sexta-feira, dezembro 29, 2006

AmBar

Caro senhor AMérico BARbosa:
Desde há alguns anos que comecei a utilizar filofax e tenho comprado sempre a carga da sua empresa.
Faz parte da minha organização pessoal e sou inseparável da minha agenda, com os compromissos, aniversários, eventos, despesas, férias, endereços, lista de compras, afazeres, desenhos…
E neste ano que está prestes a findar ainda não consegui comprar o bloco de 2007! Ainda não chegou às lojas, nomeadamente à Papelaria Fernandes.
Vou ficar desorientada a partir de 2f… Oh não!!!!
JM

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Costa da Caparica com Pólis


Já tinha saudades de ver o mar.
No dia de Natal, depois de mais uma refeição em família e cheia de sobremesas, fomos dar um passeio até ao paredão.
Fotos de qualidade ‘espectacular’ do meu Samsung.

Em tempos este espaço teve 3 campos de ténis, onde eu tive aulas. Depois o bar do rugby. Depois o Remédio Santo. Agora muita areia.

Aqui houve um campo ‘da bola’, onde eu joguei com o Tiago, Pedro, Vasco e outros colegas, da primária e secundário. Agora muita areia.

A mata já não é o que era e as barracas já cá não estão.
Quando era pequena a areia em maré vazia era muito além do fim dos pontões. Na juventude do meu pai, diz ele que era muito mais longe e cansava até chegar à agua. Será que isso vai voltar? Perto disso? Alguma areia, pelo menos?


JM

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Filhós, família e frio

Três novos F... para descrever o meu Natal.

O dia 24 foi igual a todos os outros dias 24 (felizmente): eu e a minha avó Alice a amassar, esticar e fritar a massa das filhós. Duas novidades este ano: contámos com a ajuda da minha mana e a minha avó enganou-se nas doses, o que tornou intragáveis os sonhos (ou filhós de colher, como a nossa famílias lhes chama). ehehehe

À noite, uma mesa original: a família do costume, mais o meu pai, a minha avó e tia paternas, pela primeia vez connosco desde há 15 anos. Conversas sobre aventuras aéreas (a cargo do casal comissário + assistente de bordo), muitos disparates e muita risada!
Foi bom, natural, pareceu que não tinha passado este tempo todo. E devia ter sido sempre assim!

No dia 25, mais "convidados": a namorada do meu primo e mãe do meu priminho Lorenzo, a Cinjer, e a sua mãe, Ute, "obrigaram-nos" a passar o dia a falar inglês! Foi diferente, mas divertido!

FELIZ NATAL!!!

Semiologia

Ou uma dissertação sobre o "Sexo e a Cidade" e o efeito que a série tem em cada um dos comuns mortais

Numa noite destas, um grupo de pessoas que, na sua maioria, não se conheciam entre si, começaram a debater a série.
Quem se revê em quem, de qual das meninas é que os homens realmente gostam, os estereótipos, como os homens vêem a série e como se revêem (ou não) na forma como o sexo masculino é retratado...
Fizeram-se declarações de amor, ouviram-se suspiros, soltaram-se gargalhadas... eu fiquei (agradavelmente) surpreendida por ouvir os homens que participavam na conversa admitirem que não queriam uma mulher como a Samantha!
E trouxe para casa a ideia de que a mulher perfeita é, afinal, uma conjugação de todas (e é desse modelo que a Carrie mais se aproxima): independente e voraz como a Samantha; eternamente apaixonada e romântica como a Charlotte; forte, segura e um bocadinho cínica como a Miranda.

O sonho de uma miúda

"Conheço uma mulher para a qual é impossível olhar durante mais de cinco segundos seguidos - faz um mal terrível ao coração."

(Roubada da Tabu)

Egocêntrico, fútil, frívolo... eu sei... Mas é Natal e uma miúda pode pedir o que quiser.

domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal!

Para mim o Natal é festa de família, reunião de coisas doces e presentes embrulhados em papel colorido. Gosto de decorar a casa, do bacalhau com muito azeite, dos fritos e bolo-rei, queijo da serra, lampreia de ovos, broas castelar e de milho, amêndoas, pinhões, nozes, figos.
Este ano fui a casa da mana fazer fritos de abóbora, cenoura e laranja.
E fui a casa da tia fazer azevias de grão, fritos de abóbora e coscorões.
Recheio das azevias: grão, açúcar, canela, amêndoa, margarina e ovos:

Estende-se a massa com o rolo e embrulha-se como se fosse um rissol:
Depois depende o óleo e temperatura para ficarem mais ou menos bronzeados.

Depois acaba-se o recheio e frita-se só a massa, em tiras fininhas, polvilha-se com açúcar e canela e tá bom!

Mais logo vem a família toda, cada um com o seu tacho e postas de bacalhau, às vezes já com as batatas descascadas, as couves enchem a panela e o fogão nunca chega para tanto.
Boas festas!
JM

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Burocracias

Na nossa rua não se paga o estacionamento, felizmente.
Já começo a reconhecer algumas pessoas da rua, os carros, hábitos. Há um carro abandonado desde que me lembro, pneus em baixo, sem fechadura.
Ontem estava a sair de casa e passavam dois polícias em rotina, viva a segurança! Levantei a questão do carro. Ah e tal, tem de se participar a este e aquele, notificar o dono, pedir reboque, arranjar lugar no parque municipal… Verificaram a matrícula, não tem selo nem seguro, estacionamento abusivo, hipótese de autuar, falou-se do procedimento habitual. Veio uma vizinha que estava na janela dizer que achava que sabia quem era o dono e que o carro estaria ali há mais de um ano. Passa outro senhor que comenta que o carro está ali há mais de 5 anos! E para dar seguimento ou continuidade ao processo, isto não fica resolvido em menos de 1 ano! Ah bom, ainda bem que falei nisso então.
E dizem que como este caso há muitos espalhados pela cidade. Se for a ver pelos prédios abandonados e devolutos, faz sentido, deve fazer parte da cidade e do desperdício de espaço e recursos. Mas não justifica que não se faça um esforço por resolver estes assuntos.
Burocracia sucks!
JM

terça-feira, dezembro 19, 2006

Máquina de fazer plingrafias!


O Pai Natal trouxe-me este ano uma máquina digital! Enganou-se, o sacaninha, e deixou na Lapónia o meu cartão de memória de 1 giga, mas eu já lhe tratei da saúde!

De qualquer forma, já dá pra começar a brincar com o "gadget" novo!


E, para celebrar a ocasião, aqui fica a primeira foto tirada com a máquina!


sexta-feira, dezembro 15, 2006

Onde escrevo isto?

por Rodrigo Guedes de Carvalho

Claro que hás-de ter razão, claro que não me diz respeito. Até parece que te esqueces de como nos conhecemos afinal. Na manifestação, não há nada mais sensual do que uma manifestação quando somos novos. Manda-se à fava a timidez, damos por nós a gritar e a rir, tocam-se mais perto os corpos, todos os gestos parecem consentidos, nenhum fica mal. Roçam-se as roupas na confusão, a tua mão tocou a minha, foi de propósito, foi sem querer, que interessa isso, estamos próximos. Claro que és tu que tens razão, que isto que gritamos agora faz mais sentido do que daquela outra vez, em que acompanhei a uma manifestação uma rapariga que me interessava, só a oportunidade de estar perto dela, sentir-lhe o cheiro, pode ser que, pode ser que, só quando lá cheguei percebi que se gritava pela vida, qualquer coisa de que não me lembro bem, não ao aborto, abaixo as clínicas de assassinos, só Deus nosso senhor põe e dispõe de nós. Deu resultado, sabes, dormi com essa rapariga, deu resultado insurgir-me contra esse crime, percebes, toquei-a ao de leve, de propósito, sem querer, aquilo uma confusão de gente e cheiros e gritos, dormi com ela, teria dito o que ela quisesse. Mas claro que estava errado, desculpa lá contar-te isto, é só para veres como sou sincero, claro que isto agora faz muito mais sentido, sim à interrupção voluntária, claro que as mulheres não podem ser obrigadas a situações desumanas, a recorrerem à clandestinidade, quando há uma coisa tão simples em que muita gente por acaso nem pensa e que tu trazes tão clara pintada na barriga, com a letrinha redondinha de uma amiga a quem pintaste de volta, aqui mando eu, é o que trazes na barriga, aqui mando eu, no meu corpo. Dormi contigo depois dessa manifestação que fazia, claro, muito mais sentido. E para mais apaixonei-me, se bem te recordas. Dormimos essa noite e muitas mais, fizemos férias juntos, fizemos planos, jantámos, fomos à praia. Essas coisas que se fazem. Por isso não me entendas mal hoje, não se trata da manifestação, claro que a nossa é que fazia sentido, e não a da outra beata, abaixo os assassinos, abaixo, seja isso o que for. Se te falo disto hoje é porque no meio de tudo isto gostava que me emprestasses a caneta para eu também pintar qualquer coisa no meu corpo, não sei onde, não sei o quê, mas qualquer coisa que te pudesse lembrar que não engravidaste um dia por imaculada concepção, que na barriga que é tua, e isso não tem discussão, começou a crescer um botãozinho que me parece que fui eu a pôr lá, não, claro que não, que o teu direito ao teu corpo faz mais do que sentido, que não te sentes apta a procriar por agora, que te sentes demasiado jovem, que te angustia a responsabilidade, que queres ter o direito de decidir sobre a tua vida e não ficar à mercê dos acidentes, claro que sim, mas só te peço que repares que nem me disseste nada antes de largares para Espanha, porque o corpo é teu, aqui mandas tu, claro, mas repara que não sei o que escreva nem onde escreva no meu corpo, mas algo me diz, algo me diz que tive alguma coisa a ver com isso, quer-me parecer que o que crescia dentro de ti, dessa tua absoluta barriga sem discussão era também (desculpa) um pouco de mim, e não me entendas mal, o mais certo era eu entender tudo e concordar com tudo, estar ao teu lado, pegar-te na mão, mas confesso-te aqui (desculpa) que saber que está feito e já não há nada que eu possa dizer me deixou assim um vaziozinho. Não tanto por essa coisa que ainda não era, mas por outra que vejo que também não é. Nós. A palavra que eu tinha escrito no coração, também sem tu saberes.

na Máxima de Janeiro

domingo, dezembro 10, 2006

Madrid

Conheço mal Madrid, fui aos bocados a visitar certas partes e desta vez cumpri mais uma peça do puzzle. Com os papás, mana e cunhado, um bungalow nos arredores e bastante frio. Deu para praticar o espanhol, perceber que entendo praticamente tudo, comprar a Glamour espanhola, comer queijo Manchego e doces espanhóis.

Visita cultural, Aranjuez (a fila era tamanha que não visitámos por dentro)

Palácio do Escorial, enorme, realeza espanhola, paredes, tectos, portas, muita pintura e arte.


Vale dos Caídos, o Franco era muito mau e doido, esta obra foi feita nos anos 40 à custa de muitos escravos, fuzilados, fascistas, escavado na rocha dura e fria, monumental.

A estação de Atocha, mini-floresta pacífica no seu interior, não a imagino cheia de terror nos atentados.

Vi o museu Tyssen e o Rainha Sofia, finalmente o Guernica. Muita arte bonita, daquela esquisita, simples, infantil, colorida, monótona, deprimente (não consigo gostar dos quadros religiosos nem dos bodegones=naturezas mortas). Compro os postais dos quadros preferidos ou dos que há, fico com vontade de pintar. Passámos no Prado mas já era tarde e pela loja, não fiquei com pena de não ver o museu.

Nas ruas de Madrid sempre muita gente, famílias, carrinhos de crianças, movimento, animação.
Não percebi porque raio muita gente usava perucas coloridas, mas amanhã vou perguntar ao professor de espanhol!

JM

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Ai ai... o amor (suspiroooooo)!

No espaço de poucos dias, soube de três pedidos de casamento, cada um mais delicioso que o outro!

O de um menino que levou a namorada a Veneza para a pedir em casamento!
O de outro rapazinho que "popped the question" numa pousada no alentejo, no dia em que faziam 4 anos de namoro.
E agora... o melhor (na minha opinião, apesar de os outros também serem de arrebatar qualquer miúda de coração desprevenido!): o pedido no topo do Empire State Building!
lindo lindo lindo!

domingo, dezembro 03, 2006

Cumpleaños felices


Já não estou na faixa etária dos 18-25, já não posso ter cartão jovem nem vários descontos em museus e transportes que terminavam nos 25. Sendo assim já não sou tão jovem e os 30 ficam mais perto.

Dormi. Almocei no Amarras Tejo na Margem Sul, na zona velha de Almada onde se avista Lisboa inteira. Dei uma volta no Fórum Almada já cheio de pessoas com a febre do Natal. Trabalhei um bocadinho no portátil, infelizmente teve de ser. Jantei em casa com a família e a Mafalda. A Joana teve um azar com os travões do carro e não pôde vir.

Recebi telefonemas e sms de amigos e colegas. Há sempre surpresas de pessoas com quem não se fala há muito tempo e também há os que se esquecem e ficamos um bocadinho tristes. Gosto de receber os parabéns, é o 'meu' dia e fico contente com esses pequenos mimos.

E foi também o dia da miss Diana que fez 27 anos, em terras nova-iorquinas. E a Britney Spears fez 25 anos, já com 2 filhos, um casamento, um divórcio e muitos outros episódios em vidas paralelas e tão diferentes.

Será que tenho cara de 26 anos?...

JM

sábado, dezembro 02, 2006

Nadie fue ayer

Nadie fue ayer
Nadie fue ayer,
ni va hoy,
ni irá mañana
hacia Dios
por este mismo camino
que yo voy.
Para cada hombre guarda
un rayo nuevo de luz el sol...
y un camino virgen
Dios.

León Felipe (1884 - 1968) in "Versos y oraciones del caminante"
Já sabíamos que esta era uma possibilidade e que, um dia, podia mesmo acontecer. Mas, de certa forma, recusámo-nos a acreditar e fomos adiando a necessidade de aceitar.
Na quinta-feira à noite, soubemos que a Mat se vai embora a partir da próxima semana.
Sentimo-nos todas assim um bocadinho órfãs, com uma sensação de vazio... A falta que ela nos fará... As gargalhadas fortes, as mil e uma voltas sobre um lead ou um feature, tanto que aprendíamos com ela diariamente, o stress, as histórias do passado, o companheirismo, a amizade.
Vai sair uma das poucas pessoas que percebe da agência. E isso é muito triste.
Só uma certeza: a partir de agora tudo será diferente.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Recantos da casa

No meu quarto reuni alguns postais da minha já vasta colecção: escultura, pintura, arquitectura, dizeres, sorrisos, Paris, UK, Concorde, imagens coloridas e enigmáticas.
Comprei fotografias de Londres e estou a pensar seriamente em dar seguimento a esta nova forma de souvenir, para popular as paredes brancas e frias. Portanto tenho de ir rapidamente a Paris rever a torre Eiffel e comprar fotografias a P&B ou cores da cidade. E tenho de investigar fotos de Lisboa. E devia ter trazido de NY…

O nosso frigorífico costuma ser +- assim. Alguns ímans que seguram o plano de ginásticas do Holmes para a Joana H e os descontos do Dia/Minipreço. Ímans com frases que gosto: “To trave is to live” e “Cogito ergo sum”. Joaninhas, uma delas já me acompanha desde os tempos do cacifo do IST. O galito de Barcelos, uma rena da Finlândia, um dragão da MTV – NYC e um esqueleto de um senhor que sofre de calor em terras americanas (oh Diana, esqueci-me do estado dos EUA e pela foto não consigo ver!).


JM

quarta-feira, novembro 29, 2006

ri-te ri-te...

que quando souberes que a vaselina tem areia até choras...

(frase de que gosto muito e que é muito ouvida aqui pela redacção...)

eheheheheh

Pedido especial

do Bil, o meu chefe de redacção:

"Despinta-me essas unhas!"

(hoje estão vermelhas - mãos e pés!)

Boas e más notícias

Sempre pensei como, enquanto jornalista, iria lidar com notícias "difíceis", sobre acontecimentos tristes ou dramáticos.
Os jornalistas são (serão?!) humanos e, como tal, impressionam-se, emocionam-se e comovem-se como qualquer pessoa.
A verdade é que no dia-a-dia, ao escrevermos uma dessas notícias, acabamos por colocar um "escudo protector" e - por muito frio que isto possa parecer - no final, tudo se resume a uma questão de português para ver como sai o texto.

Ontem aprovei esta notícia:

Lisboa, 28 Nov (Lusa) – Um bebé recém-nascido, abandonado ainda com placenta e cordão umbilical, foi descoberto hoje de manhã com vida dentro de um saco térmico, em Alfragide, e levado para o hospital, encontrando-se “bem”, disseram à Lusa fontes policiais e hospitalares.

O bebé, que nasceu ao fim de uma gravidez normal - nove meses - foi deixado ao pé de um caixote de lixo, embrulhado numa toalha e dentro de um saco térmico. Passou ali a noite, até que alguém ouviu gemidos e se apercebeu que estava ali uma criança.

Tive de respirar fundo e encostei-me na cadeira durante um bocado, impressionada com esta história.

terça-feira, novembro 28, 2006

Um domingo em grande


No Domingo o pai Mota fez anos, fomos almoçar fora.
Depois fomos à Gulbenkian ver a exposição do Amadeo de Souza Cardoso. Não conhecia a obra e gostei muito. Ele próprio dizi que não tinha escola e também não consegui responder a um colega meu que perguntou qual o estilo dele. Tinha vários, coloridos, mais soturnos, várias técnicas à pincelada, geometrias, desenhos com tinta da China, quadros simples e daqueles que a imagem dificilmente se parece relacionar com o título. Fiquei logo com vontade de pintar, mas nunca há tempo.
Depois fui ter com o André Cid e fomos para o armazém de Alcântara. Há anos que contribuo para o Banco Alimentar. Andava há muito tempo a querer ajudar do outro lado, no voluntariado e gostei muito.
Vão chegando carros, carregam paletes, uns abrem os sacos e deixam as coisas cair num tapete rolante, outros recolhem coisas de um tipo, coloca-se em caixas, embala-se com fita e enche-se outra palete.
Comecei por levar caixas vazias, depois recolher sacos e finalmente encarregue de recolher latas de feijão. Muitas latas de muitos tipos de feijão, branco, preto, encarnado, manteiga, frade, latas grandes e pequenas. Às vezes também iam latas de ervilhas e de milho. Outros recolhiam latas de atum, salsichas, azeites, óleos, massas, leite, cereais, sal, etc. assim tipo fábrica, muito engraçado, muita malta jovem. Às vezes o tapete enchia-se com mais coisas e era o caos a recolher as coisas e escoar para as mesas onde se punham em caixas. Às vezes parava à espera de novas paletes.
E depois há aquelas ‘ofertas’ estranhas, como perecíveis de ovos, iogurtes, pão, manteiga. E aqueles ‘alimentos’ pouco comuns como sabonetes, guardanapos, brinquedos, lenços de papel. Caixas de chocolate guylian, bombons, pudins e gelatinas, queques, garrafas de água,
encontra-se de tudo.
Vê-se muitas tias a ajudar e miúdos de 13 anos a tratarem-se por você. Tinha música e iam dizendo quantas toneladas já tinham. Todos ajudam a fazer alguma coisa e vê-se muitos escuteiros já habituados às tarefas. Quando se partia uma garrafa de azeite, cobriam de areia e varriam, ficava logo resolvido!

E para baixar o nível da saca de sacos de plástico vazios, pegavam nos miúdos mais pequenos e ficavam dentro da saca gigante como se estivesse a pisar uvas, coitado, ficava todo sujo mas divertia-se.
Uma pessoa sente-se útil e é giro. Só não fiquei mais porque tinha de ir embora.
Fiquei lá umas 3h e depois fomos comer, tinha jantar.
E depois ainda fui ver o James Bond. É loiro e não tem metade do charme do Pierce, para além de ter uma expressão facial mais 'dura'. Mas o seu porte altamente atlético e o bom desempenho do papel convence. Muitos tiros e pulos e correrias, esfarrapa-se todo mas é incansável. Seria o primeiro filme da saga, daí ter alguns pormenores ‘estranhos’ algo lamechas. Mas ficamos a perceber a criação do ‘shaken not stirred’, a relação com as mulheres e o mítico ‘Bond, James Bond’.
JM

segunda-feira, novembro 27, 2006

Lapsos

Ficou famoso o engano da pivot da SIC Notícias Marta Atalaya, que um dia, em directo, se enganou no nome de um deputado e lhe chamou... Broche de Freitas!

Por cá também temos as nossas pérolas...

Pessoalmente sempre tive muito trabalho a corrigir o nome do vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho, porque muitas vezes me esquecia do "v".

Há dias saiu uma notícia da Lusa sobre a vereadora da Câmara de Lisboa Maria José Nogeira Pinto. E a mesma senhora teve direito a um outro apelido: Nogueira Pitosa.

Uma das melhores foi uma notícia sobre o cantor Sanita Salomé...

Enfim, a malta diverte-se!

domingo, novembro 26, 2006

Obsession(s)

A miúda dos folhos avisou-me: "mandei-te uma corrente para pôres no teu blog".
O desafio é simples (ou talvez não...): descrever as nossas 10 obsessões.
ok... vou tentar.

1. Ginásio.
Tento ir pelo menos 3 vezes por semana e fico mesmo chateada quando não consigo ir (como esta semana).

2. Praia.
Não consigo conceber Verão sem praia. "Cresci" na praia do Norte e, uns anos depois, mudei-me para S. João. Sempre me questionei o que fazem os miúdos que vivem longe do mar no Verão.

3. Roupa interior
Tem de combinar sempre com a roupa que tenho vestida. Cuecas cor-de-rosa com uma camisola azul. Não dá. Esta "pancada" faz a minha gaveta de roupa interior ser completamente "tutti-frutti".

4. Revistas femininas.
Elle, Máxima, Activa, Happy, as várias versões da Glamour. Compro muitas e há sempre revistas destas espalhadas pela nossa casa. Gosto de ver as tendências da moda, os cremes, as maquilhagens e ler aqueles artigos "de gajas".

5. o Expresso e o Público
O Expresso ao sábado e o Público ao domingo (por causa da revista Pública). Senão, não é fim-de-semana.

6. Perfumes.
Não consigo sair de casa sem estar a usar um.

7. Frutos secos.
São a minha perdição. Passas, nozes, figos, amêndoas... quando chega o Outono, alimento-me como um esquilo.

8. Não jantar.
É muito raro chegar a casa à noite e cozinhar alguma coisa para mim. Para desespero da Joana M, que me chama a atenção para os legumes que se estão a estragar no frigorífico e o peixe que está congelado há meses. Opto sempre por comer cereais, fruta, queijos... É que não gosto de me ir deitar com aquela sensação de barriga cheia.

9. Inglês e espanhol.
Acho sempre que não falo suficientemente bem inglês, apesar de ter terminado aos 17 anos o curso todo do British Council. Sempre gostei de fazer exercícios de gramática, mas tenho saudades de falar inglês "on a daily basis".
A minha nova pancada é o espanhol. Quero aprender e melhorar os verbos.

10. Santiago.
Tenho a certeza que não sou feliz em mais lado nenhum como ali.


Vou passar a "maldade" à Joana M.


JH

quinta-feira, novembro 23, 2006

Uma música que não me sai da cabeça

I've found a way to make you smile
I've found a way
A way to make you smile

I read bad poetry
Into your machine.
I save your messages
Just to hear your voice.
You always listen carefully
To awkward rhymes.

You always say your name,
Like I wouldn't know it's you,
At your most beautiful.

I've found a way to make you smile
I've found a way
A way to make you smile

At my most beautiful
I count your eyelashes, secretly.
With everyone, whisper I love you.
I let you sleep.
I know you're closed eye watching me,
Listening.
I though I saw a smile.

I've found a way to make you smile
I've found a way
A way to make you smile

(R.E.M)

Acho tão linda esta imagem: contar as pestanas secretamente... claro que soa muito mais bonito em inglês. Aliás, esta letra está cheia de imagens maravilhosas. Outra: a de ler má poesia para o atendedor de chamadas. E só mais uma: gravar as mensagens para ouvir a voz da outra pessoa.
lindo lindo lindo!

quarta-feira, novembro 22, 2006

Actividades extra

Quando era mais nova, estudante, desde a primária, tive várias actividades extra. Andei na vela com Optimist, fiz natação muitos anos, tive breves aulas de flauta e de piano, estudei 2 anos de inglês e depois uns trabalhos no mundo da fantasia.
Comecei a estudar espanhol em Julho e vou no 3ª nível. Queria fazer o 4º e depois fazer um exame para certificado reconhecido internacionalmente, o DELE. Depois depende se acabo os 2 níveis restantes do espanhol. Depende da companhia e horários e trabalho.
E comecei em Outubro na hidroginástica. Tenho a semana preenchida, 2f + 4f espanhol, 3f + 5f hidroginástica. É bom sair 2 vezes por semana mais cedo para aprender uma língua estrangeira e debater assuntos em grupo. E apesar do custar sair da cama quentinha para ir para o frio inicial da piscina, sabe bem ginasticar dentro de água com músicas cheias de ritmo.

E depois queria estudar francês a sério, com aulas, para além das minhas sessões de estudo esporádicas aos domingos à noite, onde revejo os meus livros da escola e faço cópias. Tenho de comprar uma gramática. É giro fazer exercícios de gramática, é como se fossem pequenos jogos e adivinhas e depois vemos a solução e corrigimos logo os erros. São pequenas conquistas de batalhas fáceis, para eliminar o peso das guerras e injustiças do trabalho onde por vezes perdemos e percebemos que ainda temos muito para aprender.
Isto de só trabalhar e dormir chateia. Parece que a vida vai passando e aguardo ter mais tempo para fazer o que gosto. Mas como o tempo nunca chega, tem de se esticar o existente. A pilha de livros para ler não diminui. Na cabeceira tenho várias leituras fáceis para distrair. Já consigo ler a Glamour espanhola e perceber praticamente tudo. Está para começar uma leitura de um livro em francês e outro em espanhol.

Quando consigo também gosto de pintar. Tenho livros daqueles de colorir, mesmo de crianças, que pinto com lápis de cor, de cera e aguarelas. Diverte-me. Tenho várias ideias de quadros mas nunca saem muito bem. Também não lhes dou muito tempo e maturação, se não sai bem à 1ª fica como está...
Aqui estão 2 exemplos mas de paint-it-yourself, ie, tem o desenho e um guia para cores a pintar.
Estão em exposição permanente na nossa sala. A casa tem vários pregos pelas paredes, tinhamos de os tapar!
JM

Ainda o Caminho...

Ao longo do Caminho, fiz várias vezes uma lista mental das coisas que mais me agradavam e daquelas de que, por um motivo ou outro, eu não gostava.

Na lista dos "mi don't laiki" estavam:
- o ressonar dos companheiros nos albergues
- ter de lavar a minha roupa à mão e esperar durante alguns dias que ela secasse
- ter de montar a minha mochila todas as manhãs, porque cada coisa encaixa num sítio próprio, e se precisamos de alguma coisa, é preciso tirar tudo e voltar a arrumar a mochila do início
- as madalenas ao pequeno-almoço, a única coisa que havia para comer em muitos sítios

Na lista dos "mi laiki" estavam:
- o silêncio no meio dos bosques
- o contacto com os outros peregrinos
- o Outono a chegar, com as folhas douradas a cair ao nosso lado quando atravessávamos os bosques
- as pessoas que se encontram e que têm sempre uma palavra amável para nos dizer, um cacho de uvas para oferecer, ou simplesmente algo para nos contar, como o pintor Luís, que encontrámos a caminho do Mosteiro de Obona, um espaço lindíssimo e abandonado, e que nos relatou a história do sítio. Pessoas maravilhosas que Santiago coloca no nosso Caminho. É essa a magia.

Ainda antes de chegar a Santiago, a minha lista das coisas de que não gostava foi diminuíndo, até ao ponto de hoje náo fazer sentido dizer que houve algo de que eu não tenha gostado.
Porque percebi que tudo faz parte e que, sem estas "dificuldades", o Caminho não faria sentido. Porque o melhor é as pessoas em que nos transformamos enquanto fazemos o Caminho e, se possível, depois dele.
A ambição, a ganância, a vontade de conquistar, de chegar antes dos outros, o individualismo, tudo isso se perde.

A minha amiga Pilar fez, nos últimos dias, uma tendinite num tornozelo, o que a obrigou a caminhar mais devagar, apesar de, por aquela altura, já estarmos tão habituadas a andar que conseguíamos fazer uma média de 5 km/h. O pé dela obrigou-me a mim, também, a abrandar o ritmo, mas nunca admiti seguir o Caminho ao meu ritmo e deixá-la para trás.
Porque a beleza é ir fazendo o Caminho, sem pressa de chegar, e desfrutar de cada momento, com as pessoas que estimamos.

JH

Código Preto! Código Preto!

Foi isto que se ouviu, ontem de manhã, nos altifalantes do ginásio Holmes Place de Alvalade, onde eu estava "chorreando" (como dizem os espanhóis) depois de uma aula de RPM.
Os instrutores começaram por pedir às pessoas para sair do clube, e depois para atravessar para o outro lado da rua e depois para se afastar ainda mais. Lá dentro - porque nem tivemos tempo de ir aos balneários - ficou tudo: chaves, telemóveis, as nossas coisas pessoais, tudo dentro dos cacifos.
O motivo: uma ameça de bomba.
O resultado: mais de cem pessoas embrulhadas em toalhas no meio da rua (algumas a pingar, porque estava a decorrer àquela hora uma aula de hidroginástica), durante duas horas e dez minutos, o tempo que a polícia levou a revistar por completo o clube (que tem 4 pisos, restaurante, spa...).
O segundo resultado: uma discussão deontológica na Lusa sobre fazer ou não notícia das ameaças de bomba, que no total afectaram cinco clubes do Holmes Place.
A notícia saiu. Eu achei que foi a decisão correcta.

JH

terça-feira, novembro 21, 2006

Os 3 dias em Londres - tomo final


O Tiago recebeu-nos com a pizza e acompanhou-nos no último dia de ‘shopping’, depois do maravilhoso repasto de Yum Cha. Apesar de ter dormido aparentemente o suficiente, o amigo Tiago gosta sempre de mais um bocadinho de reflexão.

Ainda não desta que entrei no Harvey Nichols mas o Harrods é sempre giro para ‘passear’. Muito além da zona de livros, cds e decorações de natal apenas se pode comprar com os olhos. Tantos vestidos lindos… mas sem ocasião para os vestir.

Não vi a rainha nem esquilos, não andei no tobogan da Tate e não fui à torre de Londres. Mas tenho de deixar coisas para as próximas visitas! Sim Tiago? :o)
Depois a neura de regressar ao trabalho. Durou 3 dias.
Enfim, é a trabalhar que me posso dar ao luxo de ir a Londres e passar um dia inteiro nas lojas da Oxford Street, beber chá nas 3 lojas da Whittard, ver os punks em Camden e comprar muffins em Portobello Road.


JM

segunda-feira, novembro 20, 2006

O Caminho...

Com demasiado atraso e sem fotos (porque a minha máquina pifou no segundo dia e o cd de fotos que a Pilar fez não abre no meu pc... adiante!) , não posso deixar de falar um pouco sobre o Caminho Primitivo.

Foram 320 km e 15 dias de caminhada (com um dia de paragem em Lugo, onde apanhámos as festas de San Fróilan e o Dia da Hispanidade e da Virgem do Pilar), entre as montanhas das Astúrias e as planícies da Galiza, com duas últimas etapas a coincidir com o Caminho Francês.
Foi duro, muito duro fisicamente, porque o Caminho atravessa várias montanhas ao longo de dias consecutivos, sempre por volta dos mil metros de altitude... e depois 800 metros, e novamente 1100, e de novo 700, e depois 900...
Etapas verdadeiramente "rompe-piernas", como avisavam os guias do Caminho, horas e horas de subida sem parar, para depois iniciar descidas - numa manhã descemos, sem parar, dos 1000 metros para os 300, ao longo de cinco horas. Quem disse que a descer todos os santos ajudam?!

Mas o Caminho, que segue quase sempre por bosques, com ribeiros ao nosso lado e pequenas pontes de madeira absolutamente românticas, é maravilhoso! Reinou a paz, a tranquilidade.

Encontrámos albergues de peregrinos muito maus (noites em que optámos por pensões), mas o último (em Ribadiso de Baixo, a dois dias de Santiago) era um antigo hospital do século XV, com um ribeiro e uma plataforma para os peregrinos mergulharem os pés na água gelada. Lindo lindo lindo!
Após vários dias muito tranquilos, com poucos peregrinos ao longo do Caminho, "assustei-me" com a quantidade de gente no Caminho Francês, em que o Primitivo termina três dias antes de Santiago. Já me tinham avisado que o Caminho Francês (que começa na fronteira com França ou antes dela) era uma romaria, mas é incrível. Não há praticamente momento nenhum em que estejamos a caminhar sozinhas. Mas é animado, diferente, principalmente após tantos dias a ver sempre as mesmas quatro ou cinco caras!

JH

sábado, novembro 18, 2006

Filhos da mãe, estúpidos, falta de jeito, cobardes!

Quase todos os dias olho para o carro a ver se está tudo bem. Hoje de manhã abri a janela e achei curioso ver 3 carros alinhadinhos quase sem espaço entre eles, como raio estacionaram assim?
Depois percebi, batendo no meu carrinho. Sem bilhetes, claro.

Pelo estrago não foi uma batida suave.
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:(

JM

sexta-feira, novembro 17, 2006

Os 3 dias em Londres - tomo 4

Em Inglaterra concentra-se a maior parte das minhas bandas preferidas. Um grupo de peso na tabela são os Oasis.
Há uma certa dose de mau génio nos manos Gallagher, mas bem interpretado dá azo a muita gargalhada.
Já são mais de 10 anos a cantar e criar épicos da música.
Qual não foi o meu espanto quando decidir espreitar a programação do Koko, muito perto da casa do Tiago, e ia cantar o Noel no dia seguinte.
Que maravilha! Mas já estava obviamente esgotado.
No dia ainda ouvi os apelos do mercado negro, 100 e 75 libras. Bolas! Ah, estamos em Londres.

No dia seguinte soube que o preço normal era 50 libras.
Contentei-me com as reportagens nos jornais gratuitos e com um cartaz de rua, em pleno mercado de Portobello Road.
JM

Desculpe, é engano

Toca o telefone. Um 91-qqr-coisa.
- Estou?
-> Sim, boa tarde, é a mãe do Vítor?
- (É engano, nem sequer sou mãe!) Não, deve ser engano.
-> É o Vítor?
- (#"!%*?)& mau... agora tenho voz de homem? Estou um bocado rouca mas é um bocado constipação! Pensei em dizer, sou uma mulher, não sou o Vítor que é homem!) Não, deve ser engano.
- Ah Desculpe, é engano.
Pois, pois era...

JM

Ainda a IVG

Uma coisa que - já na altura do primeiro referendo, tal como agora - sempre me fez confusão é a nítida sensação de que os dois lados da "barricada" (o sim e o não) não estão a discutir a mesma coisa.
Porque o "sim" defende o direito à escolha, a possibilidade de a mulher, se assim o pretender, poder fazer um aborto num local seguro, com condições de higiene do século XXI e minimizando os riscos de complicações como a esterilidade ou a morte.
Porque o "não" lembra sempre que é pró-feto, que existe um ser humano desde o momento da concepção.

A minha dúvida é se alguém acredita realmente que os defensores do "sim" são a favor do aborto em si.
Lamento que as pessoas confundam as coisas e insistam em misturar na discussão o argumento pró-vida.
Porque o aborto existe. Clandestino, em vãos de escada, induzido com talos de couve ou agulhas de crochet.
E as mulheres têm o direito de poder escolher fazê-lo nas melhores condições possíveis. Claro, com acompanhamento psicológico depois, com todo o apoio possível, evitando que o recurso à IVG seja encarado como um contraceptivo.
É essa a discussão, porque pró-vida somos todos nós.

JH

quinta-feira, novembro 16, 2006

SIM! Pelo direito à escolha

Lembro-me que na altura do outro referendo não podia votar, ainda não tinha idade.
Já debati este tema várias vezes com amigos mas não se coloca a hipótese de mudar de opinião, sou a favor do aborto.
Há campanhas chocantes que me fazem suspeitar de manipulação de imagens e mensagens pouco justas.
Estudei na área das ciências, estudei o desenvolvimento e crescimento das células, sou racional. Tenho sentimentos e não sou nenhuma monstra, defendo o SIM.

JM

Os 3 dias em Londres - tomo 3


Consegui a proeza de passar um dia (+- das 11 às 18h) inteiro na Oxford Street, nas lojas, pois. Há sempre coisas em saldos o ano todo. A rua é gigante, as lojas são mais que muitas, durante a semana é mais calmo e a oferta é bestialmente maior e diferenciada. E ainda há muitas lojas onde nunca fui.
Há dois cruzamentos que seccionam a comprida avenida de lojas: Oxford Circus a meio e Tottenham Court Road no fim.
Aqui tenho o meio, onde se avista a Topshop na maior loja de moda europeia. É enorme, com vários pisos, muitas secções, multimarca, secção habitual para pessoas pequenas e grandes, em altura, DJ, etc. É um mundo que reúne muita coisa gira que dificulta a escolha. Geralmente o critério de pessoa forreta é sempre o mesmo: o preço.


Vi uma exposição na National Gallery (condenem-me, não contribui com as 2 libras sugeridas) onde estavam alguns originais do Van Gogh, como os girassóis. Ia tirar, inocentemente e sabendo que não tinha flash, uma foto com o telemóvel, para fazer de wallpaper. O guarda ia-me prendendo. Ai desculpe, mas não tem flash! Nem mexi mais na mala…
Ainda percorri uns corredores labirínticos com a minha mãe a ver algumas obras de pintores mais conhecidos, ou ‘polémicos’ como a Virgem dos Rochedos, muito referida no Código Da Vinci. Eu sabia que estava na altura de fechar e só tenho a dizer que os guardas são muito eficazes na tarefa de enchutarem as pessoas para fora do museu. Fiquei com a certeza de que fecham sempre às 6 em ponto, tal é a ênfase em conduzir as pessoas à saída!
JM

quarta-feira, novembro 15, 2006

A resposta é... SIM

Aborto: Tribunal Constitucional aprova pergunta para referendo

Lisboa, 15 Nov (Lusa) - O Tribunal Constitucional (TC) aprovou hoje, por maioria, a pergunta do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, aprovada em Outubro no Parlamento.

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?", é a pergunta aprovada pelo TC.

JH

Sonhos precisam-se

Ontem à noite, pediram-me para apontar num papel os meus sonhos.
Nunca pensei que fosse tão difícil.
Não devia ser assim uma resposta rápida, daquelas na ponta da língua, tipo concurso de televisão, em que o concorrente tem muito pouco tempo antes de soar uma buzina?
Mas não foi. Pensei muito, escrevi três coisas e cheguei ao final com a impressão que as prioridades estavam trocadas e que aquele que coloquei como o meu último sonho deveria ter sido, na verdade, o primeiro.
E se eu errei na resposta? Significa que estou a acertar ao lado da vida?

JH

Os 3 dias em Londres - tomo 2


Gosto de ir ao Sainsbury’s, tem um nome giro e há muitos. O Tesco é mais barato mas encontra-se menos, nos caminhos que fiz. Acho piada ver os símbolos das embalagens “Suitable for vegetarians” e às vezes também para os “vegans”. E o símbolo da bandeira, indicando produto nacional. Por observação própria dos códigos de barras, com a minha mana, já tinha percebido que os nossos produtos começam por 5 60… existe o movimento 560 a defender os interesses nacionais mas podíamos puxar ainda mais ao nacional. Mas é muito bom indicar a reciclagem, o eco ponto destino e outras informações úteis que vemos enquanto comemos ou esperamos pela fila para pagar no supermercado.

Tinham uma 'campanha' com sacos giros de designers convidados para incentivar à reutilização e reciclagem de sacos de plástico. Muito giros, os sacos! Há sítios onde se pagam os sacos por política (no Minipreço é também para contenção de custos). Acho bem! Se há coisa que me faz impressão é o desperdício, seja de comida, água, papel, sacos de plástico...
Viva a reciclagem!
JM

terça-feira, novembro 14, 2006

Os 3 dias em Londres - tomo 1

Assim que saí do avião reparei logo que a hospedeira de terra tinha uma coisa na lapela, nos jornais também tinha o mesmo símbolo junto ao título. O Tiago explicou, é uma papoila para ajudar e lembrar os militares da guerra, por aí. Ver em http://www.poppy.org.uk/


O tiago foi-nos buscar à estação de comboio e levou-nos passes semanais de bus. Das outras vezes tinha sempre andado de metro, mas é muito mais caro e as muitas escadas iam cansar mais a mamã. Os buses são eficazes e chegam a todo o lado. As faixas de bus existem, são eficientes e respeitadas. Além disso vê-se a vista e é sempre bom ir no 2º andar, no 1º banco.

JM

segunda-feira, novembro 13, 2006

Shame on me!

Daqui a dias faz um mês que eu voltei do Caminho de Santiago e... nem um postzito sobre uma das melhores coisas que me aconteceu nos últimos tempos.
O Apóstolo devia deserdar-me!

JH

Em casa de ferreiro, enche a galinha o papo...

Eu sou especialista em ser disléxica com as palavras. A minha última pérola foi esta magnífica versão de ditado popular:

"Ladrão que diz a verdade tem cem anos de perdão".

(gargalhada geral lá em casa, repetida para todos os clientes do café lá do prédio. mais gargalhada geral!)

Muito bom!

(e metem gente como eu a ver as notícias dos outros... está bonito, está! JLS, esta fica entre nós, sim?!)

JH

sexta-feira, novembro 10, 2006

Quentes e boas!

O S. Martinho é amanhã. Sou doida por castanhas, assadas de preferência, na comida em vários cozinhados, cruas para me entreter a descascá-las enquanto vejo tv. Na escola e faculdade davam castanhas na cantina, eu sempre fui às cantinas. Por vezes almoço com a mana na UAL. O preço nesta rentrée subiu de 3eur para 3,30, muito acessível portanto. A relação preço qualidade é boa e ainda trago o Diário Económico e o O Jornal Económico de borla. Também havia lá castanhas, mas não consegui apanhar porque a sra ia fazer intervalo para almoço L
Mas eis que a grande PTM surpreende e tem um sr a fazer castanhas para os colaboradores identificados. Podia-se levar no máximo dois pacotinhos com 2 cartões. Eu por acaso ando com 2 cartões porque circulo entre 2 edifícios…
Quentes e bem boas! Este fds quero mais!

Ontem fui ver outra vez o Jamie Cullum. Desta vez no Coliseu esgotado, com muitas tias e outra vez o sr “Armando José” na plateia. O jovem tem concertos giros, irreverentes, activos e surpreendentes. Foi para a fila central da plateia tocar e cantar com um membro da banda. E deu umas flores a uma sra.

É mais um inglês das minhas preferências. Mas o Robbie Williams ainda consegue ser mais ‘show man’. Não consegui ver a Madonna para mais uma comparação. A 1ª parte foi dos Nizlopi. 2 srs muito geeks, estranhos e engraçados, com contrabaixo e viola, muitos sons vocais e ritmo cantado. Fizeram a festa e nós rimo-nos com a música deles.

Finalmente o fds!

PS: o meu vestido de noiva está ‘prometido’ à minha tia costureira. Mas entretanto ela já se reformou, pelo que não sei se terá ‘paciência’ para o fazer quando chegar a altura. Quanto custam os vestidos dessas sras? Desde que seja simples, sem rendas e deslumbrante, pode ser!

JM

Wishlist

Quando eu for grande, quero casar-me com um vestido delas.


(depois de ter assistido, ontem à noite, na Quinta da Penha Longa, ao desfile de lançamento da colecção de 2007 das duas estilistas, que fizeram o vestido de noiva da minha irmã)

JH

quinta-feira, novembro 09, 2006

Life jacket under your seat / Fasten seat belt while seated

(Escrevi enquanto estava no avião, 4f passada. Bolas já fez uma semana...)
And again I’m heading my beloved London. The plane arrived late, almost an hour, with lots of Celtic soccer fans, happy to be singing in joy (late after, Benfica won).
Since Tiago’s in London, this is my 3rd visit, with a 3rd different guest: 1st was my sister, 2nd was Pedro and now my mom. I booked this flight in late July, getting the lowest price from Monarch.
In Lisbon we’re still going on 20 Celsius, but we’re expecting about 2 or 3 for a minimum in the cold London. The good news is blue sky and no rain!

Depois chegaram as malas e a da minha mãe vinha sem cadeado e se fecho. Algo de muito grave com muita força estragou a mala. Reportámos a situação. Na 6f foram entregar uma mala nova, muito parecida. Foram eficientes mas perdemos tempo na mesma à espera. Quem ganhou com isso foi a casa do Tiago, que levou uma limpeza e varridela já necessárias...

(Suspiro) Ainda não recuperei bem de voltar de 2 dias de férias. Londres tem este efeito.

JM

quarta-feira, novembro 08, 2006

Such a cliché...

Compras do dia: pensos, tampões e... um chocolate!
Viva o SPM!


(eheheh... um prémio para os homens que perceberem este post!)

JH

Anjo

I call you up
You pick up
You call my bluff
On the card to love
You hold too close
Your hands to your chest
I can read your eyes
But I confess
It's lonely far from you, oh

Even when you're right by me
It's only why I wait for you
To take my hand

Why do I beg like a child for your candy?
Why do I come after you like I do,
I love you?
Wherever you are
I swear
You be my angel
You

I play my cards the best I can
But I lose my luck
when you're not here
My darling heart
Won't you please give in?
I may be strong
But I want you back again

When you're not here it's hard to pretend
It's all alright again
When you're not here love it's hard to pretend
It's all alright but still

Why do I beg like a child for your candy?
Why do I run after you like I do,
I love you?
Whatever you are
I swear
You be my angel
You

Watch the deck
Count your cards
Makes no sense
That I'm always losing
When you're gone

Why do I beg like a child for your candy?
Why do I come after you like I do,
I love you
Whatever you are
I swear
You'll be my angel
You
When you're gone

(Angel, Dave Matthews Band)

Uma música e uma letra que descobri recentemente... e que faz cada vez mais sentido...

JH

sexta-feira, novembro 03, 2006

As minhas borboletas estão lindas!


Depois de devidamente cicatrizadas, aqui estão as minhas borboletas, lindas lindas lindas!

Para o Pedro, que me perguntava se é a mesma borboleta em várias posições ou se são três diferentes... Bem observado! Acho que são três... (miúdo, continua a aparecer por aqui!)

JH.

Mais um passo no caminho para a normalidade

Voltei ao ginásio, ao fim de quase dois meses de ausência. Tinha saudades daquilo!
Com uma inovação: passei a usar o elevador para ir do parque de estacionamento para o clube.
Antes, subia de escadas e depois tinha de voltar ao estacionamento pelo exterior, por uma rampa circular de mais de dois andares. As figuras que a minha fobia me faz passar... Mas agora sou uma menina mais crescidinha e já ando de elevador sozinha!
Palmas para a Joana! (para cantar com o som da música do Noddy, por favor!)
Daaaaahhh!

JH

terça-feira, outubro 31, 2006

De volta à civilização

Voltei a pintar as unhas de sangue-de-boi, o que já não acontecia há mais de um mês, por causa do Caminho e das férias.
E hoje passei a manhã no Colombo, às compras.
Sinto-me humana outra vez!

JH

o meu popó


Uma das novidades mais recentes na minha vida é um popó.
Tirei a carta de mota e andava a sonhar há 2 anos com uma vespa 250 GTS, preta com assento em cor de camelo. A mota é linda! Sempre quis ter uma mota desde os 12 anos mas nunca pude. “Já tens mota no nome” …
Apresentei o caso ao pai Mota e claro que a reacção não foi favorável. Passou de ‘não precisas de carro’ a ‘vou-te arranjar um carro’.
E foi assim, há cerca de 1 mês que tenho um popó pequenino que anda. De resto só queria mesmo fecho centralizado e vidros eléctricos. Não tem AC mas tem rádio com CDs, oferta do Pedro. Logo no 1º fds de uso foi logo baptizado com 8 pessoas em curtas viagens por Lisboa, passando por polícias e com algum nível de álcool na grande maioria dos ocupantes.
O projecto da mota não foi abandonado, só suspenso temporariamente.
Quase só uso o Micra aos fds para ir à Costa, por isso tenho o cuidado de o deixar bem estacionado durante a semana.
Na semana passada houve alguém simpático que o raspou de lado. Obrigadinho!
Ontem cheguei a casa e não queria acreditar no que estava a ver. Um vizinho simpático teve o cuidado de estacionar o carro colado ao meu, literalmente. Tem bastante espaço atrás mas nenhum à frente. Se eu quisesse sair seria muito difícil. Deixei um bilhete ontem, mas com o nevoeiro deve ter desaparecido a tinta.

Onde está a normalidade desta atitude? Quantas vezes bateu no meu? Nem consigo perceber se está danificado! Na volta quando chegar hoje ainda tenho a matrícula no chão ou assim.
Falta de civismo!!!
JM

segunda-feira, outubro 30, 2006

Parabéns atrasados!!

O nosso blog fez um aninho no dia 25 de Outubro, mas estas mães desnaturadas esqueceram-se de assinalar a data... Humpf!

Como nos aniversários e fins-de-ano, é altura de fazer um balanço, olhar para trás, recordar os momentos mais marcantes.

Foi um ano... intenso!

Eu e a Joana "emancipámo-nos" dos papás, alugámos casa juntas em Alvalade, stressámos com as confusões do esquentador, da fechadura da porta de casa, dos estores avariados, mas em meados de Fevereiro já estávamos bem instaladas e prontas a usufruir do nosso minúsculo T2!
Apesar de muitas vezes os nossos horários/vidas pessoais quase nem nos deixarem cruzar, tem sido bom "ter" a Joana em casa, uma amiga antiga com quem partilho histórias, confidências, (muitas) lágrimas e kleenex, dúvidas existenciais, conselhos, alegrias, gargalhadas, revistas de "gaja", tendências de moda, cremes, roupa e perfumes novos!

Num nível mais pessoal: a minha relação de sete anos terminou, "perdi" uma família, tentei "aprender" a estar sozinha, chorei muito, fiz o luto.
Perdi amigos (ou pessoas que eu julgava como tal), desiludi-me, conheci muitas pessoas novas, fui a festas, tornei-me uma "poffnet", passei quatro meses na praia, fiquei "preta"!
Fiz amigos novos (e estes, eu sei que o são...), reencontrei amigos antigos e apaixonei-me (apaixonámo-nos), against all odds...
Os meus pais juntaram-se, depois de 15 anos separados. Voltei a ter o meu pai em casa. Uma realidade nova, inesperada, feliz.
Nasceu-me um primo novo - o Afonso, o meu pequenino ET, que passou três das quatro primeiras semanas de vida no hospital, o que deixou a família muito preocupada, mas o nosso menino é muito forte e recuperou muito bem.
O meu priminho Bruno foi pai do Lourenço, na Alemanha e já nos visitou, com a família!
Fui madrinha de casamento da minha irmã e emocionei-me muito.
Fui promovida, descobri a maldade das pessoas e encontrei o apoio de muitas, a dar "aquela força" que me fez continuar.
Voltei outra vez a fumar e deixei outra vez de fumar (não completamente, como eu queria, mas a coisa vai...).
Fiz o Caminho Primitivo, aprofundei a minha amizade com a Pilar, conheci a família dela, que me recebeu como se fosse uma sobrinha e, em Avilés, senti-me realmente em casa. Falei muito espanhol, criei alergia ao francês, descobri um padre maravilhoso na Catedral de Santiago que se tornou mais um motivo para eu regressar lá.

E agora... que venha mais um ano de posts, desabafos, fotos, confidências e comments! Cabem todos cá!

JH

quarta-feira, outubro 25, 2006

Nos bancos de Santa Maria

Ando viciada num livro que me faz chorar. Em qualquer lado, onde quer que esteja. Abro o livro, as lágrimas começam a cair e eu não consigo impedi-lo. Nem quero.
Hoje de manhã foi na sala de espera da consulta de Alergologia, no Hospital Santa Maria.
Por causa de textos como este.

Não importa o que se ama. Importa a matéria desse amor. As sucessivas camadas de vida que se atiram para dentro desse amor. As palavras são só um princípio - nem sequer o princípio. Porque no amor os princípios, os meios, os fins são apenas fragmentos de uma história que continua para lá dela, antes e depois do sangue breve de uma vida. Tudo serve a essa obsessão de verdade a que chamamos amor. O sujo, a luz, o áspero, o macio, a falha, a persistência.

(ainda) Fazes-me falta, Inês Pedrosa

JH

terça-feira, outubro 24, 2006

Vistas de cima

Adoro tirar estas fotos e reconhecer os sítios, ver a própria casa, unir os pontos conhecidos da cidade como um mapa a 3D.
“Oeiras, essa bela cidade”, com o Inatel e suas piscinas, praias e marina.
Margem Sul power! O Cristo Rei, o garrafão da ponte, Almada, Seixal…
Mega bandeira da pátria no alto do Parque Eduardo Sétimo, a prisão, o espelho de água, o Eleven, o El Corte Inglês.

Centro de negócios lisboeta com os meus locais de trabalho mais recentes, sede da CGD, ex-BNU (edifício guitarra portuguesa by Taveira), PTM, PT-PRO, TMN. As torres do Técnico!
(Para a malta do IST, hoje vi o Carvalhosa ao almoço, igual, com o seu copo de vinho a acompanhar claro. Mas reza a história que já não manda foguetes. Não cheguei a mandar os meus…)

Finda a viagem de Verão. Já aí vem outra, hehehe.
Lo que pasa es que cuando puedo ir de vacaciones, casi siempre prefiero el extranjero. Viajar me encanta!

JM