Na minha vida de trabalhadora com horas a mais todos os dias, também se incluem sábados, às vezes domingos, feriados e noitadas. Não tem muita piada porque o fim-de-semana a que estamos habituados encurta-se, não convém deitar tarde na véspera e atrapalha os cinemas, jantares e copos típicos do fds.
Pelo lado bom da coisa, há menos trânsito e gente na rua, mas também menos oferta para almoçar e lanchar, e as máquinas de comida já só têm chocolates e pacotes de batatas fritas.
Se pensarmos que os 5 + 2 dias da semana não têm de ter a distribuição habitual, lembramo-nos que há sempre pessoas a trabalhar nesses períodos menos apetecíveis.
Os centros comerciais têm sempre as lojas, restauração e hipermercados abertos. Já cheguei a ir ao Jumbo às 11 e tal da noite e a entrar na Zara às 23h55. Nessa altura a senhora devia estar a odiar-me e a desejar que não a incomodasse. Mas normalmente eles trabalham em part-time e já não faz confusão os horários fora do "normal".
Nos feriados (Natal, ano novo, etc) há sempre médicos nos hospitais, técnicos de piquete, seguranças nos bancos, jornalistas na tv, locutores nas rádios, maitres nos hotéis... Os padeiros, pescadores e "homens do lixo" (qual o nome da profissão deles?) trabalham sempre de noite e os distribuidores de jornais e revistas andam pelo país madrugada fora.
As previsões do futuro, com o aumento de população e das necessidades inerentes, apontam para as lojas abertas 24/24. O que implicaria pessoas a trabalhar nos escritórios às 3 da manhã e compras de supermercado às 5.
A evolução ou simplesmente o mudar dos hábitos vai-se construindo a cada dia.
E vou voltar ao trabalho.
JM
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