quinta-feira, julho 30, 2015

Beatles platz

Uma semana de trabalho em Hamburgo, mas foi melhor que Bruxelas, deu para ir ao centro espreitar! Já lá tinha parado na cidade no regresso da road trip à Legolândia, há uns anos, mas agora deu para conhecer mais um bocadinho.
Uma das grandes vantagens de trabalhar numa multinacional é conseguir facilmente dicas de qualquer cidade-país. Ora então Hamburgo e os Beatles? Fiquei com curiosidade e fui explorar, sozinha. 
Sobrevivi, mas fiquei muito impressionada com o bairro de S. Pauli e Reeperbahn. Ninguém me avisou, desconhecimento total… pensava eu que o Red Light era em Amesterdão, mas o de cá é brincadeira de crianças ao pé de Hamburgo… enorme, degradante, sujo, lixo, sem-abrigos, bêbedos, meninas, bares com mau aspecto e restaurantes pouco convidativos, zona de turismo decadente!
Ar descontraído, mão casualmente na mala, não sabia se era perigoso ou não, ignorei chamamentos em Alemão e lá prossegui com o meu objectivo, conseguindo o que queria e voltar com todos os pertences, incluindo a máquina fotográfica. Se calhar é exagero, mas tive receio, e preferia não estar de calças de fato.
Ora então o IndraClub, Agosto de 1960, histórias da época, álcool, sexo, drogas e rock & roll! O início é sempre atribulado, o sucesso não se alcança em 2 passos a direito.
Desde Setembro de 2008 que existe a praça dos Beatles, com umas estátuas em metal, contorno do corpo inteiro. Lixo e pessoas com pouco que fazer a meter conversa bêbeda em Alemão, lá fotografei timidamente as estátuas, que tinham nome em baixo: John Lennon, George Harrison, Ringo Starr, Paul McCartney e Stuart Sutcliffe.
Em redor, círculo desenhado no chão com nomes de canções, êxitos.

É giro de ver e pensar que lá estiveram. Mas para a próxima não vou sozinha! E depois notei uma falta de sentido de marketing/merchandise do comércio redondante. Vendem ímans com nomes de ruas, da cidade, de zonas. E não havia uma única loja com a Beatles Platz em íman! Eu queria dar-lhes dinheiro mas… não havia muita oportunidade. 

terça-feira, julho 28, 2015

Dopper

A Dopper é uma garrafa de água genial, desenhada por criativos Holandeses para combater o desperdício de plástico. Para além de ser muito fácil de re-utilizar, é muito versátil, dá para beber de 3 maneiras… tirando o copo e a tampa, bebe-se pelo corpo cilíndrico; tirando a tampa, bebe-se pelo gargalo; tirando o copo, bebe-se pelo copo… Esta última maneira é o sucesso generalizado entre os miúdos, em viagem, na praia, nos passeios em família.  
Sou do tempo em que só havia a Dopper em branco, a cor original. Depois foi evoluindo com o arco-íris, também há a versão em aço e agora a desportiva.
Uso muito, já ofereci umas 10 às amigas e já levei a quem viu e pediu em Portugal.

Estava eu prestes a entrar na “nave espacial” do Star Wars na Disneyland de Paris (posts depois da pausa para caracóis que se segue), quando bebi água e, achei eu, fechei a garrafa. E depois nunca mais vi a tampa. Voltei para trás, remexi, falei com os operadores, mistério de outro mundo, se calhar foi levada para outra galáxia.
E o que fazer com uma garrafa sem tampa? Cujo objectivo é poupar e evitar desperdício?... Enviei email à marca…

Foram amorosos, eu disse que pagava mas eles… enviaram uma tampa de graça! Obrigada! Serviço ao cliente excelente! Merece post e publicidade!
E quando fui ao site para copiar o endereço e espreitar novidades… percebi que vendem tampas. Oooops! Não sabia! Mas fiquei interessada na tampa desportiva…

Um brinde à Dopper!

quinta-feira, julho 23, 2015

Chocolátl

Já tinha passado no Chocolátl mas nunca tinha entrado. Na chamada 10ª rua (alusão às 9 little streets), não terá a atenção de todos os turistas mas quem conhece passa e volta.
Chocolates para todos os gostos e bolsas, principalmente as mais recheadas, para os melhores chocolates do mundo a 10eur uma tablete…
Estava calor, decidi experimentar o anunciado choco shot. Pensava eu que era um copinho de shot, mas era um brinde à maravilha que é o chocolate em copo de espumante… uma delícia de lamber o copo (se fosse adequado), textura, cremosidade, sabor intenso… O melhor chocolate frio da minha vida! A rivalizar com o melhor chocolate quente que bebi, que até agora pertence ao museu do chocolate em Barcelona, se ainda existir.

Presentes para quem gosta de chocolate? Chocolátl, com toda a certeza!   

quarta-feira, julho 22, 2015

Hummus Bistro

Em domingo a pedir brunch, fomos experimentar o Hummus Bistro, que abriu há uns 2 meses.
O pequeno-almoço tinha 2 ovos à escolha (cozidos, mexidos, fritos, escalfados…), salada, queijo Libanês, pão pita e bebida.
Adaptámos a bebida para experimentar os Wostok de pêra-rosmaninho e tâmaras-romã. Eram ok mas pensava que ia ser sumo e era tipo refrigerante, ainda assim agradável.
Tinha tudo bom aspecto, incluindo as escolhas das mesas do lado e até fotografei algo que não era para nós mas estava prestes a sair da cozinha com ar delicioso.
E as pitas… quentinhas e caseiras, segundo percebi. As melhores que comi até hoje. O sr do lado pediu para levar para casa umas 12… em versão normal e integral, fofinhas!

A voltar para experimentar as outras variedades de hummus e especiais do dia.

terça-feira, julho 21, 2015

Miniaturist no Rijks

Tem piada quando se vê a referência de algo que conhecemos na tv, filmes, artigos, livros. O livro Miniaturista é passado em Amesterdão no séc XVII, outros tempos. Tem uma narrativa que prende, misteriosa, curiosa e verosímil para a época, creio eu.
Já fui ao museu Rijks várias vezes e já vi as casas de bonecas que as senhoras tinham como brinquedo, réplica das suas, com ouro, marfim, sedas e afins iguais às que tinham em casa. Mas tive de voltar para ver melhor a casa que inspirou o livro, de Petronella Ortman casada com Johannes Brandt e que tem também um quadro dedicado em exposição. Sobre a vida real deles nada sei, espero que tenha sido mais feliz que no livro!

Os detalhes da casa são maravilhosos, precisão, acabamentos, realismo, obras de arte!

sexta-feira, julho 17, 2015

Restaurante Guts & Glory

Há restaurantes com menu surpresa e há os que condicionam os ingredientes… no Guts & Glory têm 4 menus ao ano, começam o 1º trimestre com galinha, depois peixe, depois acho que se segue carne de vaca e terminam o ano com carne de porco.
Pedimos o menu de 4 pratos. Veio pão com acompanhamentos estranhos, manteiga de algas e um puré de cavala.
Uma sopa Dashi (caldo Japonês) de entrada, com bonito, camarões Holandeses fritos com sésamo e soja, chips de nori (alga) com molho de horseradish (armoracia).
Ceviche estranho mas bom, com creme de batata doce, abacate, cebolas vermelhas, arroz tufado, merengue com lima.
Bacalhau fresco, molho remoulade com salsa e alho, anchovas e cebolinha (spring onion) grelhada. Também estava bom!
Uma espécie de hamburger de bacalhau em pãozinho cozinhado a vapor, pepino agridoce, cebolinha e molho madame Jeanette (picante). Bom, parecia um pastel de bacalhau J
Temos vergonha de dizer mas não gostámos da lagosta! A 1ª sobremesa era gelado de baunilha com gelatina de lagosta e macadâmia salgada :$ Lagosta na sobremesa? Gelatina de lagosta com gelado? L
A 2ª sobremesa não ficou na foto, o picasa não a quis incluir, mas era gelado de fruta dragão – pitaia (que também teve um sucesso muito reduzido), com creme de côco, arroz tufado e morangos.
Gostei da experiência mas tinha umas combinações raras e desconhecidas que o paladar estranhou e não entranhou à primeira tentativa. A decoração é original e as senhoras são simpáticas. Não me apanham quando for a época do porquinho mas talvez volte a experimentar outro ingrediente.

Gelatina de lagosta com gelado de baunilha??... leiga…

quinta-feira, julho 16, 2015

Restaurante Addis Ababa

Um groupon simples para um Etíope, que é sempre bom em qualquer lado que tenha experimentado. Desta vez o Addis Ababa, que é o nome da capital da Etiópia (e que só descobri agora a pesquisar para o post…), simples e com uma senhora a atender que não era exímia nem Inglês nem em Holandês.

O prato gigante foi dividido em 3 porções, para cada conviva, pelas folhas de alface e pedaços de tomate. Pedaços extra de panqueca injera à parte, mas tudo se come do prato, com as mãos. Carne de vaca com especiarias Etíopes (também fazem vegetariano), borrego e galinha, abóbora sul Africana, ervilhas, 2 tipos de lentilhas, espinafre com queijo fresco, outras leguminosas, cenouras, ovo cozido… tudo com muito sabor, alguns picantitos. Sai-se sempre a rebolar e satisfeito. Diz a M que nota diferença na panqueca do restaurante concorrente do outro lado da rua, mas esse ainda não experimentei…

terça-feira, julho 14, 2015

Teatro Anne

Finalmente fui ver a peça de teatro Anne, dedicada ao diário de Anne Frank, dispensa apresentações.
Ir ao teatro pode ser um desafio pela dificuldade em entender a língua, mas tudo fica resolvido com sistemas de tradução simultânea, neste caso ipads para cada pessoa que o requisitasse aquando da reserva de bilhete, sem custos adicionais. A sincronização das legendas não era perfeita, mas ajudava muito a entender, quase como no cinema. Também se podia ter áudio simultâneo em inglês, mas perdia-se a participação dos actores.
Uma peça com uma mega produção, cenários gigantescos, o anexo em tamanho real, com o escritório que o antecedia, e rodava o palco para se ver os 2 lados do esconderijo que os alojou durante 2 anos. E tudo era complementado com imagens reais ao lado do palco, em ecrã circundante, mais a música e sons de chuva, trovoada, bombardeamentos...
Já se sabe como termina, apesar de ter um toque imaginativo no início e fio condutor da peça, mas não deixa de emocionar no final.
Já me tinha sido recomendado por vários amigos expats e assim passo a palavra, vale a pena ir!

No intervalo tinham os típicos snacks Holandeses, bitterballen a sair das janelas pequeninas (como no Febo) mas ao estilo casas de canal. Diferente...

Preços caros e localização difícil mas tudo se resolve. Já foi prolongada por 2 vezes, neste momento está até 27 de Setembro.
Nunca passei na praceta onde vivia antes de se esconder, a Merwedeplein, não sei se tem alguma placa a mencionar a casa onde morava antes.
As filas para visitar o anexo nunca são pequenas, durante todo o ano e a qualquer dia da semana. Dá para reservar online mas com semanas de antecedência. Agora estão a experimentar a entrada por time slots.
Já lá fui 2xs, faz parte da cidade, assim como a torre da Westerkerk que lhes dava a noção das horas.

segunda-feira, julho 13, 2015

Waffle de Bruxelas ou de Liège?

(Pouco tenho parado em casa, trabalho mais longo, fora, aproveitar os dias de Verão, agenda cultural, o blog sofre, há dezenas de fotos para tratar e posts para preparar, hão-de chegar)

À espera do comboio de Bruxelas para regressar a Amesterdão, porque não fazer o teste do waffle?
À esquerda o waffle de Bruxelas, mais mole, mais familiar. Comia destes em pequena, na banca da senhora do extinto Pão de Açúcar no Centro Sul em Almada, com açúcar e canela, quentinhos, eram uma maravilha!
À direita o de Liège, mais robusto, meio crocante, por causa do açúcar que carameliza e lhe dá essa textura.
Acho que preciso de mais testes e parceiros de crime... O de Bruxelas, sem topping, simples, não tem muita piada. Bastava um cheirinho de qualquer coisa e seria vencedor. O de Liège, simples, é um snack óptimo, mas com chocolate e afins já fica pesadote.
Qualquer um acabado de fazer é coisa de não se recusar...