Uma semana de
trabalho em Hamburgo, mas foi melhor que Bruxelas, deu para ir ao centro
espreitar! Já lá tinha parado na cidade no regresso da road trip à Legolândia, há uns anos, mas agora deu para conhecer
mais um bocadinho.
Uma das grandes
vantagens de trabalhar numa multinacional é conseguir facilmente dicas de
qualquer cidade-país. Ora então Hamburgo e os Beatles? Fiquei com curiosidade e
fui explorar, sozinha.
Sobrevivi, mas
fiquei muito impressionada com o bairro de S. Pauli e Reeperbahn. Ninguém me
avisou, desconhecimento total… pensava eu que o Red Light era em Amesterdão,
mas o de cá é brincadeira de crianças ao pé de Hamburgo… enorme, degradante,
sujo, lixo, sem-abrigos, bêbedos, meninas, bares com mau aspecto e restaurantes
pouco convidativos, zona de turismo decadente!
Ar descontraído, mão
casualmente na mala, não sabia se era perigoso ou não, ignorei chamamentos em
Alemão e lá prossegui com o meu objectivo, conseguindo o que queria e voltar
com todos os pertences, incluindo a máquina fotográfica. Se calhar é exagero,
mas tive receio, e preferia não estar de calças de fato.
Ora então o IndraClub, Agosto de 1960, histórias da época, álcool, sexo, drogas e rock & roll! O início é sempre
atribulado, o sucesso não se alcança em 2 passos a direito.
Desde Setembro de
2008 que existe a praça dos Beatles, com umas estátuas em metal, contorno do
corpo inteiro. Lixo e pessoas com pouco que fazer a meter conversa bêbeda em
Alemão, lá fotografei timidamente as estátuas, que tinham nome em baixo: John
Lennon, George Harrison, Ringo Starr, Paul McCartney e Stuart Sutcliffe.
Em redor, círculo
desenhado no chão com nomes de canções, êxitos.
É giro de ver e
pensar que lá estiveram. Mas para a próxima não vou sozinha! E depois notei uma
falta de sentido de marketing/merchandise do comércio redondante. Vendem ímans
com nomes de ruas, da cidade, de zonas. E não havia uma única loja com a Beatles
Platz em íman! Eu queria dar-lhes dinheiro mas… não havia muita oportunidade.