quarta-feira, maio 31, 2017

RJ Favela Vidigal – Morro dos 2 irmãos p2

O Vidigal terá cerca de 35k habitantes. É difícil ter números certos, podia ser pelos pagantes de água canalizada, mas depois há os não pagantes... a maioria das casas tem depósitos de água azuis no telhado, que às vezes podem guardar outras coisas. E a electricidade tem também alguns desafios com ligações dignas de foto. De vez em quando há uns curto-circuitos, pois... 
comunidade tem muitas iniciativas para dinamizar a vida dos habitantes, uma delas foi o teatro, de onde depois saíram actores conhecidos da Globo. Outra actividade popular é a música, vários habitantes iniciam carreira com bolsas específicas e  alcançam notoriedade. A música está muito presente nas ruas, alegre, de pagode, que acompanha churrascos de vizinhos ao Domingo. Mas o rei é o desporto, futebol ou a simples “malhação”, vi uma tshirt num sr que dizia “O que não malha engorda” – simples e eficaz!
O Boteco do Vidigal tinha "o sabor de Amsterdam", na cerveja Amstel, olha que familiar!
"Somos all the same, we are todos iguais"
Hostel para uma "favela experience"...
Casas emparelhadas, por vezes deixa-se o telhado em jeito de meio construído, porque quando a família aumentar faz-se mais um piso... ou então acabou-se o dinheiro e ficou assim à espera de conclusão. Só andei nas ruas principais, mas dava para ver as ruelas e becos onde certamente depois de uns 100m já estaríamos perdidos no labirinto de caminhos e casas. E talvez não fosse tão seguro... Vivendo tão perto uns dos outros, todos se conhecem, cuidam dos filhos alheios, dão um olho às coisas, uma comunidade unida.
Vi o camião do lixo, que não passa em todas as ruas nem em todos os dias. Mas há muito lixo em todo o lado, alguns por falta de civismo, outros por falta de caixotes ou espaço dedicado, também há muitas mensagens a criticar tais atitudes, pintadas nas paredes.
Uma das encostas era depósito simples de lixo, mas iniciativa local recuperou a área e transformou-se num parque ecológico, com muita reutilização de materiais “mundanos”: pneus a fazer de escada, aros de bicicleta a fazer de barreira de proteção, garrafas de plástico a fazer estrutura de muro, partes de garrafas a fazer de candeeiros... 
Muito verde, flores, colorido, bananas e uma vista muito bonita.
Um filme curto para uma perspectiva de rua, com direito a música e tudo!

Assim que chegámos a casa, a precisar de banho, fiz um desvio e fui dar um mergulho na praia (Ipanema), foi a cereja no topo do bolo!

Ps: tive pena que o passeio (cerca de 500m de altura) tivesse sido perto da data de regresso, caso contrário acho que me aventurava noutra trilha. A guia disse que a do Corcovado (o Cristo) era fácil mas longa (cerca de 750m de altura). A da Gávea é a melhor por ter a melhor vista do Rio (cerca de 840m de altura), incluindo a zona da Barra, mas imprópria para quem tem medo das alturas, e demora pelo menos 2h a subir e outras 2 a descer, requer preparação. Talvez noutra oportunidade!
Obrigada MariRê pelo passeio, informação e companhia!

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