segunda-feira, novembro 28, 2005

Jornalistas e política

"O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, é membro da comissão de apoio à candidatura do secretário-geral do PCP à Presidência da República. Alfredo Maia, enquanto cidadão, tem o direito de apoiar quem lhe der na gana. Mas como presidente do SJ deveria ser discreto (...) A classe rosnou; Maia justificou-se com o voto a seu favor de uma assembleia geral do SJ, na qual participaram quatro gatos pingados; e arrepiou caminho. Outros presidentes do SJ - como Diana Andringa - fizeram o mesmo. A culpa é dos jornalistas que os elegem".
in Grande Reportagem

Concordo: nenhum jornalista deveria apoiar publicamente um partido. Como pessoas, todos temos as nossas simpatias partidárias, mas enquanto jornalistas não deveríamos expressá-lo. Faz-me confusão ver jornalistas com cartão de militante, que tratam por tu todos os responsáveis dos partidos.
E sei que isso não significa que não sejam bons profissionais, isentos, e tal, mas acho que há questões em que os jornalistas se devem resguardar.

Discordo: a decisão de Alfredo Maia só vincula a ele e não representa a classe, mas não deixa de ser lamentável que a uma assembleia geral só vão 4 pessoas. Se lá estivessem mais naquela noite, talvez fosse o Alfredo Maia, ex-presidente do SJ, a apoiar o Jerónimo.
JH.

Coldplay & "Hairy Potta"

Trabalhar tem sempre a vantagem de receber o ordenado e de o podermos gastar onde nos der mais prazer. Eu gosto particularmente de ter acesso à cultura. Posso ser forreta em relação à comida, não passo fome mas raramente escolho os pratos mais caros e frequentemente prefiro o prato mini para não enfardar em demasia. Mas o cinema, atendendo ao meu gosto medricas que recusa filmes de terror e thrillers, não falha. Teatro, livros e concertos já vão mais moderados mas consumo com alguma frequência. 4f fui ao concerto esgotado dos Coldplay. Desde que começaram que gostei da sonoridade, ou não fossem eles ingleses e ainda por cima londrinos. O jogo de luzes, a entoação das músicas em coro +- afinado, o público que entra rapidamente nos 'oeee oeeee oeee ouoo, oeeeee, ouoo' e as palmas ritmadas fazem a festa. O Yellow com bolas gigantes a cair do tecto com papelinhos dourados lá dentro, faziam um efeito espectacular. Gastei a memória de 512M da máquina do Pedro a gravar e fotografar para mais tarde recordar. Só foi chato ter um gajo grande com uma cabeça grande à minha frente... 5f fui ver o Harry Potter na sua 4a saga em Hogwarts. Desde pequena que gosto de contos de fadas, são giros, fazem-nos sonhar que podemos encontrar uma fada amiga, pequenina, como se fosse anjo da guarda. Mas já não simpatizo nada com os senhores dos anéis, já tem fantasia e bonecada a mais. O enredo é de louvar, com as novas linguagens e mil personagens diferentes, mas não gosto. E então é giro ver o Harry a voar na vassoura. O meu sonho impossível era poder voar sempre que quisesse. Voava e via o mundo de cima, voava e conhecia novos locais, novas pessoas e ia ter com os meus amigos muito mais rápido. Era tão bom... Quando sonho que voo, acordo sempre bem disposta!O 2o sonho impossível era poder tornar-me invisível de vez em quando. E o Harry pode, com o seu manto de invisibilidade. Houve um comentário no filme giro de lembrar. Já o sabemos mas por vezes teimamos em esquecer. Algo como "Os problemas devem ser resolvidos pelo caminho certo, e não pelo caminho mais fácil." Simples e eficaz!

Ps: este post devia ter sido colocado 4f, depois 5f e só hoje consegui porque as ligações não estavam boas. Raio dos informáticos de rede! :P
JM

domingo, novembro 27, 2005

Vá-se lá perceber porquê...

Desde o início de Novembro voltei a ser sócia do Holmes Place, desta vez no estádio de Alvalade, que só abriu a 10 de Outubro. Até agora estou a conseguir ir quase todos os dias e acho que esta é uma forma muito útil de ocupar as minhas manhãs livres.
Estreei-me na Hidroginástica, onde sou sempre a mais nova no meio dos velhinhos.
Voltei também entretanto às aulas: Body Pump e Combat, porque ainda não tive coragem de me enfiar numa aula de RPM - tenho a noção de que ainda não estou fisicamente preparada para estar 50 minutos a pedalar furiosamente em cima de uma bicicleta, à luz de strobes de discoteca...
É muito giro ver as aulas de fora: um bando de yuppies a suar os almocinhos de negócios por todos os poros, as miúdas giras que vão lá mostrar o equipamento todo (sim, porque cada modalidade tem uma linha de vestuário própria) e os "groupies", que fazem sempre as aulas todas, que cantam as músicas bem alto, que começam as faixas antes da música e que no final vão jantar fora com o prof. E depois há os gritinhos - UÁ! - que vão marcando determinados exercícios e as coreografias ao som da música (N.A.: a descrição encaixa em todas as modalidades!) ... Lindo!
Enfim, um bando de alucinados que prá ali anda e em que eu me incluo... Gosto daquele ambiente, de ser tudo tão clean, de ir à piscina e ficar de língua de fora depois de fazer 3 voltas, de começar as aulas de pump às 7:20 e ver o dia nascer, de ir pró jaccuzzi enorme aos domingos quando não está lá mais ninguém, de ter tudo à mão. E a comida do "Go Natural", a seguir...
Faz-me bem, saio sempre bem-disposta e atrasada para entrar na Lusa. Vou pelo caminho a pôr os anéis, o fio, os brincos, os relógios, a pôr rimel e risco por baixo dos olhos, para depois chegar à redacção completamente afogueada e a precisar de um banho novo...
Vá-se lá perceber porque é que gostamos de pagar para sofrer, para ter dores no corpo no dia seguinte (hoje é um desses...), porque é que eu salto da cama às vezes às 06h, muito pouco tempo depois de me ter deitado...
JH.

Pior que...

trabalhar a um domingo é estar no local de trabalho e não ter nada pra fazer...
JH

quinta-feira, novembro 24, 2005

Sobre a Igreja e este Papa que nos calhou...

Esta ideia do Papa de proibir o sacerdócio a homossexuais é inqualificável, não tem pés nem cabeça.
Não é suposto que um padre sinta desejo sexual por ninguém, seja mulher ou homem. O padre faz o voto do celibato, ponto final. Essa questão nem se coloca, senhores.
Como se os candidatos aos seminários preenchessem um formulário: "Gosta de: opção a) mulheres; opção b), crianças; opção c) homens". Sim, porque podemos ter padres pedófilos, paneleiros é que não!!
Ainda melhor é a hipocrisia de manter os padres homossexuais que já foram ordenados. "Exclui-los seria desumano", afirmou ontem um responsável do seminário da Luz. É desumano expulsar os que já lá estão, mas vedar a entrada aos jovens que um dia sentiram qualquer coisa por um amigo já se justifica, claro.
A cereja no topo do bolo foi mesmo a justificação apresentada por este mesmo responsável, que dizia que "há muitas mulheres na Igreja e os homossexuais" - que a Igreja considera doentes - "tratam-nas mal". Aliás, as estatísticas da APAV estão aí para prová-lo: mais de 90 por cento das vítimas são maltratadas pelos seus amigos gays, que as espancam quando vão com elas às compras na Zara. Por favor...
Depois ouvem o que querem e o que não querem das associações de direitos dos homossexuais. Metem-se a jeito...

JH.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Mais uma pérola do "Sexo e a Cidade"

- "Olhas tanto para trás que devias ter um retrovisor das relações!"
- "As relações podem parecer mais próximas do que estão na realidade!"

Miranda e Samantha para Carrie, em mais um episódio que faz as minhas noites de domingo felizes.
JH

segunda-feira, novembro 21, 2005

Há dias assim

Depois dos trabalhos forçados de sexta-feira à noite e de sábado, e de uma ameaça de processo a balançar sobre a minha cabeça o domingo inteiro, acordei mesmo de mau humor, a antecipar a discussão que sabia que ia ter por causa das minhas notícias. Mas, espanto dos espantos, recebi a meio da tarde um telefonema a felicitar-me pelo meu trabalho. O quê?! As pessoas são muito complicadas. Vá-se lá perceber...
Hoje quando saía de casa a minha irmã avisou-me para ter cuidado com a estrada. Eu sei, respondi, há imensos lençóis de água. Eu lembrei-me, eu juro que sim, e meti a quarta quando entrei na curva do Eixo Norte-Sul ao pé do Aqueduto das Águas Livres, mas não consegui agarrar o carro. Vi tudo a andar devagar. O separador, em vez de estar do meu lado direito, ficou à minha frente, e senti o carro a dar lentamente uma volta de 180º graus até ficar virado de frente para os carros que vinham no sentido contrário. Não me magoei, não bati em ninguém e não acertei em nada. Incrível (Eu sei porquê, mana! Obrigada!). O único dano foi a dor de cabeça que me saltou na altura e que ainda sinto.
Mas estou bem, porque o dia correu melhor do que eu estava à espera.
No harm done, não perdi nenhuma vida, só baixei um bocadinho a barra da vitalidade. E amanhã continuo a jogar...
JH.

Ei-la

Ei-la para quem ainda não viu como está. Ela pisca, ela brilha, ela acende várias iluminações alusivas ao natal, ela fascina crianças e adultos.
Dra Mafalda, quantas fotos já tens da árvore? :o)
JM

domingo, novembro 20, 2005

Lisboa Natalícia

Depois de um dia de me?!a (neste blog não se dizem asneiras!), sábado a trabalhar até às 21h, decidi que queria espairecer e passear.
A vontade foi maior do que o frio, a chuva e o imenso vento que se fazia sentir. Pedi ao Pedro para ir comigo ver a árvore de Natal inaugurada pouco antes. Senti-me turista.
Desde pequena que ia à baixa com a minha mãe e sempre gostei daquela parte da cidade. Temos um bocado a mania de olhar em frente ou para o chão e escapam-nos as vistas de cima, dos edifícios que são bonitos. Se estivéssemos no estrangeiro acharíamos a cidade linda, mas como estamos habituados desde pequenos, não damos o valor suficiente à nossa capital.
Comecei por ver as iluminações do Chiado, desci à Augusta, muito movimentada por sinal, e no momento de ver a árvore senti-me uma criança. Ao atravessar o arco, via-se muita gente a olhar para cima, mas só se vê a dita mesmo quando lá chegamos e a sua imponência alegra-nos e enche-nos de espírito natalício. Também ajudou ter músicas tradicionais de natal a tocar.
A caminho do Rossio o Pedro assobiava a música que tinhamos acabado de ouvir. Tirei fotos e admirei também o elevador de Santa Justa a lembrar a torre Eiffel da cidade das luzes.
Adorei o passeio e fiquei bem disposta!
JM

sábado, novembro 19, 2005

Sophia de Mello Breyner Andersen

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.


A TAP homenageou Sophia de Meloo Breyer Andersen baptizando um avião com o nome da poetisa. Na cerimónia, o filho, Miguel Sousa Tavares, considerou que aquela era uma forma bonita de homenagear a mãe que, tal como ele, sempre teve medo de andar de avião, mas tem fascínio pelos pássaros de ferro.
Que giro, pensei. Também eu não gosto de andar de avião, incomoda-me ir ali e por isso a minha altura favorita das viagens é a aterragem, aquele momento em que o trem toca no chão. Uma mania completamente incoerente, já que as descolagens e aterragens são os momentos mais perigosos, lembra-me a minha irmã. Sim, miss HiFly, eu sei, mas os medos desafiam todas as leis da probabilidade e da razão.
E no entanto, sou fascinada por aviões e adoro vê-los a sobrevoar Lisboa, quando se preparam para aterrar. "Olha, vai tão baixinho, quase que tocava naquele prédio", digo, e oiço sempre o Hugo a ripostar: "Claro que não, ele passou muito longe".
Há dias fui entrevistar uma especialista do LNEC, ali na Avenida do Brasil, que tem um escritório com uma janela enorme virada para as traseiras, como um camarote especial sobre o movimento do aeroporto. Eu nunca poderia trabalhar ali, porque passaria o tempo de cabeça apoiada na mão, a sonhar com os aviões. Literalmente a vê-los passar.
Por isso, senhor primeiro-ministro, peço-lhe que não me leve o aeroporto embora. Como é que eu sonho depois?
JH.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Pequenos prazeres

Hoje fui uma revolucionária.
Saí de uma reunião às 20h15 e não voltei ao trabalho!
Apanhei o autocarro da Costa das 20h30 e o da Trafaria das 21h, um verdadeiro record!
Ah que belo prazer chegar a casa e ver um bocadinho do telejornal. Um avião que aterrou bem sem trem de aterragem, um mega acidente na A1 com 80 carros (mas está tudo louco?, não sabem conduzir com distância de segurança, sempre que chove ou há nevoeiro tem de ser isto??), ...
Descobrem-se novos prazeres como arrumar um bocadinho o quarto e poder entrar sem me assustar com a tamanha confusão. Pôr a mesa e acompanhar à confecção do jantar. Poder sugerir assarmos castanhas para comer depois do jantar!
Antigamente não eram prazeres, eram tarefas a que me tentava escapar. Com o desenrolar da vida de trabalho, dá-se importância a estas pequenas coisas do dia-a-dia que me fazem sentir em casa.
A escola era vista como a nossa segunda casa. Na faculdade costumavamos brincar porque era a 1a casa, por lá passarmos tanto tempo. E agora... é bom estar em casa!
JM

Por falar em top 5...

Sempre gostei da ideia dos tops. Havia um filme, o Alta Fidelidade, com o John Cusack, em que ele apresentava os tops 5 de tudo: os cinco piores "breakups", e as cinco melhores músicas para quase todas as situações da vida.
Com o risco de deixar muita banda sonora de fora, este é o meu top 5 de músicas (versão integral, revista e justificada):

1 - Sexual Healing, na versão do Ben Harper - porque me faz dançar e dá-me vontade de cantar aos berros, dentro do carro

2 - Ten, dos Pearl Jam - porque é a banda sonora da minha adolescência e do meu primeiro desgosto de amor

3 - não sei o nome, mas eu chamo-lhe a música do violino, dos REM - "I count your eyelashes secretely..." - porque me faz lembrar tempos mais felizes

4 - A Case of You, Diana Krall - porque gosto de ouvi-la deitada na cama, às escuras, só a voz dela a encher o meu quarto

5 - The Blower's Daughter, do Damien Rice - porque é a música do "closer", um filme que adorei e que me fez chorar o tempo todo, e é a que eu gostava de ouvir no meu casamento.
JH.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Deve ser a isto que chamam...

Um dia de cão!!!

A sério, este dia vai entrar directamente para o top 5 dos meus piores dias .

Comecei por acordar às 06:15 da manhã - deitei-me depois das 02h - com os toques repetidos do telemóvel/despertador do meu irmão, que tinha posto aquilo em repeat, em vez de o desligar de uma vez! Depois de os ouvir a andar pela casa até perto das 07h, adormeci. O meu irmão ligou-me às 9:20 pra me falar de um teste que lhe correu mal. Hum... ainda demasiado cedo pra me levantar. Virei-me para o outro lado. O despertador tocou. Desliguei. Acordei quase às 11:00.
Ok, desta vez é que é. Depois de preparar tudo para ir para o ginásio, o pequeno-almoço tomado e o quarto mais ou menos arrumado, tudo em slow-motion, recebo um telefonema da Câmara.
"Joana, tenho aqui uma notícia, mas era importante que desses isto já".
Certo. O ginásio fica para amanhã. Ligo o computador, escrevo a notícia, e eu o meu garganta funda pede-me pra aguentar o texto. Merda! Está bem, respondo.
Mais uns quantos telefonemas e eu decido engolir uma sandes e uma peça de fruta e mandar a notícia da Lusa. Não, espera, manda já. Está bem, outra vez. Pouso tudo, volto a ligar o pc, acrescento umas coisas e mando a famigerada. Mais 3 telefonemas. Não escrevas assessor, escreve fonte! Não dá, a minha editora já mandou a peça. Esta gente faz-me velha.
Quero sair de casa, mas não encontro a chave do carro. Boa, Joana, desta vez é que a perdeste. Procuro, vou à rua, vejo perto do carro, subo os 17 degraus e volto ao meu quarto. Lembro-me do casaco que usei ontem, vou directa ao bolso e encontro.
Vou pra Lusa, páro para pôr gasolina na via rápida e acelero a fundo. Vou chegar uma hora atrasada!
Chego quando estão a dar as notícias das 15h. Peço pra me abrirem a cancela do parque "Editores only". Vá lá, ponho no 10, a Filipa está de folga.
Saio do carro, tranco a porta à mão e quando vou para abrir a porta do lado do pendura para tirar a mala, o casaco, o pc... vejo a chave do carro, pendurada na ignição, trancada dentro da cafeteira verde! Arrrggghhh! Tenho meia hora para ir para um serviço e tenho apenas os óculos de sol na mão.
Faço uma série de telefonemas e consigo combinar que o Hugo vá a minha casa buscar a chave suplente. Agradeço mentalmente ao meu tio Rui, que faz hoje anos, e que me martelou a cabeça para fazer uma cópia da chave do carro.
Vou para o serviço, uma visita da ordem dos engenheiros ao túnel do marquês. Entra-não-entra, tem ou não autorização... andamos naquilo meia hora até se perceber que "jornalista não entra". Ok, não quero saber. Estou com as minhas botas pretas novas, aquilo está cheio de lama e pó lá dentro e ainda faz mais frio que na rua. O resultado é uma espera de 3 horas à porta do estaleiro, com uma camisola de algodão no corpinho. Dois colegas emprestaram-me cachecóis, mas a coisa não melhorou muito. Juro que gelei até aos ossos!
Regresso à Lusa às 19:20, levanto a chave suplentem, resgato tudo do interior do sapinho, escrevo 2 notícias, faço um telefonema e vou-me embora às 20:30, antes da minha hora de saída.
Faço o caminho de regresso a pensar num jantar quentinho, que me aqueça por dentro e por fora. Estaciono o carro e tranco as portas com a chave.
A mã diz que me faz umas batatas fritas e eu amaldiçoo a proibição de comer ovos estrelados. Decidimos fazer uma pizza e, quando abro o frigorífico, descubro que não há queijo. A mercearia já está fechada.
Janto uma sopa e queijo-fresco, ataco o gelado de nozes de macadâmia que está há décadas no congelador porque a minha força de vontade tem sido mais forte. Mas hoje não.
Hoje tive um dia de cão.
JH.

Uma tertúlia à antiga

Na terça-feira à noite fui a uma tertúlia de jornalistas organizada pela Casa da Imprensa n' A Brasileira, a propósito do centenário das duas instituições. O tema era as tertúlias de antigamente, o hábito que os jornalistas de diferentes redacções tinham de se encontrar depois da hora do fecho e partilhar uma conversa com artistas, fadistas, actores, músicos.
Hoje isso já não acontece e, ao longo da noite, os "mais velhos" e os "mais novos" discutiram o jornalismo de hoje, a nova realidade das redacções, o mercado, as novas tecnologias, blogs vs tertúlias, etc...
Mas o que eu mais gostei daquela noite foi ter estado perto de grandes figuras como o Baptista Bastos, o Mário Zambujal, o Adelino Gomes...
Quando tinha 14 ou 15 anos, li alguns livros do Mário Zambujal. A Crónica dos Bons Malandros, duas ou três vezes, Histórias do Fim da Rua e À Noite Logo se Vê... E aquela figura era tão distante... De certa forma ainda é, porque não consigo vê-los como "camaradas" - a única forma de tratamento possível no jornalismo, porque se chamamos a outro "colega", ouvimos logo um sénior: "colegas são as putas!"
Noutro dia comentava com um amigo que ainda hoje me sinto corar quando digo a alguém que sou jornalista. Quando me perguntam a profissão, a resposta sai-me sempre baixinho, entredentes, meio enrolada. E fico dois ou três segundos à espera da reacção da outra pessoa... Levanta a cabeça, olha para mim novamente, franze o sobrolho, à procura da jornalista atrás deste ar de miúda.
Há dias disseram-me: "Mas ainda tens cara de estudante".
JH.

segunda-feira, novembro 14, 2005

É que hoje fiz um amigo

e coisa mais preciosa no mundo não há!

Não foi hoje, foi há uns dois meses, mas todos os dias ele encarrega-se de me lembrar disso. E eu gosto.
JH.

O frio é psicológico?

Hoje está frio, abaixo de 10ºC eu digo que está frio.
Quem nunca ouviu dizer que o frio é psicológico? Não sei de onde vem essa ideia. Acho que às vezes é e noutras não é.
É: Num dia em que estão 20ºC veste-se o quê? Se estivermos em Dezembro, continuamos com as camisolas grossas e casacos e somos capazes de dizer que não está muito frio. Se estivermos em Julho, continuamos com uma tshirt ou um top e somos capazes de dizer que não está muito calor.
Não é: Quando de manhã estava ameno e de noite saímos do trabalho está um vento cortante e não temos roupa suficiente e começamos a tiritar. Aí estamos com frio e a frase não nos vai aquecer a alma...
E depois temos aquelas pessoas mais idosas que seja inverno ou verão vestem camisola com casaco de malha, invariavelmente preto, e andam de um lado para o outro nos transportes públicos. Será porque não têm calor ou frio? Perdemos essa sensibilidade daqui a uns anos? :oS
JM

domingo, novembro 13, 2005

When truth spreads, AIDS won´t


A cada 15 segundos, uma pessoa entre dos 15 e os 24 anos é infectada com VIH/SIDA. 50 por cento das novas infecções ocorrem dentro desta faixa etária e a maioria não sabe que transporta esta doença.
A Aldo, uma marca de sapatos, lançou uma campanha para apoiar a YouthAIDS. Com a compra de um fio com duas chapas, de inspiração militar, estamos a ajudar a educar e a proteger um jovem contra a doença durante seis meses. Custa 5 euros. Eu já comprei o meu. E tu?
JH.

Voodoo Girl





Her skin is white cloth,
and she´s all sewn apart
and she has many colored pins
sticking out of her heart.

She has a beautiful set
of hypno-disk eyes,
the ones that she uses
to hypnotize guys.

She has many different zombies
who are deeplly in her trance.
She even has a zombie
who was originally from France.

But she knows she has a curse on her,
a curse she cannot win.
For if someone gets
too close to her,

the pins stick farther in.

(The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories, Tim Burton)
JH

sexta-feira, novembro 11, 2005

Azul, essa cor difícil

Desde o 12º ano que convivo maioritariamente com rapazes. Era a turma de Física com poucas raparigas, depois o curso de 5 anos em que nas aulas muitas vezes era a única rapariga, finalmente o mundo do trabalho em que o panorama se manteve e sou a única rapariga do projecto. Trabalhar no mundo dos homens é saudável, dizem que elas são umas intriguistas e criam mau ambiente. Mas há anos que aturo o futebol todas as 2as feiras, quando não é todos os dias com as taças e os campeonatos europeus, e as piadas porcas e os comentários às meninas e... há respeito mas sinto falta das conversas femininas!
A minha cor preferida é o azul e nas roupas é uma cor estranha de se arranjar. Consegue-se arranjar calças, camisas e tops. Mas se há coisa rara de encontrar é saias, sapatos, malas e cintos. Mas porquê? Que raio de nicho de mercado é esse que ninguém explora? Tenho sempre de usar com coisas castanhas ou cremes. Azul escuro com preto fica feio! Será que as tintas azuis são mais caras?
No outro dia tinha desabafado sobre esta grande questão com a minha amiga Diana e não é que ela concordou em pleno? É um mal comum das lojas! Meninas, revoltem-se contra o sistema! Bora fazer uma manif!
:P
Hei-de continuar a minha demanda...
JM

quinta-feira, novembro 10, 2005

E se o casual friday fosse todos os dias?

Assumindo definitivamente as futilidades - sim, porque isto é um blog de duas miúdas.
Eu tenho imensa sorte quanto à roupa no trabalho. Aliás, não só posso vestir-me como quiser como não tenho de esconder que tenho 3 tatuagens - duas nas costas e uma na perna direita - que, de vez em quando, no Verão, dão um ar da sua graça.
Os meus chefes não me dizem nada, os directores até se riem. A miúda é assim, maluca, e ninguém se importa. Acho que o limite é a decência e o bom-gosto. Coisas que às vezes não abundam naquela redacção, mas enfim.
Sou incapaz de me imaginar a ter de usar tailleur, tudo cinzento e boring. Às vezes vou às compras com a Rita, que tem de vestir-se assim, e mostro-lhe um casaco. Giro, fashion e formal. Ela responde: "Não é um blazer". Eu insisto: "Ó Rita, mas é tão giro. Dá pra usar com calças e com saia, fica bem com uma camisa branca." Sem efeito. Na empresa dela só de fato.
Gosto de me poder ser descontraída, de jeans todos os dias, de calças com bolsos de lado, de tops de costas à mostra, do meu anel prateado no dedo do pé e de chocar a minha directora com as minhas unhas cor-de-rosa pink!
JH.

Roupas e outros devaneios

Engraçado, nunca tínhamos tido essa conversa de 'gaja' mas a minha casa tem duas prioridades: uma mega armário desses e uma mega janela a atravessar a sala toda (de preferência com uma vista bonita ou pelo menos solarenga).
Em vez do banco até gostava de ter um cabide em forma de manequim daqueles de pano, sem cabeça, para ver como ficam as combinações. Aqueles normais às vezes metem medo e quando estão no meio das lojas costumo confundir com pessoas :P
Preciso de espaço para pendurar as camisas que enfiadas às 3 de uma vez num cabide ficam todas tortas. Os casacos compridos não ficam esticados porque em baixo estão as camisolas empilhadas numa torre que faz homenagem à de Pisa. E depois tira-se uma do meio e fica tudo desarrumado...
Ainda não tive tempo de fazer a tarefa demorada de mudar a roupa de verão para a de inverno. Normalmente atraso sempre e na altura já faz frio como agora, e penso: "Ena, camisolas quentinhas!" e "Como raio ando eu no verão só com um top fininho e não tenho frio?". Depois quando faz um calor imenso é o pensamento contrário "Xi, como é que sou capaz de enfiar camisolas tão grossas, com camisa e casaco e cachecol e...".
Ter de andar vestida de acordo com o fato é uma seca, é cinzento e desmotivador. Se me apetecer não posso enfiar umas calças de ganga confortáveis e uns ténis que não magoam os pés. Há certas cores que não são aconselháveis e andar com a camisa para dentro irrita-me solenemente. E queria usar brincos estranhos e pulseiras ruidosas e montes de fios e colares sobrepostos. Simplesmente queria poder escolher e dar uso à minha inspiração matinal! Mesmo assim às vezes fujo ao sistema, é a minha manifestação de desagrado pela imposição. Tantas coisas giras nas montras e nas prateleiras das lojas e até no meu armário. Ficam todas à espera do fim de semana para sair e respirar vida saudável.
Abaixo o dress code!
JM

quarta-feira, novembro 09, 2005

Walk-in closet... ou o sonho americano

Gosto do conceito do walk-in closet, uma divisão inteira só para a roupa. Um espaço inteirinho só para mim, com um banco no meio para eu me sentar a escolher a roupa que quero usar. Fútil q.b., mas às vezes também apetece ser assim. As camisolas e t-shirts nas prateleiras, as camisas, calças, saias e casacos nos cabides, os sapatos todos à vista, as malas penduradas e os acessórios em caixinhas. Tudo separado consoante as estações do ano.
Associo muito esta ideia aos americanos, às casas das "celebrities" que são mostradas naquele programa da MTV, o "Cribs", ou à Oprah Winfrey, que oferece visitas ao seu walk-in closet.
A minha mãe conta que quando eu andava na segunda classe (ou, como se diz agora, o segundo ano do ensino básico) escrevi uma composição sobre um baú de brinquedos que tinha na varanda, em que dizia que gostava de poder enfiar-me lá dentro, ser do tamanho de uma das minhas bonecas e conviver com as Barbies e os Barriguitas. É uma ideia um bocadinho à Alice no País das Maravilhas...
Verdade verdadinha é que se eu continuar a acumular tudo e mais alguma coisa, como faço habitualmente, qualquer dia preciso mesmo de um walk-in closet para mim, porque actualmente a minha roupa já ocupa dois armários e duas cómodas. E, já agora, o closet podia vir integrado numa villa italiana, com piscina e à beira do Mediterrâneo... É pedir muito?!
JH.

terça-feira, novembro 08, 2005

Para mim, o Natal é...

Para mim, o Natal significa duas coisas: a difícil ginástica de juntar o máximo de membros da família - tarefa complicada depois do divórcio dos meus pais (apesar da noite da véspera de Natal ser, sempre, com a minha mãe), e dos dois divórcios do meu tio, que deixa os meus quatro primos separados ao meio... Isso além daquela história do politicamente correcto, que mete a minha tia a jantar connosco um ano e no seguinte com os pais do marido, e que vai acontecer também com a minha irmã. Enfim, todos os anos o sorteio é diferente, mas o resultado é o mesmo: estamos juntos, o máximo possível, e isso é bom.
A outra coisa é o ritual de fazer filhós - das redondas e das estendidas - com a minha avó. Todos os anos, a minha avó faz a massa e depois eu e a Milu passamos a tarde a esticar e a cortar a massa, enquanto a Maria Alice frita as tirinhas que lhe vamos passando. Depois eu passo tudo por açúcar e canela e vou comendo uma ou outra, bem quentes, e chego invariavelmente sem fome à ceia de Natal. Passamos a tarde nisto, começamos sempre demasiado tarde e acabamos as filhós quando a minha mãe já está quase a servir o bacalhau. Rimo-nos com as formas que as filhós redondas ganham dentro da fritadeira - olha, parece um pintainho. olha o biquinho, os olhinhos, diz sempre a Maria Alice - e encolhemos os ombros quando ela avisa que "este ano, a massa não ficou boa", ou quando ela garante: "para o ano são vocês sozinhas, que eu já não aguento isto". Mas todos os anos ela está lá e eu não quero pensar em fazer filhós sem a minha avó.
Este ano não sei mesmo como vai ser. Se Deus quiser, nessa altura já a Milu terá tido o meu primo, o "chefinho", o nome que o Tomás deu ao irmão que vem aí. Temos de angariar mais uma trabalhadora, ou então, fico só eu e a avó.
Gosto de juntar esta família meio desconjuntada que é a minha, com tantas histórias infelizes, mas mesmo assim com capacidade para sorrir, às vezes.
Nunca tivemos o hábito de ir à Missa do Galo, talvez porque quase sempre houve crianças pequenas, que não aguentavam até à meia-noite. Só conseguimos fazer isso há dois ou três anos. Fomos todos à Trafaria, e lembro-me de estar muito frio, e de os primos mais velhos tentarem disfarçar o riso quando o Bruno se atrapalhou no Pai-Nosso.
Por isso, cada vez me entristece mais esta loucura das compras, os shoppings cheios o dia todo, a azáfama, o apelo ao consumismo. Isso está tudo tão longe do que o Natal devia ser...
Por isso, primeiro por falta de dinheiro, mas depois porque gosto do princípio, tenho tentado fazer os presentes, imprimir algo pessoal naquilo que ofereço às pessoas. No ano passado, comprámos frascos de vidro grandes e molduras no ikea, que decorámos com fotos tiradas por nós. Os frascos foram enchidos de "pupias", uns bolinhos tradicionais da minha família, segundo receita da minha bisavó, a avó Júlia, que nos seus últimos tempos tinha por hábito mudar as divisões da casa, empurrando os móveis com o rabo. Eu e a minha avó fizemos centenas de "pupias", depois eu atei umas receitas aos frascos e decorei-os com ráfia. Acho que ficou giro e que as pessoas gostaram da ideia. E eu gostei de ter dedicado tanto tempo àquilo.
Assim o Natal fez mais sentido.
JH.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Já cheira a Natal

As iluminações de Natal já estão montadas há algum tempo e se formos a um centro comercial, essas mecas do consumismo, já todos têm umas alusões à época que se avizinha. Já se tropeça nas pessoas cheias de sacos de compras, que estão já decorados com vermelhos e prateados. Seria inteligente começar a fazer as compras de Natal antecipadamente. Nas vésperas parecemos umas baratas tontas à procura do presente ideal e a desesperar nas filas para pagar. Porque os embrulhos podemos fazê-los em casa nesse ritual giro de depois nos esquecermos de colocar etiqueta com o nome e nos baralharmos. Só faltam as ideias e já agora o orçamento disponível.
A acompanhar as castanhas quentinhas também se pode comer o bolo rei cheio de frutas e com o suspense de cada fatia trazer o brinde.
O frio começou a sentir-se e a chuva tem dado lugar ao sol. Gosto destes dias, frios mas com sol. A luz parece diferente e mais bonita. Há quem diga que Lisboa é a cidade que tem a melhor luz da europa, que se reconhece nos anúncios e filmes quando se vê no estrangeiro.
Sei que se for para fora vou ter saudades dessa luz a que estou habituada. Faz parte!
JM

sábado, novembro 05, 2005

Trabalhar ao sábado

Na minha vida de trabalhadora com horas a mais todos os dias, também se incluem sábados, às vezes domingos, feriados e noitadas. Não tem muita piada porque o fim-de-semana a que estamos habituados encurta-se, não convém deitar tarde na véspera e atrapalha os cinemas, jantares e copos típicos do fds.
Pelo lado bom da coisa, há menos trânsito e gente na rua, mas também menos oferta para almoçar e lanchar, e as máquinas de comida já só têm chocolates e pacotes de batatas fritas.
Se pensarmos que os 5 + 2 dias da semana não têm de ter a distribuição habitual, lembramo-nos que há sempre pessoas a trabalhar nesses períodos menos apetecíveis.
Os centros comerciais têm sempre as lojas, restauração e hipermercados abertos. Já cheguei a ir ao Jumbo às 11 e tal da noite e a entrar na Zara às 23h55. Nessa altura a senhora devia estar a odiar-me e a desejar que não a incomodasse. Mas normalmente eles trabalham em part-time e já não faz confusão os horários fora do "normal".
Nos feriados (Natal, ano novo, etc) há sempre médicos nos hospitais, técnicos de piquete, seguranças nos bancos, jornalistas na tv, locutores nas rádios, maitres nos hotéis... Os padeiros, pescadores e "homens do lixo" (qual o nome da profissão deles?) trabalham sempre de noite e os distribuidores de jornais e revistas andam pelo país madrugada fora.
As previsões do futuro, com o aumento de população e das necessidades inerentes, apontam para as lojas abertas 24/24. O que implicaria pessoas a trabalhar nos escritórios às 3 da manhã e compras de supermercado às 5.
A evolução ou simplesmente o mudar dos hábitos vai-se construindo a cada dia.
E vou voltar ao trabalho.
JM

sexta-feira, novembro 04, 2005

Back in business

E pronto... Estou de volta de umas mini-férias (por que é que as férias sabem sempre pouco?!)... Deu pra descansar e, acima de tudo, foi muito bom voltar a Santiago. Feels so right...
As férias serviram também pra eu descobrir o su doku. Tenho a mania de resisitir a este tipo de modas... embirro com aquelas coisas que aparecem e que de repente toda a gente "adora". Chama-se mau feitio.
Mas decidi ver como é que aquilo funciona e... gostei! Aquela coisa é viciante.
Quanto aos EMAs: também fiquei intrigada com a falta de bilhetes. Se eles tinham 7.000 convidados e 3.000 com bilhetes, dava 10.000 pessoas, muito menos do que o que o Pavilhão Atlântico leva... mesmo com um grande palco e tudo, dava pra mais umas 5 ou 6.000 mil pessoas! Mas foi bonita a festa, pá!
Também gostava de ter ido, mas não seria capaz de ficar nas filas à espera de comprar bilhetes... Isso é outra coisa q me lixa: ainda me lembro de conseguir comprar bilhetes para um concerto em condições de gente. Agora é uma loucura pra tudo: gente q dorme às portas das bilheteiras, filas intermináveis... Que seca!
JH.

MTV MA 05

Ontem foi a entrega de prémios da música europeia da MTV.
Um espectáculo que eu gostava de ter assistido e não consegui. Mesmo tendo a minha mãe passado mais de 4h de pé na fila para a venda de um número irrisório de bilhetes. E vem-se a saber, porque se viu na TV e ouvi de pessoas que lá estiveram, havia muitos lugares vazios! Mas porquê? Já nos U2 foi a mesma coisa. Medidas de segurança para não lotar o espaço? Estupidez dos patrocinadores? Ou ideias pouco certas das pessoas que tinham bilhete e não querendo ir os punham à venda por preços proibitivos?
Esta máfia de venda dos bilhetes irrita-me. Eu fui aos U2 assim, paguei 100eur por um bilhete de 81eur. Arranjava para ontem a 125eur quando o preço normal seriam 50eur. Pior, andam a vender bilhetes para os Coldplay a mais de 100eur quando o meu custou 27,5eur. Mafiosos!Porque será que gostamos tanto de certas músicas, grupos, cantores? O meu pai criticava porque as músicas eram feias, muito ruído, vestimentas pouco adequadas, vozes desafinadas... Alguns grupos são estranhos e o meu gosto também não dá para tudo, mas faz parte do espectáculo.
Na apresentação do nosso único prémio, achei que a nossa oferta está ao nível das europeias e que merecíamos mais atenção do público, tanto português como estrangeiro!
PS: E porque raio o Luís Figo e o Nuno Gomes falam tão mal inglês? Eram duas frases simples!JM

quarta-feira, novembro 02, 2005

Gravador de Pensamentos

Era tão bom que houvesse um gravador de pensamentos para registar o que me passa pela cabeça quando estou na cama a pensar no dia que passou e no dia seguinte. As coisas que me esqueci de fazer, de dizer, os mails que quero enviar, o cd que tenho de levar, os posts que vou fazer no blog... Por vezes começam a ser tantos os itens a lembrar que me levanto e escrevo numa lista.
Eu faço listas para tudo, compras, afazeres do dia, reminders, despesas...
Na altura dos exames e testes dava jeito ter o gravador porque me ia lembrando das fórmulas que tinha decorado, dos nomes científicos e números estranhos necessários. O que nos faziam decorar e que hoje em dia não tem utilidade aparente!
Esse "estrago" neuronal será bem visto como um investimento, para exercitar o modo de pensar, raciocinar, associar ideias, mnemónicas...
Hoje em dia o pessoal queima as pestanas com o sudoku. E sobre esse tema é muito engraçado perceber mais uma vez como somos todos diferentes uns dos outros. E nem por isso melhores ou piores, simplesmente diferentes. Cada um tem a sua técnica de preencher os números, e normalmente essas tácticas diferem e muito. O que interessa é chegarmos ao mesmo fim, por caminhos mais ou menos sinuosos! :o)
JM