sexta-feira, outubro 23, 2015

Prova de chocolate e queijo

Regresso ao Chocolátl, com aquele cheirinho maravilhoso a chocolate. Desta vez estava marcada uma prova de chocolate... com queijos!? Foi também uma estreia para os donos da loja, combinação invulgar mas não totalmente descabida! Bem, a começar pelos cheesecakes de chocolate, de certeza que existe!
Um copo de prosecco para boas vindas, grupo pequeno de cerca de 10 pessoas. Começámos com o tradicional Old Amsterdam, um queijo maduro e seco, a parelhar com um chocolate preto de 67%, Vila Gracinda de São Tomé, do produtor francês Michel Cluizel.


Ora então, pegar no quadrado de chocolate, admirar a superfície lisa e brilhante, a consistência lateral, sem bolhas nem imperfeições, partir e ouvir o “estalido”, colocar na mão em concha e cheirar (começa a derreter). Provar sem mastigar, deixar derreter na boca... J depois os 2 ao mesmo tempo... não está mal, curioso!
Limpar o palato com água/prosecco, venha o seguinte.

Depois veio um chocolate estranho, que antes de a sra dizer o que era, não estava a identificar... dos “Chocolate Makers” da Polónia, o Joe é um chocolate... fumado!?? Os Polacos gostam de fumar o queijo e o chocolate! Menos sedoso, 70% com malte de whiskey (cevada). O queijo era Cornish Cheddar, do Marks & Spencer (essa meca de coisas boas) cremoso. Adoro o queijo... com o chocolate... não é que sai o fumado e entra um paladar comestível? Ainda assim estranho...  
3ª combinação, queijo camembert, hmmmm... com um Mitzi Blue Austríaco de apenas 54%, apesar de ser preto com chili “Bird’s eye” e morangos secos, com pimenta, baunilha e limão em pó. Picantinho, mas bom! Como a gordura do queijo (lacticínios) elimina o picante do chocolate, em conjunto ficava bem!

A sra não adora queijo, por isso não escondeu que ia evitar o gorgonzola, um queijo cremoso tipo azul. Do lado castanho tínhamos um Shana Wilkie Irlandês, de uma das poucas produtoras do sexo feminino no mundo do chocolate. Cacau do Amazonas no Perú com 75% de intensidade, levemente torrado e cor mais acastanhada. Bom!

Para terminar, numa altura em que já havia alguma overdose de chocolate... um stilton branco com cranberries, doce qb, com um Chocolate Tree Escocês, honeycomb de caramelo, de leite com 60%, com toques de baunilha e citrinos. Foi então mais de sobremesa, porque tanto o chocolate como o queijo eram da equipa mais doce.

Também têm livros e revistas especializadas, incluindo com receitas culinárias. A “bíblia” do chocolate impunha respeito, muitos produtores catalogados, com classificação e notas históricas. Para os verdadeiros amantes.
“chomp chomp”, isto funciona! E ainda recebemos um bombom pelo agradecimento da experiência cobaia (embora tenhamos pago a prova), um gesto simpático. 

Tínhamos 10% desconto em compras e ainda pudémos provar outros chocolates, em quantidades mínimas, mas suficientes para ter ideia. Chocolate com haggis, está tudo doido?? Com gengibre, com tudo e mais alguma coisa. A loja é uma delícia e os donos são uma simpatia. Aguardo próximos eventos... talvez não com uísque, mas sugerimos com aperitivos/licores Portugueses, porque não experimentar? Nunca provou com vinho do Porto?? Temos de mudar isso…

quarta-feira, outubro 21, 2015

Croquete Van Dobben

O pãozinho tipo brioche (usado nos hambúrgers) com um croquete esmagado e uma camada de mostarda é um sucesso de enormes proporções na Holanda, adoram.
Os croquetes do VanDobben são os mais conhecidos, desde 1945, 70 anos! Vendem-se também noutros locais e congelados para consumo caseiro. Finalmente fui “ao sítio”.
Carne de vaca (pouquita), farinha (muita?...), caldo de carne, manteiga, ervas e especiarias, são os ingredientes apregoados. Vêm sempre quentes e é sempre propício a queimar a língua. Mesmo sabendo, aconteceu...
Já me habituei, mas os nossos croquetes têm mais carne e um ralado mais fino, que não fica preso nos dentes...

Broodje croquet!!!

segunda-feira, outubro 19, 2015

Restaurante Red

Passei centenas de vezes pelo Red a caminho de casa, mas só o visitei quando uma colega sugeriu. Menu reduzido, por aqui come-se tornedó com molho béarnaise e/ou lagosta Canadiana com manteiga do chefe (com ervas), o famoso surf & turf.
Alguma dificuldade em lidar com as partes menos acessíveis da lagosta, apesar dos utensílios adequados, um martelo e um babete teriam ajudado... a carne era muito saborosa, as batatas fritas eram bem boas e a saladinha tinha um tempero muito agradável.

A menina era simpática mas baralhou-se no serviço, na conta e parecia ter-se esquecido de nós a certa altura. Cumpre expectativas sem deslumbrar, mas é agradável.

sexta-feira, outubro 16, 2015

WineMarket Estocolmo

O Adegga prossegue com os winemarkets fora de PT, este ano Estocolmo e Berlim!
20 produtores nacionais, Italianos e Franceses. O SmartWineGlass ajuda a identificação dos preferidos de cada consumidor, com envio de informação detalhada para o email. No evento em Estocolmo, os preferidos podiam ser assinalados com etiquetas e depois encomendados para entrega em casa.
Tive o privilégio de provar Porto  Kopke de 1984, 1965 e 1941... têm preços menos acessíveis mas nota-se muuuuuuiiiito a diferença entre eles e entre um “qualquer Porto” comprado no supermercado (especialmente se for em Amesterdão). O Moscatel de Setúbal também era muito agradável, mas depois do Porto ficava mais pobrezinho no paladar, claro.
Desta vez fiquei na loja (virtual, online), a ajudar as encomendas e deu para perceber a opinião positiva dos visitantes, maioritariamente Suecos, pouco habituados a este tipo de eventos.
Foi um sucesso e um prazer colaborar!
PS: Obrigada pelo empréstimo das fotos oficiais!

quarta-feira, outubro 14, 2015

Restaurante La Sirène

Um restaurant week, o La Sirène tinha boas reviews.
Não foi facílimo encontrar a entrada, que se faz pelo Wyndham Apollo Hotel mas também dava pela entrada do Harbour Club, que tinha aspecto animado.
Uma vista bonita pelos canais, pouca gente, coisa de estranhar em semana de restaurantes.
Serviço inicialmente simpático e rápido. Começámos com uns macarons de chocolate e paté, que sabia imediatamente a paté e depois vinha o chocolate (combinava??) e outros de alga e caril, menos estranho.
Creme de tomate e mozzarella de búfala, um copinho de gaspacho. Simples, frescos e agradáveis.
Vieiras e bolinho de caranguejo num pau de licquorice (regaliz/alcaçuz), chicória e molho de vinho branco. As vieiras ok mas sem tchan, os bolinhos estranhos, coitado do caranguejo.
Sweetbread de vitela (bochechas, parece), com puré de beringela, sementes de abóbora, espargos verdes. Era bom, tenro, e as flores eram comestíveis. Ou então não se notaram efeitos secundários.
Até aí tudo ok, mas depois demorou séculos até chegar o prato seguinte e ainda mais para a sobremesa, não se percebeu. Mas houve queixas nas mesas do lado e até desistências L
Bife, que não perguntaram se queria bem ou mal passado, para mim estava um bocado sanguinário, mas nessa altura já não morria de fome, por isso comi as fronteiras. Com salsa, ervilhas e cogumelos morchella, estranhos.
Granizado de laranja e nata, muito gelado.
Sobremesa de pêssego, gelado de baunilha a sério (delicioso), framboesas, crumble de bolacha e mousse de amêndoa.

Foi ok mas esperávamos mais. Pecou pela tardia do serviço, sem explicações nem desculpas, não perguntaram se tínhamos gostado, deviam estar atrapalhados pelas queixas das outras mesas, chato. Comeu-se bem e até demasiado, pela hora tardia a que se alargou o repasto. Mas sem encantar e com um fim menos feliz, não leva 5 estrelas, temos pena!

segunda-feira, outubro 12, 2015

Astúrias

Um colega casou-se no México mas era demasiado caro ir lá para um fds e não tinha dias de férias para uma visita mais alargada. Prometi ir à celebração da terra Natal, algures nas Astúrias. Coincidiu com as festas da aldeia, de Santo António, que me fizeram lembrar as festas da Vermelha mas em ponto pequeno, assim com umas 30 pessoas, vá lá, 40…
Villamejin era encantadora, com montanhas de um lado e do outro, turistas em família para percorrer os circuitos de bicicleta e ver ursos. Não vi, tive pena, mas fiquei com curiosidade. Ainda se viam estas estruturas antigas, que serviam para guardar cereais e para fumar os enchidos ou secar queijos. E socas? Pensava eu que era coisa Holandesa, mas não senhor, no interior Espanhol via-se os srs com as ditas calçadas, com meias grossas por dentro ou sapatos de borracha para não molhar os pés. Já tinha saudades de ver montanha e estas não metiam medo, eram agradáveis e com paisagem muito bonita.
O que se faz num fds de celebração integrada na família e população local? Comer… muito! Enchidos, queijos, peixe grelhado, calamares fritos, croquetes de batata, cabrito no forno. Também houve lançamento de “bolos”, um jogo complicado com bolas de madeira a serem lançadas à distância, para acertar em pinos, a contar pontos que dependiam do lado em que saía a bola e dos pinos derrubados. Precaución, carretera en fiestas! E era mesmo, uma estrada em curva, o palco montado na curva, malta na rua. Passava um carro e afastavam-se os locais para a berma. Música pimba em Espanhol é igualmente reconhecível como a Portuguesa! No dia seguinte houve missa com os fiéis vestidos a rigor e saíram os pães engalanados para todos comprarem. Não eram baratos, 20eur um pão doce a lembrar folar… mas depressa foram vendidos, tradição e caridade.
E gaiteiros! Giro de ver, alegre e engraçado conseguirem manter a tradição. Também os houve no casamento, existem grupos de gaiteiros das Astúrias no México. Houve Rioja servido frio em baldes de gelo, cidra rústica típica da zona cheia de macieiras, salada russa caseira e outros petiscos caseiros a que já esqueci o nome. Confirmou-se o costume de comer o prato principal sem muito acompanhamento. Há pão e queijos e enchidos, mas depois vem o peixe ou a carne, em grande quantidade, e não há arroz, massa, batatas ou salada. Para nós é estranho, para eles é normal.

Quem diria, encontra-se tudo no youtube!

sexta-feira, outubro 02, 2015

Comboio da Costa

Em pequena acho que tinha andado no comboio da Costa da Caparica uma vez. A morar a 5-7min da praia a pé, só ia para aquelas praias nos tempos da escola, com as rodas enormes de toalhas na areia, reunidos a comer carcaças com manteiga J
O comboio ainda existe e até tivemos de esperar pelo seguinte porque, o que estava a sair, estava cheio. 
Fomos então ver a praia cheia de alforrecas (blhac) e barcos de pescadores com muitas gaivotas expectantes.
Não é hiper-barato, o Transpraia em modo de ida e volta para a Fonte da Telha custa 7.5eur e demora cerca de 25min em cada percurso. Mas é giro de andar!
Muitas praias, dunas, “barracas” de praia, arranjadinhas e convidativas, bandeiras azuis, mercaditos e bares de apoio aos banhistas.
A conhecida praia 19, amiga dos nudistas. Apesar de protegidos pelas dunas, consegue-se avistar uns rabiosques do comboio…
Chega ao fim da linha, a composição desprende-se e dá a volta. Bora lá outra vez!