Depois da correria e
stress do fim do ano e fecho do ano, há a necessidade de uma pausa. Já não
sendo possível voltar ao RJ (voltava com todo o gosto!), há novo abrigo com
amigos na Cidade do México – CDMX.
E depois de ver o
filme Coco fiquei com mais curiosidade de conhecer a cultura Mexicana. Já tinha
estado na zona de Quintana Roo, Tulum e Playa del Carmen, mas era mais
turístico e praia.
Voos directos e
nocturnos, deu para dormitar e amenizar o jet lag, quase nada sentido. E assim
tive a oportunidade de voar na Aeroméxico e no Boeing 787, aka Dreamliner.
Senti a diferença da inovação, o ar mais húmido que seca menos a pele e a
garganta, espaço agradável, janelas com um filtro para noite/dia. Serviço
agradável, ecrã ok mas com pouquita oferta de filmes, ou então é porque já vi a
maioria...
Uma semana deu para um
cheirinho da cidade gigante com quase o dobro de população que PT inteiro e a mais povoada do México. Sempre
muito trânsito em todo o lado, que cansa, chateia e desmotiva para ir até ao
centro, percorrer 15-20km demora facilmente mais de 1h... muitas vezes não há
faixas pintadas na estrada, vale tudo. E passa-se por todos os lados, entra-se
e sai-se da rotunda ou da estrada sem grandes prioridades ou piscas, muitas
manobras estranhas, alguns apitos e não se bate, uma aventura!
Ideias iniciais... a
comida é boa e hiper barata na rua, mas muita carne, molhos e queijo, geralmente
picante, e fez-me falta saladinha, peixinho, sopa... Não deixei escapar a
oportunidade de comer muita papaia, manga e ananás. E quesadillas e enchiladas
e tacos e flautas e sumos/bebidas de hibisco (água de jamaica), de arroz
(horchata), de tamarindo...
Há guacamole mas
geralmente os totopos (triângulos de milho, verdes com cacto nopal, azuis com
milho escuro ou naturais) costumam vir acompanhados de vários molhos - salsas,
todos picantes, que vai do “quase nada” / “médio sente-se” / “irra que pica,
não te engasgues que vais sofrer”! No supermercado havia demasiada escolha para
os molhos picantes mas lá trouxe uns para regalar aos amigos. E provei umas
cervejas locais, todas muito boas (das escuras, claro).
Também trouxe uma
cajeta quemada, um doce de leite feito com leite de cabra, a convidar às
panquecas e à bolacha maria.
Os gelados da “Olá”
aqui eram “Holanda”, olha que nome familiar!
Bebi um chocolate
quente com bastante chili, e achei piada ao guardanapo, “migajas de amor” :D
Nos arredores da
cidade, muitas casas nas encostas das montanhas, a lembrar as favelas do rio,
também coloridas e muito povoadas...
Muitos contrastes,
entre bairros “europeus/ ricos/ arranjadinhos” e zona mais “chunga” com muita
venda ambulante de rua e higiene apropriada apenas a estômagos locais, segurança
a lembrar o Rio, ou a América Latina... sem relógio nem brincos, roupa simples
e sem mala, atenção sempre em alta... mas não me senti insegura, falando a
língua e planeando +- onde se vai andar... mas de noite recolhe-se e evitam-se
situações talvez mais perigosas de assaltos. E havia muito polícia em todo o
lado.
E todos os dias vi o
sol a brilhar, com uma temperatura amena de 20 e picos graus de tarde, parecia
Verão, especialmente se comparado com -10 Invernais em Amesterdão...
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