sexta-feira, março 30, 2007

Quando eu for ministra

Com responsabilidades em mobilidade, acessibilidade, coisas práticas e funcionais:
o Os passeios vão ser rebaixados na zona das passadeiras, para facilitar a vida aos que têm pouca mobilidade e aos que levam bagagens ou carrinhos de compras com rodinhas
o Os passeios vão ter espaço suficiente para as pessoas passarem e vão ser altos ou com pinos, porque os carros estacionam e as pessoas têm de caminhar na rua
o As passadeiras vão estar pintadinhas e ser antecipadas com marcas na estrada, mas sem grandes lombas para não estragar os pneus dos carros
o As tampas de esgoto vão ser niveladas, nada de grandes buracos ou saliências
o Os ecopontos não vão estar no separador central de uma rua com dois sentidos, não faz sentido!
o As wcs vão ter cabides individuais. É cá uma ginástica o xixi com a mala e os sacos na mão em equilíbrio…
o As wcs vão ter caixotes do lixo
o As wcs vão ter torneiras que se abrem e fecham, o sistema do carrega e sai água desperdiça muita, para além de salpicar porque o jacto raramente está regulado.
o O segurança do edifício verifica periodicamente se as torneiras pingam, se as lâmpadas estão fundidas.
o As regas dos jardins urbanos nunca vão ser programadas para as horas do calor, vão ser pela madrugada ou noite. No pico do verão é ridículo regar a meio do dia, a água evapora logo.
o As regas vão ser programadas mas alguém tem o bom senso de interromper o processo quando chove. E não precisa de ser todos os dias. No Inverno não chove todos os dias e não se rega nos dias em que chove.
o O acendimento das lâmpadas é adaptado à luz do sol, escusam de as acender às 18h no Verão porque ainda é de dia!

A reivindicativa JM

terça-feira, março 27, 2007

O tempo vai passando

6f: entrei às 8h45 e saí às 22h15. Já desisti de fazer planos à 6f, e abandonei a ideia de que se sai mais cedo.
2f: entrei às 8h50 e saí às 22h40.
Estou cansada, queria viajar, falar línguas, ter mais movimento...

Domingo fui ver a praia de S. João. Na 2f já estava mais destruído outra vez... choram sempre no leite derramado!
Mania de serem sempre reactivos e nunca proactivos... Não limpem as florestas nem liguem aos planos de água, deixem arder e depois lamentem-se.
Nem todos os investimentos têm retorno rápido, mas uns são mais necessários que outros e o valor é evidente a médio e longo prazo!

São os vírus a falar, de ontem para hoje fiquei absolutamente constipada. Quero férias!!!
:(
JM

quarta-feira, março 21, 2007

Os vídeos da tv

As tecnologias supreendem. Fui ao site da sic e tem lá a reportagem da mini-maratona.
"http://xl.sapo.pt/?play=/MTE3NDIzMTYxNw==/MjAwNzAzMThfbWFyYXRvbmE=
/Zjk5MDZhNTJlYjYzNGVhNTU2ZjY5MzFmOWViMDg1Zjk"
no tempo 1m28seg, a jornalista entrevista uma senhora e eu apareço por trás dela, a cortar a meta, boné vermelho, tshirt amarela com tshirt preta de mangas compridas por baixo e a bolsa a tiracolo. Vou a passar atrás e a esticar os braços para cima, para aliviar a respiração. Sou eu! :)
JM

Ajudar o próximo

No outro dia estava a entrar no metro e vi um senhor invisual com dificuldade em passar as cancelas estúpidas do metro, mas já lá estava um operador do Metro para ajudar.
No Porto, o andante não tem cancelas! E as da Fertagus são muito mais eficazes!
Estava na plataforma à espera do metro e oiço um "Está aí alguém?" gritado. Quase me assustei e percebi que pela entoação talvez não fosse o primeiro apelo que o senhor fazia. Fui ajudá-lo. "Já vem o metro?" Não, ainda não está assinalado. "Mas olhe que já o estou a ouvir..." É o do outro lado que vem primeiro. "Estou a ouvir, já vem aí!" (É sabido que têm outros sentidos mais apurados). Lá veio o metro e encaminhei o senhor para a carruagem.

Hoje já tinha atravessado a av de Roma e vi uma senhora, também invisual, em dificuldades para encontrar a passadeira, com um buraco perigoso perto dela. Lisboa é só buracos!
Ajudei a senhora a atravessar e voltei a atravessar para seguir caminho.

São boas acções, não custa nada. É um sentimento estranho, mas bom. Deve ser tão difícil viver sem ver... e sem ouvir, sem falar...

Ajudar faz a diferença, sentimo-nos úteis!

JM

segunda-feira, março 19, 2007

Dorsal 11658, 56m34s73c


Em mais de 36000 pessoas, até apareci na reportagem da SIC, estava a cortar a meta quando a jornalista entrevistava uma senhora que tinha acabado a prova.
Sem os companheiros de corrida habituais, e nem um dos esporádicos, no mar de gente encontrei conhecidos. Notava-se bem o número elevado de participantes e o atraso na partida foi fatal para poder começar a correr. Era um ziguezaguear obrigatório por entre pessoas sem fim, famílias, carrinhos de bebés, grupos desportivos, idosos, entusiastas a perder de vista. Nessas tentativas de correr o esforço ainda é maior, com arranques e desvios forçados, corridas na diagonal em maior distância do que se fosse em linha recta. E mesmo assim acho que fiz um bom tempo, fui fiel ao powerade azul, nunca parei e passei pelo grupo do sr ministro e pelas ‘noivas’ que também apareceram na tv. Lá estava o sr palhaço e o sr da barba comprida a lembrar o pai natal. Desta vez não vi os senhores das couves nem o barman com o copo em equilíbrio. E também não vi os primeiros lugares da meia, apesar de, sem surpresas, terem vencido os quenianos.
T-shirts amarelas e bonés vermelhos. Pela 11ª vez, foi giro! E agora a ressaca muscular dos próximos dias…

JM

sexta-feira, março 16, 2007

O sol, o céu azul, os passarinhos...

Ah que dias magníficos!
Assim que abro a janela sou influenciada positivamente com o dia bonito.
Alguma alma caridosa limpou o nosso jardim, zero urtigas e ervas daninhas. Vou comprar sementes e plantar coisas!
E no domingo vai ser mais uma mini-maratona cheia de malukos a correr! Atingiram o limite de inscrições e tudo.
Lisboetas: se querem ir para a praia, lembrem-se que a ponte vai estar cortada enquanto passam milhares de entusiastas.
E depois vou aos pastéis de Belém!

JM

terça-feira, março 13, 2007

Nói na volta ao Mundo

Era uma vez o Nói, um porquinho malhado (!), que decidiu ir fazer uma volta ao Mundo. Bem... ao Mundo é um bocado exagero. Para já, para já, o Nói foi ali à Galiza e já regressou a casa, cheio de fotos para mostrar as suas aventuras.





O Nói em cima da vieira que marca o km 0 dos caminhos de Santiago, em frente à catedral em Compostela. A sorrir, claro, porque foi de carro e não a pé!




O Nói a chegar - outra vez de carro, o sacaninha! - a Finisterra (ou Fisterra, como dizem os espanhóis).




O Nói na sua terra natal.




Depois de muitos passeios, o Nói a comer uma dose de "chocolate con churros"! Deliciosos, diz ele!

sexta-feira, março 09, 2007

Está um dia lindo!

Já cheira a Primavera, já se vêem florinhas, céu azul com uma luz solar bestial, tão característica de Lisboa.
No fds quero bom tempo, pode ser?
JM

quarta-feira, março 07, 2007

E... mudemos de assunto, sim?

Andas aí a partir corações
como quem parte um baralho de cartas
cartas de amor
escrevi-te eu tantas
às tantas, aos poucos
às tantas, aos poucos
eu fui percebendo
às tantas eu lá fui tacteando
às cegas eu lá fui conseguindo
às cegas eu lá fui abrindo os olhos

E nos teus olhos como espelhos partidos
quis inventar uma outra narrativa
até que um ai me chegou aos ouvidos
e era só eu a vogar à deriva
e um animal sempre foge do fogo
e eu mal gritei: fogo!
mal eu gritei: água!
que morro de sede
achei-me encostado à parede
gritando: Livrai-me da sede!
e o mar inteiro entrou na minha casa

E nos teus olhos inundados do mar
eu naveguei contra minha vontade
mas deixa lá, que este barco a viajar
há-de chegar à gare da sua cidade
e ao desembarque a terra será mais firme
há quem afirme
há quem assegure
que é depois da vida
que a gente encontra a paz prometida
por mim marquei-lhe encontro na vida
marquei-lhe encontro ao fim da tempestade

Da tempestade, o que se teve em comum
é aquilo que nos separa depois
e os barcos passam a ser um e um
onde uma vez quiseram quase ser dois
e a tempestade deixa o mar encrespado
por isso cuidado
mesmo muito cuidado
que é frágil o pano
que veste as velas do desengano
que nos empurra em novo oceano
frágil e resistente ao mesmo tempo

Mas isto é um canto
e não um lamento
já disse o que sinto
agora façamos o ponto
e mudemos de assunto
sim?

Um colega pôs-me à frente uma pilha de CDs para eu ripar e um deles era o "Irmão do Meio", do Sérgio Godinho. Esta música é cantada com o Jorge Palma e é... linda!
Tinha saudades de a ouvir...
Voltei (às bloguices)!

JH

segunda-feira, março 05, 2007

Passeios de Sábado de tarde

Geralmente damos pouco valor ao que é nosso. Devo conhecer melhor museus estrangeiros que nacionais. Estou há muito tempo com o MNAA na minha lista de ToDos, e ainda fiquei com mais vontade de lá ir quando fui a um jantar e fiquei maravilhada com o jardim cheio de obras de escultura, embora de noite todas parecessem semelhantes.
Este sábado fui ao Jardim Botânico. Apesar de algumas infra-estruturas estarem a precisar de reforma, o jardim está bem cuidado, é bonito e supreendeu pela dimensão. Não é gigante como o do Rio de Janeiro, mas tem espécies únicas de todo o mundo, muito verdinho, cheio de passarinhos e muito agradável para passear.

Há muitas zonas escondidas em Lisboa, jardins secretos no meio de quarteirões ladeados de enormes edifícios. E também se vêem muitos prédios devolutos, abandonados, por recuperar.
E depois do sol se esconder há scones e um bom chocolate quente (quase tão bom como o do Museu do Chocolate em BCN) na cafetaria do último piso do ECI, onde imperam senhoras de 3ª idade a lanchar chá e torradas.
JM

sexta-feira, março 02, 2007

A vida ao contrário

Eis o que me ocorre por ver sempre todos os dias várias pessoas com alguma idade em frente ao Pingo Doce à espera que sejam 9h e abram as portas:

Quando nascemos o dia-a-dia é preenchido a comer e dormir, ou seja, dormimos a maior parte do tempo e não temos grandes horários.
Quando somos pequenos, mesmo na primária, não temos a noção das horas, temos o dia todo livre, levantamo-nos às 7 da manhã totalmente despertos e com uma energia bestial.
A entrar na fase difícil da adolescência queremos ficar na cama o dia todo, não levantamos cedo. Queremos fazer coisas mas não conhecemos o mundo, não temos muita liberdade e sofremos com as mil dúvidas diárias, os problemas borbulham a olhos vistos.
Na fase final do secundário e faculdade ainda temos algum tempo, queremos fazer coisas mas não temos dinheiro, dormimos durante dias e estudamos em noitadas.
Em trabalhadores temos finalmente dinheiro mas não temos tempo e a liberdade é condicionada para fazer o que nos apetece.
A fase seguinte não sei bem como é. Nas mais avançadas, deve acabar a vontade de dormir e um bocado do dinheiro. Levantam-se muito cedo, às 7 da manhã já estão na praça, antes das 9h já estão alegremente a conversar à espera que o Pingo Doce abra. Suponho que tenham muito tempo livre. Talvez não tanto dinheiro, energia e vontade para fazer ‘coisas’.
Há sempre os casos irritantes daqueles que dispõem de dinheiro toda a vida, têm trabalhos com muito tempo livre e realizam todas as ‘coisas’ que lhes apetece.
Cada um tem de fazer o balanço do que tem e da ginástica que tem de fazer para ter o que quer.
E pronto, tenho inveja de quem come pão fresco e quente todos os dias...
JM