Por enquanto não
recuso convite/ companhia para restaurante Michelin. Mas se me continuar a
desiludir, talvez mude de opinião…
Menu do chef Andrès
Delpeut no Bridges, 6 pratos. Tinha visto no site e havias vários pratos que
suscitavam curiosidade.
Pão crocante e
quentinho, manteiga e azeite de boa qualidade, não se espera outra coisa. Duas/
três entradas de boas vindas, uns pãezinhos com alga wakame e nori, muito bons,
e um bolo esponja de caril verde e creme fraîche, bonzito. Um “prato”/ taça/
quase abatjour enorme, trazia um
mexilhão com gel de citrinos e molho de jalapeños. Muito fresco e agradável!
Depois começou o
menu, 3 peixes, 2 carnes e sobremesa.
Slowly cured sépia, bergamot, turmeric, carrot, tom kha kai and chicken thigh. O molho (servido no prato depois de vir à mesa) era de se comer à colher, a lula estava ok mas podia ser mais saborosa, a galinha estava em forma de vieira, para me enganar, mas muito tenra, bolachinha crocante ok.
Slowly cured sépia, bergamot, turmeric, carrot, tom kha kai and chicken thigh. O molho (servido no prato depois de vir à mesa) era de se comer à colher, a lula estava ok mas podia ser mais saborosa, a galinha estava em forma de vieira, para me enganar, mas muito tenra, bolachinha crocante ok.
Smoked
sole, parsnip, white chocolate, liver mousse, cep and cauliflower fungus.
A solha era fresca e
saborosa, tenrinha e ficava bem com raspas de trufa (raspada na mesa pelo sr
depois de servir). A mistura de mousse de patinho com chocolate branco e
cherivia tinha sabores muito distintos. A “couve-flor de cogumelo” era curiosa
mas nada de uau.
Lacquered
pike-perch, pomegranate, parsley root, pickled onion, yellow carrot, sea urchin
and sweet potato crème. Finalmente um prato quentinho, uma perca maravilhosa e bem cozinhada, com a
espuma de cenoura e as suas mousses.
Rouleau
of veal sweetbread, smoked beetroot, potato croquete, liquorice, pata negra and
chicory. A moleja (glândula tipo bochecha… melhor não saber) é sempre muito tenra, a
batatinha podia vir a triplicar (não por ser pouca quantidade mas por ir bem
com o resto), já que o molho era ácido.
Roe-deer,
chestnut quiche, pumpkin, chanterelles, cranberry and cacao.
Uma corça europeia (tadinha)
que era muito saborosa e estava no ponto. Não perguntaram, mas não estava
sanguinária nem demasiado passada, pinky suficiente. Gostei da combinação com
os copinhos de puré de castanha, mais um cogumelozito e a abóbora-menina para
completar o prato de Inverno.
Dark
chocolate, carrot, sorbet of cream cheese and ginger.
A sobremesa era novamente
servida num “aquário” branco enorme, e era de se raspar com a colher e garfo
para dar menos trabalho a lavar na cozinha. Em vez do tradicional gelado de
baunilha tinha o sorbet cremoso, a esponja seria bolo de cenoura (acho) e as bolinhas
não percebi, mas a mousse tinha também crocante e ficava tudo muito bem.
Para tentar desmoer,
um chá de menta fresca, servido num bule japonês pesadíssimo e com uma
quantidade disparatada de fatias de chocolates, leite, branco e negro, para
adoçar o final da refeição.
O serviço é sempre
muito bom, como se pode esperar, bom ambiente, decoração simples a combinar
moderno e clássico do hotel The Grand. À saída, um pequeno desvio pelo hotel,
porque a entrada do restaurante estava fechada. Agradável e… para gente
endinheirada.
O restaurante era
muito bom, qualidade, inovação, ingredientes frescos e bem confecionados. Mas
faltou o factor uau, algo que surpreendesse ou suscitasse paixão e admiração
para deixar saudades…
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