amigos-todos-estão-na-praia-e-ainda-por-cima-esta-merda-de-horário-que-eu-não-devia-ter-aceite-nem-me-dá-tempo-para-ir-ao-ginásio", e a arrancar logo com dois dias de trabalho que só devem acabar lá para as tantas da manhã e eu com o dilema dos dois programas que tenho para sexta-feira, mais o convite para sushi no sábado, e as noites divertidas (e longas!) que os Poof Poof prometem para a semana que vem, mais os bilhetes de teatro e tanta coisa em que pensar, porque raio é que tenho de trabalhar?!

(lindo pensamento para o Dia do Trabalhador, digo eu.)

JH

A época de praia já abriu...

e o calor já chegou.
Eu sei que ainda falta algum tempo para o Verão, mas estes dois dias de praia foram uma excelente antevisão....
E as festas no Bicho estão quase a chegar, pra inaugurar oficialmente o Verão, a praia, as noites e as amizades.
Antes disso, os 4 melhores DJs da praça - os Poof Poof Snipers - prometem arrasar com três noites no Função Pública!
Isto promete...

JH