Na 2f o dia de trabalho prolongou-se até às 22h30. É cansativo.
Ontem foi até à 1h30 de hoje. Ainda cansa mais.
Hoje de manhã, após 5 insuficientes horas de sono, lá fui a passo rápido para o autocarro. Esperava ter um lugar sentado para poder dormir mais um bocado. Qual quê, fui à porta mesmo ao lado do condutor porque nem dava para passar para a parte dos passageiros. Até é giro, como quando andamos nos autocarros de dois andares (pronto, em Londres ou afim) gostamos mais de ir nos 1os bancos do 1o andar. Depois eventualmente esvaziou perto da ponte e passei para o meio do autocarro, onde tudo é melhor. Como está frio (também acontece quando chove), não se abrem as janelas. Não gostam de respirar? Então estão os vidros todos embaciados, e ouve-se um senhor a tossir, a senhora a espirrar e alguém lá atrás a fungar. Repete por várias frentes do transporte para assegurar a homogénea propagação de vírus constipados. Felizmente não havia muito trânsito na ponte e saí a horas para finalmente respirar ar puro. Ou melhor, ar mais respirável, porque os carros a circular poluem que se fartam.
Abro a mala e fico com o fecho na mão. Bolas... Talvez se arranje, embora tenha caído uma peça no chão que perdi para sempre.
É sempre bom começar bem o dia. E a hora a que termina é a incógnita do dia.
Um desafio constante...
JM
2 comentários:
Realmente admiro a tua capacidade de trabalho! Ja na universidade o horario era muito superior ao normal, agora no trabalho...
Agora, nao consigo admirar a gestao dessas empresas. Nao ganham o suficiente para contratar 2 pessoas para fazer o trabalho de uma?
E sim, ir em pe num autocarro sem possibilidade de bater uma sorna para mim e' um sacrificio (ja nem pensando nos virus). Das viagens de comboio (20 minutos) que faco todos os dias para o emprego, contam-se pelos dedos as que nao dormi um bocadinho.
Mas enfim,bom trabalho!
Os accionistas da empresa em que trabalhas pagam aos gestores das mesmas para contratarem jovens como tu, com ambiçao e capacidade de esforço, deixando no ar a promessa de uma carreira frutuosa e bem remunerada. Assim, bules que nem um animal durante uns anos, ate que o cansaço e a desmotivaçao começam a fazer os seus efeitos. Como o comportamento de um trabalhador esta mais que estudado, ha graficos de esforço e produtividade, que mostram quando e a melhor altura para deixar o trabalhador seguir o seu rumo fora da empresa. Nessa altura, rescindem-te o contrato englobado numa politica de "fitness" dos quadros e la vais tu receber do fundo de desemprego ate encontrares um novo empresario que te fara o mesmo que o anterior. Ao fim de 4 experiencias destas, seras o que o mundo anglosaxonico chama de burnout, mas nessa altura e o estado e a seguranca social que tratarao de ti, enquanto os empresarios chupam o tutano a novas joanas, fresquinhas e ambiciosas, saidas da universidade. Por isso, abre a pestana. Mais vale nao ser o que querem que sejas, mas puderes ter saude mental ate aos 65, do que seres a maior durante 3 ou 4 anos, fazeres um trabalho espantoso e depois nunca mais te conseguires lembrar do teu nome completo. O que e que achas?
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