domingo, outubro 30, 2005

Está decidido: vamos voltar a Santiago.

Mudou a hora.

Gosto quando atrasamos os relógios. Aquela sensação de pôr o relógio a andar pra trás durante a noite, e ficarmos a saber que temos mais uma hora pra estar no quentinho... Hum, tão bom!
Agora, há uma coisa que me faz uma confusão danada. O Hugo tem um vídeo que tem sempre uma hora a mais que a real, e apesar das muitas tentatativas, é impossível pôr a hora certa. O pior é que, quando muda a hora, duas vezes por ano, o cabrão adivinha e também muda. Mas muda mal. Desta vez avançou uma hora em vez de atrasar, por isso agora mostra duas horas a mais.
Olha, acabei de reparar que o meu pc também mudou a hora sozinho! Outro!
Algum génio me explica quem é que os avisa?!
JH.

sábado, outubro 29, 2005

We're so over we need a new word for over.

É uma frase que a Carrie diz ao Mr. Big na sala de espera do hospital onde está a Natacha, depois de se ter magoado numa queda nas escadas. Natacha volta mais cedo das férias na praia e encontra a Carrie em sua casa, que tinha voltado para o Mr. Big, apesar de namorar com o Aidan. Carrie desce as escadas do prédio do Big a correr, e a Natacha persegue-a, mas cai e magoa-se na boca. Carrie não consegue virar as costas e leva-a ao hospital.
E ali, na sala de espera, acaba tudo com o Mr. Big.
Mesmo depois de estar tudo terminado, Carrie conta a verdade ao Aidan, que se vai embora. E é um dos mais tristes momentos do "Sexo e a Cidade", durante a cerimónia de casamento da Charlotte. Para mim, que defendo sempre o Aidan. So loveable... Tenho uma tendência para as histórias trágicas e partilho a dor dos doentes de amor.
Mas esta frase é uma ideia que sempre me fez pensar. A ideia de que já não há mais nada a dizer um ao outro. Em que já se está para além das palavras, dos sentimentos, dos gestos. Mas a pergunta é: como é que se chegou aqui?
JH.

Bom dia!

Bom dia!
É sábado, está frio, mas eu não me importo, porque estou de férias!
O terramoto já acabou, mas na sexta-feira ainda fez estragos na minha vida.
Fui à posse - sim, Bil, eu não escrevo tomada de posse, já sei que é redundante - do Carmona. CAOS!
Centenas de pessoas - estavas lá, Mafalda?! não te consegui ver no meio daquela confusão - a multiplicarem-se em cumprimentos. Mas quem é aquela gente toda?
Instalei-me no gabinete do assessor da cml e escrevi de lá 3 notícias. uff... Saí com muito pouca paciência para rever os textos do terramoto com a devida atenção. Desculpa, Pi!
Agora é altura de parar, respirar fundo e aproveitar o descanso. Mas não desapareço durante muito tempo...
JH.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Filme "Les Poupées Russes"

Sou muito a favor de ir ao cinema, para descontrair, aprender e surpreender os nossos pensamentos. Também recomendo algumas das centenas séries de TV, que a FNAC (essa grande loja) tem à disposição.
O filme desta semana foi "As bonecas russas". À primeira leitura, o título é bastante enganador, não inspira muita confiança. Se pensarmos nas matrioscas, aquelas bonecas russas (pois então) que estão umas dentro das outras e que estamos sempre na expectativa de saber quando é a última, a mais pequenina. Se disser que é a continuação de "A Residência Espanhola" então acho que já ganho mais adeptos.
Para quem queria ter a experiência de erasmus é a escolha certa para ficar com inveja e rir com as aventuras e desgraças dos outros. Talvez se adeque à nossa situação actual ou à futura a curto prazo. A vida muda, acontecem muitas coisas, alegrias e tristezas, dúvidas e incertezas. Mas os amigos ficam!
As críticas dos críticos são sempre díspares, raramente chegam a um consenso. Talvez se explique pelo dizer "Gostos não se discutem!" e "Se todos gostássemos do mesmo, coitado do amarelo", ??? porquê o amarelo?
Recomendo!
JM

Eu, ME, Je, Wo

Olá! Achei que devia apresentar-me perante a nossa potencial audiência.
Tenho 24 anos, sempre vivi nessa bela terra (hoje cidade) Costa da Caparica. Sim, fica na Margem Sul, esse lugar que os lisboetas acham tão distante mas demoram o mesmo tempo que eu a chegar ao trabalho... Um lugar muito mais calmo, com muito menos poluição do ar e sonora, com o belo do mar a 5mins de casa e os passarinhos em vez dos apitos dos carros.
Sou mistura de tuga com chinoca, toda a vida me chamaram "chinesa" e sempre odiei esse comentário dito com alguma diferença. Como se eu fosse mesmo amarela, falasse de certeza chinês, comesse comida chinesa todos os dias em casa e sempre com pauzinhos, como se soubesse todas as artes marciais e conhecesse toda a China... De facto, em quase todas as refeições caseiras aparece o arroz, mas também há a soupa de legumes que de chinês não tem nada. E a mania de dizer"arigato" e outras coisas nipónicas quando o japonês nada tem a ver com o chinês?
Estudei na Anselmo como a Joana, mas já nos conhecíamos antes da C+S da Costa da Caparica, que hoje se chamaqualquer coisa como EB 2 3 da Costa da Caparica. Estreámos a escola que já fez 10 anos. Essa passagem pelos teens, a dúvidas existenciais, os amores iniciados...
Licenciei-me no curso de Engenharia Informática e de Computadores tirado com muito sofrimento no Instituto Superior Técnico. Orgulho-me de ter feito o curso em 5 anos num tema que não é de certeza a minha preferência. Odeio programar!
Adoro viajar. E se não fiz erasmus para não perder um ano, agora estou a fazer os possíveis para ir lá para fora uns tempos. Trabalhar, estudar, viver... é um sonho que quero realizar!
Isto não é o da Joana! É o das Joanas!
JM

quinta-feira, outubro 27, 2005

R.I.P.

Vais acabar em Dezembro, diz o Público de hoje. Não se pode dizer que seja uma notícia totalmente inesperada. Há muito que assistíamos às crónicas desta morte anunciada. Desde logo quando emagreceste e começaste a aparecer todas as semanas em nossas casas. E ainda por cima não tínhamos de pagar nada por ti, porque vinhas, coitadinha, agarrada a dois jornais de referência ao sábado, que eu, aliás, comecei a comprar só para te ter. Ainda por cima não tínhamos de pagar nada por ti. E isso, nesta sociedade consumista, é o mesmo que não dar valor às coisas.
O Expresso é bom, custa três euros. A Grande Reportagem sai com o DN e o JN.
Apesar de não seres mais a mesma Grande Reportagem que eu comprei anos a fio.
Lembrei-me agora do Pedro Loureiro, o fotógrafo que embelezava as tuas páginas e que eu conheci no Creoula. O que será feito dele, quando tu não fores mais que uma recordação? E do Joel Neto, o fã do Sporting que detestava o Peseiro, e que eu conheci uma vez na Assembleia da República, quando ele preparava uma peça sobre aquela gente...
Foi por tua causa que eu comecei a admirar o Miguel Sousa Tavares e, depois, o Francisco José Viegas. Um já descobri, falta-me o outro...
Alguns artigos pioraram quando passaste a semanal, a Cidália compensou um bocadinho. Mas eu tinha uma relação afectiva contigo e por isso não te quis abandonar, como muitos fizeram, quando mudaste. E agora mataram-te. E eu estou triste, pronto.
A outra má notícia que o Público hoje traz - além de que não posso comer ovos estrelados nem mexidos, maionese caseira, mousse ou salame por causa da gripe das aves - é que o DNA pode ser reformulado, extinto ou ficar como está. Isto dito assim não é nada, porque na prática todos os cenários são possíveis, mas uma coisa é certa. Andam a pensar em mexer nele. E isso não é bom.
JH.

O Dia do Terramoto

E o Terramoto entrou na minha vida... assim, com letra maiúscula e tudo. É oficial...
Desde a semana passada que só penso no terramoto por causa de quatro peças que têm de estar prontas amanhã à tarde. E eu ainda ando nas entrevistas...
Os efeitos da catástrofe estenderam-se ao meu quarto, que parece a Baixa depois dos sismos, do tsunami e dos incêndios. O que vale é que sábado isto acaba tudo e depois só tenho de esperar 50 anos para voltar a escrever tudo de novo na altura dos 300 anos após o Terramoto.
JH.

quarta-feira, outubro 26, 2005

O mundo Blog

Porque gostamos de escrever!

Anselmo, meu Amor

Os profs da Anselmo pediram-me (através da minha mãe... ) que escrevesse um pequeno texto sobre mim e a minha relação com a escola, para editar no jornal deles. Até me esqueci da tarefa durante alguns dias, mas anteontem lembrei-me de repente que tinha de escrevê-lo e, mesmo em cima da mesa de jantar, na cozinha, arredei os pratos ainda com restos de comida e escrevi isto, assim, tudo de enfiada. Efeitos retardados do SPM, diria eu. E aqui vai:

Da “Anselmo”, escola onde fiz o secundário entre 1995 e 1998, recordo principalmente o orgulho que sentia de aqui estudar. Era frequente perguntarem-me se estudava na “Anselmo”, como se nós, os alunos, tivéssemos uma marca invisível que nos identificava.
Acreditava na altura, e ainda acredito, que me faziam esta pergunta só para confirmar, porque a “marca” estava evidente na minha formação… e não por me acharem uma betinha!
Da “Anselmo”, recordo a simpática psicóloga, a doutora Julieta, que ainda no 9º ano, me ajudou a escolher a área que eu iria seguir. Grande aptidão para Matemática e para Humanidades, revelaram os testes psicotécnicos. E eu preferi a segunda hipótese, porque sempre me imaginei em “Letras”, apesar de hesitar na escolha da profissão: advogada, psicóloga ou jornalista?
Recordo também as minhas incursões na associação de estudantes, dos meus colegas e amigos, que às vezes encontro nesta fase de “adultos”. Uns são advogados, outros enveredaram pela psicologia ou pela assistência social. Há dias encontrei o João, que acompanhava como estagiário do Correio da Manhã uma visita do Santana Lopes…
Lembro-me da minha querida professora Helena Cruz, que me avivou o gosto pela História. Da bem-disposta professora Isabel Amaro, que entrava na sala a exigir que abríssemos as janelas todas, e que me contagiou com a paixão pelo Português. Das amáveis professoras de Alemão, Inês Pereira e Gracinda Dias, a quem eu pedia que me ensinassem a pronunciar este meu apelido germânico que ainda hoje me dá tanto trabalho a soletrar. Das afáveis professoras de Geografia, do professor Fontes Rosa, a disciplina de que eu menos gostava, apesar de não dispensar as minhas aulas de aeróbica no ginásio. Do professor substituto de Métodos Quantitativos, cujo nome esqueci, que repetia à exaustão “desmistifiquem isto”. E do recentemente desaparecido professor de Inglês, José Luís Gageiro, com o seu humor e sarcasmo tipicamente “british”, que me desafiava constantemente a superar os meus próprios limites e a quem devo o hábito de distinguir as matérias por cores, o que transformava as folhas dos meus cadernos em arco-íris.
Lembro-me também das funcionárias, em especial da Paula da reprografia, que tirava centenas de fotocópias das enciclopédias da biblioteca quando eu metia na cabeça que havia de fazer um trabalho de história que mais parecia uma tese de mestrado.
Oito anos após ter saído da “Anselmo”, é com alegria que aqui regresso por vezes, quando um professor me convida para falar da minha (ainda pouca) experiência no jornalismo, e aproveito para cumprimentar algumas das pessoas que me ajudaram a ser quem sou hoje.

Ó pra nós

Bom dia! Já temos foto!
:)
JH.

terça-feira, outubro 25, 2005

O meu primeiro post

As mãos transpiram de ansiedade. A respiração torna-se mais ofegante. Os dedos hesitam sobre as teclas do laptop que a empresa lhe ofereceu. E se eu não conseguir? E se não tiver ideias? E se não tiver mesmo nada de jeito para escrever?
Então isto vai ser assim: eu e a Joana vamos escrever aqui, como ela prometeu, "tudo o que nos vier à cabeça". Mas mesmo tudo... Até já.
JH.