Uma colega sugeriu
um restaurante, a companhia tinha carro e fomos jantar ao “Garfo e faca”, que
fica no meio de nenhures J Percebe-se que se
fosse de dia e não estivesse o vento demoníaco do costume, sempre acompanhado
de chuva, seria agradável estar na esplanada... voltamos no Verão!
Ingredientes cultivados
na horta e estufa do chef, produtos locais. E a própria cultura de micro
ingredientes, micro vegetais. Parecido com a Koppert Cress (onde trabalha o
João, que também aparece nos tugas pelo mundo de Haia) mas para o próprio restaurante.
Desci para ir à wc e
o chef Jonathan (que tem livros de receitas à venda no restaurante) apanhou-me a tirar as fotos às miniaturas, abriu as portas e deu-me logo a provar algumas mini coisas e
contou-me a história. É sempre giro ver a dedicação e gosto do dono do negócio,
muito simpático e, claro, apreciador de boa cozinha.
E o sinal da wc...
ainda bem que me disseram que era a 2ª porta... Na parede, a Terra mãe pode
sobreviver sem a nossa presença, mas nós não conseguimos viver sem ela!
Menu surpresa é
sempre bem vindo! Atendimento 5 estrelas, até melhor que estrela Michelin (o mais recente). Simpatia, calma, gosto em falar do menu e do que íamos comer...
não sei como decoram os 20 ingredientes, chapéus tirados.
Bieterbal (não
confundir com bitterbal) com beterraba, e um vasinho com rabanete e “terra”
(feita com amêndoas/ avelãs, cerveja preta e aveia). Esta bolinha é muito
agradável e ganhou prémio de inovação.
Pão de soda caseiro,
crocante e saboroso.
Sumo de maçã, couve
roxa, cenoura e grama de trigo.
Salada de Inverno
com beterraba vermelha e amarela, mousse de alface, iogurte de ovelha, alga
marinha, bolbo de túlipa (pois...), maçã. Muitos ingredientes, muito trabalho,
muito bom para degustar.
Galinha/ perdiz do
polder (chamemos-lhe do campo) com espinafres, triângulo panado de grão,
cenouras, creme de pêra “da terra” (Google traduz para alcachofra de Jerusalém).
Batatas fritas caseiras, crocantes e saborosas.
Pelo aspecto e o que
ouvimos quando o empregado serviu, achámos que era peixe. E continuávamos a
dizer que tinha boa consistência e não sabia a peixe. Mas também não sabia a
galinha nem tinha consistência familiar... sempre bom testar os nossos dotes
sensoriais e enganá-los...
Perguntámos se a
sobremesa podia ter chocolate, e o sr fez-nos a vontade (isto porque comparando
com as das mesas do lado, não tinham chocolate).
Gelado de cherovia,
mousse de chocolate e bolacha de chocolate, fatias de pêra, soro de leite
coalhado (buttermilk) e merengue de limão com chilly. Que maravilha... mais uma
vez melhor que o último Michelin.
Um chá para aliviar,
e lá vem o brownie... teve de ser comido...
Que surpresa e boa
impressão, pena não ser facilmente acessível por transportes públicos. Voltarei
assim que tiver companhia com carro!