sexta-feira, dezembro 29, 2006

AmBar

Caro senhor AMérico BARbosa:
Desde há alguns anos que comecei a utilizar filofax e tenho comprado sempre a carga da sua empresa.
Faz parte da minha organização pessoal e sou inseparável da minha agenda, com os compromissos, aniversários, eventos, despesas, férias, endereços, lista de compras, afazeres, desenhos…
E neste ano que está prestes a findar ainda não consegui comprar o bloco de 2007! Ainda não chegou às lojas, nomeadamente à Papelaria Fernandes.
Vou ficar desorientada a partir de 2f… Oh não!!!!
JM

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Costa da Caparica com Pólis


Já tinha saudades de ver o mar.
No dia de Natal, depois de mais uma refeição em família e cheia de sobremesas, fomos dar um passeio até ao paredão.
Fotos de qualidade ‘espectacular’ do meu Samsung.

Em tempos este espaço teve 3 campos de ténis, onde eu tive aulas. Depois o bar do rugby. Depois o Remédio Santo. Agora muita areia.

Aqui houve um campo ‘da bola’, onde eu joguei com o Tiago, Pedro, Vasco e outros colegas, da primária e secundário. Agora muita areia.

A mata já não é o que era e as barracas já cá não estão.
Quando era pequena a areia em maré vazia era muito além do fim dos pontões. Na juventude do meu pai, diz ele que era muito mais longe e cansava até chegar à agua. Será que isso vai voltar? Perto disso? Alguma areia, pelo menos?


JM

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Filhós, família e frio

Três novos F... para descrever o meu Natal.

O dia 24 foi igual a todos os outros dias 24 (felizmente): eu e a minha avó Alice a amassar, esticar e fritar a massa das filhós. Duas novidades este ano: contámos com a ajuda da minha mana e a minha avó enganou-se nas doses, o que tornou intragáveis os sonhos (ou filhós de colher, como a nossa famílias lhes chama). ehehehe

À noite, uma mesa original: a família do costume, mais o meu pai, a minha avó e tia paternas, pela primeia vez connosco desde há 15 anos. Conversas sobre aventuras aéreas (a cargo do casal comissário + assistente de bordo), muitos disparates e muita risada!
Foi bom, natural, pareceu que não tinha passado este tempo todo. E devia ter sido sempre assim!

No dia 25, mais "convidados": a namorada do meu primo e mãe do meu priminho Lorenzo, a Cinjer, e a sua mãe, Ute, "obrigaram-nos" a passar o dia a falar inglês! Foi diferente, mas divertido!

FELIZ NATAL!!!

Semiologia

Ou uma dissertação sobre o "Sexo e a Cidade" e o efeito que a série tem em cada um dos comuns mortais

Numa noite destas, um grupo de pessoas que, na sua maioria, não se conheciam entre si, começaram a debater a série.
Quem se revê em quem, de qual das meninas é que os homens realmente gostam, os estereótipos, como os homens vêem a série e como se revêem (ou não) na forma como o sexo masculino é retratado...
Fizeram-se declarações de amor, ouviram-se suspiros, soltaram-se gargalhadas... eu fiquei (agradavelmente) surpreendida por ouvir os homens que participavam na conversa admitirem que não queriam uma mulher como a Samantha!
E trouxe para casa a ideia de que a mulher perfeita é, afinal, uma conjugação de todas (e é desse modelo que a Carrie mais se aproxima): independente e voraz como a Samantha; eternamente apaixonada e romântica como a Charlotte; forte, segura e um bocadinho cínica como a Miranda.

O sonho de uma miúda

"Conheço uma mulher para a qual é impossível olhar durante mais de cinco segundos seguidos - faz um mal terrível ao coração."

(Roubada da Tabu)

Egocêntrico, fútil, frívolo... eu sei... Mas é Natal e uma miúda pode pedir o que quiser.

domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal!

Para mim o Natal é festa de família, reunião de coisas doces e presentes embrulhados em papel colorido. Gosto de decorar a casa, do bacalhau com muito azeite, dos fritos e bolo-rei, queijo da serra, lampreia de ovos, broas castelar e de milho, amêndoas, pinhões, nozes, figos.
Este ano fui a casa da mana fazer fritos de abóbora, cenoura e laranja.
E fui a casa da tia fazer azevias de grão, fritos de abóbora e coscorões.
Recheio das azevias: grão, açúcar, canela, amêndoa, margarina e ovos:

Estende-se a massa com o rolo e embrulha-se como se fosse um rissol:
Depois depende o óleo e temperatura para ficarem mais ou menos bronzeados.

Depois acaba-se o recheio e frita-se só a massa, em tiras fininhas, polvilha-se com açúcar e canela e tá bom!

Mais logo vem a família toda, cada um com o seu tacho e postas de bacalhau, às vezes já com as batatas descascadas, as couves enchem a panela e o fogão nunca chega para tanto.
Boas festas!
JM

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Burocracias

Na nossa rua não se paga o estacionamento, felizmente.
Já começo a reconhecer algumas pessoas da rua, os carros, hábitos. Há um carro abandonado desde que me lembro, pneus em baixo, sem fechadura.
Ontem estava a sair de casa e passavam dois polícias em rotina, viva a segurança! Levantei a questão do carro. Ah e tal, tem de se participar a este e aquele, notificar o dono, pedir reboque, arranjar lugar no parque municipal… Verificaram a matrícula, não tem selo nem seguro, estacionamento abusivo, hipótese de autuar, falou-se do procedimento habitual. Veio uma vizinha que estava na janela dizer que achava que sabia quem era o dono e que o carro estaria ali há mais de um ano. Passa outro senhor que comenta que o carro está ali há mais de 5 anos! E para dar seguimento ou continuidade ao processo, isto não fica resolvido em menos de 1 ano! Ah bom, ainda bem que falei nisso então.
E dizem que como este caso há muitos espalhados pela cidade. Se for a ver pelos prédios abandonados e devolutos, faz sentido, deve fazer parte da cidade e do desperdício de espaço e recursos. Mas não justifica que não se faça um esforço por resolver estes assuntos.
Burocracia sucks!
JM

terça-feira, dezembro 19, 2006

Máquina de fazer plingrafias!


O Pai Natal trouxe-me este ano uma máquina digital! Enganou-se, o sacaninha, e deixou na Lapónia o meu cartão de memória de 1 giga, mas eu já lhe tratei da saúde!

De qualquer forma, já dá pra começar a brincar com o "gadget" novo!


E, para celebrar a ocasião, aqui fica a primeira foto tirada com a máquina!


sexta-feira, dezembro 15, 2006

Onde escrevo isto?

por Rodrigo Guedes de Carvalho

Claro que hás-de ter razão, claro que não me diz respeito. Até parece que te esqueces de como nos conhecemos afinal. Na manifestação, não há nada mais sensual do que uma manifestação quando somos novos. Manda-se à fava a timidez, damos por nós a gritar e a rir, tocam-se mais perto os corpos, todos os gestos parecem consentidos, nenhum fica mal. Roçam-se as roupas na confusão, a tua mão tocou a minha, foi de propósito, foi sem querer, que interessa isso, estamos próximos. Claro que és tu que tens razão, que isto que gritamos agora faz mais sentido do que daquela outra vez, em que acompanhei a uma manifestação uma rapariga que me interessava, só a oportunidade de estar perto dela, sentir-lhe o cheiro, pode ser que, pode ser que, só quando lá cheguei percebi que se gritava pela vida, qualquer coisa de que não me lembro bem, não ao aborto, abaixo as clínicas de assassinos, só Deus nosso senhor põe e dispõe de nós. Deu resultado, sabes, dormi com essa rapariga, deu resultado insurgir-me contra esse crime, percebes, toquei-a ao de leve, de propósito, sem querer, aquilo uma confusão de gente e cheiros e gritos, dormi com ela, teria dito o que ela quisesse. Mas claro que estava errado, desculpa lá contar-te isto, é só para veres como sou sincero, claro que isto agora faz muito mais sentido, sim à interrupção voluntária, claro que as mulheres não podem ser obrigadas a situações desumanas, a recorrerem à clandestinidade, quando há uma coisa tão simples em que muita gente por acaso nem pensa e que tu trazes tão clara pintada na barriga, com a letrinha redondinha de uma amiga a quem pintaste de volta, aqui mando eu, é o que trazes na barriga, aqui mando eu, no meu corpo. Dormi contigo depois dessa manifestação que fazia, claro, muito mais sentido. E para mais apaixonei-me, se bem te recordas. Dormimos essa noite e muitas mais, fizemos férias juntos, fizemos planos, jantámos, fomos à praia. Essas coisas que se fazem. Por isso não me entendas mal hoje, não se trata da manifestação, claro que a nossa é que fazia sentido, e não a da outra beata, abaixo os assassinos, abaixo, seja isso o que for. Se te falo disto hoje é porque no meio de tudo isto gostava que me emprestasses a caneta para eu também pintar qualquer coisa no meu corpo, não sei onde, não sei o quê, mas qualquer coisa que te pudesse lembrar que não engravidaste um dia por imaculada concepção, que na barriga que é tua, e isso não tem discussão, começou a crescer um botãozinho que me parece que fui eu a pôr lá, não, claro que não, que o teu direito ao teu corpo faz mais do que sentido, que não te sentes apta a procriar por agora, que te sentes demasiado jovem, que te angustia a responsabilidade, que queres ter o direito de decidir sobre a tua vida e não ficar à mercê dos acidentes, claro que sim, mas só te peço que repares que nem me disseste nada antes de largares para Espanha, porque o corpo é teu, aqui mandas tu, claro, mas repara que não sei o que escreva nem onde escreva no meu corpo, mas algo me diz, algo me diz que tive alguma coisa a ver com isso, quer-me parecer que o que crescia dentro de ti, dessa tua absoluta barriga sem discussão era também (desculpa) um pouco de mim, e não me entendas mal, o mais certo era eu entender tudo e concordar com tudo, estar ao teu lado, pegar-te na mão, mas confesso-te aqui (desculpa) que saber que está feito e já não há nada que eu possa dizer me deixou assim um vaziozinho. Não tanto por essa coisa que ainda não era, mas por outra que vejo que também não é. Nós. A palavra que eu tinha escrito no coração, também sem tu saberes.

na Máxima de Janeiro

domingo, dezembro 10, 2006

Madrid

Conheço mal Madrid, fui aos bocados a visitar certas partes e desta vez cumpri mais uma peça do puzzle. Com os papás, mana e cunhado, um bungalow nos arredores e bastante frio. Deu para praticar o espanhol, perceber que entendo praticamente tudo, comprar a Glamour espanhola, comer queijo Manchego e doces espanhóis.

Visita cultural, Aranjuez (a fila era tamanha que não visitámos por dentro)

Palácio do Escorial, enorme, realeza espanhola, paredes, tectos, portas, muita pintura e arte.


Vale dos Caídos, o Franco era muito mau e doido, esta obra foi feita nos anos 40 à custa de muitos escravos, fuzilados, fascistas, escavado na rocha dura e fria, monumental.

A estação de Atocha, mini-floresta pacífica no seu interior, não a imagino cheia de terror nos atentados.

Vi o museu Tyssen e o Rainha Sofia, finalmente o Guernica. Muita arte bonita, daquela esquisita, simples, infantil, colorida, monótona, deprimente (não consigo gostar dos quadros religiosos nem dos bodegones=naturezas mortas). Compro os postais dos quadros preferidos ou dos que há, fico com vontade de pintar. Passámos no Prado mas já era tarde e pela loja, não fiquei com pena de não ver o museu.

Nas ruas de Madrid sempre muita gente, famílias, carrinhos de crianças, movimento, animação.
Não percebi porque raio muita gente usava perucas coloridas, mas amanhã vou perguntar ao professor de espanhol!

JM

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Ai ai... o amor (suspiroooooo)!

No espaço de poucos dias, soube de três pedidos de casamento, cada um mais delicioso que o outro!

O de um menino que levou a namorada a Veneza para a pedir em casamento!
O de outro rapazinho que "popped the question" numa pousada no alentejo, no dia em que faziam 4 anos de namoro.
E agora... o melhor (na minha opinião, apesar de os outros também serem de arrebatar qualquer miúda de coração desprevenido!): o pedido no topo do Empire State Building!
lindo lindo lindo!

domingo, dezembro 03, 2006

Cumpleaños felices


Já não estou na faixa etária dos 18-25, já não posso ter cartão jovem nem vários descontos em museus e transportes que terminavam nos 25. Sendo assim já não sou tão jovem e os 30 ficam mais perto.

Dormi. Almocei no Amarras Tejo na Margem Sul, na zona velha de Almada onde se avista Lisboa inteira. Dei uma volta no Fórum Almada já cheio de pessoas com a febre do Natal. Trabalhei um bocadinho no portátil, infelizmente teve de ser. Jantei em casa com a família e a Mafalda. A Joana teve um azar com os travões do carro e não pôde vir.

Recebi telefonemas e sms de amigos e colegas. Há sempre surpresas de pessoas com quem não se fala há muito tempo e também há os que se esquecem e ficamos um bocadinho tristes. Gosto de receber os parabéns, é o 'meu' dia e fico contente com esses pequenos mimos.

E foi também o dia da miss Diana que fez 27 anos, em terras nova-iorquinas. E a Britney Spears fez 25 anos, já com 2 filhos, um casamento, um divórcio e muitos outros episódios em vidas paralelas e tão diferentes.

Será que tenho cara de 26 anos?...

JM

sábado, dezembro 02, 2006

Nadie fue ayer

Nadie fue ayer
Nadie fue ayer,
ni va hoy,
ni irá mañana
hacia Dios
por este mismo camino
que yo voy.
Para cada hombre guarda
un rayo nuevo de luz el sol...
y un camino virgen
Dios.

León Felipe (1884 - 1968) in "Versos y oraciones del caminante"
Já sabíamos que esta era uma possibilidade e que, um dia, podia mesmo acontecer. Mas, de certa forma, recusámo-nos a acreditar e fomos adiando a necessidade de aceitar.
Na quinta-feira à noite, soubemos que a Mat se vai embora a partir da próxima semana.
Sentimo-nos todas assim um bocadinho órfãs, com uma sensação de vazio... A falta que ela nos fará... As gargalhadas fortes, as mil e uma voltas sobre um lead ou um feature, tanto que aprendíamos com ela diariamente, o stress, as histórias do passado, o companheirismo, a amizade.
Vai sair uma das poucas pessoas que percebe da agência. E isso é muito triste.
Só uma certeza: a partir de agora tudo será diferente.