Vou ter saudades de Londres...
De comer no Eat., onde tudo tem um aspecto apetitoso, fresco, saudável, convidativo, natural... e é bom e tem bom ambiente. Este era perto do hotel, com vista para o Thames e sossegado o suficiente para tomar o pequeno-almoço e estudar de manhã antes dos exames. Pela cidade há um em cada esquina, mais do que MacDonalds e Starbucks. Deste último vou ter saudades dos scones gigantes, crocantes por fora e fofinhos por dentro.
Nesta série de visitas de foro profissional, percebi que a cidade vive num stress poluído, correrias diárias na zona da city, de executivos bem vestidos e senhoras com aqueles saltos altos impossíveis. Mas aumentam as bicicletas, apesar de serem diferentes das de Amesterdão, são mais modernas ou desportivas, os ciclistas usam colete reflector e quase sempre vão especialmente equipados. Não sei se percorrem distância maiores, mas aqui geralmente não se veste roupa especial para pedalar. E ainda no outro dia vi uma rapariga a chegar de bicicleta com um copo de vinho (daqueles de balão) na mão... Era 5f à noite…
Na 1ª viagem de Janeiro (foram 3 ao todo), estreei o LCY, aeroporto da cidade, pequenino para aviões pequeninos, cheios de executivos, maioritariamente homens. Estreei-me no DLR e fartei-me de usar o meu oyster card.
No regresso ao fim do dia, no painel electrónico do DLR anunciava problemas no aeroporto. Pensei que seriam atrasos e que felizmente tinha coisas para ler enquanto esperaria. Mas não, quando lá cheguei percebi que todos os voos tinham sido cancelados devido ao nevoeiro. Ah... e agora? Liguei ao “chefe” a perguntar qual seria o procedimento nesta situação, as hipóteses apresentadas pela VLM eram: mudar o bilhete para voo no dia seguinte ou devolver o dinheiro e safar-me de outra maneira... Errr...
Depois percebi que previam nevoeiro para a manhã seguinte, por isso só restava uma hipótese mais segura. Valeu a prestação e paciência do sr da VLM que me ajudou a pesquisar uma solução no pc lento dele... bom serviço de apoio ao cliente! Ora então... voos hoje... esta e outra companhia, este e outro aeroporto... não há. Comboio via Paris... hoje já não há, demora mil horas, depois muda aqui e ali... esquece. Então... voo às 6h15 da manhã, Easyjet, Gatwick, hotel algures lá. Vivam os sites de reservas online...
É claro que não estava preparada para dormir em Londres, a viagem era de um dia, tinha livros e folhas como bagagem...
Estava cansada, tinha acordado nesse dia antes das 5 da manhã para apanhar o voo matinal. Acordei quase de hora a hora a pensar que me ia atrasar. Às 4h30 vem o pequeno-almoço que pedi, dado que era antes da hora de o começarem a servir oficialmente. Pequeno-almoço na cama, que luxo! A fome não era muita, o sono e cansaço ganhavam...
No aeroporto, às 5 e tal da manhã, era 6f, deparei-me com pelo menos 2 despedidas de solteiro: rapazes, diria enfermeiros ou médicos, todos de bata, e um especialmente mascarado com antenas e maquilhagem... e depois no meu voo, raparigas todas vestidas de igual, mini-saia preta, tops cor de rosa com nomes, tipo alcunhas de cada uma...
Saí de Londres ao nascer do sol e cheguei a uma Amesterdão gelada e branquinha...
Na 2ª viagem, arrisquei novamente a VLM no LCY e correu bem. Só houve o pormenor de ter marcado o voo de regresso para o último do dia e de ter aproveitado, depois da sessão de revisões, para uma visita rápida à Oxford street, pediram-me uns cds que em PT eram difíceis de encontrar e claro que a HMV não só os tinha a todos, como eram muito mais baratos. Uma loja aqui e outra ali, saldos e libra barata, entro no metro a correr, corro para o DLR, que pára com atrasos no caminho, corro para o aeroporto e subo as escadas... cheguei à hora do embarque, e consegui não ser a última a entrar no avião, mas por pouco ainda o perdia :P Mas desta vez já tinha uns kits de higiene suplentes na mochila não fosse o diabo tecê-las.
Para os exames decidi apostar pelo seguro e fui pela BA por Gatwick, sem stresses... a bolacha servida de snack era uma maravilha, tinha qualquer coisa de “salame”...
O avião foi o meu “autocarro” no mês de Janeiro e os aeroportos foram a sala de espera... e vou ter saudades!