Que saudades de viajar, como "antigamente"... ir a Portugal é ir a "casa", diferente de viajar para outros países.
Uma escapada curta, um dia em Paris, para uma pausa na vida corrida...
E que bem que soube, voltar a Paris depois da pandemia, uma cidade mudada, com muitas vias para ciclistas, muitos viajantes em 2 rodas (incluindo trotinetes), mais limpa, menos carros, mais parques infantis, mais calma, menos poluída. E com serviço mais simpatico, menos "nariz empinado" ou rabugento, como se espera do estereótipo.
Foi uma maravilha e descalabro culinário...
Comecei por provar um Paris Brest na padaria local (Union Boulangerie Paris), que é uma descoberta muito agradável e a precisar de mais exemplos, porque percebi que cada pastelaria tem a sua maneira de o fazer. A massa é diferente, nem folhado nem quebrada, o creme é uma delícia, e os olhos também comem e ficam felizes. Podia ter menos açúcar, claro.
Almoço no Breizh Café em Montorgueil, matar saudades de galettes bretãs, e de cidra! De pêra e de maçã, para não faltar nada...
Começar por umas telhas crocante de trigo sarraceno com rillettes artesanais, a amiga comeu uma traditional "complete" com queijo Comté, fiambre e ovo, servida com manteiga (podia-se escolher 3 sabores de manteiga).
Eu escolhi a de magret de pato fumado, com cogumelos salteados, queijo Comté, ovo, crème fraiche e pimenta d’Espelette
De sobremesa, a divider, uma do dia com pêra bêbeda e chocolate, gelado de baunilha, crocantes de amendoa.
Percorremos a cidade a pé, mas o problema é que em cada esquina, a cada 3 passos, há um restaurante, uma padaria, uma pastelaria, uma especialidade...
Passado 1h, estávamos a dividir um flan de baunilha do Nèulo... o tradicional, mas foi escolha difícil, porque havia demasiada oferta e todas apetitosas...
Mais uma hora... um merveilleux sazonal com recheio de castanhas... mais uma bomba de açúcar... e já não aguentava mais doçaria...
E no dia seguinte comprei um cramique de chocolate, quentinho, muito fofinho cheiroso para levar para casa, como se fosse um pão de leite com pepitas de chocolate mas muito muito bom!
Uma pausa para um momento cultural na Fundação Cartier inaugurada recentemente.
Arte moderna, contemporânea, portanto peças estranhas, coloridas, ruidosas, texturas, leituras, sons... "coisas duvidosas", mas sempre giro de ver.
Passamos aos salgados, bar de vinho do hotel Hoxton, Planche, para uma tábua de queijos e charcutaria, copo de vinho. Era bom, mas rapidamente ficou muito ruidoso e não era barato, até pela quantidade servida.
Não havia fome, mas faltava a brasserie da lista... mais uma caminhada e fomos até à Bellanger, onde todos eram muito simpáticos, o serviço funcionava maravilhosamente, com um sorriso e com malta muito jovem. Até comentámos que a geração jovem não quer trabalhar, mas ali funcionava perfeitamente.
2 entradas e 1 sobremesa, overdose de queijos... salada de endívia com o tradicional queijo Azul d’Auvergne, com pêras bêbedas e nozes caramelizadas.
Terrina do campo macerada com cognac.
Queijo de vaca Brillat-Savarin, muito a derreter (frio) com marmelada "fresca" maravilhosa.
Já não dava era para tudo, o estômago dizia - volta outro dia que hoje já não consigo trabalhar mais!
Para a próxima voltamos a esta brasserie mais cedo para outras entradas, prato principal e sobremesa, porque o Paris Brest deles que vi a passear merece uma dentada!
A bientôt!
Sem comentários:
Enviar um comentário