quinta-feira, outubro 09, 2008

Concertgebouw

A visita ao Concertgebouw (“edifício de concertos”) foi inesquecível. Descobri que havia visitas guiadas numa 6f, mas acabavam no Domingo, tinham durado todo o mês de Agosto.

Fui no último dia e era a única pessoa, por isso o guia falou em inglês só para mim. Pude tirar fotografias e satisfazer curiosidades, foi muito interessante!Já não me lembro dos pormenores todos, pontos históricos. Mas fiquei com a ideia de que foi criado por “inveja” de Utrecht ter um espaço digno de música e Amesterdão não ter... Havia o Felix Meritis mas era muito pequeno, ainda assim, a sala oval pequena do Concertgebouw foi construída com base nessa referência e é virtualmente semelhante.
Abriu em 1888 embora sem o órgão gigante no interior, que veio depois de angariado dinheiro para o comprar.
A máquina não é boa em interiores e dizia que não se podia fotografar, mas eu como visitante com guia podia. Ainda assim, sentia-me invasora...
O órgão era gigante...
A acústica é supostamente tão boa, que há lugares na sala de onde não se vê o palco, mas o guia garante-me que se ouve na perfeição. E o palco também não fica num “extremo” da sala, há lugares atrás e mais acima da orquestra. Quando há concertos de jazz, usam cortinas de veludo para tentar ter um melhor som...
Como não havia muito dinheiro para a manutenção, nos anos 80 confirmaram que as fundações precisavam de obras, mas decidiram fazê-lo sem fechar a sala para espectáculos... Há uma inclinação para a direita a descer.
Vi os camarins, onde partes das paredes foram propositadamente deixadas com a construção original.

Em quadros nos corredores, há fotografias de época muito curiosas, com planos do edifício.

Os auditórios são também usados para outros fins, alugados para outros tipos de eventos, como desfiles de moda, bailes, recepções, combates de boxe...

Este elevador leva os instrumentos e adereços (cadeiras, bancos...) para o palco.

A sala dos pianos tem controlo de temperatura, mas o guia não hesitou em levantar a protecção do Steinway & Sons e eu podia tocar... E há aqueles músicos mais “preciosistas” que trazem o próprio piano, claro.

No sótão há uma imensidão de aparelhos... uns tubos enormes de sucção de ar, porque não há AC, a vibração ia influenciar a acústica... buracos com ligação directa à orquestra e a lugares da plateia... suportes dos candeeiros e lustres... madeira original na estrutura do edifício...

Em Abril quero ser espectadora de um concerto da Maria João Pires!

1 comentário:

Anónimo disse...

Isso é que é sorte. Uma visita espectacular dessas com 1 guia exclusivo. :)
Bjs

J.Pedro