quarta-feira, abril 29, 2009

Encontrado na Ten Katestraat


Estava despachada das compras do mercado e decidi regressar pelas traseiras das bancas, para ser menos confuso. E descobri isto!

Hoje começa a confusão, as ruas já estão enfeitadas de laranja, o chão marcado com fita para reservar os espaços. Amanhã é o dia da Rainha e depois há ponte (não há feriado do Dia do Trabalhador).

terça-feira, abril 28, 2009

Vind je verloren voorwerp terug

“Find your lost objects back”, “Perdidos e Achados”


Nos últimos dias de Inverno (isto porque apesar de ainda termos dias com temperaturas abaixo de 10graus de manhã, já podemos dizer que estamos na Primavera) era quase difícil não “tropeçar” em luvas perdidas no chão, parecia inevitável em qualquer saída à rua encontrar objectos perdidos.
E pelos vistos nem tudo se perde e a câmara tem destes sítios onde se podem encontrar objectos perdidos, não só luvas.
No Vondel também se vê, de modo mais informal, nas barreiras que lá andam por causa das obras, mas com os clips que penduram os objectos encontrados.
O site é engraçado e a iniciativa é sem dúvida original, útil e interessante!

segunda-feira, abril 27, 2009

Visita dos papás

A visita dos pais já estava marcada para a Páscoa, infelizmente eu estava em plena “quarentena” de cama, sofá e descanso. No ritmo possível, cumpriram-se os principais objectivos.
Veio o bolo rei (a confeitaria nacional fabrica-os até esta altura), o folar, as amêndoas, os queijos, tremoços, azeitonas, azeite, pêra rocha, maçã reineta, gelatina, bolachas, sumos compal, revistas, jornais... A competir houve waffles da Australian, apple crumble do La Place, tarte de chocolate do Traiteur chef, batatas fritas do Vleminckx, licores do Wynand Fockink, dim sum do Oriental City, apple moes... E fez-se borrego no forno!

Finalmente o passeio de barco, fizémos parte da linha verde e da vermelha, faltou a azul. É giro, as explicações não desiludiram e os passeios são agradáveis.

Visita ao Keukenhof, em que se notava diferença da visita do ano passado, havia muitas flores por abrir, túlipas ainda verdinhas. A melhor altura será a do desfile anual, lá para o 25 de Abril. Comprámos os bilhetes combinados que têm a entrada no recinto e os autocarros (Leidseplein- Aeroporto e Aeroporto-Keukenhof).

No recinto havia carrinhos com comida, cachorros, waffles, arenque cru... morangos. Com tanta fama dos morangos holandeses, que são exportados massivamente para Wimbledon na altura do torneio, para comer com champanhe e em tartes, aqueles eram espanhóis. Mas o que me fez impressão, ou melhor, seria de esperar dado o “nível di higiene holandês”, era ver a menina a tirar os morangos da caixa de madeira, cortar-lhes a coroa verde e colocar nos copos. Lavar os morangos? Um fruto que cresce rente à terra em contacto com pesticidas? Nah... Provavelmente o chantilly disfarçava...
Nova visita à casa museu Amstelkring.
Passagem pelo Beginhof que também estava cheio por ocasião de fim de missa, naquele caso tinha sido em francês.
Um museu novidade para mim, o da resistência holandesa durante a 2ª GM. Muito interessante, completo, mas sai-se um bocadinho triste/deprimido, ou revoltado...

Nova visita ao Van Gogh, desta vez com meia hora de fila, o que significou para mim mais de meia hora sentada lá dentro a descansar. Já vi o museu... mais de 5 vezes. Mas desta vez decidi pedir a explicação audio (gratuita) para a exposição temporária das cores da noite. O museu estava muito cheio e as explicações, apesar de muito interessantes, demoravam. Saltei algumas, devo ter oportunidade de lá ir mais uma vez e ouvir o resto :)

sexta-feira, abril 24, 2009

Geen vrijmarkt...


“No free market and commercial trade allowed”, “Nada de vender aqui!” :D
Nos últimos dias estes sinais têm-se multiplicado pelas ruas principais de comércio, zona de lojas “a sério”. Isto porque a cidade se vai tornar numa gigantesca “feira da ladra” daqui a 6 dias, dia da Rainha, a 30 de Abril.
Calculo que este fds seja de preparação para “limpeza” das casas, não só de potenciais itens para venda livre (de impostos e regras) como também de toda a espécie de velharias e inutilidades, coisas avariadas, mancas, estragadas... No final das festividades, o que não for vendido, trocado ou oferecido, é recolhido pela câmara. E como noutras alturas ou se arrisca uma multa ao pôr estes monos na rua ou se tem de chamar a câmara e esperar que venham recolher... deixem a Primavera entrar e libertem-se de tralha!

quinta-feira, abril 23, 2009

Geen fietsen plaatsen

"No bikes parking", "Não estacionar bicicletas"

São poucos os sítios onde não se pode circular de bicicleta na cidade. E nesses é frequente passarem turistas com bicicletas alugadas, ou porque não sabem ou porque não querem saber. Há polícias e há multas...
Com o estacionamento é +- semelhante, quase qualquer sítio é permitido. Mesmo que se diga para não o fazer... Por vezes é bom senso, como evitar montras de lojas, passagem de pessoas/veículos ou entradas de casas. Mas noutras... ou a necessidade é a mãe de todas as invenções, ou simplesmente se tenta a sorte...

quarta-feira, abril 22, 2009

2 museus, 1 expo e 1 luta

Depois de uma 6f em que foi “Verão”, atingiram-se os 20graus, as ruas foram imediatamente invadidas de esplanadas, os parques estavam cheios, o sábado foi cinzento sem sol e a voltar abaixo de 10graus.
Visitei a casa-museu da família Willet-Holthuysen, séc XIX, o dossier-guia explicava as divisões, muitas porcelanas, quadros, tecidos, riqueza. Com o cartão dos museus a entrada foi gratuita. O 1º andar e o jardim estavam fechados e não se podia visitar. É bonito, mas a casa dos Van Loon é mais interessante pelos pormenores engraçados.

Pelo caminho passei pelo museu das malas e carteiras e voltei lá para satisfazer a curiosidade. Por ser o fds dos museus, a entrada tinha 50% de desconto. Superou as expectativas, é muito interessante. Antigamente as roupas não tinham bolsos, portanto damas e cavalheiros tinham de arranjar soluções para guardar os seus pertences, como moedas, chaves, adereços de maquilhagem, etc. Dos mais variados tipos, tamanhos, cores, feitios e tecidos, percorrem-se uns séculos de história e acompanha-se a evolução deste acessório indispensável, pelo menos para as mulheres, hoje em dia.
De malha metálica, pele de crocodilo, vaca, cobra, avestruz, de missangas, de seda, de couro, de plástico, de marfim, de verga, com prata, com imaginação, ... o jardim é simpático e o café/ salão de chá é muito giro, convidativo para um chá. Talvez um dia experimente um Mini High Tea à la Hendrijke ou um Royal High Tea à la Máxima, caro qb... mas chique a valer!, como diria o Dâmaso Salcede.

Mais uma visita ao FOAM, que considero mais uma galeria fotográfica que um museu de fotografia. Exposição de Richard Avedon, retratos de famosos e não famosos, a P&B, muito interessantes pela marca histórica que transportam.

Pedalei até à Dam, que voltou a ter a “feira popular” e dei com a luta de almofadas. A S. tinha lançado o convite, não sei se estava lá no meio.

Voavam penas, algodão, cotão?... o filme está ruidoso por causa dos divertimentos da feira.

terça-feira, abril 21, 2009

Banksy


Notei que havia mais Banksy nos mercados, novos modelos de tshirts à venda nos locais habituais e até um sítio em Camden onde só se vendiam coisas com desenhos dele, desde ímans, tshirts, quadros, porta chaves, etc.

Desta vez, depois de vários namoros anteriores em que peguei no livro, folheei e resisti... comprei-o e li-o num instante.

Qualquer dia faço a tour em busca dos desenhos pelas ruas de Londres, também há livros-guias. Se ainda os encontrar, porque muitas vezes são apagados ou transformados.

Porque o graffiti também é uma arte.

segunda-feira, abril 20, 2009

Haja saúde

Haja saúde, porque sem ela ou parte dela a vida pinta-se de cinzento e os dias tornam-se “estúpidos”, aborrecidos e desesperantes, mesmo que esteja um sol radioso lá fora. Um desperdício.
É claro que a 1ª vez que fui ao médico, após uma semana de sintomas, saí de lá com uma receita de paracetamol com codeína, ui ui. Na 2ª visita é que consegui sair de lá com o papel para análises ao sangue. O seguro de saúde funcionou bem, tanto nos consultórios como na farmácia, nunca paguei nada, afinal de contas já pago todos os meses.
Devagar se vai ao longe, mas para quem gosta de correr e aproveitar o tempo livre, é um sacrifício enorme ter de abrandar. Estar em casa sem (poder) fazer nada parece bom... mas é horrível!
Estou tão contente por voltar ao trabalho... (sim, ainda estou meio doente...)

sexta-feira, abril 03, 2009

Monumentos, Hyde Park, Oxford St

Depois de descansar um bocadinho da passeata do dia anterior, com alguma energia (pouca) obtida do pequeno-almoço, onde parecia que estávamos numa viagem de finalistas, seguimos para o 1º monumento do dia: London Tower. Estava fechada ao trânsito e “levantada”, o que foi uma novidade e dá azo a fotos diferentes.

Dá para visitar mas prosseguimos para o 2º monumento, Torre de Londres.

Fica logo ao lado, para a próxima quero entrar com visita guiada, mas até lá fica o livro para abrir a curiosidade.

E pensava eu que os guardas eram os beefeaters (assim aparecem como tal nas garrafas de gin, também), nome popular talvez atribuído por receberem carne como forma de pagamento noutros tempos. Mas afinal chamam-se Yeoman Warder! Ah... beefeater pega melhor!

A pé percorremos uma parte da City e passámos pelo Monumento, dedicado ao incêndio de grandes proporções em Londres, 1666, que começou neste local. Daí veio o enorme trauma contra incêndios, portas corta fogo, procedimentos, avisos, etc.

Seguimos até à catedral de St. Paul. Estava fechada a visitas mas aberta ao público em geral, decorria a missa do 4º Domingo da Quaresma, segundo percebi. É muito bonita por dentro, grande, imponente, não era permitido fotografar.

Dali fomos para o percurso “habitual” por Hyde Park, sair em Lancaster Gate e passear a pé. Estranhamente não encontrámos esquilos, mas estando bom tempo já havia cadeiras de descanso para alugar e gozar um momento ao sol.
No cantinho dos speakers, lá estavam alguns grupos de pessoas, a observar e contestar, muitas vezes a chamar de mentirosos a quem pregava, lia ou cantava de cima de um escadote...
Almoçamos muito bem no Ask, onde os preços são muito acessíveis e a comida é muito boa.
Fizémos a outra metade da Oxford Street para compras. Combinámos cerca de 30mins no Primark, mas depois de a perder de vista (a loja é grande e está sempre cheia, mas as caixas funcionam sempre bem e rápido), a J comprou meia loja, tudo pechinchas, e queimámos slots de tempo para outras marcas de high street fashion. E a partir daí tudo o resto parece caro nas outras lojas... Se bem que a libra continua baixa e favorável a quem recebe o ordenado em EUR!

Terminei a minha visita em Carnaby Street, vizinha do SOHO. Muito catita, lojas mais pequenas e algumas alternativas, a voltar com mais tempo.

quinta-feira, abril 02, 2009

MMM = Mercados, Museu e Musical

Começamos pelo mercado de Portobello Road, Notting Hill. Era cedo e havia pouca gente, turistas. Passámos na livraria do filme onde comprei um guia e mapa para futuras viagens. Paragem obrigatória nos muffins!

De lá apanhámos um bus e fomos até Camden, mercado diferente, mais alternativo. Nunca me desilude e há sempre novidades curiosas.

Desta vez comi venezuelano!

Dali fomos até ao Madame Tussauds. A J e o A já tinham bilhetes, combinados com a London Eye e podiam ir para uma fila prioritária. Eu fui para a fila normal, que tinha alguns metros na rua, mas andava rápido. Passados uns 10mins, lá dentro, tinha um aviso de que a partir dali demorava 1h... enviei sms...

... mais 10mins de fila e aparece uma senhora a perguntar por mim, a chamar “Joana” em vez de “Joanna” em inglês. Sim?? Ah, és mesmo tu, vem comigo! ??? A J e o A estavam à minha espera e comentaram a minha situação com a senhora, que teve pena de mim e disse que nesse caso eu podia ir para a mesma fila com eles, foi-me buscar e fui directa à caixa... que vergonha... que sorte! Obrigada senhora simpática!

Tinha visitado o museu em pequena, na 1a visita à cidade, só me lembrava da parte das masmorras, porque era escuro, e metia medo.

Cheio de visitantes, era como estar numa festa com VIPs, de cera. Se por um lado alguns não serão muito fiéis, por outro acontecia frequentemente confundirmos uma pessoa com uma estátua. Fotografar era difícil e havia muito por onde escolher. Com um espaço limitado, pessoas em constante mudança, de casais, penteados, novidades... percebe-se que faltem pessoas, mas também há repetições.

Depois a tal parte das dungeons e uma breve incursão numa “casa do terror”, onde se grita e se é assustado, embora se consiga levar com algum humor. Finaliza-se com um passseio de carrinhos táxi em carrossel pela história da cidade, com música e explicações, é engraçado. O preço do bilhete é elevado mas é uma visita que vale a pena.

O bilhete dá um desconto de 5gbp para a próxima visita, que pode ser a um outro sítio mencionado, nada mau!

Dali seguimos para a Oxford St, a começar em Ox Circus, fizémos meia rua, com passagem pelos chás da Whittard, finalmente comprei uma embalagem para fazer chocolate quente, 70% cacau!
Descemos até Picadilly e jantámos no Yo Sushi, pratos com cores a passar no tapete e variedade à disposição, alguma por pedido/encomenda.
E terminámos o dia com um musical, o Fantasma da Ópera. Vista reduzida, havia uma pequena parte do palco que não se via, e o teatro é curto e muito alto, configuração diferente. Cheio, muitos turistas e senhoras vestidas a preceito, contrastes evidentes.

Conhecia a história e vi o filme em 2007 com a MAR. Mas o efeito teatro, ópera, espectáculo ao vivo é maravilhoso, bonito, de grande qualidade, emocionante e comovente. E faltam tantos musicais para ver e conhecer...

quarta-feira, abril 01, 2009

London calling (again)

ZZzzz... Era uma vez... dois passageiros no aeroporto de Amesterdão que se sentaram à espera de um voo e ali ficaram...

Estes senhores acolhem o cansaço de quem passa a caminho, nomeadamente, de Londres...
Vamos a Londres! Não queres ir ter connosco no fds e mostras-nos a cidade, já que a conheces bem?
(Marquei viagem, a 4a só este ano :D)
Quantas vezes já cá vieste?... Errr... acho que é a 13ª... sem contar com escalas técnicas...


O avião saiu de cá atrasado, vinha cheio de escoceses vestidos a preceito, já muito alegres e a acenar. No dia seguinte perdeu no futebol contra a Holanda. No voo de regresso ainda me cruzei com escoceses no aeroporto, ainda vestidos com saias, mas já mais calmos.
O hotel Royal National era fraquinho, apesar da localização ser muito boa, pertíssimo de Russel Square e a 5mins a pé de Holborn. Estava apinhado de espanhóis, miúdos, provavelmente em viagens de finalistas de secundário. A recepção era uma permanente confusão, ruidosa, corredores e elevadores cheios, correrias e muita excitação de quem chega e quer festejar. Tentámos escadas, elevadores de serviço, fomos parar a recantos “proibidos” do hotel, cozinha, saída de lixo... O hotel tem seguramente umas largas centenas de quartos, a avaliar pelos tamanhos dos corredores (a realidade não ficou visível na foto).

Os aposentos tinham o mínimo, os colchões eram desgraçados e as almofadas fraquinhas, não incluía champô, e já nem esperava secador, que podia ser emprestado sob caução (20 libras e a precisar de reforma, mas estava frio e vento e serviu o propósito). As paredes deviam ser quase de esferovite, nem precisava de despertador porque acordava sempre com as sras da limpeza a passar com o carrinho no corredor, mais as conversas e aspiradores. Não que a limpeza dos quartos fosse notória ou de grande qualidade. Cumpria os mínimos, não passando pelos cantos... O pequeno-almoço era fraquinho, simples e básico, mas não havia queijo ou fiambre de espécie alguma para as torradas já feitas e mornas. Se quiséssemos ovos ou bacon era um preço adicional. Suficiente mas não impressionante. Se a exigência não for muita, serve o propósito para passar a noite. Ficaria lá novamente se o preço for competitivo e troco os euros de conforto adicional por bilhetes para ver musicais.
Na 6f jantei com uma colega do curso que fiz (passei, 2 meses depois recebi os resultados, certificada!!!), fomos a Covent Garden. Estava cheia de malta preparada para sair, aqueles saltos altos impossíveis, os vestidos de festa, a falta de casacos ou collants... e teenagers com caneleiras rosa forte, tutus, fitas no cabelo... é alguma festa? Não, é moda, há bares que são assim, noutros vai-se de patins... ahhh... há sempre de tudo!

Embora tenha cumprido a lista que preparei para o fds, faltam sempre coisas para ver e rever... ou não fosse Londres muito rica culturalmente! Um dia hei-de ir ao O2, de preferência em concerto.


Houve mercados, museu, convívio com VIPs, musical, monumentos, passeio... e compras... Todos com oyster card, andámos maioritariamente de metro e bus, sempre que possível no 1º andar e lugares da frente, pois claro!

A excelente companhia foi da Joana e do Alex, que rapidamente perceberam que mesmo 4 dias não eram suficientes para conhecer Londres!