quarta-feira, janeiro 11, 2006

Dias menos bons

Na 2f o dia de trabalho prolongou-se até às 22h30. É cansativo.
Ontem foi até à 1h30 de hoje. Ainda cansa mais.
Hoje de manhã, após 5 insuficientes horas de sono, lá fui a passo rápido para o autocarro. Esperava ter um lugar sentado para poder dormir mais um bocado. Qual quê, fui à porta mesmo ao lado do condutor porque nem dava para passar para a parte dos passageiros. Até é giro, como quando andamos nos autocarros de dois andares (pronto, em Londres ou afim) gostamos mais de ir nos 1os bancos do 1o andar. Depois eventualmente esvaziou perto da ponte e passei para o meio do autocarro, onde tudo é melhor. Como está frio (também acontece quando chove), não se abrem as janelas. Não gostam de respirar? Então estão os vidros todos embaciados, e ouve-se um senhor a tossir, a senhora a espirrar e alguém lá atrás a fungar. Repete por várias frentes do transporte para assegurar a homogénea propagação de vírus constipados. Felizmente não havia muito trânsito na ponte e saí a horas para finalmente respirar ar puro. Ou melhor, ar mais respirável, porque os carros a circular poluem que se fartam.
Abro a mala e fico com o fecho na mão. Bolas... Talvez se arranje, embora tenha caído uma peça no chão que perdi para sempre.
É sempre bom começar bem o dia. E a hora a que termina é a incógnita do dia.
Um desafio constante...
JM

2 comentários:

Tiago Tavares disse...

Realmente admiro a tua capacidade de trabalho! Ja na universidade o horario era muito superior ao normal, agora no trabalho...
Agora, nao consigo admirar a gestao dessas empresas. Nao ganham o suficiente para contratar 2 pessoas para fazer o trabalho de uma?
E sim, ir em pe num autocarro sem possibilidade de bater uma sorna para mim e' um sacrificio (ja nem pensando nos virus). Das viagens de comboio (20 minutos) que faco todos os dias para o emprego, contam-se pelos dedos as que nao dormi um bocadinho.
Mas enfim,bom trabalho!

Anónimo disse...

Os accionistas da empresa em que trabalhas pagam aos gestores das mesmas para contratarem jovens como tu, com ambiçao e capacidade de esforço, deixando no ar a promessa de uma carreira frutuosa e bem remunerada. Assim, bules que nem um animal durante uns anos, ate que o cansaço e a desmotivaçao começam a fazer os seus efeitos. Como o comportamento de um trabalhador esta mais que estudado, ha graficos de esforço e produtividade, que mostram quando e a melhor altura para deixar o trabalhador seguir o seu rumo fora da empresa. Nessa altura, rescindem-te o contrato englobado numa politica de "fitness" dos quadros e la vais tu receber do fundo de desemprego ate encontrares um novo empresario que te fara o mesmo que o anterior. Ao fim de 4 experiencias destas, seras o que o mundo anglosaxonico chama de burnout, mas nessa altura e o estado e a seguranca social que tratarao de ti, enquanto os empresarios chupam o tutano a novas joanas, fresquinhas e ambiciosas, saidas da universidade. Por isso, abre a pestana. Mais vale nao ser o que querem que sejas, mas puderes ter saude mental ate aos 65, do que seres a maior durante 3 ou 4 anos, fazeres um trabalho espantoso e depois nunca mais te conseguires lembrar do teu nome completo. O que e que achas?