Somos recebidos pela sra matriarca, muito simpática e somos logo invadidos pelo cheiro intenso a vinagre. Subimos aos andares superiores, onde está frio e não tiramos os casacos.
Muitos diplomas, registos, controlos para certificar e premiar o ABTM, Aceto Balsamico Traditional di Modena.
A casa pertence à família, as uvas são da região, as madeiras dos barris também são de árvores da região, carvalho, castanheiro, cerejeira, zimbro/junípero... Os barris têm nomes de senhoras e não são tapados, têm um paninho de linho a cobrir.
Cheirando cada um, estão em sequência, nunca se esvaziam e “re-enchem-se” por ordem. É engraçado que todos cheiram “a vinagre” mas todos com um aroma diferente, mais madeira, mais doce, mais... como explicar?
Tivémos direito a prova, devidamente explicada, com tostas. Degustar umas gotas de vinagre pode ser muito bom, há realmente vários sabores a descobrir em cada tipo de vinagre, uns com 12 anos, outros com 25 anos!
No Verão quente o álcool evapora, no Inverno frio cria sedimento. Começou por ser de uso medicinal, digestivo. Agora tem design único na garrafa, é protegido e certificado todos os anos pela câmara e provadores oficiais, as garrafas são guardadas para o caso de haver alguma “queixa”, mas não tem prazo de validade.
A filha tem um “dote” de barris de vinagre e espera-se que continue o negócio e tradição da família, mas só se ela se mantiver na região de Módena...
Comprámos uma garrafinha, para ocasiões especiais, já que é caríssimo! E o livro de receitas, que inclui bacalhau!
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