quarta-feira, março 21, 2007

Ajudar o próximo

No outro dia estava a entrar no metro e vi um senhor invisual com dificuldade em passar as cancelas estúpidas do metro, mas já lá estava um operador do Metro para ajudar.
No Porto, o andante não tem cancelas! E as da Fertagus são muito mais eficazes!
Estava na plataforma à espera do metro e oiço um "Está aí alguém?" gritado. Quase me assustei e percebi que pela entoação talvez não fosse o primeiro apelo que o senhor fazia. Fui ajudá-lo. "Já vem o metro?" Não, ainda não está assinalado. "Mas olhe que já o estou a ouvir..." É o do outro lado que vem primeiro. "Estou a ouvir, já vem aí!" (É sabido que têm outros sentidos mais apurados). Lá veio o metro e encaminhei o senhor para a carruagem.

Hoje já tinha atravessado a av de Roma e vi uma senhora, também invisual, em dificuldades para encontrar a passadeira, com um buraco perigoso perto dela. Lisboa é só buracos!
Ajudei a senhora a atravessar e voltei a atravessar para seguir caminho.

São boas acções, não custa nada. É um sentimento estranho, mas bom. Deve ser tão difícil viver sem ver... e sem ouvir, sem falar...

Ajudar faz a diferença, sentimo-nos úteis!

JM

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