quarta-feira, agosto 13, 2008

O mysterio da Estrada de Cintra



Estava com saudades de ler portugues, escrito por portugueses.
Na lista infindavel de livros para ler, escolhi o romance policial de Eca de Queiroz e Ramalho Ortigao. Ja' tinha saudades de ler o Eca, ha' qualquer coisa no discurso que o denuncia, ou anuncia.
Li o livro numa semana. A leitura e' um habito viciante, mas como rouba espaco a outros prazeres, se e' desleixado fica em segundo plano. Quando retomado, aparece com aquela necessidade de atencao que so' termina com o fim da obra. Nem sempre, alias, por vezes queremos mais da historia, das personagens. Depois de ler Os Maias dei por mim com saudades dos personagens. E li o livro 2 vezes...
Alguma passagens:
"Eu sofria tudo por ela: a desonra, a infamia, o desprezo; abandonava o mundo, renegava a minha farda, queria a pobreza, o escarnio, tudo por ela. (...) esta-se num navio, e de repente, a meia hora da felicidade e do paraiso, quando ja' se nao ve terra, vem um escrupulo, uma magoa, uma saudade do marido talvez, uma lembranca dum baile, ou duma flor que ficava bem - e adeus para sempre! E quer-se voltar; e tu, miseravel, sofre, chora, arrepela-te, e morre para ai' como um cao."
"chorei, chorei, chorei amargamente, chorei cruelmente, chorei pela saudade, chorei pela traicao, chorei pelo meu passado legitimo, chorei pelo encanto dos meus pecados, chorei por me sentir chorar..."

E agora encontrar o filme?...

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