quarta-feira, setembro 24, 2008

A mata da Costa da Caparica...


... já não existe como a conheci.
O Pólis transformou-a, as barracas deram lugar a novas instalações e espaços verdes, embora com poucas árvores ainda.
O parque onde brinquei quando era pequena deu lugar a outras diversões mais modernas. Tinha uma biblioteca de verão onde se podia ler livros de criança e eu toda contente por poder folhear uma data deles. E o escorrega que "queimava" de quente no calor do verão. E um "vai-e-vem" que metia medo se fosse muito depressa. E baloiços que quase davam a volta, ou nós tentávamos que desse, embora fosse quase impossível. E o chafariz que nos molhava mas acabava com a sede.

Desapareceu o parque de campismo. O Ninho e outros restaurantes. O campo de mini golfe onde eu ia com os vizinhos mais novos, apanhava pinhões e partia com uma pedra que se encontrasse, e sujava as mãos todas.

Já não há o caminho velho cheio de buracos que percorri durante anos para ir à praia, a pé ou de bicicleta. Nem sinais da vala que cheirava mal e estava cheia de lixo.
Já não existem os campos de ténis velhos com areia laranja onde aprendi a jogar, agora há uns modernos.
Já não está o campo da bola onde jogava e via jogar os colegas da primária e preparatória.
Nem o Remédio Santo (bar) que começou por ser a base do grupo de gugby da Costa e depois se tornou in e encheu durante meses (anos?) com gente de Lisboa e arredores.
Já não estão as mesas de piquenique onde se faziam festas de aniversário.

E parece que vai haver um estacionamento coberto na praia do cds...

Algumas árvores devem ser as mesmas e devem ter muitas histórias para contar... o resto, fica na memória de quem por lá passou e viveu!

2 comentários:

Tiago Tavares disse...

Bem, estas memórias são também as minhas!
As festas de anos, o "bate-ferro", o "ringue", o mini-golfe, as aulas de ténis e o bar do rugby.
Agora, em casa dos meus pais temos vista para este novo parque, com parques infantis modernos (até trampolins!) e pistas de bicicleta. Só falta abrir o caminho directo para a praia, bem como os restaurantes, e esperar que as árvores cresçam. Está bem melhor que o abandono dos últimos anos!

Ricardo disse...

Epa, quase nao consigo acreditar. Estava a procura de recordacoes da mata da Costa onde me lembro de passar momentos muito felizes quando crianca e nao e que descubro um artigo num blog escrito por uma raprariga que, tem pelos vistos memorias semelhantes as minhas, e que tal como eu vive agora na Holanda!!!! Que coincidencia incrivel!! De qualquer forma, obrigado pormeste artigo, fez-me matar um bocadinho as saudades de outros tempos :-)