quinta-feira, março 31, 2016

RJ – Tour centro histórico p2

Passámos por uma casa onde viveu a Carmen Miranda, que talvez venha a ser transformada em museu. Atravessámos os arcos do Telles e chegámos à praça XV de Novembro (proclamação da República do Brasil), onde tem o chafariz do mestre Valentim e onde chegavam as embarcações para entrar na cidade. O edifício mais importante é o Paço Imperial (já foi Paço Real quando chegou a família real portuguesa, Palácio dos Governadores e Casa da Moeda), o 1º edifício a ter vidro nas janelas. Palco do discurso famoso com a assinatura da Lei Áurea, quando a princesa Isabel libertou os escravos.
Nos tempos “áureos”, o nosso mundo era constituído por: Portugal continental, Açores, Madeira, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Rio de Janeiro, Moçambique, Damião e Diu, Goa, Macau e Timor...
Passámos pelo edifício da Assembleia e entrámos na igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo, com umas pinturas muito bonitas. E também se viam muitos mosaicos coloridos e originais no pavimento.
Passámos por um sítio onde tinha “resíduos mortais de Pedro Álvares Cabral”… como? Um pé, uma mão, um pedaço de barriga?...
Depois de passar na praça Tiradentes (onde tem uma estátua equestre com D. Pedro I), fomos até à Catedral de S. Sebastião, que já tinha visitado antes, mas desta vez com guia faz sempre diferença para curiosidades e fotos em pontos estratégicos. 

quarta-feira, março 30, 2016

RJ – Tour centro histórico p1

Ora então Pedro Álvares Cabral chegou aoBrasil em 1500, foi o que aprendemos na escola. E depois? O Rio de Janeiro vem de ser o 1º de Janeiro e supostamente uma Ria, na verdade a baía de Guanabara, termo geográfico desconhecido em alguns sítios, que passou a ser Rio. Extração de pau-brasil, cultivo de cana-de-açúcar, ouro… 1808 a corte portuguesa foge para o Brasil, depois fez parte do Reino, depois independente com o imperador D. Pedro, depois República
O Rio tem muitas atrações turísticas e passeios organizados possíveis, mas há pouca procura e conhecimento do tour do centro histórico. A empresa rio máximo tinha sido recomendada mas a reserva não correu muito bem, 2 vezes... Primeiro tentámos reservar por telefone e parecia ok, mas depois tinha de se pagar na agência no dia antes, informação mal comunicada, manhã de planos trocados. Fomos lá Domingo para pagar, esperámos que nos fossem buscar na 2f cedo e… esperámos… depois de ligar, tinham-se esquecido de nós, “erro de sistema”… Mas nós fomos de propósito à agência marcar e pagar, ontem!!! Lá convenci a sra a vir-nos buscar, mesmo tarde, e juntámo-nos ao grupo, que era só de um casal. Eles tinham começado por um sítio e nós terminámos por lá, a guia Kathia Waleria era muito simpática e não sentimos que nos apressasse o tour por causa do erro da agência.
Ora bem, começámos na zona do porto, onde na semana anterior, pelo carnaval, tinham estado uns 8 cruzeiros ao mesmo tempo. O Museu do Amanhã (projectado por Santiago de Calatrava) faz lembrar uma espinha de peixe, mas supostamente é inspirado por uma planta bromélia. Ainda na praça Mauá está o MAR, museu de arte do Rio. Os Jogos Olímpicos estão quase, as letras são alegres. Estava um calor de uns 40…
Entrámos na rua 1º de Março (antiga Rua Direita, a mais antiga do Rio e a mais importante no séc XIX) onde tem o Banco do Brasil (com o Centro Cultural do Banco do Brasil), pelo Centro Cultural dos Correios e entrámos na igreja da Candelária. Conhecia por causa da notícia associada ao homicídio de meninos de rua em 1993, embora a guia desfizesse a ideia e explicado que a história passada pelos jornais não era a verdadeira… milícias, avisos, exemplo para o bairro. E depois disso esteve tudo calmo durante uns tempos…
Na igreja da Nossa Sra da Lapa dos Mercadores, a figura da santa tinha sido atingida por uma granada e só perdeu uns dedos, aparentemente a granada não explodiu.
Esta igreja tinha balcões, como no teatro/ ópera e a guia disse que era para os políticos serem vistos e discutirem ideias, ou serem vistos, já que não tinham visibilidade para o altar...

terça-feira, março 29, 2016

RJ – Vista Chinesa e mesa do Imperador

Nunca tinha ouvido falar na Vista Chinesa até a minha amiga sugerir. Da 1ª vez tentámos ir logo a seguir ao almoço do Rubaiyat, mas havia um acidente e o carro não avançava. Depois de uma pausa em casa, apanhámos novo táxi, cujo motorista disse que sim, sabia onde era. Mas depois o caminho não estava a coincidir com o conhecimento e com o que o telemóvel indicava e ele lá anuiu que não sabia onde era, coitado. Era honesto e inocente, e por iniciativa dele, fez reset ao taxímetro, pediu desculpa e lá chegámos finalmente, após mega desvio.
Fica na Floresta da Tijuca, que merecia mais tempo e visita pelas grutas, cachoeiras, cascatas, morros, jardins, percursos pedestres… mas com receio dos mosquitos, não explorámos muito. 
Houve uma tentativa de plantar chá no Brasil e trouxeram chinocas de Macau para o cultivo. Sem grande sucesso, viraram-se para outros propósitos e obras, ficando a zona marcada com a presença oriental. A vista a partir do local onde está o pavilhão chinês (de argamassa mas a imitar bambu) é espectacular, de uma dimensão e beleza que não se consegue captar nas fotos de uma simples máquina. O Cristo, o Pão de Açúcar, a lagoa…
O taxista disse que nunca tinha ouvido falar e que voltaria com a família para lhes mostrar e tirar foto.

Um pouco mais acima fica a mesa do Imperador, onde a família imperial repousava dos passeios. A vista está mais escondida pela vegetação, mas não deixa de ser um local engraçado de ver, onde se imaginam as cortes a descansar noutros tempos e noutras roupas… com o calor de lá e sem tomarem banhos frequentes… muito abanar de leque e pó de talco para disfarçar?...

sexta-feira, março 25, 2016

RJ – Rubaiyat Rio

A reserva para o almoço no Rubaiyat teve de ser para as 14h porque ia passar um bloco carnavalesco pela rua. É onde fica o jardim botânico que merece uma tarde de visita, mas já tinha visitado antes. E com o zika, preferimos evitar zonas tropicais.
Olha o Cristo lá em cima de onde viémos!
O restaurante tem vista privilegiada para o jóquei clube, e tivemos a sorte de passarem uns cavaleiros em treino. E depois até passaram em corrida e tirei foto, e a mais umas coisas, mas acho que a máquina bateu em algum lado e perdi várias fotos… 
As entradas que vêm logo para a mesa têm pães de queijo e polvilho frescos, tomatinhos com mozzarella, chouriço/salame, queijo parmesão e fatias de courgette marinadas. Depois passa o sr com a cesta de pão que inclui sabores variados como pão com beterraba, tudo óptimo.
Há de tudo um pouco, mas mais uma vez reinam as carnes no menu, churrasco sumarento… uma picanha “pequena” para mim e a outra peça já não sei qual era. As batatas vêm “infladas”, não sei como o fazem. E uma salada com vários ingredientes, incluindo figos frescos.
As fotos da sobremesa são roubadas da net porque se perderam, mas as outras são originais. O mil-folhas é um must, com doce de leite, que se divide irmãmente e depois andamos a ver quem fica com a última garfada, que maravilha! O café vem cheio de coisinhas, bolinhos, chocolates, trufas, biscoitos…

O espaço é muito grande e agradável, ficámos na parte de fora com a vista privilegiada para o clube, mas lá dentro estava igualmente cheio com muita gente à espera. Estava lá um actor brasileiro das novelas com a família mas não lhe encontro o nome… 

quinta-feira, março 24, 2016

RJ – Mercado de artesanato

Depois do Corcovado ainda passámos no mercado de arte e artesanato de Ipanema, feira hippie, cheia de curiosidades locais, boa para souvenirs. É conhecido pelas várias bancas de pinturas coloridas, umas mais clássicas e outras mais abstractas. Bijuteria, cerâmica, couro, madeira, prata, tecidos, instrumentos musicais, esculturas… E tem as casinhas da Lapa a fazer lembrar casas antigas de bairro Lisboeta. 
Todos os Domingos na praça General Osório, catita e giro de explorar!

quarta-feira, março 23, 2016

RJ – Corcovado

Na visita anterior ao Rio fomos ao morro do Corcovado ver o Cristo, mas quando chegámos lá acima estava um nevoeiro tão intenso que nem conseguíamos ver a estátua, quanto mais a vista… Por isso desta vez estava nos planos voltar e, apesar de nunca ser garantido o bom tempo, reservámos no site para evitar fila e tivemos sorte. Chegámos antes da hora e a sra deu-nos bilhetes para o trem seguinte, embora haja ainda fila para essa viagem mas sabe-se que não serão horas de espera.
Sempre cheio de turistas, a subida faz-se pela locomotiva eléctrica centenária que atravessa a mata atlântica preservada do Parque Nacional da Tijuca.
Inaugurado em 1931, tem 38 metros em cima da elevação de 710m do Corcovado.
A vista é maravilhosa a 360 graus, a geografia do Rio é muito bonita.
A lagoa Rodrigo de Freitas é enorme, onde se vão disputar várias provas dos Jogos Olímpicos e que gere alguma preocupação junto dos atletas e é alvo de piada pela aparente poluição reportada pelos media.
Distinguem-se todas as baías e algumas zonas da cidade com pontos de interesse, por entre as centenas de turistas que tentam tirar as mesmas fotos. É vê-los deitados no chão para tentar apanhar a cara e o cristo, que não é uma tarefa fácil, também tentei sem me deitar no chão!
O jóquei clube e o novo estádio do Maracanã. Paira na cabeça a música que a TAP tinha no “entretenimento” a bordo, “de braçosabertos” (Mariza, Paulo Flores e Roberta Sá).

terça-feira, março 22, 2016

RJ – Santa Teresa

Depois do Aprazível, com algum (bastante) receio descemos a pé até ao Largo do Guimarães, mas de dia haverá menos assaltos (…).
Casas e restaurantes muito giros, típicos, o bairro de Santa Teresa lembra um Portugal rústico com a mistura da América do Sul, lojinhas de artesanato cheias de cores, bairro histórico com artistas e políticos.
E depois de perder um por estar muito cheio, e ter de “combater” outros turistas e locais a passarem à frente na fila desordenada, conseguimos entrar no bondi(nho), gratuito, quase o último do dia, que nos leva até à Lapa e passa por cima do aqueduto (virá o post).
É uma viagem muito gira, e vivamente recomendada. Mas melhor esperar na 1ª paragem, caso contrário vai cheio e não pára nas seguintes…

segunda-feira, março 21, 2016

RJ – Restaurante Aprazível

Já há muito tempo que não falava de comida… O Aprazível fica em Santa Teresa, cheio de ruas muito íngremes que um táxi cheio ou a perder o embalo tem dificuldade em subir. Uma vista maravilhosa, cheio de recantos mais privados para mesas em festa ou jantares de negócios, muito verde em todo o lado.
Couvert – pães artesanais feitos na casa, pizza branca, vinagrete de sarnambi, beringela agridoce (nota mental, tentar reproduzir um dia!) e manteiga.
Mix de pastéis – pastel de queijo Minas da Serra da Canastra, de linguiça mineira e linguiça calabresa. Acompanha chutney caseiro de tomate. Pastelinhos bons de queijooooo.
Polvo Carnaval – tentáculos de polvo grelhado sobre pesto de castanha de cajú. Acompanham batata rústica ao alecrim, legumes grelhados (tomate, abobrinha e beringela) e azeitonas, regados com azeite aromatizado de ervas frescas. Mais um polvo óptimo, desconhecia que era comum comer-se no Brasil.
Moquequinha do Rio – peixe do dia cozido em molho de leite de côco natural, dendê, tomate, pimentas e cebola. Acompanham pirão de peixe, arroz branco e farofinha de dendê com farinha d’água. Peixe muito fresco, uma panela de barro cheia de molho que ia muito bem com o arroz e a farofa… mas nunca mais acabava, era muito!
Bacalhau do pai – levíssimo pão-de-ló de batata, recheado com lascas de bacalhau, cebolas confit, tomate seco e azeitonas pretas. Acompanha pesto de tomate seco. Mais uma maneira de cozinhar bacalhau que desconhecia, fofinho e muito saboroso!
Goiaba do paraíso – cozida em calda de maracujá e especiarias, com sorvete de goiaba, regada com calda de goiaba e raspa de limão. É uma sobremesa de época mas estávamos na certa, venha a goiaba em todas as texturas!
Carimbó – sorvete de castanha do Pará com doce de cupuaçu. Escolhi esta porque desconhecia qualquer dos ingredientes, mas na realidade já não me cabia muito e não consegui terminar. Era bastante doce mas gulosa, precisava de mais um cantinho no estômago para acomodar…
a·pra·zí·vel, adjectivo de dois géneros: Que apraz; agradável.

Confirma-se, 5 estrelas!

sexta-feira, março 18, 2016

RJ – Praias

O objectivo das férias não era torrar na praia, fui 2xs por meia hora para dar o gosto ao pé descalço e os 1os mergulhos de mar. A 2ª vez foi no último dia, em que estava calmo, tinha peixinhos e deu para boiar calmamente, que saudades do Verão!
Vista bem enquadrada do morro dos dois irmãos, a partir do Arpoador (arpoavam-se baleias), um dos melhores sítios para ver o pôr-do-sol, talvez um dia veja.
Os famosos calçadões têm sempre cariocas a correr, caminhar, andar de bike, passear cães (sempre impecavelmente tratados, com cabeleireiros, roupas e carrinhos especiais para os fiéis amigos). E vários locais para exercícios, com barras e instruções.
O de Copacabana tem ondas, o de Ipanema tem outro desenho, com quadrados arredondados. Se há falta de calceteiros em Portugal, não sei como será no Brasil, mas estava bem conservado e é característico da cidade.
Já tinha ido ao Pão de Açúcar na 1ª visita ao Rio, por isso desta vez só o vi de longe. Num dos dias em que choveu ao fim do dia, aqueles dilúvios repentinos que não dava para escapar mesmo que estivéssemos a 5min de casa, o teleférico parou, tal era o vento e trovoada, não deve ter sido agradável para quem lá estava a meio do caminho pendurado…
Estátua-escultura de Tom Jobim.
Fiz questão de beber uma água de côco e depois em casa andei a esgravatar com uma colher para comer o interior :D
Este sr já não sei quem era, escritor…
Vista de Ipanema da outra ponta, depois do morro e favela do Vidigal vem S. Conrado e a Barra. Desta vez não fui à Barra e até gostava de ter visitado os estádios quase prontos (espera-se) para os Jogos Olímpicos, mas era mais longe, menos seguro e com focos de zika...

quinta-feira, março 17, 2016

RJ – Forte de Copacabana

O forte de Copacabana fica num ponto geográfico estratégico, com vista para as várias baías vizinhas, Copacabana de um lado, Arpoador, Ipanema e Leblon do outro.
Com algum receio de que os tugas atacassem o Brasil recém independente, construiu-se o forte artilhado com uns canhões em cúpula que impõem algum respeito, mesmo sabendo que não estão activos…
“Os tiros da artilharia do Forte eram anunciados pelo toque de uma sirene, para que os moradores das vizinhanças pudessem abrir as janelas de suas casas, para que as vidraças não quebrassem.”  
Os azulejos/ mosaicos do chão eram giros e dava para ver a enfermaria, lavatórios, camas e escritórios. Não visitei o museu do exército mas teria outras curiosidades como uma mecha de cabelos de Napoleão…

quarta-feira, março 16, 2016

RJ – Bistrô Zazá

O Zazá tinha sido duplamente recomendado e não desiludiu. Decoração gira, tropical, rústica, kitsch.
Começámos com uns chips de batatas e biscoito de polvilho com sabor a caril, beterraba com parmesão, alecrim e canela, com copinhos de crudités acompanhado com mousse de wassabi. Para abrir o apetite. Depois a degustação de entradas quentes: esfera de cordeiro, tapiocas, samosas e pastilhas.
Filet alto de peixe branco grelhado – com puré de banana e gengibre, palmito no alho, cebolinha tostada e redução de vinho do Porto e vinagre de romã. Tanto ingrediente e tão bom…
Couscous Marroquino ao curry – com cenoura, abobrinha, cubos de manga, abacaxi, uva passa e castanha. Uma das opções vegetarianas muito agradáveis, não impossível de reproduzir em casa.
Polvo na chapa com batata baroa corada – brócolis grelhado, azeitonas pretas, pasta de alho e pesto de manjericão. Servido com arroz de brócolis. Fiquei com inveja, o polvo estava óptimo e a batata baroa é realmente muito saborosa, algures entre a batata normal e a batata doce.
Terminámos com a degustação de delícias em porções reduzidas – brigadeiro, carpaccio de banana, brownie e salada de fruta.
Reservámos cedo para garantir lugar e quando saímos havia fila de pessoas à espera, vale a pena!

Depois de 3 de seguida, o próximo post não é sobre comida! :D

terça-feira, março 15, 2016

RJ – Sucos BB Lanches

Ainda no tema da fruta, há muitas lojas de sucos ou lanchonetes que vendem sumos de fruta naturais, com ou sem leite, com ou sem açúcar, simples ou várias combinações, com proteína, pó de gengibre, nestum (!)...
O BB lanches também é conhecido pelos pastéis de frango (e ovo lá dentro) e fazem uns snacks “bem gostosos”. Diz que o BB vem da sra Brigitte Bardot, que teve muita influência na fama de Búzios, mas serão outros posts futuros.

A oferta é tanta que é difícil escolher... saiu um de açaí e maracujá e um 3M (morango, manga e maracujá). Alternámos sabores noutros dias.
Para além de um menú gigantesco, tem a lista de benefícios de algumas frutas, por exp:
Açaí – antioxidante, combate os radicais livres, anti-inflamatória, antialérgica e anticâncer.
Côco – calmante, combate a febre e os vermes, útil nas inflamações intestinais.

segunda-feira, março 14, 2016

RJ – Mercado de fruta

Uma semana para re-visitar o Rio de Janeiro, cerca de 10 anos depois da 1ª vez. Em plena crise de zika, vários cuidados com repelentes e protector solar, fui de propósito depois do Carnaval para evitar a confusão, embora ainda houvesse alguns “blocos” locais para desfile das escolas vencedoras. De -4 graus Invernais em Amesterdão para quase 40 graus de Verão no Brasil... de volta ao chinelo no pé (fiel às havaianas há muitos anos), calções e top leve, despojada de qualquer valor para não chamar a atenção. Ah saudades de ver o sol e sentir calor!
Não há nada como ir a um mercado local e comprar produtos frescos... especialmente quando sou “viciada” em fruta e se pode provar frutas diferentes, tropicais, com cheiro e sabor característicos, sem terem sido congeladas e transportadas de barco para a Europa. E a simpatia local é tal que passamos nas bancas e nos dão pedaços generosos de fruta para provar, melancia, melão, morangos, uvas, anonas (ou fruta do conde/ fruta pinha ou atemóia, cherimóia, da mesma família), abacaxi, pêras, goiabas, mangas, mamão e papaia... um festim de cores e sabores naturalmente doces. Não se provam bananas ou diospiros mas são igualmente doces e acrescentados ao saco que vai pesando cada vez mais... que maravilha!
Também há, naturalmente, vegetais, hortaliças, flores, peixaria frescam, carne, biscoitos... Encontram-se iguarias locais como outras espécies de courgette, inhame, batata baroa, aipim/ mandioca, chuchu...
Com o calor na rua, era óptimo chegar a casa e comer fruta fresca do frigorífico, que deleite!

6f na praça Nossa Sra da Paz, Ipanema.

quarta-feira, março 09, 2016

Visita à Herdade do Esporão

Já gostava de vinhos e azeites do Esporão há muito tempo, um nome que fica e se associa a qualidade. Quem nunca bebeu um simples Monte Velho que acuse!
A Herdade fica a cerca de 1h30 de Lisboa, depois de Reguengos de Monsaraz. Desde 1267! As indicações do site não permitem engano a lá chegar, e tínhamos reservado previamente. Fomos os 1os a chegar mas juntaram-se mais visitantes e até achei que tinha muita gente a visitar, apesar de ser "época baixa".
 A sra Isa explicou tudo, o processo, mecanizado e manual, as cubas gigantes de tinto que não se misturam com as de branco, os tipos de vinho, visitamos vários locais de produção e descanso das pipas e garrafas. Terá outra vida na altura da vindima, e também se pode visitar nessa altura. O tecto é forrado com madeira proveniente de pipas, é muito bonito.
 As pipas provêm de tanoarias nacionais e internacionais, uma arte muito antiga e impressionante, que dá outra vida ao vinho que lá descansa. Algumas são rotativas, modernices... As caves são mais escuras e húmidas, frescas, onde repousam as barricas de carvalho francês e americano (nome da espécie da árvore, não vem necessariamente de França ou da América), e onde o vinho estagia em garrafa.
 E depois a prova, com "cunha", que em vez de ser um branco e tinto Defesa, foram 4 vinhos tintos, dois do Esporão e 2 da Quinta dos Murças que fica na região do Douro. É sempre muito pessoal gostar de um ou de outro, depende do paladar por exemplo, Eu sou mais Alentejo, há quem seja mais Douro ou Dão... Naturalmente gostei mais do Esporão Reserva que dos outros, mas é sempre giro ver as diferenças, ao 1o contacto e ao que fica depois, como se desenvolve. Falta-me o vocabulário conhecedor... Na loja há garrafas de tamanho gigante para levar para casa... este Monte Velho era de 3L.
No Foyer podemos descansar, está quentinho e agradável, com exposição de artefactos encontrados na herdade e quadros variados para apreciar. Assim como no restaurante, onde há por exemplo um Cargaleiro e um Pomar. Decoração simples e gira. Não andei a correr lá fora até à barragem, mas os miúdos divertiram-se a explorar as redondezas.
Depois da prova de vinho, a prova de azeite... o pão feito pelo chef era tão bom (e acabado de fazer) que até perguntámos se podíamos comprar, mas infelizmente não era possível...
Azeite da Quinta dos Murças, Biológico ou de Moura. Para molhar o pão, prefiro o de Moura, mas é mais forte e de sabor intenso. Bom...
E depois... várias entradas que não estavam escritas no menu, e sem ter apontado a descrição... oops... sei que as bolinhas tinham cogumelos e era tudo muito bom, inesperado e saboroso.
O menu Montanheira começa com:
- Cavala, tangerina, pepino e manjerona
- Tamboril, espigos, cantarelos e lardo
- Borrego alentejnao, ervilhas, copita e tupinambur /ou/ Entrecote de novilho, couve portuguesa, razis de aipo e rabano
O borrego tinha também um tártaro em bolachinhas.
Depois as sobremesas:
- Leite de ovelha, melaço de romã
- Citrinos, funcho e aveia
Para o café vieram também mais mimos, nunca se acaba de comer e provar coisas fantásticas...
Torna-se demorado com tantos pratos, especialmente para os miúdos que têm um menu mais reduzido e não aguentam tanto tempo sentados à mesa ou em conversa e tanta energia para gastar...
São 1800 hectares de terreno, com área florestal, vinha e olival, num ecossistema equilibrado e cheio de vida animal, com muitas aves, patos, lontras, sapos...
Um dia bem passado, que merecia mais tempo para caminhar a digerir o almoço, visitar a torre e museu, ou a cidade vizinha...
E trouxe algumas garrafas de vinho e azeite para a Holanda, para apreciar entre amigos.
Recomendo!

quinta-feira, março 03, 2016

Conceitos estranhos

Há gostos para tudo, há que respeitar opiniões, mas há conceitos muito estranhos que não entendo...
Supostamente, se não entendo a publicidade, é porque não me é direcionada. E realmente não sou homem para comprar fatos festa loja. Mas...
- Quem teve esta bela ideia? Quem a aprovou?
- Quem aceitou produzir esta foto?
- Que modelo se dispôs a estas figuras?
O papel dos rapazes é até divertido, uma foto em posição activa. Mas sabiam onde iam ser colocados no produto final?
- O que é que me faz comprar fatos da marca ao ver estas poses com estas cores? Que mensagem é suposto transmitir?
Não entendo... É porque sou mulher? Não gosto, ocorrem-me palavras como mulher-objecto, machismo, ofensa à imagem feminina... gajos a divertirem-se a descer mamas???

terça-feira, março 01, 2016

Sanquin - doar sangue

Em PT era dadora de sangue, mais frequentemente na sede da CGD, que enviava o calendário das recolhas e até recebi um diploma de 10 dávidas. O grupo de dadores está activo no país todo.
É estranho mas torna-se algo "viciante" ser dador, faz sentir bem como ser humano, e é, de certo modo, saudável.
Geralmente tenho a tensão baixa, e o médico dizia para ir beber um café porque a pressão alterial mais alta não chegava aos 10. Eram sempre muito simpáticos, tinha brindes e um festim de comida logo pela manhã, que incluía pastéis de bacalhau e bolinhos, sandes, e até cerveja (acho que sem álcool). A única vez que correu mal foi quando respingou sangue depois de tirar o tubo e ficar claramente estampado na saia branca/cru de tecido grosso a atirar para o veludo. Tive de ir à Zara arranjar substituto antes de ir para o escritório...
8 anos passados na Holanda, já me tinha lembrado da coisa mas achei que seria mais difícil. Até que uma colega falou nisso e percebi que o site da Sanquin tinha informação em Inglês. Inscrevi-me, com o questionário inicial para dadores. Depois ligaram-me com mais perguntas, algumas normais, outras diferentes do que tinha em PT. Se estive fora de BeNeLux? Sim... Fora da Europa incluindo Turquia? Sim. Madeira também está na lista. Se vivi no Reino Unido? Não...
Ontem fui então para o 1o teste, mais um questionário e medições básicas no médico do posto ambulante. Pensei que ia ser um drama ter estado no Brasil há 2 semanas, mas não. Tiraram a amostra de sangue e contactam para dádiva se estiver tudo ok, ou informam se algo não estiver ok.
Simpáticos, com música e wifi na carrinha. Era ver os dadores de braço estendido e telemóvel na outra mão a navegar... dá jeito, realmente era uma questão de olhar para as outras pessoas, ver as enfermeiras a tratar das etiquetas ou espreitar o saco que se enchia do líquido escuro precioso...
Depois um chá e um snack, claramente diferente de PT, mas simpático. Bolachas, tostas ou uma "sopinha" de ervas ou tomate que eles gostam de beber num copo.
Já que não costumam fazem análises a pedido, ao menos tenho as principais e preocupantes debaixo de olho. Prevendo que esteja tudo ok, farei a 1a dádiva em terras neerlandesas em breve...