Dissertações sobre tudo e sobre nada, porque sim e porque não, a favor da liberdade de expressão.
sexta-feira, junho 30, 2006
quinta-feira, junho 29, 2006
Com um nó na garganta
Era apenas uma notícia. Um grupo de antigos presos da PIDE na cadeia do Aljube vão defender, no sábado, que aquela prisão seja transformada num museu da resistência à ditadura.
Depois, comecei a reunir números de telefone e, do outro lado, ouvia as descrições, as memórias de quem conheceu o Aljube, Caxias, Peniche e o Tarrafal. De quem foi torturado na António Maria Cardoso, três noites sem dormir. Relatos dos espancamentos, da memória que é a única companheira, da felicidade de ver os pombos a construir um ninho, ou vislumbrar a rosácea de pedra da Sé.
Ouvi-os, com um nó na garganta.
Lisboa/Aljube: Memórias de quem passou pela "mais sinistra prisão do fascismo"
Por Joana Haderer, jornalista da Agência Lusa
Lisboa, 29 Jun (Lusa) - António Borges Coelho, historiador e antigo preso político no Aljube recorda que passava o tempo a organizar imaginários jogos de futebol: "A perna esquerda era o Sporting, a direita o Benfica".
"Tinha um botão no chão e jogava, mas quase não podia mexer as pernas", descreveu à Lusa o historiador e membro do movimento cívico "Não Apaguem a Memória!" que quer transformar a antiga prisão do Aljube num museu da resistência ao fascismo.
Na cadeia do Aljube, perto da Sé, onde agora funciona o Instituto de Reinserção Social, permaneciam os presos políticos que estavam a ser interrogados na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso.
Encarcerado em 1956 durante seis meses nos "curros", que descreve como celas do comprimento do seu corpo e da largura do tronco "mais um braço estendido", Borges Coelho, então com 26 anos, entretinha-se os seus imaginários jogos de futebol.
O antigo preso político lembra as "mantas horrorosas, que não eram lavadas" e que "guardavam vestígios de esperma de vários presos, que se foram acumulando".
"No isolamento, o tempo escoa-se e nós vivemos unicamente da memória, que atinge níveis completamente incríveis", diz.
Acusado de pertencer ao PCP, "o que por acaso até era verdade", Borges Coelho não chegaria aos seis meses de isolamento, já que o seu débil estado de saúde, depois de recusar a "comida quase podre, intragável", obrigaria a um internamento na enfermaria da cadeia.
No meio das "piores recordações" que tem do Aljube, Carlos Brito, antigo dirigente do Partido Comunista Português e actual membro do movimento Renovação Comunista, guarda uma memória "muito positiva":
a do dia 25 de Maio de 1957, em que conseguiu fugir da cadeia, acompanhado por outros dois companheiros.
Depois de serradas as grades, os presos percorreram um algeroz "muito estreito" no último andar do edifício, "com grande dificuldade de equilíbrio", desceram a pulso um vão de seis metros por uma corda de lençóis, caminharam sobre dois telhados, saltaram as águas-furtadas e atingiram o chão com uma escada ali colocada.
"É a cadeia que simboliza a repressão da ditadura de uma maneira mais evidente e mais gritante. Por isso senti tanta alegria quando consegui fugir", descreveu à Lusa.
Naquele lugar, que recorda como a cadeia "mais sinistra", Carlos Brito esteve em três ocasiões distintas, entre 1957 e 1959, a maior parte do tempo "incomunicável e em isolamento".
Numa das vezes, após ter sido espancado, ficou durante dias "sem colchão nem cobertores nem qualquer espécie de agasalho, em cima de um bailique (tarimba) de madeira". "Ali se passaram dos momentos mais lancinantes. Lembro-me de ver companheiros que não conseguiram resistir e estavam ali à beira do suicídio", conta.
O historiador José Manuel Tengarrinha observou uma dessas situações: quando, em 1961, regressou de um interrogatório na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, encontrou as manchas de sangue do seu companheiro de cela, que se suicidara cortando as veias.
Tengarrinha sublinha que o Aljube era "a pior prisão do fascismo", onde permaneciam "em condições indescritíveis" os presos políticos que se encontravam em fase de interrogatório.
"Era duríssimo", garante.
"As condições eram concebidas de propósito para desmoralizar os presos", afirma, lembrando a "angústia" que sentia quando ouvia a carrinha da PIDE a chegar, sem saber se seria o próximo a ser levado para "a António Maria Cardoso".
Nos "curros" durante um mês e meio, Tengarrinha, então com 30 anos, passava a tempo a fazer peças de damas com miolo de pão, que usava para jogar sozinho.
"Houve uma barata que entrou na cela. Conservei-a como uma amiga, uma companheira, o único ser vivo que estava ali comigo", conta.
A única vez que fumou foi durante o isolamento no Aljube, durante cerca de um mês, recorda o socialista José Medeiros Ferreira.
"Não podia ler, não podia sair da cela. Tinha uma grande variação: fumava às 09:00, às 10:00, às 11:00, às 12:00 e, no dia seguinte, às 09:30, às 10:30, às 11:30", descreve com alguma ironia.
O antigo ministro do PS esteve três meses no Aljube, entre 1962 e 1963, acusado de realizar "actividades subversivas contra a segurança do Estado".
O antigo preso afirma que "a maior violência do isolamento é em termos psicológicos", por não haver nada para fazer.
Naquele período, a sua única companhia eram as vozes de "uma menina que cantava canções populares e a de um preso que cantava o 'Menina Estás à Janela'".
Mais tarde, na sala comum, Medeiros Ferreira e os companheiros "iam ao cinema" todas as noites, com cada preso a relatar aos outros um filme que tivesse visto.
Na primeira vez que foi preso no Aljube, em 1934, Edmundo Pedro tinha apenas 15 anos e chegou a partilhar uma cela com o seu pai. Voltaria àquela prisão mais duas vezes, a última já com 43 anos, após o assalto ao quartel de Beja, uma tentativa de golpe falhada ocorrida em 1961.
Edmundo Pedro, hoje com 87 anos, atribui à "determinação, à auto-confiança e à imaginação" a força para suportar o isolamento: recordava os livros que tinha lido, fazia cálculos matemáticos.
Através de uma abertura de um dos "curros" onde permaneceu, conseguia ver a Sé, onde observava os pombos a fazer os ninhos, as pombas a ter os ovos, os borrachos a nascer.
Mais tarde, foi levado para outro "cubículo", ao lado do qual estava um companheiro com quem jogava damas, apesar da parede que os dividia.
"Riscávamos a tabela do xadrez no chão e depois, com um código de batidas na parede, fazíamos um jogo", afirma.
Apesar da dureza da cadeia, Edmundo Pedro acredita que "não há heróis".
"Perante as situações, as pessoas não têm outro remédio senão adaptar-se. Por duas ou três vezes ouvi pessoas a berrar, devem ter enlouquecido. Mas a maior parte das pessoas acaba por resistir".
JH.
Lusa/Fim
Depois, comecei a reunir números de telefone e, do outro lado, ouvia as descrições, as memórias de quem conheceu o Aljube, Caxias, Peniche e o Tarrafal. De quem foi torturado na António Maria Cardoso, três noites sem dormir. Relatos dos espancamentos, da memória que é a única companheira, da felicidade de ver os pombos a construir um ninho, ou vislumbrar a rosácea de pedra da Sé.
Ouvi-os, com um nó na garganta.
Lisboa/Aljube: Memórias de quem passou pela "mais sinistra prisão do fascismo"
Por Joana Haderer, jornalista da Agência Lusa
Lisboa, 29 Jun (Lusa) - António Borges Coelho, historiador e antigo preso político no Aljube recorda que passava o tempo a organizar imaginários jogos de futebol: "A perna esquerda era o Sporting, a direita o Benfica".
"Tinha um botão no chão e jogava, mas quase não podia mexer as pernas", descreveu à Lusa o historiador e membro do movimento cívico "Não Apaguem a Memória!" que quer transformar a antiga prisão do Aljube num museu da resistência ao fascismo.
Na cadeia do Aljube, perto da Sé, onde agora funciona o Instituto de Reinserção Social, permaneciam os presos políticos que estavam a ser interrogados na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso.
Encarcerado em 1956 durante seis meses nos "curros", que descreve como celas do comprimento do seu corpo e da largura do tronco "mais um braço estendido", Borges Coelho, então com 26 anos, entretinha-se os seus imaginários jogos de futebol.
O antigo preso político lembra as "mantas horrorosas, que não eram lavadas" e que "guardavam vestígios de esperma de vários presos, que se foram acumulando".
"No isolamento, o tempo escoa-se e nós vivemos unicamente da memória, que atinge níveis completamente incríveis", diz.
Acusado de pertencer ao PCP, "o que por acaso até era verdade", Borges Coelho não chegaria aos seis meses de isolamento, já que o seu débil estado de saúde, depois de recusar a "comida quase podre, intragável", obrigaria a um internamento na enfermaria da cadeia.
No meio das "piores recordações" que tem do Aljube, Carlos Brito, antigo dirigente do Partido Comunista Português e actual membro do movimento Renovação Comunista, guarda uma memória "muito positiva":
a do dia 25 de Maio de 1957, em que conseguiu fugir da cadeia, acompanhado por outros dois companheiros.
Depois de serradas as grades, os presos percorreram um algeroz "muito estreito" no último andar do edifício, "com grande dificuldade de equilíbrio", desceram a pulso um vão de seis metros por uma corda de lençóis, caminharam sobre dois telhados, saltaram as águas-furtadas e atingiram o chão com uma escada ali colocada.
"É a cadeia que simboliza a repressão da ditadura de uma maneira mais evidente e mais gritante. Por isso senti tanta alegria quando consegui fugir", descreveu à Lusa.
Naquele lugar, que recorda como a cadeia "mais sinistra", Carlos Brito esteve em três ocasiões distintas, entre 1957 e 1959, a maior parte do tempo "incomunicável e em isolamento".
Numa das vezes, após ter sido espancado, ficou durante dias "sem colchão nem cobertores nem qualquer espécie de agasalho, em cima de um bailique (tarimba) de madeira". "Ali se passaram dos momentos mais lancinantes. Lembro-me de ver companheiros que não conseguiram resistir e estavam ali à beira do suicídio", conta.
O historiador José Manuel Tengarrinha observou uma dessas situações: quando, em 1961, regressou de um interrogatório na sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, encontrou as manchas de sangue do seu companheiro de cela, que se suicidara cortando as veias.
Tengarrinha sublinha que o Aljube era "a pior prisão do fascismo", onde permaneciam "em condições indescritíveis" os presos políticos que se encontravam em fase de interrogatório.
"Era duríssimo", garante.
"As condições eram concebidas de propósito para desmoralizar os presos", afirma, lembrando a "angústia" que sentia quando ouvia a carrinha da PIDE a chegar, sem saber se seria o próximo a ser levado para "a António Maria Cardoso".
Nos "curros" durante um mês e meio, Tengarrinha, então com 30 anos, passava a tempo a fazer peças de damas com miolo de pão, que usava para jogar sozinho.
"Houve uma barata que entrou na cela. Conservei-a como uma amiga, uma companheira, o único ser vivo que estava ali comigo", conta.
A única vez que fumou foi durante o isolamento no Aljube, durante cerca de um mês, recorda o socialista José Medeiros Ferreira.
"Não podia ler, não podia sair da cela. Tinha uma grande variação: fumava às 09:00, às 10:00, às 11:00, às 12:00 e, no dia seguinte, às 09:30, às 10:30, às 11:30", descreve com alguma ironia.
O antigo ministro do PS esteve três meses no Aljube, entre 1962 e 1963, acusado de realizar "actividades subversivas contra a segurança do Estado".
O antigo preso afirma que "a maior violência do isolamento é em termos psicológicos", por não haver nada para fazer.
Naquele período, a sua única companhia eram as vozes de "uma menina que cantava canções populares e a de um preso que cantava o 'Menina Estás à Janela'".
Mais tarde, na sala comum, Medeiros Ferreira e os companheiros "iam ao cinema" todas as noites, com cada preso a relatar aos outros um filme que tivesse visto.
Na primeira vez que foi preso no Aljube, em 1934, Edmundo Pedro tinha apenas 15 anos e chegou a partilhar uma cela com o seu pai. Voltaria àquela prisão mais duas vezes, a última já com 43 anos, após o assalto ao quartel de Beja, uma tentativa de golpe falhada ocorrida em 1961.
Edmundo Pedro, hoje com 87 anos, atribui à "determinação, à auto-confiança e à imaginação" a força para suportar o isolamento: recordava os livros que tinha lido, fazia cálculos matemáticos.
Através de uma abertura de um dos "curros" onde permaneceu, conseguia ver a Sé, onde observava os pombos a fazer os ninhos, as pombas a ter os ovos, os borrachos a nascer.
Mais tarde, foi levado para outro "cubículo", ao lado do qual estava um companheiro com quem jogava damas, apesar da parede que os dividia.
"Riscávamos a tabela do xadrez no chão e depois, com um código de batidas na parede, fazíamos um jogo", afirma.
Apesar da dureza da cadeia, Edmundo Pedro acredita que "não há heróis".
"Perante as situações, as pessoas não têm outro remédio senão adaptar-se. Por duas ou três vezes ouvi pessoas a berrar, devem ter enlouquecido. Mas a maior parte das pessoas acaba por resistir".
JH.
Lusa/Fim
Arranjar ou não as unhas (Para mulheres e não só)
Ir ao Brasil e não fazer manicure e pedicure é desperdiçar oportunidades. Lá, estas “operações” são muito bem feitas e muito mais baratas que cá, paguei menos de 4eur por cada arranjo.
Aqui fazem distinção de preço, que sobe consideravelmente se for para os pés. E o preço dos vernizes… muito menos de metade!
Massagens, cremes, lima, verniz, cócegas nos pés.
Tratamento de beleza que nos faz sentir femininas.
Gosto de ter as mãos arranjadas, fica bonito, ajuda a dar confiança. Mas depois é muito chato porque temos de ter cuidado para não estragar o raio do verniz. Não combina muito com lavar a loiça, cozinhar, abrir frascos, tampas, etc. E quando o estado já está lastimável, tem de se tirar o verniz. Seca!
Voltar a colocar é sempre uma aventura que requer experiência e dá sempre azo a asneiras. (Bolas, ainda não estava seco!)
Nos pés é mais giro porque dá menos trabalho e dura mais. As unhas crescem mais devagar, nota-se bem. E como andamos com meias ou dentro dos sapatos, o risco de estragar é menor. E como também não se olha muito fixamente para os pés das pessoas, se uma unha tiver uma falhazinha, a probabilidade de se notar é baixa. E eles merecem, suportam todo o nosso peso todos os dias, devíamos mimá-los!
No salão de beleza onde arranjei as unhas estavam dois homens a arranjar as mãos. Não confirmei, mas a intenção não seria pôr verniz. Simplesmente tê-las cuidadas.
Mãos com unhas roídas são do mais feio que há. Cheias de peles, sujas e com manchas, idem.
E assim quando usamos chinelos ou sandálias minimizamos o pensamento “os meus pés são tão feios”…
JM
Aqui fazem distinção de preço, que sobe consideravelmente se for para os pés. E o preço dos vernizes… muito menos de metade!
Massagens, cremes, lima, verniz, cócegas nos pés.
Tratamento de beleza que nos faz sentir femininas.
Gosto de ter as mãos arranjadas, fica bonito, ajuda a dar confiança. Mas depois é muito chato porque temos de ter cuidado para não estragar o raio do verniz. Não combina muito com lavar a loiça, cozinhar, abrir frascos, tampas, etc. E quando o estado já está lastimável, tem de se tirar o verniz. Seca!
Voltar a colocar é sempre uma aventura que requer experiência e dá sempre azo a asneiras. (Bolas, ainda não estava seco!)
Nos pés é mais giro porque dá menos trabalho e dura mais. As unhas crescem mais devagar, nota-se bem. E como andamos com meias ou dentro dos sapatos, o risco de estragar é menor. E como também não se olha muito fixamente para os pés das pessoas, se uma unha tiver uma falhazinha, a probabilidade de se notar é baixa. E eles merecem, suportam todo o nosso peso todos os dias, devíamos mimá-los!
No salão de beleza onde arranjei as unhas estavam dois homens a arranjar as mãos. Não confirmei, mas a intenção não seria pôr verniz. Simplesmente tê-las cuidadas.
Mãos com unhas roídas são do mais feio que há. Cheias de peles, sujas e com manchas, idem.
E assim quando usamos chinelos ou sandálias minimizamos o pensamento “os meus pés são tão feios”…
JM
Chinesices - a sequela
Então foi assim:
O jantar da associação de comerciantes luso-chinesa foi no Hua Ta Li, na Rua dos Bacalhoeiros, só com a presença do embaixador chinês e, pela Câmara de Lisboa, o Carmona, o Fontão de Carvalho (vice-presidente) e o embaixador (sabiam que a Câmara tem um?!).
Muitas declarações, muitas garantias de que os restaurantes chineses são muito bons e depois comidinha... nada!
Os senhores jantaram - tudo e mais alguma coisa - e os jornalistas que se f*&%#...
A Joana - que ia toda feita a pensar que ia jantar um grande repasto chinês e que por isso não comia nada desde o lanche - chegou ao balcão e pediu um chop suey de gambas (desculpa, JM, ainda não foi desta!) .
A dose chegou em menos de cinco minutos e eu mudei de ideias - sentei-me e, enquanto conversava com uns colegas da SIC, lá se foi o chop suey.
Quando fui pagar, recebi esta resposta: "Patlão está pago!".
Ok, agradece aí ao patlão forreta.
Os gajos lá em cima a comer lagosta e eu contentei-me com um chop suey - que nem sequer estava nada de especial...
Jornalista sofre!
JH
O jantar da associação de comerciantes luso-chinesa foi no Hua Ta Li, na Rua dos Bacalhoeiros, só com a presença do embaixador chinês e, pela Câmara de Lisboa, o Carmona, o Fontão de Carvalho (vice-presidente) e o embaixador (sabiam que a Câmara tem um?!).
Muitas declarações, muitas garantias de que os restaurantes chineses são muito bons e depois comidinha... nada!
Os senhores jantaram - tudo e mais alguma coisa - e os jornalistas que se f*&%#...
A Joana - que ia toda feita a pensar que ia jantar um grande repasto chinês e que por isso não comia nada desde o lanche - chegou ao balcão e pediu um chop suey de gambas (desculpa, JM, ainda não foi desta!) .
A dose chegou em menos de cinco minutos e eu mudei de ideias - sentei-me e, enquanto conversava com uns colegas da SIC, lá se foi o chop suey.
Quando fui pagar, recebi esta resposta: "Patlão está pago!".
Ok, agradece aí ao patlão forreta.
Os gajos lá em cima a comer lagosta e eu contentei-me com um chop suey - que nem sequer estava nada de especial...
Jornalista sofre!
JH
terça-feira, junho 27, 2006
O tapete joaninhas
Quando vemos listagens de nomes de pessoas, há sempre uns e outros muito estranhos que nos fazem rir. Mas é engraçado ter um nome associado a um bichinho que é simpático e está associado ao ambiente saudável e naturalmente biológico (só se encontram joaninhas em locais sem poluição e pesticidas). Cultivo o gosto com alguns acessórios.
Quem nos visitar fica a conhecer o nosso tapete!
JM
Quem nos visitar fica a conhecer o nosso tapete!
JM
segunda-feira, junho 26, 2006
Chinesices (comentado)
Respeito a tua opinião, como é óbvio, mas faz-me comichão as ideias fixas.
A mania de que os restaurantes são todos iguais, que a comida e ementa é sempre a mesma.
Quem puder que experimente o do casino, que é mais fiel ao oriente. Eu nunca fui mas a minha mãe confirma.
Mas já comi no outro lado do mundo e sei que quase nada tem a ver.
Pelo menos variem da galinha com amêndoas, porco doce e pato à pequim!
Experimentem cogumelos chineses, bambu, algas (são alfaces do mar!), rebentos de soja, líchias, rambutan...
Se conhecesse um local onde houvesse Dim Sum... que maravilha! Só é preciso perceber o que se está a comer para se escolher o que se gosta mais. A Mafalda confirma que é do melhor!
Tenho saudades de comida chinesa. Isto de estar a viver sem a mamã também tem as suas desvantagens...
A comida japonesa é considerada muito mais fancy... Não conjuga conjuga com a máxima de que para aqueles lados são todos iguais! Orientem-se!
:oD
JM
A mania de que os restaurantes são todos iguais, que a comida e ementa é sempre a mesma.
Quem puder que experimente o do casino, que é mais fiel ao oriente. Eu nunca fui mas a minha mãe confirma.
Mas já comi no outro lado do mundo e sei que quase nada tem a ver.
Pelo menos variem da galinha com amêndoas, porco doce e pato à pequim!
Experimentem cogumelos chineses, bambu, algas (são alfaces do mar!), rebentos de soja, líchias, rambutan...
Se conhecesse um local onde houvesse Dim Sum... que maravilha! Só é preciso perceber o que se está a comer para se escolher o que se gosta mais. A Mafalda confirma que é do melhor!
Tenho saudades de comida chinesa. Isto de estar a viver sem a mamã também tem as suas desvantagens...
A comida japonesa é considerada muito mais fancy... Não conjuga conjuga com a máxima de que para aqueles lados são todos iguais! Orientem-se!
:oD
JM
Orgulho nacional
Outros desportos deveriam ser mais valorizados. Temos a Vanessa Fernandes a ganhar triatlos por várias vezes em diversas competições e pouco se fala! Para não falar dos jogos paralímpicos em que ganhamos sempre várias medalhas de ouro, sempre mais que nos jogos mais populares, com atletas completos e financiados.
Mas o aspecto cultural conta muito e o futebol é o desporto rei que arrasta a sociedade.
Quero uma tshirt de PT que seja bonita! Já vi umas pessoas com umas tshirts verdes ou vermelhas e com a esfera armilar em grande. Onde se compram?
É o orgulho, aliado ao reconhecimento de que se fazem manhas, simulações e faltas desnecessárias. Qual putos em idade escolar, facilmente perdem o controlo e começam aos empurrões e pancada (não vi a cabeçada do Figo!).
Enfim, espero que o jogo de sábado seja tão emocionante como o do Euro2004, com o mesmo resultado vencedor, claro.
Será que devia colocar outra bandeira? Pelo menos compôr esta, era falta de fio...
JM
Mas o aspecto cultural conta muito e o futebol é o desporto rei que arrasta a sociedade.
Quero uma tshirt de PT que seja bonita! Já vi umas pessoas com umas tshirts verdes ou vermelhas e com a esfera armilar em grande. Onde se compram?
É o orgulho, aliado ao reconhecimento de que se fazem manhas, simulações e faltas desnecessárias. Qual putos em idade escolar, facilmente perdem o controlo e começam aos empurrões e pancada (não vi a cabeçada do Figo!).
Enfim, espero que o jogo de sábado seja tão emocionante como o do Euro2004, com o mesmo resultado vencedor, claro.
Será que devia colocar outra bandeira? Pelo menos compôr esta, era falta de fio...
JM
Chinesices
Amanhã vou fazer a cobertura de um jantar promovido por restaurantes chineses para "limpar a imagem", depois das imagens desgraçadas que as tvs passaram em Março durante as inspecções da ASAE.
O presidente da Câmara de Lisboa e diplomatas vão estar neste jantar, que se adivinha um verdadeiro banquete, com múltiplos pratos para mostrar que os chineses são muito asseadinhos.
Para amanhã prometo a descrição minuciosa do festim chinês.
Se não tiver apanhado uma intoxicação alimentar, claro!
(ehehehehe - depois deste post, a Joana mata-me!!!!)
JH
O presidente da Câmara de Lisboa e diplomatas vão estar neste jantar, que se adivinha um verdadeiro banquete, com múltiplos pratos para mostrar que os chineses são muito asseadinhos.
Para amanhã prometo a descrição minuciosa do festim chinês.
Se não tiver apanhado uma intoxicação alimentar, claro!
(ehehehehe - depois deste post, a Joana mata-me!!!!)
JH
quarta-feira, junho 21, 2006
Ao telefone
- Boa tarde! Sou jornalista da Agência Lusa. Queria falar com o senhor presidente, por favor.
- (depois de um silêncio) Da República?
- Da República? Não, da Junta de Freguesia de Alcântara.
- Mas é que ligou para a Presidência da República.
- Ah, foi engano. Desculpe.
(gargalhada geral na redacção. e só voltei de férias há três dias...)
JH
- (depois de um silêncio) Da República?
- Da República? Não, da Junta de Freguesia de Alcântara.
- Mas é que ligou para a Presidência da República.
- Ah, foi engano. Desculpe.
(gargalhada geral na redacção. e só voltei de férias há três dias...)
JH
segunda-feira, junho 19, 2006
A rentrée
Depois das férias custa sempre, mas hoje custou menos do que no regresso após NY. Provavelmente foi porque as férias não foram especialmente marcantes ou sensacionais.
Fui para o Brasil com os papás, Salvador, Bahia. Muita comida boa, muito doce, muito pesada, excelentes frutas, sucos, côcos. Mas infelizmente choveu todos os dias, só fez sol durante umas 4h durante a semana toda. De modo que nem deu para um único mergulho, nem na piscina nem na praia. Raio da chuva!
Para os próximos dias relato as curiosidades que detectei na cidade, nos brasileiros, no ambiente, nos costumes. Acho piada a estas crónicas.
Ninguém me quer contratar? Eu viajo e depois retrato os locais, pessoas e culturas! Eu gostava, hehehe.
Acho que por cá foi o mesmo, chuva para o pessoal. Mas hoje... calor! Oh S. Pedro, és responsável pela "depressão" dos tugas na semana passada e nesta que começa!
No próximo fds vai fazer sol, não vai? A começar na 6f! Please!
JM
Fui para o Brasil com os papás, Salvador, Bahia. Muita comida boa, muito doce, muito pesada, excelentes frutas, sucos, côcos. Mas infelizmente choveu todos os dias, só fez sol durante umas 4h durante a semana toda. De modo que nem deu para um único mergulho, nem na piscina nem na praia. Raio da chuva!
Para os próximos dias relato as curiosidades que detectei na cidade, nos brasileiros, no ambiente, nos costumes. Acho piada a estas crónicas.
Ninguém me quer contratar? Eu viajo e depois retrato os locais, pessoas e culturas! Eu gostava, hehehe.
Acho que por cá foi o mesmo, chuva para o pessoal. Mas hoje... calor! Oh S. Pedro, és responsável pela "depressão" dos tugas na semana passada e nesta que começa!
No próximo fds vai fazer sol, não vai? A começar na 6f! Please!
JM
sábado, junho 10, 2006
Caminho Primitivo?
Las Bienaventuranzas del peregrino.
1.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que el camino te abre los ojos a lo que no se ve.
2.
Bienaventurado eres, peregrino, si lo que más te preocupa no es llegar, sino llegar con los otros.
3.
Bienaventurado eres, peregrino, cuando contemplas el camino y lo descubres lleno de nombres y de amaneceres.
4.
Bienaventurado eres, peregrino, porque has descubierto que el auténtico camino comienza cuando se acaba.
5.
Bienaventurado eres, peregrino, si tu mochila se va vaciando de cosas y tu corazón no sabe dónde colgar tantas emociones.
6.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que un paso atrás para ayudar a otro vale más que cien hacia delante sin mirar a tu lado.
7.
Bienaventurado eres, peregrino, cuando te faltan palabras para agradecer todo lo que te sorprende en cada recodo del camino.
8.
Bienaventurado eres, peregrino, si buscas la verdad y haces de tu camino una vida y de tu vida un camino, en busca de quien es el Camino, la Verdad y la Vida.
9.
Bienaventurado eres, peregrino, si en el camino te encuentras contigo mismo y te regalas un tiempo sin prisas para no descuidar la imagen de tu corazón.
10.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que el camino tiene mucho de silencio; y el silencio, de oración; y la oración, de encuentro con el Padre que te espera.
Encontrei este texto num site sobre o Caminho de Santiago, enquanto recolhia informação sobre o Caminho Primitivo, que espero fazer em Outubro.
Faltam menos de 4 meses, que vão passar a correr.
Desta vez, tenho mesmo de me preparar fisicamente, porque são 330 km por montanhas, com etapas de 35 km num só dia. Mal posso esperar...
Estas "bem-aventuranças" fizeram muito sentido, para mim.
Recordo-me de, no último dia do Caminho Português (que eu e o Hugo começámos, em Valença, há precisamente um ano), o Alexandre, do Porto, e o Robert - um inglês que fez a Via da Prata, de 1.200 km - terem ficado à nossa espera, numa curva num bosque, para nos avisarem que ali havia uma fonte escondida de água fresca. Ante a iminência de entrar na Catedral, que estava a uns 4 km, eles preferiram ficar à nossa espera, só para nos dar essa boa novidade. (Água fresca é uma excelente notícia durante o Caminho... Aprendemos a ser felizes com as coisas mais básicas.)
Lembro-me também que nos desencontrámos das espanholas e do Robert, e que fizémos uma segunda entrada na Catedral só para podermos estar com eles.
Era bom estarmos ali com os nossos companheiros, que conhecíamos há dias, mas com quem partilhámos emoções tão especiais.
Uma peregrina, a Pilar, de Málaga, é companhia certa para o próximo caminho.
JH
1.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que el camino te abre los ojos a lo que no se ve.
2.
Bienaventurado eres, peregrino, si lo que más te preocupa no es llegar, sino llegar con los otros.
3.
Bienaventurado eres, peregrino, cuando contemplas el camino y lo descubres lleno de nombres y de amaneceres.
4.
Bienaventurado eres, peregrino, porque has descubierto que el auténtico camino comienza cuando se acaba.
5.
Bienaventurado eres, peregrino, si tu mochila se va vaciando de cosas y tu corazón no sabe dónde colgar tantas emociones.
6.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que un paso atrás para ayudar a otro vale más que cien hacia delante sin mirar a tu lado.
7.
Bienaventurado eres, peregrino, cuando te faltan palabras para agradecer todo lo que te sorprende en cada recodo del camino.
8.
Bienaventurado eres, peregrino, si buscas la verdad y haces de tu camino una vida y de tu vida un camino, en busca de quien es el Camino, la Verdad y la Vida.
9.
Bienaventurado eres, peregrino, si en el camino te encuentras contigo mismo y te regalas un tiempo sin prisas para no descuidar la imagen de tu corazón.
10.
Bienaventurado eres, peregrino, si descubres que el camino tiene mucho de silencio; y el silencio, de oración; y la oración, de encuentro con el Padre que te espera.
Encontrei este texto num site sobre o Caminho de Santiago, enquanto recolhia informação sobre o Caminho Primitivo, que espero fazer em Outubro.
Faltam menos de 4 meses, que vão passar a correr.
Desta vez, tenho mesmo de me preparar fisicamente, porque são 330 km por montanhas, com etapas de 35 km num só dia. Mal posso esperar...
Estas "bem-aventuranças" fizeram muito sentido, para mim.
Recordo-me de, no último dia do Caminho Português (que eu e o Hugo começámos, em Valença, há precisamente um ano), o Alexandre, do Porto, e o Robert - um inglês que fez a Via da Prata, de 1.200 km - terem ficado à nossa espera, numa curva num bosque, para nos avisarem que ali havia uma fonte escondida de água fresca. Ante a iminência de entrar na Catedral, que estava a uns 4 km, eles preferiram ficar à nossa espera, só para nos dar essa boa novidade. (Água fresca é uma excelente notícia durante o Caminho... Aprendemos a ser felizes com as coisas mais básicas.)
Lembro-me também que nos desencontrámos das espanholas e do Robert, e que fizémos uma segunda entrada na Catedral só para podermos estar com eles.
Era bom estarmos ali com os nossos companheiros, que conhecíamos há dias, mas com quem partilhámos emoções tão especiais.
Uma peregrina, a Pilar, de Málaga, é companhia certa para o próximo caminho.
JH
sexta-feira, junho 09, 2006
Último post de NY
Antes de sair de Washington ainda fomos à descoberta do Pentágono, esse edifício tão característico e conhecido, cheio de seguranças e burocracias. Tirei fotos a partir do carro, espero não ser denunciada ou presa por isso. Ainda parámos mas disseram que não se podia fotografar, era proibido dentro da zona que era a “reserva não sei quê”.
A caminho de Philadelphia, vamos acompanhando as indicações da auto-estrada com os anúncios das marcas como “esta tem MacDonalds”, “esta não tem Starbucks” que dá sempre jeito. E é giro ver estações de serviço a meio da auto-estrada, que se torna perfeitamente adaptável para ambos os sentidos, entra-se é pela faixa da esquerda, mas poupa-se em infra-estruturas e recursos! Também possibilita a inversão de sentido, para quem está enganado, embora não saiba como lidam com as portagens. Aquilo era esquisito, ora ticket ou pagamento fixo de 2 e 3 dólares.
Descobrir uma cidade sem mapa nem indicações, com escassas imagens do filme e de concertos do Live Eight.
Em busca de um mapa, percebemos que não era preciso, o sentido de orientação funciona, a cidade é pequena, ruas direitas, numeradas e tinha uns sinais fantásticos e muito úteis que facilmente nos localizavam na área e ruas onde estávamos. Um exemplo a seguir!
Os donuts eram mais baratos!
Percebemos que tínhamos de ver o Liberty Bell, cheio de história e orgulho para os americanos, e fomos obrigados a tirar uma foto com os 2, em que se via claramente a “crack”, racha que silenciou o sino, para sempre, quando tocava por ocasião de um aniversário de um presidente.
Mais jardins, esquilos, gelados maravilhosos, organização e simpatia. (a nossa bandeira é a 3ª a contar da esquerda!)
No total fizemos 550milhas =~ 885,1392km, sem mapas de estradas e com o jeito desenrasca do tuga.
Agora vê-se a cidade de modo diferente quando aparece na tv, seja no CSI (que não vejo muito porque sou assumidamente impressionável por aquelas coisas que metem medo), no SATC ou nos filmes. A mesma sensação de quando se vêem novelas brasileiras e aparece o Rio de Janeiro.
Deviam ser destinos mais baratos e mais perto! Assim ia-se num fds para matar saudades…
Assim que cheguei (depois de dormir), bacalhau com grão! Tornou-se tradição familiar, depois de regresso de férias, onde geralmente se comem porcarias, nada com o típico amigo regado com muito azeite!
JM
A caminho de Philadelphia, vamos acompanhando as indicações da auto-estrada com os anúncios das marcas como “esta tem MacDonalds”, “esta não tem Starbucks” que dá sempre jeito. E é giro ver estações de serviço a meio da auto-estrada, que se torna perfeitamente adaptável para ambos os sentidos, entra-se é pela faixa da esquerda, mas poupa-se em infra-estruturas e recursos! Também possibilita a inversão de sentido, para quem está enganado, embora não saiba como lidam com as portagens. Aquilo era esquisito, ora ticket ou pagamento fixo de 2 e 3 dólares.
Descobrir uma cidade sem mapa nem indicações, com escassas imagens do filme e de concertos do Live Eight.
Em busca de um mapa, percebemos que não era preciso, o sentido de orientação funciona, a cidade é pequena, ruas direitas, numeradas e tinha uns sinais fantásticos e muito úteis que facilmente nos localizavam na área e ruas onde estávamos. Um exemplo a seguir!
Os donuts eram mais baratos!
Percebemos que tínhamos de ver o Liberty Bell, cheio de história e orgulho para os americanos, e fomos obrigados a tirar uma foto com os 2, em que se via claramente a “crack”, racha que silenciou o sino, para sempre, quando tocava por ocasião de um aniversário de um presidente.
Mais jardins, esquilos, gelados maravilhosos, organização e simpatia. (a nossa bandeira é a 3ª a contar da esquerda!)
No total fizemos 550milhas =~ 885,1392km, sem mapas de estradas e com o jeito desenrasca do tuga.
Agora vê-se a cidade de modo diferente quando aparece na tv, seja no CSI (que não vejo muito porque sou assumidamente impressionável por aquelas coisas que metem medo), no SATC ou nos filmes. A mesma sensação de quando se vêem novelas brasileiras e aparece o Rio de Janeiro.
Deviam ser destinos mais baratos e mais perto! Assim ia-se num fds para matar saudades…
Assim que cheguei (depois de dormir), bacalhau com grão! Tornou-se tradição familiar, depois de regresso de férias, onde geralmente se comem porcarias, nada com o típico amigo regado com muito azeite!
JM
quinta-feira, junho 08, 2006
Para a minha mana
Eis a voz do meu amado!
Ele aí vem, transpondo os montes, saltando sobre as colinas.
O meu amado é semelhante a uma gazela
ou ao filhinho da corça.
Ei-lo detrás do nosso muro,
a olhar pela janela, a espreitar através das grades.
O meu amado ergue a voz e diz-me:
"Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem.
Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos.
ao abrigo das encostas escarpadas,
mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz.
A tua voz é suave e o teu rosto é encantador".
O meu amado é para mim e eu sou para ele.
Ele disse-me:
"Grava-me como um selo no teu coração.
como um selo no teu braço,
porque o amor é forte como a morte
e a paixão é violenta como o abismo.
Os seus ardores são setas de fogo, são chamas do Senhor.
As águas torrenciais não podem apagar o amor,
nem os rios o podem submergir".
Leitura que vou fazer amanhã, na cerimónia do casamento da minha irmã, a quem desejo toda a felicidade do Mundo.
JH
Ele aí vem, transpondo os montes, saltando sobre as colinas.
O meu amado é semelhante a uma gazela
ou ao filhinho da corça.
Ei-lo detrás do nosso muro,
a olhar pela janela, a espreitar através das grades.
O meu amado ergue a voz e diz-me:
"Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem.
Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos.
ao abrigo das encostas escarpadas,
mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz.
A tua voz é suave e o teu rosto é encantador".
O meu amado é para mim e eu sou para ele.
Ele disse-me:
"Grava-me como um selo no teu coração.
como um selo no teu braço,
porque o amor é forte como a morte
e a paixão é violenta como o abismo.
Os seus ardores são setas de fogo, são chamas do Senhor.
As águas torrenciais não podem apagar o amor,
nem os rios o podem submergir".
Leitura que vou fazer amanhã, na cerimónia do casamento da minha irmã, a quem desejo toda a felicidade do Mundo.
JH
quarta-feira, junho 07, 2006
Washington DC
Chegámos a Washington e estacionámos com as moedas que tínhamos, que não chegavam para o tempo máximo e arriscámos uma multa. Os parquímetros eram “personalizados” ao lugar, e o tempo ia decaindo até chegar a zero. Portanto, sem papel ou talão dentro do carro com a hora limite, se o parquímetro estiver a zeros, não há desculpa!
As passadeiras para peões são fantásticas, têm dois ecrãs: um com o boneco que altera entre cor verde e vermelha, o outro regista os segundos que restam para os peões passarem com verde. É muito bom! Chegamos ao cruzamento ou a meio da estrada e sabemos precisamente quanto tempo temos para atravessar a rua. É a minha invenção citadina preferida! E dependendo das ruas, o tempo é maior ou mais reduzido até chegar o boneco vermelho. Queremos isto em Lisboa!
Conseguimos dar com o turismo, cheio de segurança e polícias, detector de metais, revista a toda a gente que passa. As ruas são também muito paralelas e perpendiculares, mas para além de serem nomeadas com números, também tinham letras, Avenida B, Rua J.
A cidade é cheia de monumentos, parece que foi construída toda ao mesmo tempo com edifícios grandiosos, ministérios a parecer a assembleia da república, museus imponentes, jardins saudáveis, espaços verdes e harmoniosos. Ao mesmo tempo que é toda certinha e regular, homogénea, também lhe falta a componente cosmopolita que NY tanto revela. Mas a sobriedade coincide com o carácter sério da cidade, governo, conselhos, tribunais, presidência, memoriais.
Vimos a casa branca, o obelisco, o memorial do Lincoln, o Capitólio, memoriais, mil monumentos brancos e imaculados.
Entre o Lincoln e o Capitólio, a extensão de espaço verde estava quase inteiramente ocupada por jovens, estudantes, famílias e grupos de pessoas a apanhar sol, brincar, em equipas mistas, baseball, raquetes, kickball… O “misto” era frequente, rapazes e raparigas a jogar em conjunto, sem aquela ideia do “ai raparigas não, são fracas”. O kickball… não percebemos bem mas envolvia obviamente pontapés numa bola. Parecia baseball com chuto do pé em vez de tacada na bola. Mas é uma coisa levada a sério! www.kickball.com
Terminámos o dia com muitos quilómetros nas pernas e a morrer de fome. Numa estação de comboios com lojas e ambiente muito agradável, jantámos iguarias asiáticas. As lojas fechavam cedo e fiquei com a ideia de que a cidade vivia mais para o trabalho, levantar cedo e deitar cedo!
As passadeiras para peões são fantásticas, têm dois ecrãs: um com o boneco que altera entre cor verde e vermelha, o outro regista os segundos que restam para os peões passarem com verde. É muito bom! Chegamos ao cruzamento ou a meio da estrada e sabemos precisamente quanto tempo temos para atravessar a rua. É a minha invenção citadina preferida! E dependendo das ruas, o tempo é maior ou mais reduzido até chegar o boneco vermelho. Queremos isto em Lisboa!
Conseguimos dar com o turismo, cheio de segurança e polícias, detector de metais, revista a toda a gente que passa. As ruas são também muito paralelas e perpendiculares, mas para além de serem nomeadas com números, também tinham letras, Avenida B, Rua J.
A cidade é cheia de monumentos, parece que foi construída toda ao mesmo tempo com edifícios grandiosos, ministérios a parecer a assembleia da república, museus imponentes, jardins saudáveis, espaços verdes e harmoniosos. Ao mesmo tempo que é toda certinha e regular, homogénea, também lhe falta a componente cosmopolita que NY tanto revela. Mas a sobriedade coincide com o carácter sério da cidade, governo, conselhos, tribunais, presidência, memoriais.
Vimos a casa branca, o obelisco, o memorial do Lincoln, o Capitólio, memoriais, mil monumentos brancos e imaculados.
Entre o Lincoln e o Capitólio, a extensão de espaço verde estava quase inteiramente ocupada por jovens, estudantes, famílias e grupos de pessoas a apanhar sol, brincar, em equipas mistas, baseball, raquetes, kickball… O “misto” era frequente, rapazes e raparigas a jogar em conjunto, sem aquela ideia do “ai raparigas não, são fracas”. O kickball… não percebemos bem mas envolvia obviamente pontapés numa bola. Parecia baseball com chuto do pé em vez de tacada na bola. Mas é uma coisa levada a sério! www.kickball.com
Terminámos o dia com muitos quilómetros nas pernas e a morrer de fome. Numa estação de comboios com lojas e ambiente muito agradável, jantámos iguarias asiáticas. As lojas fechavam cedo e fiquei com a ideia de que a cidade vivia mais para o trabalho, levantar cedo e deitar cedo!
JM
domingo, junho 04, 2006
Estivémos lá! (RiR)
Os festivais de Verão, o calor, a música, o pó, as jolas fresquinhas, o convívio, o pó, a malta jovem, dançar ao ar livre e o pó.
Ontem fui ao Rock in Rio e gostei! Os bilhetes eram caros mas o pai Mota ganhou um com uma frase da Sagres Shoppe e conseguiu arranjar outros para as filhotas e respectivos.
O espaço é enorme, mas havia muita gente. E muito pó, pois claro. Copázios de meio litro de cerveja, muitos patrocínios com passatempos e oferta de brindes, muita malta com cabeleiras rosa do BCP, cabelos com penteados estranhos e com cores, pufs e dedos indicadores insufláveis.
Foi giro, o ambiente era muito fixe, estava calor e sabe bem dançar e ouvir música ao ar livre.
A casa de Lego do MSV com a Dra Mafalda a coordenar as operações de montagem (e desmontagem) da casa.
Para quem gosta de aviões, este local era espectacular. Os aviões passavam mesmo por cima de nós e aterravam na pista que aqui se vê (atrás do camião). Via-se a pista toda e a aterragem toda... Muito fixe!
Tenda electrónica. Obviamente que a Mafalda estava a beber sumol e eu pepsi!
E agora queria ir ao SuperBock mas... quem raio teve a ideia de programar o festival para meio da semana? A malta trabalhadora sofre!
JM
Ontem fui ao Rock in Rio e gostei! Os bilhetes eram caros mas o pai Mota ganhou um com uma frase da Sagres Shoppe e conseguiu arranjar outros para as filhotas e respectivos.
O espaço é enorme, mas havia muita gente. E muito pó, pois claro. Copázios de meio litro de cerveja, muitos patrocínios com passatempos e oferta de brindes, muita malta com cabeleiras rosa do BCP, cabelos com penteados estranhos e com cores, pufs e dedos indicadores insufláveis.
Foi giro, o ambiente era muito fixe, estava calor e sabe bem dançar e ouvir música ao ar livre.
A casa de Lego do MSV com a Dra Mafalda a coordenar as operações de montagem (e desmontagem) da casa.
Para quem gosta de aviões, este local era espectacular. Os aviões passavam mesmo por cima de nós e aterravam na pista que aqui se vê (atrás do camião). Via-se a pista toda e a aterragem toda... Muito fixe!
Tenda electrónica. Obviamente que a Mafalda estava a beber sumol e eu pepsi!
E agora queria ir ao SuperBock mas... quem raio teve a ideia de programar o festival para meio da semana? A malta trabalhadora sofre!
JM
quinta-feira, junho 01, 2006
Feira do Livro
Ontem fui cumprir o hábito de há muitos anos, ir à feira do Livro. Os stands vão aumentando, diminuindo, mais para cima ou para baixo, mais cedo ou tarde no calendário, com mais calor de dia ou fresco da noite.
Livros, ler, folhear, capa dura, capa flexível, novos, usados, em saldo.
Tive de comprar mais uns livros para acrescentar à minha extensa lista e prateleira de fila de espera. Cada vez que compro um… vou ler! Depois tenho de o arrumar e vejo os outros companheiros, tristes por ainda não terem sido lidos. Uns romances, outros técnicos, de contos, capítulos, mais ilustrados, biografias, de um certo autor preferido, os clássicos. Tenho mais de 20 livros em fila de espera e continuo a comprar mais…
JM
Livros, ler, folhear, capa dura, capa flexível, novos, usados, em saldo.
Tive de comprar mais uns livros para acrescentar à minha extensa lista e prateleira de fila de espera. Cada vez que compro um… vou ler! Depois tenho de o arrumar e vejo os outros companheiros, tristes por ainda não terem sido lidos. Uns romances, outros técnicos, de contos, capítulos, mais ilustrados, biografias, de um certo autor preferido, os clássicos. Tenho mais de 20 livros em fila de espera e continuo a comprar mais…
JM
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