Sugestão dos
housemates do D., fui visitar o Mary Kings Close.
Ao longo dos
anos, a cidade cresceu e a construção teve de encontrar lugar para novos
habitantes. Neste caso, foi por cima de ruelas já existentes, onde gente, maioritariamente
pobre, vivia. Este “close” foi mantido em parte na sua construção original e
pode-se visitar com guia. Escuro, íngreme, não muito arejado, mas cheio de
histórias curiosas, incluindo desgraças, fantasmas e espíritos. Não se podem
tirar fotografias, mas a falta de luz também não ia dar grandes resultados.
Muitas pessoas,
família ou não, a viver em espaços exíguos, o famoso grito de “gardy-loo!”
antes que se deite o balde das necessidades para o meio da rua (inclinada, que
ia dar ao belo do rio, que hoje é um jardim viçoso)... mas só 2x por dia, a
transbordar de conteúdo, e tarefa destinada ao elemento mais novo da família,
que bom. Depois na altura da peste, morreram muitos, tanto da bubónica como da
negra, as bandeiras brancas na janela. Animais e pessoas, comércio, tudo junto,
apertadinho e sem arejamento.
O site explica o
que é um “close” e o seu nome. E depois reparei que há muitos “closes” pela
rua, com outros nomes, passagens para outras zonas da cidade, menos turísticas,
mas abertas a quem queira passar.
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