quarta-feira, maio 31, 2017

RJ Favela Vidigal – Morro dos 2 irmãos p2

O Vidigal terá cerca de 35k habitantes. É difícil ter números certos, podia ser pelos pagantes de água canalizada, mas depois há os não pagantes... a maioria das casas tem depósitos de água azuis no telhado, que às vezes podem guardar outras coisas. E a electricidade tem também alguns desafios com ligações dignas de foto. De vez em quando há uns curto-circuitos, pois... 
comunidade tem muitas iniciativas para dinamizar a vida dos habitantes, uma delas foi o teatro, de onde depois saíram actores conhecidos da Globo. Outra actividade popular é a música, vários habitantes iniciam carreira com bolsas específicas e  alcançam notoriedade. A música está muito presente nas ruas, alegre, de pagode, que acompanha churrascos de vizinhos ao Domingo. Mas o rei é o desporto, futebol ou a simples “malhação”, vi uma tshirt num sr que dizia “O que não malha engorda” – simples e eficaz!
O Boteco do Vidigal tinha "o sabor de Amsterdam", na cerveja Amstel, olha que familiar!
"Somos all the same, we are todos iguais"
Hostel para uma "favela experience"...
Casas emparelhadas, por vezes deixa-se o telhado em jeito de meio construído, porque quando a família aumentar faz-se mais um piso... ou então acabou-se o dinheiro e ficou assim à espera de conclusão. Só andei nas ruas principais, mas dava para ver as ruelas e becos onde certamente depois de uns 100m já estaríamos perdidos no labirinto de caminhos e casas. E talvez não fosse tão seguro... Vivendo tão perto uns dos outros, todos se conhecem, cuidam dos filhos alheios, dão um olho às coisas, uma comunidade unida.
Vi o camião do lixo, que não passa em todas as ruas nem em todos os dias. Mas há muito lixo em todo o lado, alguns por falta de civismo, outros por falta de caixotes ou espaço dedicado, também há muitas mensagens a criticar tais atitudes, pintadas nas paredes.
Uma das encostas era depósito simples de lixo, mas iniciativa local recuperou a área e transformou-se num parque ecológico, com muita reutilização de materiais “mundanos”: pneus a fazer de escada, aros de bicicleta a fazer de barreira de proteção, garrafas de plástico a fazer estrutura de muro, partes de garrafas a fazer de candeeiros... 
Muito verde, flores, colorido, bananas e uma vista muito bonita.
Um filme curto para uma perspectiva de rua, com direito a música e tudo!

Assim que chegámos a casa, a precisar de banho, fiz um desvio e fui dar um mergulho na praia (Ipanema), foi a cereja no topo do bolo!

Ps: tive pena que o passeio (cerca de 500m de altura) tivesse sido perto da data de regresso, caso contrário acho que me aventurava noutra trilha. A guia disse que a do Corcovado (o Cristo) era fácil mas longa (cerca de 750m de altura). A da Gávea é a melhor por ter a melhor vista do Rio (cerca de 840m de altura), incluindo a zona da Barra, mas imprópria para quem tem medo das alturas, e demora pelo menos 2h a subir e outras 2 a descer, requer preparação. Talvez noutra oportunidade!
Obrigada MariRê pelo passeio, informação e companhia!

terça-feira, maio 30, 2017

RJ Favela Vidigal – Morro dos 2 irmãos p1

Marcámos visita à favela do Vidigal e subida ao morro dos 2 irmãos, com guia. Foi um dia muito feliz que vou recordar com carinho.
O Vidigal era para ser um bairro fino, tem escolas privadas, tem edifícios caros, tem festas de gente milionária e aparece nas revistas (por coincidência, a capa da Vogue Homme do mês tinha modelos masculinos numa varanda de moradia, cuja vista era precisamente a partir do Vidigal).
Mas com o tempo foi favelizada, cresceu, teve os problemas do costume, mas está agora pacificada, e é preferível usar o termo “comunidade”. A UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) está logo na entrada com um carro de patrulha, outro na 1ª base a “meio” da favela e teria outra estação lá mais para cima, mas não subimos até ao topo. 
Para subir, ruas muito íngremes, encostas acima, há várias hipóteses: a pé (óptimo exercício, mas bastante demorado), de moto-táxi (condução aventureira algo perigosa, pneus carecas, capacete com muitas cabeças enfiadas por dia) ou de van (mais caro, mais confortável, mais seguro). O “chato” da carrinha, é que os srs ficam à espera que encham todos os lugares para rentabilizar a subida. Por 3.5 reais por passageiro, passado uns bons 20min decidimos comprar os 2 lugares restantes, estamos a falar de cerca de 1.05 eur por pessoa... vamos a isso! 
A van deixou-nos num ponto acima da 2ª base da UPP, pelo campo de desporto e entrámos no percurso. E que bom era estar na natureza, verde, diversividade, vida! Vimos logo vários macaquinhos sagui-mico estrela. Ao fundo, em morro alheio, viam-se árvores prateadas, embaúba, que são ocas por dentro e vivem em simbiose com colónias de formigas, e dizem que as preguiças moram em cima delas, mas não temos confirmação. Árvores de jaca, aquela fruta particular com mau cheiro, que não pertence a estes lados mas deu-se bem na área e proliferou. Olha urubus! Medo?...


Fiquei muito impressionada com a vista da Rocinha, das favelas mais conhecidas, terá cerca de 20k pessoas, o Rio terá uns 7M de pessoas. É enorme, várias encostas, ramificações, veredas, inúmeras casinhas... o que achei mais curioso foi... o som... de uma cidade quase em tamanho de lego, àquela distância, cheia de vida mundana... mas com aquela sensação de estar “perto” de perigo. E ouvimos um som, a que não demos importância, na subida. Nas descida ouvimos mais sons seguidos, se calhar eram tiros, que se fossem de algumas armas mais específicas poderiam ter alcance até ao sítio onde estávamos. Mas foi melhor não pensar nisso, nem ficar à espera de ouvir mais... 
Chegando ao ponto mais alto, continua-se um pouco mais até se ter a vista, absolutamente maravilhosa... Ipanema, Copacabana, Pão de Açúcar, Corcovado... a lagoa em forma de coração! Tivémos meteorologia de todos os gostos, nublado, nuvens, chuva... depois abriu e fez sol. Continuava a fotografar, era muito muito bonito!

segunda-feira, maio 29, 2017

RJ Calçadão

Na véspera da subida ao morro, tivémos a ideia peregrina de ir correr no calçadão, para treinar, porque também é giro ter a experiência, apesar de ser de noite... e de estar a chover quando chegámos à rua... oops! Vamos? Bora! Foi só entre o posto 10 e o 11, mas deu para ficar muito cheios de água, da chuva, das poças, da água que os ônibus nos passavam... ah, e depois a máquina de secar não funcionava... e eram os mesmos ténis de iam subir ao morro... ficaram +- secos na manhã seguinte, com intervenções no forno da cozinha :D

O calçadão ao Domingo fecha ao trânsito motorizado (até às 18h) e é um espaço muito convidativo ao passeio familiar, para correr, bicicletar, patinar, passear o cão, a trotinete, encontrar os amigos, beber uma água de côco, uma jola... apreciar o passeio e viver o dia.

sexta-feira, maio 26, 2017

RJ Museu do amanhã

“O Museu do Amanhã é um ambiente de ideias, explorações e perguntas sobre a época em que vivemos e os diferentes caminhos que estão por vir. Orientado pelos valores éticos de Sustentabilidade e da Convivência, oference uma narrativa sobre como poderemos viver e moldar os próximos 50 anos. Uma jornada rumo a futuros possíveis, a partir de grandes perguntas que a Humanidade sempre se fez.”
Comprámos bilhetes no site e tivémos entrada prioritária, evita-se a fila. É um edifício muito bonito do arquitecto Santiago Calatravabla com inspiração nas bromélias do jardim botânico.
Maquetes de várias favelas e bairros do Rio, construídas por um residente de uma delas, totalmente com “lixo” encontrado por lá, muito giro. “Faça mais do que existir”. Ora bem!

Mão na massa – um convite à intervenção local pelos residentes da comunidade, muitas ideias e sugestões de concretização: E se canteiro fosse horta? E se tivesse flores? E se suas mensagens tivessem alcance? (Gentileza gera gentileza!) E se praça fosse festa? E se tiver mais cor? E se você compartilhasse comida? E se essa rua fosse minha? E se tivesse lugar para sentar e conversar? E se ponto de ônibus fosse estante de livro?e se grade fosse cabideiro?
“O Amanhã não é uma data no calendário, não é um lugar aonde vamos chegar. É uma construção da qual participamos todos, como pessoas, cidadãos, membros da espécie humana. (...)
Orientado pelos valores éticos da Sustentabilidade e da Convivência, essenciais para a nossa civilização, o Museu busca também promover a inovação, divulgar os avanços da ciência e publicar os sinais vitais do planeta. Um Museu para ampliar nosso conhecimento e transformar nosso modo de pensar e agir.”
Nesta sala escura tinha uma... como descrever... muito bonita: 3 “panos”, música de piano, um sistema de corrente de ar que mantinha os 2 panos sempre em movimento harmonioso, ora entrelaçados, ora independentes, sem repetição. 
Sociedade: “Somos muitos, muito variados, sim, mas muito parecidos. Estamos sempre em associação uns com os outros – às vezes em cooperação; outras, em conflito. Nas próximas décadas as sociedades compartilharão um mundo cada vez mais populoso, integrado, diferenciado e provavelmente injusto. Em muitas regiões, se viverá três vezes mais que no Império Romano, e os idosos serão tão numerosos quanto as crianças.”
Eu, aparentemente, sou uma andróide visionária, segundo o teste com algumas perguntas interessantes e pouco comuns.
A churinga (esta coisa a parecer um pau na vertical) é uma ferramenta simbólica milenar, da cultura aborígene Australiana que serve para coser o tempo, ligando o passado e o futuro. O museu do amanhã ambiciona ser uma churinga para o século XXI.
O museu usa energia solar – “as placas solares na cobertura do edifício movimentam-se como asas para acompanhar o posicionamento do sol e aumentar a eficiência da captação de energia, valorizando também a entrada de luz natural.” Mas estava muito frio lá dentro, um disparate de nível de AC...
O espelho de água é “abstecido pela baía de Guanabara e resfriando o sistema de climatização do edifício, economizando o uso de água doce.”
A Puffed star II é uma estrela de 20 pontas e 6 metros de diâmetro de Frank Stella.
O jardim do museu “tem 24 espécies nativas da Mata Atlântica de restinga, típicas da região costeira do Rio de Janeiro.”
Na altura pré-olímpica as letras diziam “cidade olímpica” e o eléctrico estava em obras. Agora dizem “Rio Te Amo”, e o eléctrico é bonito de ver passar.
Um museu muito fora do habitual, muito interesssante de visitar, apela à sensibilização e passa uma mensagem mista de receio e esperança. Como anuncia...


O amanhã é hoje. E hoje é o lugar da ação.

quarta-feira, maio 24, 2017

RJ Restaurante Eleven

Este Eleven é o do Rio, não o de Lisboa, é da família e tem (na altura) estrela Michelin, mas só soubemos enquanto lá estávamos. O guia novo ia sair em Maio e o sr explicou que, por estar no meio há muitos anos, já conhecia os examinadores e a práctica (PT e Espanha), incluindo os nomes falsos que costumam dar na reserva J e que vão sempre logo ver a wc para inspecionar a limpeza, e no fim revelam a identidade, interessante!
Para poupar a M (na altura com “2 e 5” anos) pedimos o menu Eleven, que “só” tinha 6 pratos em vez do menu de degustação que tinha 8 pratos. Mas mesmo assim o jantar durou mais de 4h... O que seria o de 8!
Azeite de Paulo Laureano com 2 azeitonas diferentes (só lhe conhecia os vinhos). De bubbly dividimos um 130 da casa Valduga, pinot noir e chardonnay.
Bife tártaro, terrina de porco (eu disse que não queria/ comia porco, mas veio na mesma) e vol-au-vent de camarão. 
Sopa de sardinha com legumes, morna-fria.
Bacalhau confitado (muito tenro) em tosta de focaccia, compota de pimentão, puré de azeitonas, salada de bacalhau (salgadinha).
Sashimi de atum, azeite, burrata, anchova, gel de salsa, creme de funcho (servido na mesa) e gengibre.
Peixe namorado, courgette, couscous com tinta de choco, emulsão de crustáceos.
A pré-sobremesa vinha servida num bonsai, umas bolas (peganhentas) com laranja e noz pecã, ganache de chocolate branco.
Sobremesa era maçã com crocante de mel e sorvete de passas ao rum.

Para o chá/ café, vinha o carrinho com as mignardises, que incluíam quindim, cocada de maracujá, brigadeiro, macaron de pistachio, telha de amêndoa e bolacha recheada com goiaba... dava para experimentar um bocadinho de tudo J

Pedimos um chá de menta, seria fresca, disseram. Mas não correu bem. Veio uma água pouco verde e com um cheiro pouco agradável, e sabia a “deslavado”. Não deu para ignorar... pode verificar? Ah, a água já tinha sido usada muitas vezes, esqueceram de trocar a menta. Desculpe?? Veio outro, que não tinha nada a ver com o 1º, agora sim cheirava a menta, tinha cor de chá, mas era de pacote. Era um chá, mas para um restaurante de estrela, que anunciou ser de menta fresca e depois veio de pacote... já tive melhores experiências!

À saída, mais uma atenção, um bolinho de chocolate em embrulho bonito, para as senhoras.
O chefe veio à mesa no início e no fim do jantar. O espaço era agradável, uma moradia adaptada a restaurante, decoração elegante. Mas bastante ruidoso, de tal modo que não ouvia a explicação dos pratos...
Para estrela desiludiu... não houve um prato uau, 4.5h de jantar no menu normal foi excessivo, o pior chá dos últimos anos... ficou a experiência...

terça-feira, maio 23, 2017

RJ Jardim Botânico

Já tinha visitado o Jardim Botânico na 1a visita ao Rio, há bastantes anos, mas é sempre bom voltar a passear num jardim enorme, no meio de tanta vegetação tropical, diversa, bonita. No ano passado era o terror do zika, este ano diminuiu-se o drama e falava-se em febre amarela, tomei a vacina e siga.
Numa área enorme, tem estufas, orquidário, bromeliário, roseiral, cactário… vemos cacau e cheiramos canela.
Não visitámos tudo, foi mais passeio descontraído, a ver as palmeiras, nenúfares gigantes, os macaquinhos nas árvores e o Cristo Redentor lá no cimo do morro, o jardim japonês, árvores sumaúma, pau-brasil, pau-mulato (é mesmo preto, parece pintado, é muito estranho!). Um jardim muito bonito!
A escultura dos dançarinos é em alusão ao quadro de Henry Matisse Dance.

segunda-feira, maio 22, 2017

RJ – diversos

Voltar após 1 ano dá a oportunidade de relembrar a visita anterior, repetir sítios preferidos e descobrir novos locais, com ou sem planeamento. É engraçado ir caminhando pelas ruas e relembrar locais, lojas, o que se fez no ano anterior, cheiros e sons.
E a comida, pois claro... Ao logo da semana, comi muita fruta, mamão, mangas, bananinhas, anonas/ fruta do conde/ atemóia, melancia, abacaxi... até pêra rocha importada do Oeste!
Barrar tostas com queijo Catupiry, provar iogurtes em forma de coalhada integral ou desnatada, tricar pães de queijo acabados de fazer do Talho Capixaba, ver a diferença dos biscoitos Globo doce e salgado (gosto mais do salgado)...
Do boteco Belmonte levámos pastéis – de feijoada!, de goiaba e catupiry (nham nham) e mais uma dose de arroz de brócos.
Repetimos o CT Boucherie, tinha de ser... a ementa tinha novidades, mais opções de peixe e novos acompanhamentos. Risotto de quinoa! E confirmam-se os preferidos, puré de batata baroa, farofa, puré de maçã e maracujá... arroz maluco, chuchu... foi uma dose carnal que me fez sentir culpada, de contrafilé e filé mignon, nunca comi tanta carne de uma só vez...
Repetimos o Aprazível, desta vez para um Peixe tropical em crosta de farinha de água sobre molho de laranja e beterraba, com arroz de côco, castanha de caju e banana da terra assada. Uma Rainha do Baião, filete com azeite de coentro e pimenta de cheiro sobre creme de bacuri, servido com legítimo de baião-de-dois e quiabo al dente. Para adoçar o espírito, gelado de tapioca com açaí e um leite-creme tradicional. Nunca desilude!
Era para repetir o Zazá mas fechava à 2f, por isso repetimos o Sushi Leblon (que curiosamente também foi o almoço de despedida no ano anterior) e que tinha o prato novo de espetinhos de salmão e líchias, com crispy de gengibre. Que ma-ra-vi-lha!
Nos entretantos, passámos nas Salinas a namorar bikinis e maiôs, namorámos várias peças de Lenny Niemeyer (tomara eu que estivessem com uns meros 50% de desconto para ter um preço mais convidativo), relembrámos o cheiro de borracha e morango das Melissas, levei mais umas Havainas para as amigas, espreitei as novidades da Osklen (que maravilha de ténis baby pink!), e levei mais uns mimos da Granado para as amigas… 
As obras do parque já estavam acabadas e ficou um local agradável para passear e para os miúdos brincarem. O tempo não esteve espectacular, choveu bastante, mas ainda deu para uns 3 mergulhos e relembrar o prazer do Verão com chinelo no pé, praia e roupa leve. O Cristo lá estava em cima do Corcovado. E achei curioso que o “idoso” tenha sinal dedicado, embora não tenha percebido bem a utilização...

sexta-feira, maio 19, 2017

Dunkin Donuts – o desafio

E pronto, já está, foi um desafio único e juro para nunca mais!
A 1ª loja de DunkinDonuts (que eu tenha notado, mas já se estão a multiplicar) abriu no centro da cidade, pertinho de casa, ainda por cima. 3 adultos, responsáveis, talvez um bocadinho gulosos, submeteram-se a uma experiência inesquecível!
Queria um de cada se faz favor... os empregados estavam um bocado baralhados... Havia 28 donuts diferentes na loja. E uns munchkins(chocolate hazelnut, fazia lembrar nutella)... tipo os buracos do donut. Mas um parecia ser diferente dos donuts existentes, por isso também veio. Para completar as caixas, vieram 2 repetidos, por isso passou a 30 donuts.
A ideia inicial era dividir cada donut em 3 e ir provando... mas dada a quantidade, decidimos partir em 4, tarefa aliás mais fácil, e o quarto que sobrava foi sendo guardado. Achei que estávamos a ir muito depressa, mas a minha amiga disse que era melhor assim, senão não íamos conseguir comer todos...
Tive o discernimento de ter 3 “limpa-palatos”: rodelas de pepino, pedacinhos de queijo do mercado e os palitos salgados... de vez em quando sabia bem para cortar o (disparate de) doce. Ah e começamos por acompanhar com um copo de leite, que até ia bem. Depois passou a água.
Por qual começar? Não houve grande alinhamento, iamos tentando perceber qual era pelas fotos da loja, embora alguns não tivessem nome. Uns melhores que outros (simples com cobertura de limão, chocolate ou morango, côco tostado), uns disparatadamente doces [white chocolate oreo with chocolate filling, blueberry cheesecake, strawberry cheesecake, caramel fudge, chocolate cheesecake, rocky road with hazelnut filling, double stuffed with buttercreme and raspberry filling], uns “bolo” [triple chocolate cake ring], uns locais que não se devem encontrar noutros países (stroopwafel com recheio (desnecessário) de caramelo, Dutch blue), os dentes não adoraram as mil bolinhas duras do orange cookie monster e havia vários sem nome apontado na loja.
E às tantas... já cortávamos metade e dividíamos a outra metade em 3. Deixei uma dentada de um que era demasiado doce, consegui (a palermice de) comer os outros todos. Recordo com algum pesar a dificuldade dos 2 últimos...
Conseguimos, provámos todos os donuts que havia na loja! E rapidamente quis arrumar tudo, congelei 2 inteiros, várias metades e muitos quartos, lavar a loiça, pôr as caixas na reciclagem.
Que overdose!!! Falar no assunto era muito sensível, pensar em mais sobremesas, ou coisas doces, ou sequer comer mais alguma coisa durante o dia... acho que funcionou, estou curada da febre de donuts, penso não voltar tão cedo à loja, nem sequer querer ter vontade de comer mais nenhum doce nos próximos tempos. Até sou capaz de finalmente saber os que gosto mais e menos, mas prefiro não pensar nisso!

E depois fomos dar uma volta a pé pela cidade, para desmoer... seguido de um chá de gengibre dos potentes. E não jantei, pelo cálculo das calorias da app que eles tinham, foi suficiente para o dia... ainda bem que tinha ido ao ginásio de manhã, mais os 8km a pé que o telefone acusou do dia, certamente não cobriu mas ajudou. 

quarta-feira, maio 17, 2017

Mud masters 12km

O desafio desportivo do ano, mud masters de 12km prueba superada!!!
Com vários colegas do trabalho, e centenas de outros malucos, andámos a correr e tentar ultrapassar obstáculos variados, com muita lama, água e muito frio.
O site diz que foram 2h42m52s para terminar. Não havia pressa, havia muita espera para certos obstáculos, a meio estava cheia de fome e pedi 2 pedaços de banana em vez de 1 na 2ª estação! Nessa altura também teria gostado de ter uma sopa quente porque estava gelada!
Rastejar na lama debaixo de arame farpado, trincheiras de lama para saltar ou atravessar, tentando não escorregar e parar dentro de água, escorrega muito alto directamente para a água, e ter de nadar com os ténis e toda a roupa, plataforma cadafalso para dentro de água, água pelos joelhos ou pela cintura, carregar pneus, tentar (e falhar) passar por cima de uma coluna horizontal de pneus, tentar (e falhar) agarrar a corda para balançar até à parede de corda do outro lado, percorrer barras de madeira de joelhos, tentar (e falhar) passar a água pelas escadas horizontais (monkey bars), muitos degraus para cima e para baixo, passar por cima de fardos de palha, rastejar a subir o monte, passar paredes de madeira, correr para subir uma parede curva... e ir correndo nos entretantos, ter ajuda de colegas e desconhecidos... mas uma colega fez-me sempre companhia e terminámos de mãos dadas, alegres por ter conseguido e tentado os obstáculos todos – sim porque os rapazes decidiram passar ao lado de alguns “porque tinham de esperar muito”, assim também nós teríamos acabado mais depressa!

Foi giro, mais difícil passar certos obstáculos e resistir ao frio, que algumas provas. Faltou força de braços mas houve entusiasmo suficiente. Está feito! Com várias nódoas negras nas semanas seguintes, pernas, joelhos, braços... marcas de guerra J

segunda-feira, maio 15, 2017

Restaurante Pompstation

Jantar de colegas, uma amante de bife tártaro escolheu o restaurante Pompstation por apregoar dos melhores da cidade. Um bocadinho fora do centro, mas uma agradável surpresa na decoração interior e ambiente, e estava praticamente cheio numa 3f. Também têm concertos ao vivo de 5f a Domingo.
Veio então 1 (aliás 3) bifes tártaro, no modelo “faça você mesmo” para adequar os condimentos às preferências, e agradou a todas. Eu comi um hamburger Rossini, carne wagyu com fígado de pato, couve chucrute e maionese de trufas. As batatas eram com casca, crocantes e boas. Outra colega pediu a ribeye e também, gostou.
O serviço... uns 15mins sentadas à espera que alguém viesse com o menu até conseguirmos chamar a atenção. Os pratos não demoraram muito mas depois também foi o abandono... já sendo tarde, desistimos de pedir sobremesa e fomos até ao balcão pagar.

Acabei por não perceber sobre a “bomba”, de água? Estava uma coisa envidrada ao nosso lado e vibrava muito, na cadeira não almofadada, era até desagradável e confuso... a comida era boa, o ambiente era bom... o mau serviço chateou...

sexta-feira, maio 12, 2017

RJ Restaurante Degrau

Andei a fazer a prova dos arrozes de bróculos, por isso pedinchei que fôssemos ao Degrau, que tinha sido recomendado. As doses davam para 2 pessoas, mas tinham de ser pessoas com muita fome... dava para 3 à vontade!
Começámos por provar uns pastéis, catupiry, palmitos com roquefort e outro de camarão. Depois filé de peixe Badejo (quem? um peixe nobre, do litoral brasileiro, ou seja, de água salgada, pescado entre o Sul da Bahia e o Espírito Santo. Tem um lombo alto, muito bom para fazer grelhado ou assado) grelhado na chapa, com molho de camarão e o dito arroz de brócolis. O bife (eram 2 ou 3) à Degrau tinha palmito, ovo, presunto, ervilhas e batatas fritas. Havia um prato desconhecido (Vatapá com camarões pequenos e acaçá – que diz ser puré/papa de arroz) que a mesa vizinha atacou muito bem, e eu cheia de inveja a ver se dava para provar. Não deu, claro, mas roubei uma foto J
Para rematar, um pudim de leite (condensado) e um quindim, que era muito mini, mas com dose de açúcar suficiente de sobremesa grande.

Foi um grande almoço, que pediu mesmo o passeio de Domingo no calçadão...
ps: quem me dera descobrir arroz de bróculos por cá... 

quarta-feira, maio 10, 2017

RJ Berçário do Rio Design

No ano passado houve post do berçário do Shopping Leblon, mas o Rio Design também tem um, com a particularidade de ter uma sanita de tamanho e altura adequados aos que já tiraram a fralda e estão em crescimento. É tão apetecível que, aparentemente, a vontade de fazer xixi da M. se repetia a cada 2min... vamos lá outra vez, preciso mesmo de fazer xixi, estou aflita!!

segunda-feira, maio 08, 2017

RJ Livraria Argumento

No ano passado fiz post da Travessa, que tem várias lojas pela cidade. A Argumento é uma livraria menos franchise (uma no Leblon e outra na Barra) e tem a hora do conto ao Domingo,  sempre com espaço extra para contar histórias aos mais pequenos. O café era muito agradável e convidava a um chá e sessão de leitura. 
O cheirinho a livros novos mantém-se atraente, mas desta vez não comprei nenhum. Ainda não acabei os do ano passado, e os anteriores que estão em fila de espera...

sexta-feira, maio 05, 2017

Angelina

O que seria de uma rotina diária sem desvios? Um aborrecimento... 3ª semana em Paris e sem conseguir ir à casa de chá Angelina, que uma amiga falou e cuja especialidade envolvia creme de castanhas. Abria às 7:30 da manhã e fechava às 19h, por isso tive de ir logo de manhã antes do escritório...
Em frente ao jardim das Tulherias, nos arcos que acomodam lojas, hotéis e cafés caríssimos, lá fui (quase) abrir a loja para levar a dita iguaria, numa caixa e saco muito bonitos. A sra deixou tirar fotografias.
O Le Mont Blanc é um clássico com merengue, chantilly e creme de castanhas. Há outros clássicos, a coleção "Primavera-Verão"... e outros de festa.
Ora bem, 6.9eur de doidice, mais os 2.9 de metro... é bom, o creme de castanhas é divinal, para quem gosta, e gostei. Mas teria ficado igualmente satisfeita com ¼ da dose, ou até menos, tal é a proporção de doçura do monte branco. É coisa para uma vez, seria melhor partilhado, para talvez provar outros clássicos, com chá. 

quarta-feira, maio 03, 2017

Visita relâmpago ao Louvre

O museu Louvre dispensa apresentação... já tinha visitado uma vez há... 10 anos! para ver os “principais”. Na semana anterior fui lá com uma amiga numa 5f, mas afinal o dia de abertura alargada era à 4f ou 6f... estadia de trabalho prolongada, voltei na semana seguinte, combinámos para 4f. Ritmos de trabalho exigentes, só entramos já perto das 21h, e pelas 21:45 começam a “varrer” os visitantes pelas alas fora para a saída (fecha às 22h). Tive a vantagem de ter entrada gratuita por a empresa dela ser patrocinadora oficial.
Estava com uma exposição temporária "The Body in Movement - Dance and the Museum", organizada pelo coreógrafo Benjamin Millepied. Pequenita mas interessante.
Deu para rever os preferidos, sendo impossível visitar todas as alas num curto período. Nem sei se um dia inteiro seria suficiente, afinal de contas é o museu maior do mundo! Inicialmente fortaleza, foi residência de reis e evoluiu para museu, com peças de todo o mundo (cerca de 38k!).
É muito muito grande, magnífico, magnânimo, fantástico, impressionate, imponente... um prazer de visitar.
As pirâmides, as esculturas, pinturas, objectos de arte, os tectos...
Perguntas de quem é curioso... quantos empregados tem? Entre guias, srs que guardam e rondam pelas salas, limpeza... quanto tempo demora a limpar/aspirar todo aquele chão? É possível conhecer/localizar as peças todas? Há indicações para a sra Lisa, mas perguntámos pelo quadro da “sra Francesa com a bandeira” e o sr sabia... o arquivo e organização devem ser algo muito estruturado e bem documentado, ou espera-se que seja... 

segunda-feira, maio 01, 2017

Ladurée

(breve intervalo nos posts do RJ para dar tempo de preparar mais... esta semana o blog volta a Paris)
Num dia de visita falhada a museus (que abriam até tarde no dia anterior e no seguinte, mas não no próprio), caminhámos pelos campos elíseos (na semana anterior ao tiroteio) e demos com a casa de chá Ladurée... porque não?
Sem espaço na área onde se janta, fomos enviadas para o bar, para um chá e mini-macarons. Fica ao lado da loja, com fila ininterrupta de ávidos compradores.
As caixinhas são um mimo e uma até tinha uma joaninha! Mas apesar de termos consumido, em conjunto, 8 mini-macarons, a sra disse que não se podia comprar a caixa em vazio. Oh...
Chocolate, caramelo com flor de sal, limão e (coração de) gengibre. O chá era uma infusão que tinha também gengibre fresco (não deu para copiar o nome e não está no site), era muito agradável. E não é todos os dias que se toma um chá com porcelana fina e serviço de prata...
75, avenue des Champs Elysées